Pag.16- Pacote Omnibus - Propostas para simplificação das regras de reporte de Sustentabilidade
Pag 17- O desenvolvimento dos três pilotos de Gémeo
Digital do projeto Twin NavAux está a avançar
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Destaque
A Ciência de Dados na Indústria Nacional: O Caminho para uma Mudança Inteligente e Competitiva
Pág.7– O Papel do CATIM na inovação industrial através da ciência de dados
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ONSCATIM
Revisão (EN) ISO 12100 (Processo paralelo ISO/CEN, em curso)
Pág. 19 - Reativação da CT 97 – Materiais em contacto com os alimentos, sob a coordenação do ONS CATIM - Novo Regulamento dos Produtos da Construção (RPC)
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Entrevista
À conversa com André Godinho Luz CEO da empresa Infinite Foundry
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ProjetosCATIM
Notícias e Destaques
F I C H A T É C N I C A
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AgendaCATIM
Iniciativas e Eventos CATIM
2 4 FormaçãoTecnológica
Agenda Abril 2025 - junho 2025
Revista Informativa Especializada | Periodicidade: Trimestral | ISSN 2975-9668 | Registo na ERC Nr 127971 | Propriedade e Edição, Redação e Direção: CATIM – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica | R. dos Plátanos, 197 – 4100-414 Porto Tel : 226 159 000 | e-mail: catim@catim pt | NIF: 501630473 | Diretor: Francisco Alba | Subdiretor: Vânia Pacheco | Editor: Maria Fernandes | Estatuto Editorial Disponível em: https://www projetoscatim com/e-boletim | Colaboração: Alexandra Peixoto, Catarina Teixeira, Cláudia Fernandes, Cláudia Santana, Humberto Teixeira, Patrícia Fernandes, Raquel Coelho
EDITORIAL
N U N O A R A Ú J O
D i r e t o r G e r a l d o C A T I M
Decisões Inteligentes e Competitividade: O Poder da Ciência de Dados
A Ciência de Dados está a transformar a forma como as empresas tomam decisões e enfrentam os desafios do mercado global Num contexto de rápida evolução tecnológica, a capacidade de recolher, analisar e interpretar grandes volumes de dados tornou-se fundamental para garantir a competitividade e a sustentabilidade da indústria Muito mais do que uma ferramenta tecnológica, a ciência de dados representa um pilar estratégico para alcançar uma gestão eficiente, inteligente e informada
De acordo com o 28 º Global CEO Survey da PwC (2025), quase 70% dos CEO esperam que o crescimento económico global aumente nos próximos 12 meses, destacando-se a importância de estratégias orientadas por dados para apoiar a tomada de decisões No entanto, 26% dos líderes empresariais apontam as ciberameaças como uma das principais preocupações, evidenciando a necessidade de adotar práticas robustas de gestão e proteção de dados Ainda segundo o relatório, a escassez de talentos especializados na área da ciência de dados é uma preocupação relevante para 26% dos CEO, o que reforça a urgência de investir na capacitação e qualificação profissional
Estudos recentes também indicam que a aplicação de técnicas avançadas de análise de dados pode aumentar a produtividade das empresas em até 20% e reduzir os custos operacionais em cerca de 30% (World Economic Forum, 2023). Além disso, estima-se que a aplicação de inteligência artificial e ciência de dados poderá contribuir com um crescimento global de 15,7 biliões de dólares na economia até 2030, consolidando o impacto transformador destas tecnologias no setor industrial.
Para as empresas, a utilização estratégica de dados é hoje um diferencial competitivo que permite tomar decisões mais fundamentadas e ágeis.
