Autorretrato

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA, ARTE E CIDADE 4

RETRATO

AUTO

ABRIL 2021

O QUE TEMOS A FALAR DE NÓS MESMOS

UFAL

CAMPUS ARAPIRACA

ANTHONY MARCELL / ERIK MOISÉS / LORRAINE MADEIRO / MARIANA MERCÊS/ PAULO HENRIQUE / SHIRLEY MIRANDA

APRESENTAÇÃO

TRABALHO SOLICITADO PELA PROF. MSC. ALICE BARROS NA DISCIPLINA DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA, ARTE E CIDADE 4

NESTE APRESENTAMOS AUTORRETRATOS E SUAS MOTIVAÇÕES, ALÉM DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA SOBRE AS OBRAS.

Imagem capa: Auto-Sombra-Retrato Fonte: Pedro Negreto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA

anthony

marcell

várias até que realmente representasse minha ideia. Após tiradas, editei no aplicativo Polarr e passei para o Canva, onde montaria a arte final, que em primeiro

momento

não

estava

do

meu

agrado,

então

baixei

o

aplicativo

Autodesk Sketchbook e desenhei sobre a foto, sendo a primeira vez tendo contato com o programa, o resultado foi melhor do que esperado.

KENKYUSHA:

Durante toda minha vida assistir filmes, séries e ler foram grandes fontes de inspiração em várias situações. Seja fazer uma dança, um trabalho do fundamental ou um projeto na universidade, elas sempre tinham uma cor, som ou textura que me inspirava a criar algo. A possibilidade de criar novos mundos fantásticos, que junto a cenários e trilhas sonoras fazem as pessoas

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As fotos foram realizadas no meu quarto com meu celular e foram tiradas

despertarem diferentes emoções sempre me fascinou, e o meu autorretrato é uma

homenagem

direta

a

essa

fonte

de

inspiração,

a

começar

pelo

seu

formato, trazendo essa ideia de poster de divulgação de um personagem.

Histórias

fantásticas

de

reis

e

rainhas

antigos

me

possibilitou

criar

mundos na minha cabeça que eu possa sempre acessar e controlar a qualquer momento, por isso, no autorretrato me representei como um rei e como a forma de mostrar esse mundo às pessoas é através de músicas, desenhos e projetos

fiz

a

coroa

de

papel

como

simbologia

para

a

criação

de

novas

ideias, um espaço em branco que eu possa usar. Para representar o lugar que tenho essas ideias, que é normalmente meu quarto, meu cobertor virou a capa, para trazer essa ideia de conforto e aconchego que eu sinto nesse ambiente.

A composição final do auto retrato, as cores e posições buscam transmitir a ideia de mistério, pois uma das minhas características é não demonstrar com frequência meus sentimentos e isso muitas vezes faz parecer que eu não me importo que as pessoas não se importem comigo, mas como rei do meu

universo

eu

busco

proteger,

ajudar

e

dar

sempre

meu

melhor

para

todos ao meu redor. O desenho sendo o destaque da obra foi feito em linhas para trazer essa ideia de fragilidade e essa mistura do mundo concreto e do

53 .p

abstrato que existe em mim.

erik

moisés

fotografia

utilizando

a

original

câmera

do

foi

registrada

próprio

em

celular.

meu

quarto,

Utilizei

edições

simples, na verdade apenas um efeito, tornando a imagem sutilmente com traços de cartoon em escala de cinza, removi

KENKYUSHA:

o fundo da imagem e criei os elementos em volta.

A ilustração como um todo representa os sons que me permeiam.

Desde

muito

novo

tive

grande

influência

da

música. Aprendi sobre música na igreja em que passei grande parte da minha vida e pude senti-la de diversas formas e em

okoY ahsuykneK : htnoM eht fo tsitrA !sevisulcxe muG | eussi 5102 rebmetpeS

A

diversos momentos.

O formato da ilustração escolhido foi proposital, fazendo referência

aos

álbuns

mais

intimistas

de

artistas

musicais

que, em sua maioria, utilizam seu próprio retrato na capa.

Os

batimentos

cardíacos

representam

aquilo

que

é

essencial para a existência, e a música é como esse elemento chave,

indispensável.

A

música

me

move

e

move

os

meus

sentimentos. As músicas falam tanto e por tanto tempo. É atemporal,

e

apesar

de

ser

sempre

a

mesma,

consegue

despertar sentimentos distintos em momentos diferentes.

A

música

gostoso

nisso

pode

ser

tudo.

É

sentida poder

de

muitos

sentir

de

jeitos,

formas

é

o

mais

diversas,

é

refletir, é mudar, é tomar conselho, é crescer. A música nos eleva. É certo que não me resumo somente à música, mas ela representa

grande

parte

da

minha

vida,

e

me

moveu

em

muitos momentos, como um combustível, sendo, de fato, o

53 .p

que mais me retrata.

paulo

henrique

digital, a câmera do celular, o recurso analógico, uma câmera instax, além disso a fotografia passou por um tratamento na pós produção pelo Adobe Photoshop para alcançar o efeito final. O resultado final da imagem é caracterizado pela sua concepção, o caminho percorrido para alcançar a imagem final, desde a escolha do local, o primeiro click com a instax até a exportação da imagem final no fotoshop. O

KENKYUSHA:

que a imagem passa só pode ser perceptível ao analisar a sua linha do tempo e de como ela foi construída, ao entender que foi necessário primeiro tirar uma foto analógica, para após isso tirar a foto digital fica claro de como o que foi feito no passado teve mais ênfase do que

