maria paula simonsen arquiteta | portfólio profissional
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três percursos por um edifício:
experiência, memória e projeto
trabalho de conclusão de concurso orientadora: Joana Barossi
autocad | photoshop | indesign | illustrator
sujeito e experiência
e linguagem
Esse trabalho pretende compreender o que constitui um espaço, entendendo a construção física como um fragmento na composição e não sua totalidade. Assim, esse trabalho parte da concepção de que o espaço é o resultado da soma justaposta à intersecção de diversos elementos. Lança-se o desafio de entrecruzar conceitos de diferentes autores, mas também a tentativa de categorizar a experiência tratando de pensá-la como constituidora do espaço. Tendo este recorte do espaço, decidiu-se fazer uso de perspectivas analíticas para estudar um espaço físico existente. Por uma série de razões, que irão se manifestar durante o trabalho, escolheu-se o Centro Cultural e Memorial Ycuá Bolãnos, em Assunção, Paraguai, projeto do escritório “– = + x – arquitectura y mobiliarios”. O trabalho se consiste em três ensaios, os quais pretendem aprofundar o estudo do espaço tendo como base a tría de lefebvriana: espaço experienciado, espaço peercebido e espaço concebido.
linguagem e arquitetura
Sujeito e experiência: um percurso pelas imagens da memória
embasamento teórico aplicação
espaço existencial - Juhani Pallasma memória enquanto elemento dinâmico - Bergson apud. Bosi processo de semiose | signo em ação - Pierce apud. Plaza
“O espaço existencial é estruturado com base em significados e valores nele refletido por um indivíduo ou grupo, seja de modo consciente ou inconsciente, o espaço existencial é uma experiência única interpretada por meio da memória e da experiência de cada indivíduo.” (PALLASMAA, 2013. p.129).
experimentação da compreensão do espaço a partir do deslocamento do corpo no território eu enquanto sujeito receptor signos que me foram salientados introdução do leitor como sujeito ativo para que se sinta parte desse deslocamento seleção e catalogação das fotos do outrem [586 mídias na totalidade]
imagens: 1 | fernanda teixera 2 | autor desconhecido 3 | renato duria
Sujeito e linguagem: um percurso pela tragédia
embasamento teórico aplicação
ausência do conhecimento imediato - Plaza memória enquanto construção coletiva - Bosi escrita-não criativa - Goldsmith
Para Goldsmith, essa abordagem literária desafia as noções tradicionais de originalidade e autoria, propondo a ideia de que os escritores podem “reescrever” ou “recontextualizar” materiais já existentes, seja através de cópia, transcrição, compilação ou remixagem de conteúdos de outros autores ou fontes.
Estávamos todos juntos na Paróquia na manhã daquele domingo, aproveitamos aquele tempo enquanto família e depois nos despedimos.
Estava um dia fresco, começava a esfriar. Cheguei no supermercado por volta das 8:30/9:00. Estava completamente lotado então por segurança coloquei meu filho, Santiago, no carrinho de compras e junto a minha mulher, Maria, passamos a caminhar pelo supermercado. Tínhamos ido apenas para comprar um pouco de carne, mas como estava tão cheio, fazer a travessia da entrada para a área de carnes foi um tanto quanto caótico e demorado. Nesse momento brincava com meu filho enquanto tentavamos fazer nossas compras.
Tínhamos ido viajar na semana passada, então naquele fatídico domingo decidimos aproveitar o dia para ir ao supermercado e fazer as compras da semana. Como de costume, fomos no Ycuá Bolaños, tanto pela sua proximidade, quanto pela diversidade de produtos que ali se encontrava. O supermercado estava muito cheio.
Maria, minha irmã mais nova, e sua família decidiram ir ao mercado Ycuá Bolaños fazer a compra do mês, imagino, pois não era de costume eles irem àquele mercado em específico.