Tecnologias como a inteligência artificial, a análise preditiva e os sistemas de monitorização em tempo real desempenham um papel central na criação de processos industriais mais eficientes e resilientes A verdadeira vantagem competitiva está na integração coerente e estratégica dos dados no processo decisório, transformando informação bruta em conhecimento útil
O CATIM, consciente desta realidade, tem vindo a consolidar o seu papel enquanto parceiro estratégico da indústria, promovendo a capacitação e o desenvolvimento de competências específicas na área da ciência de dados Através de iniciativas de formação e projetos colaborativos, o CATIM apoia as empresas na adoção de metodologias que promovam a digitalização inteligente e a utilização eficaz dos dados
Num cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, apostar na ciência de dados é apostar na criação de valor e na sustentabilidade a longo prazo O CATIM continuará a apoiar a indústria nacional na jornada para a transformação digital, garantindo que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios tecnológicos com conhecimento, eficiência e inovação
Assim, reforçamos o compromisso do CATIM com a promoção da transformação digital e o desenvolvimento de competências em ciência de dados, garantindo que as empresas nacionais estejam preparadas para enfrentar os desafios tecnológicos com conhecimento, eficiência e inovação.
Continuaremos a apoiar esta jornada de mudança inteligente, convictos de que o futuro da indústria depende da integração estratégica da ciência de dados em todas as suas dimensões.
A CIÊNCIA DE DADOS NA INDÚSTRIA NACIONAL: O CAMINHO PARA UMA MUDANÇA
INTELIGENTE E COMPETITIVA
Num mundo cada vez mais digital e interligado, a ciência de dados (Data Science) emerge como uma ferramenta essencial para a transformação da indústria nacional Mais do que uma tendência tecnológica, a ciência de dados afirma-se como um diferencial competitivo estratégico para as empresas que ambicionam crescer, inovar e manter
a sua relevância num mercado em constante transformação Atualmente, face à crescente competitividade entre organizações e aos enormes volumes de dados gerados diariamente, a adoção de tecnologias baseadas em dados, como o Big Data, o Machine Learning, a Inteligência Artificial, deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade imperativa Estas ferramentas são fundamentais para garantir a competitividade, a sustentabilidade e a resiliência das empresas, permitindo que as mesmas enfrentem os desafios do futuro com maior preparação e eficácia
A utilização de análise de dados avançada permite às empresas otimizar processos, identificar fontes de informação e padrões relevantes, reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e antecipar tendências de mercado Ao transformar dados em informações estratégicas, as empresas tornam-se mais ágeis, capazes de responder rapidamente a mudanças e tomar decisões informadas que impulsionam o crescimento e a inovação. Neste contexto, a ciência de dados não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um pilar estratégico para a construção de uma indústria mais inteligente, eficiente e sustentável. A capacidade de recolher, armazenar, processar e interpretar grandes volumes de dados está a redefinir os modelos de negócio, permitindo um novo paradigma de produção e gestão empresarial.
Segundo o 28.º Global CEO Survey da PwC (2025), quase 70% dos CEO esperam que o crescimento económico global aumente nos próximos 12 meses, um aumento significativo em relação aos 20% do ano anterior [1] Este otimismo está associado à capacidade das empresas em adaptarem-se e inovarem através da utilização estratégica de dados Além disso, 26% dos CEO identificam as ciberameaças como uma das principais preocupações para os próximos 12 meses, destacando a importância de estratégias de segurança de dados robustas
A escassez de talentos com competências-chave necessárias é outra preocupação para 26% dos líderes empresariais, evidenciando a necessidade de formação e capacitação na área de ciência de dados
No contexto português, a confiança dos CEO na viabilidade dos seus negócios a longo prazo diminuiu de 73% em 2024 para 64% em 2025, sinalizando a necessidade de reinvenção e adaptação às novas realidades digitais [2] Quase 40% dos CEO acreditam que a sua empresa não será viável além da próxima década se continuar no caminho atual sem se reinventar, reforçando a urgência da transformação digital e da adoção de estratégias baseadas em dados A aplicação de inteligência artificial e ciência de dados poderá contribuir para um crescimento global de 15,7 biliões de dólares na economia até 2030, sendo a indústria um dos setores mais beneficiados.
Os estudos e dados mencionados acima enfatizam a urgência da transformação digital e da adoção de estratégias baseadas em dados. Para as empresas portuguesas, estes insights reforçam a importância de investir em ciência de dados como alicerce para a competitividade e sustentabilidade a longo prazo. A adoção de tecnologias avançadas e a capacitação das equipas são passos fundamentais para acompanhar a evolução do mercado e assegurar a viabilidade futura das organizações.