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Para a execução da imagem eu escolhi utilizar além do recurso

o que foi feito em um tempo mais presente, e é aí que se encontra o Erro. O viver priorizando o passado cria um impulso para a geração de

expectativas

em

algo

inalcançável,

já

que

é

impossível

viver

a

mesma coisa duas vezes, aquilo que aconteceu nunca poderá acontecer novamente do mesmo jeito que aconteceu antes, você próprio já não é a mesma pessoa daquele passado. A proposição de decidir “em qual tempo

viver”

sustenta

as

e 3

o

resultado

maiores

de

fracassar

doenças

nisso

mentais,

é

o

argumento

depressão,

que

ansiedade

e

estresse, mas o problema não é a decisão em si, mas o que causou a necessidade de ter que propósito

te

guiam

decidi-la. Não saber quem você é e qual o seu

para

uma

trajetória

de

incertezas

sobre

o

seu

futuro, indignações pelo seu presente, e anseios ou angustias pelo seu passado, a falta de algo que gere fé cria um ser vazio, sem identidade preso

em

um

quarto

escuro,

coberto

de

poeira

por

não

conseguir

seguir adiante. É isso que a imagem representa, um ser vazio, preso no seu passado e no seu quarto escuro coberto de poeira, mas com o objetivo de representar um passado que pode e já foi superado, que fica como lembrança de algo que fez parte da construção de um ser que agora realmente vive.

53 .p

“O justo Viverá pela fé.”

mariana

mercês

meu próprio quarto, usando de um arranjo de copo e cadeira como

tripé,

iluminação. saturação

além A

de

uma

imagem

deixando-a

luminária

foi

tratada,

amarelada,

para

melhorar

primeiro

depois

a

elevei

a

para

o

exportei

KENKYUSHA:

aplicativo VSCO onde apliquei o efeito preto e branco e por último

no

editor

PicsArt,

onde

pude

borrar

meu

rosto.

A

escolha da mídia se deu a partir da experiência pessoal que eu gostaria de me propor e decidi a estética a partir da ideia que

não

gostaria

sentimento. fotografar

que

se

Certamente, usando

o

tratasse a

sobre

maior

temporizador,

mim,

dificuldade sem

o

mas

sobre

técnica

auxílio

de

o

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A foto, inteiramente digital por celular, foi produzida no

foi um

terceiro.

A pandemia expõe e agrava alguns problemas. Durante o último ano eu foquei em tudo, menos em mim. Enquanto o mundo lá fora mudava drasticamente eu também mudei, mas meus olhos e ouvidos não me viam ou ouviam, as roupas que não

entram

mais

tentaram

me

avisar,

mas

aparentemente

haviam coisas mais importantes com o que me preocupar. A fotografia

traz

à

tona

o

sentimento

de

desconhecimento

sobre si, não só fisicamente como psicologicamente. Eu não me reconheço. Eu não me vejo. E parece que todas as vezes que

me

obrigo

a

me

olhar

no

espelho

estou

diferente,

a

imagem que tenho de mim não parece ser mais a real e tudo acaba por virar um grande borrão.

Então essa foi a experiência pessoal, por pelo menos duas horas eu me obriguei a olhar-me, a tentar aprender quem eu sou hoje e mesmo não tendo finalizado o trabalho satisfeita

53 .p

com o resultado, eu me vi.

lorraine

madeiro

utilizando

um

filtro

existente

no

aplicativo

Instagram, que multiplica a imagem lembrando um efeito

de

retirada

caleidoscópio

na

sala

em

preto

dKENKYUSHA: e casa, com uso

e

branco.

de

Foi

iluminação

natural que vem de uma janela lateral. Esse registro acabou se tornando espontâneo, pois foi feito quando estava

testando

os

recursos

do

aplicativo

para

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A fotografia foi feita através da câmera do celular,

captura com o temporizador, com o objetivo de me afastar da câmera. A intenção ao optar em fotografar utilizando o filtro, foi a ideia de representar como anda a nossa cabeça no cenário atual de pandemia, em

como

em

pensamentos

e

nossa

mente

sentimentos

que

existem se

diversos

misturam,

que

entram em conflito e que em sua maioria gera um sentimento de ansiedade e apreensão por não saber quando esse cenário irá melhorar e a necessidade de se adaptar à nova realidade, de acreditar que tudo irá ficar bem. Ao analisar a foto, posteriormente, ela se tornou

a

escolhida

pois

ela

conseguiu

capturar

e

transmitir exatamente esse sentimento de apreensão, com o olhar mais aberto e a luz que ilumina a cena tornando-a mais clara traz a sensação de que mesmo a nossa mente estando conturbada, existe esperança

53 .p

de melhora, de que há luz em meio ao caos.

shirley

miranda

fotografia

recursos

em

digitais

aplicativo

de

questão foi realizada KENKYUSHA:

através

pós

da

produção

câmera

do

Lightroom.

somente celular

O

com e

do

recurso

foi

escolhido pela maior afinidade com fotografias digitais e pelo efeito final realista que é mais facilmente obtido com

okoY ahsuykneK : htnoM eht fo tsitrA !sevisulcxe muG | eussi 5102 rebmetpeS

A

fotografia digital do que com pinturas ou desenhos manuais.

A fotografia visa transmitir vazio e quietude. A cor branca é protagonista na composição, presente nas paredes, piso e roupas. A escolha se deve ao simbolismo da cor remeter a calmaria e ao vazio. Além da cor branca, os matizes das demais cores que aparecem também estão esbranquiçados, propositalmente. A ideia é que houvesse pouca cor, mas não a sua ausência. A expressão facial e a linguagem corporal complementam a ideia de leveza. não

é

necessariamente

vinculada

A transmissão do vazio a

tristeza

e

carência,

vazio aqui é tratado como independência, paz e alegria. local

da

exercer

foto

é

meu

plenamente

apartamento, minha

o

solidão,

local como

em

que

uma

o O

posso

escolha

53 .p

consciente, libertadora e prazerosa.