Lonas e memórias: a história esquecida do circo paranaense

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Para além dos diversos personagens que auxiliaram no resgate dessa história no Paraná, os pesquisadores utilizaram-se de depoimentos como o de Altamiro Tavares, o “Palhaço Lambretinha”, que relatou seu contato com palhaços exponenciais do país, como o Piolin e Carequinha.

Rosana Steinke

Foto: Rafael Saes

O Circo Contemporâneo, portanto, surge no final da década de 1970, quando centros de ensinamentos circenses se disseminaram pelo território nacional. Essa troca de escola, do Moderno para o Contemporâneo, apesar de ser ponto de discussão entre diferentes estudiosos, gera confluência sob o aspecto da finalidade a qual o espetáculo passou a ser produzido. Isto é, a produção circense criou nova poética e estética em consonância com a finalidade comercial do espetáculo como produto cultural.

Miguel Fernando Perez Silva Bacharel em Turismo e Hotelaria com especialização em História e Sociedade do Brasil. Pesquisador independente do Norte e Noroeste do Paraná. É diretor do jornal O Duque e atua como executivo do Instituto Cultural Ingá (ICI).

É para essa complexa seara histórica que este livro transporta o leitor. Por meio de depoimentos, arquivos imagéticos e documentos, Lonas e Memórias se faz como agente de resgate de parte da história do circo paranaense entre as décadas de 1940 e 1970.

ISBN 978-85-917811-9-5

9 788591 781195

Este projeto foi contemplado pelo PRÊMIO FUNARTE CAIXA CAREQUINHA DE ESTÍMULO AO CIRCO 2014 REALIZAÇÃO:

Lonas e memórias: a história esquecida do circo paranaense

Historiadora e Mestre em Arquitetura e Urbanismo, docente e pesquisadora na área de História Urbana, Cultura Brasileira e Artes.

Sendo sinônimo de entretenimento durante décadas, a partir da segunda metade do século XX, o circo passa a sofrer impactos em sua popularidade devido à concorrência com os meios de comunicação de massa que começaram a se popularizar. Esse revés proporcionou a aplicação de seu novo modelo de administração e apresentação dos espetáculos.

Rosana Steinke e Miguel Fernando Perez Silva

Histórias ainda não conhecidas pela grande comunidade estão na memória dos circenses e seus expectadores que transitam(ram) anônimos por cidades de diferentes localidades. Esporadicamente, profissionais arriscam-se em retratar fatos deste que era o cotidiano do meio artístico do século passado.

Rosana Steinke Miguel Fernando Perez Silva

A arte do circo é hoje integrada à nossa sociedade com a proibição de animais nos espetáculos e com a difusão das escolas de circo, além da presença de grandes companhias que contratam profissionais de diferentes segmentos culturais. No entanto, o recorte temporal desta obra é de um período anterior (1940-1970), quando o circo era ainda bastante improvisado, se comparado com o da atualidade. Ainda assim, não se pode dizer que era menos profissional. De improviso ou melhor estruturados, foram estes os primeiros espetáculos a tomar a atenção da população, antes mesmo do rádio e da TV. Pelo menos, aqui, pelo Paraná.

Lonas e memórias A história esquecida do circo paranaense Recortes circenses do Paraná (1940-1970)

O conteúdo aqui apresentado faz um resgate essencial para preencher a lacuna da memória circense no estado. Atividade que se tornou, e muito, a responsável pela incursão do exótico e das variedades para os mais distantes rincões deste território. Em essência, apesar de toda a dedicação, cuidado e esmero, este livro é só a ponta do iceberg de toda a importância fundamental de tal expressão artística para a memória cultural dos paranaenses. De antemão, que sirva de referência para futuras pesquisas sobre o tema. “Corra, corra, que o circo chegou!”.


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