O Impacto da ciência de dados na Indústria Nacional
A utilização e aplicação da ciência de dados na indústria nacional está a expandir-se rapidamente, impulsionada pela necessidade de eficiência e competitividade nos mercados globais Segundo um relatório do World Economic Forum (2024), a análise de dados pode aumentar a produtividade em até 20% e reduzir os custos operacionais das empresas em cerca de 30% [3]
As principais áreas onde a ciência de dados é aplciada incluem:
Manutenção preditiva: sensores IoT e algoritmos de machine learning permitem prever falhas em equipamentos, reduzindo paragens não planeadas e custos de manutenção Estudos indicam que empresas que adotam manutenção preditiva podem reduzir em até 50% o tempo de inatividade dos equipamentos e em 30% os custos operacionais;
Otimização da cadeia de abastecimento: a análise de dados ajuda a prever flutuações na procura, melhorar a gestão de stocks e reduzir atrasos logísticos. A integração de modelos preditivos nas cadeias de fornecimento permite diminuir em até 20% os custos logísticos e melhorar a eficiência na entrega de mercadorias;
Customização da produção: empresas que utilizam Ciência dos Dadaos conseguem ajustar os seus produtos às preferências dos clientes, aumentando a satisfação e fidelização Através da análise de padrões de consumo, a personalização pode aumentar em até 40% as taxas de conversão de vendas e fidelização;
Eficiência Energética: a utilização inteligente de dados permite otimizar o consumo de energia nas fábricas, reduzindo custos e impacto ambiental. A análise preditiva pode levar a uma redução de até 25% no consumo energético, permitindo uma maior sustentabilidade industrial;
Controlo de qualidade: algoritmos de visão computacional podem analisar defeitos em produtos com precisão, reduzindo desperdícios e garantindo padrões elevados O uso de inteligência artificial na inspeção de qualidade pode reduzir erros de produção em até 90%;
Inovação e desenvolvimento de produtos: a análise de dados permite identificar tendências e necessidades do mercado, ajudando empresas a desenvolver produtos mais alinhados com as expectativas dos consumidores. Organizações que utilizam análise de dados para inovação relatam um aumento médio de 30% na velocidade de desenvolvimento de novos produtos.
Fábricas Inteligentes: Compreender o Papel da ciência de dados
A ciência de dados desempenha um papel central ao dar vida à inteligência nas fábricas modernas Algoritmos de machine learning e modelos preditivos possibilitam que sistemas industriais tomem decisões e ajustem operações de forma autônoma, ultrapassando a automação rígida tradicional Por exemplo, uma fábrica inteligente típica utiliza sensores interconectados, inteligência artificial e machine learning para analisar dados continuamente e tomar decisões sem intervenção humana, adaptando-se automaticamente e otimizando os seus processos de forma dinâmica e eficiente. Essa capacidade de análise em tempo real permite identificar padrões, ineficiências ou problemas potenciais e reagir prontamente – seja ajustando a cadência de uma linha de montagem ou redistribuindo a carga de trabalho entre máquinas – aumentando drasticamente a eficiência operacional. Em suma, a ciência de dados converte dados brutos em ações concretas: onde antes as decisões baseavam-se em programação fixa ou na experiência humana, agora algoritmos aprendem com os dados e melhoram continuamente os processos. Essa sinergia entre dados e automação resulta em processos produtivos mais ágeis, precisos e auto-otimizáveis, garantindo maior produtividade e qualidade. Como resultado, decisões orientadas por dados e automação inteligente tornam-se diferenciadores críticos de desempenho industrial, permitindo que as fábricas inteligentes operem com um nível de eficiência e flexibilidade sem precedentes – e que as empresas mantenham uma vantagem competitiva significativa num mercado de rápida evolução [4]
Big Data, Machine Learning e IoT na Otimização dos Processos
As fábricas inteligentes apoiam-se numa constelação de tecnologias digitais – destacando-se a Internet das Coisas (IoT), o Big Data e o Machine Learning – para melhorar continuamente os processos produtivos Sensores IoT instalados no chão-de-fábrica recolhem dados em tempo real sobre praticamente tudo: tempera-
Fig 1. Fábrica Inteligente. (Imagem desenvolvidada com recurso à IA)