Era o aniversário da minha irmã e eles vieram ao Ycuá para fazer compras. Por volta das 11 horas, mais ou menos, chegaram ao supermercado. Não tive qualquer
transcrição e remixagem de relatos de sobreviventes, familiares de vítimas, e bombeiros voluntários busca e acervo imagético do espaço posterior ao incêndio, em seu tempo de abandono construção do ensaio escrito e visual enquanto percurso por meio da diagramação:
coluna interna
coluna externa sobreviventes familiares de vítimas e bombeiros
A sexta feira anterior àquele domingo era o dia da amizade, eu e meus amigos decidimos comemorar essa data especial no sábado. Fomos ao Tropi Club, cantamos bebemos e nos divertimos. No domingo muitos não estavam se sentido muito bem e não foram trabalhar, então fui designado à área de atendimento ao cliente.
De repente, escuto um barulho ensurdecedor, parecido com o de um óleo fervendo, mas cem vezes mais alto. E então, começo a sentir tudo vibrar, sem entender o que estava acontecendo, vejo no olho das pessoas ao meu redor o pânico. Fomos até o congelador que continha as massas e foi nesse momento que ouvimos um som muito forte e logo em seguida um som muito mais alto do que aquele. O pânico tomou conta do meu corpo.
até quase não ser mais possível escutar.
E passado um bocado, os bombeiros e as ambulâncias iam e vinham, e nós já sabíamos que tinha havido um incêndio no Ycuá Bolaños, mas não pensávamos que eles podiam estar ali.
A certa altura, senti que estava a adormecer e pensei que era um sonho, tal como quando as nossas ideias se misturam, e disse para mim mesma que estava num pesadelo, só precisava acordar. Sentia-me muito quente, a minha pele parecia que estava a rebentar.
Eu estava imobilizado pela quantidade de pessoas em cima de mim. E se o fogo chegasse até nós, eu poderia sufocá-lo ali comigo.
Os números estão a ser confirmados, infelizmente, até o momento, somam mais de 100 mortos na tragédia de hoje, nesta tarde de domingo no supermevrcado Ycuá Bolaños.
Eram cerca de 11h30 e começo a receber notícias sobre o incêndio, ligo a T.V. para tentar entender o que estava acontecendo e começo a ver aquelas imagens horríveis e começo a pensar nos piores cenários possíveis, mas como não tinha nenhuma confirmação concreta, pelo menos não naquele momento, recusava a acreditar que aquilo poderia estar de fato acontecendo, que havia chance de minha irmã estar lá, naquele inferno.
É esse tipo de pensamento trágico que nos ocorre naquele momento e só as pessoas que passaram por uma situação dessas é capaz de entender. Devemos ter ficado 10 a 20 minutos naquela posição, naquela situação.
Ao me aproximar do mercado começo a ver pessoas sendo carregadas com queimaduras e problemas respiratórios mas, até o momento, vivas.
Tentamos nos comunicar com minha irmã e meu cunhado , mas nenhum deles respondeu.
Assim que entrei no Ycuá Bolaños, lembro-me que fiquei completamente paralisado e petrificado com aquela cena dantesca que estava vendo.
Linguagem e arquitetura: um percurso pelas representações
transcrição e edição da entrevista com a Sonia Carisimo (sócia do escritório “– = + x – arquitectura y mobiliarios”)
tradução do partido por meio da representação arquitetônica percurso imagético pela obra finalizada a partir do olhar de um fotógrafo de arquitetura
aplicação elementos de destaque
água caminho
vegetação luz | sombra novo | existente
fachada sul
fachada leste
Eliza Previato, Fernanda Teixeira, Gabriela Rochitte,Gabriel Vargas, Isabella Martini, Louise Rodrigues, Luiza Carvalho, Luiza Falcão, Maria Luiza Moraes, Maria Paula Simonsen, Mariana Grau, Marília Peceguini autocad | photoshop | indesign | illustrator
A partir de compreender as necessidades da Comunidade Haiti, foi se pensado um centro comunitário que se estableceria na laje da Igreja já existente. Com o objetivo de inegrar o novo centro comunitário a comunidade, foi se utilizado painéis de policarbonato nos fechamentos, permitindo assim a entrada de luz e a visão do exterior, ao mesmo tempo preservando a privacidade. Com o intuito do salão se tornar um espaço multiuso devido as diversas demandas da comunidade, foi se proposto um espaço vazio com mesas e cadeiras dobráveis, junto a uma fileira de blocos que poderiam ser utilizados tanto como guarda volumes como bancos.