-tura de máquinas, velocidade de produção, consumo de energia, níveis de stock, entre outros. Esses dados, muitas vezes gerados em volume massivo e alta velocidade (Big Data), são enviados para plataformas de análise, muitas vezes na cloud ou em sistemas edge, onde podem ser armazenados e processados eficientemente É aqui que entram os algoritmos de machine learning – modelos matemáticos capazes de aprender com os dados – que analisam este “mar” de informações para detetar padrões ocultos, prever eventos futuros e otimizar parâmetros de operação Combinando estas tecnologias, as fábricas inteligentes conseguem, por exemplo, antecipar necessidades e ajustar a produção de forma proativa: sistemas interconectados avaliam simultaneamente a condição de equipamentos, a eficiência de cada etapa da linha de produção e até a variação da procura em tempo real, fazendo ajustes automáticos para evitar falhas ou atrasos A implementação eficaz destas tecnologias (IoT para conectar dispositivos, IA/ML para otimização e Big Data para análise de informação) é fundamental para o sucesso da fábrica inteligente A recolha massiva de dados só agrega valor quando combinada com a capacidade de extrair conhecimento útil – e é aí que a ciência de dados mostra a sua força, convertendo dados em otimizações que elevam a produtividade e reduzem desperdícios em todos os cantos da fábrica
Segurança de dados e ciberataques: ao conectar equipamentos industriais em rede e enviar dados para a cloud, aumenta a superfície de ataque e a exposição a riscos de segurança Sistemas anteriormente isolados passam a estar ligados a redes corporativas e à internet, tornando-se potenciais alvos de hackers Integrar tecnologias da Indústria 4 0 numa fábrica pode expor máquinas e redes a violações de dados ou ataques cibernéticos, caso não sejam adotadas fortes medidas de cibersegurança;
Desafios na Implementação de Tecnologias
Baseadas em Dados
Apesar dos inúmeros benefícios, a transição para fábricas inteligentes traz consigo desafios significativos que as empresas precisam de endereçar Abaixo destacam-se alguns dos principais obstáculos na implementação de tecnologias baseadas em dados:
Integração de sistemas e interoperabilidade: a incorporação de novas tecnologias digitais em ambientes industriais existentes é complexa Muitas fábricas possuem máquinas legadas e processos já estabelecidos, nem sempre preparados para comunicar com novos sistemas inteligentes A falta de interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fornecedores dificulta a integração fluida das operações
Falta de competências e necessidade de formação: a operação de fábricas inteligentes requer novas competências técnicas que nem sempre estão disponíveis na atual força de trabalho industrial. Profissionais capazes de lidar com análise de dados, algoritmos de IA, gestão de sistemas ciber-físicos e IoT são altamente demandados, mas relativamente escassos. Em muitas empresas, os funcionários não têm ainda as habilidades para supervisionar sistemas de produção inteligentes ou interpretar recomendações geradas por software. É necessário investir em requalificação da força de trabalho, capacitando engenheiros, técnicos e operários em temas como ciência de dados, programação e análise de sistemas – ou contratar novos talentos especializados; Custos iniciais e compromisso da gestão: a implementação de tecnologias de Indústria 4 0 pode implicar investimentos mente na fase inicial (aquisição de sensores, máquinas, softwares, infraestrutura de quenas e médias empresas (PMEs), em de escalonamento destas soluções pode ser m planeamento adequado Além disso, pode anto ao retorno do investimento, já que os podem demorar alguns anos a materializarzes difíceis de medir isoladamente Esse forte compromisso da gestão de topo – é ança compreenda a visão de longo prazo e ação digital. As empresas precisam começar to de sucesso e promover uma cultura orientada a dados para superar a inércia inicial.
Superar esses desafios requer uma estratégia holística. As soluções passam por planeamento faseado (implementando primeiro projetos piloto de baixo risco para demonstrar valor), parcerias tecnológicas (por exemplo, com integradores de sistemas ou fornecedores especializados em Indústria 4.0) e investimentos em infraestrutura e capital humano. Questões de segurança podem ser mitigadas com arquitetura robusta de TI e protocolos rigorosos; problemas de interoperabilidade, com adoção de padrões abertos e atualizações de sistemas legados; lacunas de competências, com formação, contratação ou consultoria externa.
Em suma, preparar a organização para a revolução dos dados é tão importante quanto a própria tecnologia – exige visão de longo prazo, flexibilidade e comprometimento em todos os níveis da empresa
O PAPEL DO CATIM NA INOVAÇÃO
INDUSTRIAL ATRAVÉS DA CIÊNCIA DE DADOS
O cenário industrial contemporâneo é marcado pela crescente adoção de tecnologias digitais que impulsionam a eficiência, competitividade e resiliência das empresas Entre estas tecnologias, destaca-se a ciência de dados, essencial para a tomada de decisões inteligentes, automação avançada e otimização contínua dos processos produtivos. As ferramentas baseadas em dados são hoje fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela rápida evolução tecnológica e pelas exigências crescentes dos mercados globais
Neste contexto de transformação digital, o CATIM assume um papel ativo e estratégico ao apoiar diretamente as empresas do setor industrial na implementação de soluções inovadoras que utilizam a ciência de dados para aumentar a eficiência operacional e a competitividade. O contributo do CATIM materializa-se na participação ativa em projetos colaborativos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT), envolvendo entidades empresariais, instituições académicas e centros tecnológicos.
Destaca-se, entre os projetos atuais, a participação do CATIM na Agenda Mobilizadora PRODUTECH R3, especifica-
-mente no PPS 27: Armazém Eficiente e Inteligente, do WP8 - Fábrica Digital e Sustentável Este PPS visa o desenvolvimento de um sistema automatizado avançado de armazenagem e gestão logística, integrando tecnologias digitais avançadas como IoT (Internet das Coisas), machine learning e inteligência artificial. Neste contexto, o CATIM contribui com o seu know-how técnico para o desenvolvimento de um módulo de machine learning, que visa prever de forma integrada a procura de diferentes conjuntos de componentes metálicos em períodos temporais específicos e determinar automaticamente os pontos de encomenda necessários para manter o stock acima do nível mínimo Este módulo será integrado numa solução robótica em desenvolvimento pela empresa JPM, que tem como finalidade apoiar tarefas logísticas, nomeadamente o transporte dos componentes metálicos necessários para satisfazer as encomendas. Além disso, através do projeto MissãoINcatim, o CATIM promove a disseminação de boas práticas industriais e casos de sucesso na utilização do Data Science, como exemplificado pela Infinite Foundry (entrevista a André Luz – CEO da Infinite Foundry na pág. 7). Esta empresa destaca-se pela implementação de gémeos
da indústria para a indústria
digitais que permitem a otimização e monitorização contínua de processos industriais em tempo real, refletindo concretamente os benefícios potenciais da ciência de dados na indústria nacional O compromisso do CATIM com a digitalização e inovação tecnológica manifesta-se também através de programas de capacitação, workshops e seminários, transferindo conhecimento técnico atualizado. Deste modo, o CATIM não apenas fomenta a implementação tecnológica, mas também impulsiona uma mudança cultural nas organizações, preparando o setor industrial para os desafios futuros e assegurando uma posição competitiva num cenário internacional cada vez mais exigente
À conversa com André Godinho Luz CEO da empresa Infinite Foundry
“O DATA SCIENCE É CONHECIMENTO”
O PAPEL DO DATA SCIENCE NA TRANFORMAÇÃO INDUSTRIAL
No atual panorama industrial, a transformação digital é um fator determinante para o crescimento e sustentabildiade das empresas
A ciência dos Dado (Data Science), destaca-se como uma das ferramentas mais importantes deste processo, capacitando as organizações com conhecimentos detalhados e em tempo real sobre as suas operações, permitindo tomadas de decisão mais rápidas e fundamentadas A adoção desta tecnologia não só impulsiona a inovação, como melhora a eficiência, a adaptabilidade e a competitividade no mercado global. A aplicação do Data Science permite prever e antecipar problemas operacionais, reduzir custos e desperdícios e otimizar recursos. Além disso, contribui para uma melhor compreensão das necessidades dos clientes e para uma resposta mais ágil às dinâmicas de mercado, posicionando as empresas na vanguarda da inovação tecnológica.
Nesta edição da revista e-catim Boletim Digital, André Godinho Luz, CEO da empresa Infinite Foundry, explica como a empresa aplica o Data Science para otimizar operações industriais, utilizando a tecnologia de gémeo digital. Fundada em 2017, a Infinite Foundry é uma empresa tecnológica especializada em soluções de simulação e otimização de processos industriais através de gémeos digitais, simuladores
virtuais e sistemas de medição automatizados André Godinho Luz destaca o papel crucial do Data Science na transformação digital das empresas, evidenciando a sua relevância para conquistar vantagem competitiva, e partilha boas práticas para implementar esta tecnologia, realçando a importância da colaboração entre parceiros e da continuidade no processo de adaptação e inovação
Poderia apresentar-nos a Infinite Foundry e explicar como o Data Science é aplicado pela empresa para melhorar a eficiência e aumentar a competitividade no mercado?
A Infinite Foundry é uma empresa focada na área de controlo avançado de operações industriais Utilizamos conhecimento fenomenológico vindo do Data Science para controlar as operações industriais de forma mais eficiente e flexível Tentando desdobrar estas palavras: utilizamos a tecnologia de gémeo digital para replicar de forma precisa as operações industriais em 3D e em tempo real. Ou seja, o 3D, a réplica tridimensional em tempo real, é a base de dados a partir da qual todos os nossos algoritmos de controlo funcionam
O nosso Data Science é um Data Science em 3D, o que o torna um pouco diferente do que as pessoas normalmente associam ao termo. Utilizamos exatamente este Data Science para correr uma série de algorítmica avançada, baseada na física, na química, na biomecânica e na otimização.
Este variadíssimo conjunto de algoritmos está constantemente a observar a operação e a perceber se tudo o que está a ser feito está conforme o planeado ou se há algum desvio Se houver algum desvio, compreende a razão desse desvio, mesmo que seja um desvio que nunca tenha identificado. Porque compreende a física, vai questionar. Imaginemos, por exemplo, que o desvio é uma chapa que dobrou demais Este vai perguntar por que razão a chapa dobrou demais e como se corrige esse desvio É por isso que temos um controlo avançado, porque ele vai observar o fenómeno, vai à origem do problema, identifica a causa do desvio e como se corrige automaticamente. Desta forma, garantimos a eficiência dos sistemas.
Por outro lado, também usamos o Data Science para a área da flexibilidade/adaptabilidade O que é a flexibilidade? É a capacidade de adaptar a operação, por exemplo, alterando o número de peças produzidas ou mudando o tipo de produto Portanto, pode-se inquirir o nosso sistema sobre como se vai fazer essa mudança. O que este faz é recorrer aos dados da operação atual e simular vários cenários de alteração dessa mudança e encontrar dentro desses cenários aquele que melhor consegue concretizá-la Portanto, a nossa tecnologia baseia-se muito no Data Science, para conseguimos entregar um grande valor ao mercado
Na sua opinião, qual é o papel do Data Science na transformação digital das empresas?
O Data Science é conhecimento Para nós, o diferencial de cada empresa é essa empresa ter um conhecimento maior do que os seus concorrentes sobre o produto ou processo que está a colocar no mercado O Data Science é a fundação desse conhecimento, retirando a informação das operações para identificar o que está a acontecer e o motivo dos desvios. E, com base neste conhecimento, é possível perceber os problemas e encontrar as soluções Isto, como em tudo no mundo, é uma corrida: uma corrida para ver quem é mais rápido, quem consegue resolver os problemas e ser mais eficiente do que a sua concorrência Portanto, o Data Science é a fundação Se nós não tivermos dados, não conseguimos gerar conhecimento. Podemos achar, mas muitas vezes o que achamos não corresponde à realidade. O Data Science liga-nos ao mundo real, é quase uma fibra que nos conecta ao chão e nos agarra à realidade É a partir daí que conseguimos derivar lógicas de controlo mais eficiente do processo e lógicas para sermos mais eficazes na entrega do nosso produto
Quais são as boas práticas que a Infinite Foundry recomenda a outras empresas que queiram adotar o Data Science?
Primeiro, é necessário haver uma predisposição da empresa para ter um conhecimento muito avançado do seu processo Ou seja, antes de sequer iniciarmos o Data Science, temos de
começar pela definição do objeto social da empresa A empresa está no mercado porque quer entregar este produto, serviço ou processo da forma mais eficiente e flexível
Para alcançar esse objetivo, a empresa tem de querer ter um conhecimento maior do que toda a gente sobre esse processo, para conseguir ser mais eficiente. É a partir daí que vem automaticamente o Data Science porque, para ter conhecimento, é necessário ir ao Data Science obter esse conhecimento. Essa é a parte principal O Data Science por si só não é nada Ele surge naturalmente de uma estratégia da empresa para ser mais eficaz e ter maior precisão do que os seus concorrentes É necessário haver esse reconhecimento, um reconhecimento que não deve ser apenas da administração ou de um departamento, mas de toda a estrutura da empresa. Toda a estrutura da empresa tem de querer ter um conhecimento maior.
A segunda parte é ir ao mercado e compreender, entre as várias soluções, quem pode fornecer o conhecimento necessário. Eu tenho este produto; quem me pode fornecer esse conhecimento?
Não se trata de ir ao mercado rapidamente, adicionar mais um robô ou outra solução e achar que o assunto se resolve logo O conhecimento é um contínuo e, por isso, quando vou ao mercado, procuro quem possa fornecer um conhecimento constante. Isto pode envolver não apenas uma única empresa, mas um conjunto de empresas e uma colaboração. Aliás, estamos a trabalhar bastante na Agenda Mobilizadora PRODUTECH R3, no qual tem havido colaboração entre vários providers de automação, robótica, software, infraestrutura computacional e, também, o cliente final Portanto, existe aqui uma simbiose entre todos para que possamos entregar resultados. E isto é que é o importante. Muitas vezes, o cliente acha que é quase um problema de procurement, acreditando que basta ir ao mercado e tentar encontrar um robô que resolva por milagre, mas não é assim O Data Science é uma forma de estar no mercado, em que aproveitamos a ciência e os dados para sermos mais eficazes Quando vamos ao mercado, temos essa ambição de querer ser melhores Cada empresa deve encontrar o seu consórcio de parceiros que lhe permita entregar isto.
Por isso é que eu digo: é este ponto inicial de haver um estado, uma maneira de estar, de querer ser, que se foca claramente em utilizar o conhecimento como o principal driver de vendas. O segundo ponto é encontrar os parceiros, nas várias áreas, que entregam esse driver de vendas, e não olhar para o Data Science como um procurement, fazer um dashboard, pôr um robô ali Não, porque isso nunca vai resolver o problema fundamental, que é dar competitividade total. Uma empresa é uma estrutura de custos que vai de alto a baixo. Portanto, o Data Science deve abranger toda a estrutura da empresa, do topo à base. Não pode ser utilizado apenas para resolver problemas pontuais e deixar os outros por resolver, porque muitas vezes isso é o que efetivamente leva à perda de competitividade
Que mensagem final gostaria de transmitir às empresas que estão a considerar implementar o Data Science, mas ainda não exploraram todo o seu potencial?
O Data Science é como eletricidade Recusá-lo é o equivalente a, hoje em dia, dizer que não queremos que a empresa tenha fornecimento de eletricidade Isso é impensável As empresas têm de utilizar o Data Science para se manterem competitivas no mercado. Não se coloca sequer a questão de não o utilizar. Têm de o utilizar de uma forma quase fundamentalista. Tem de ser, e esse deve ser o objetivo da empresa Qualquer área da sua atividade deve ser rastreada e deve haver conhecimento e dados que ajudem a otimizar essa área Por isso é que eu digo que tem de existir a atitude fundamentalista de procurar sempre.
Se há este bocadinho que eu não conheço, vou ter de ir buscar dados lá. Obviamente, isto não se faz do dia para a noite. Isto é um caminho contínuo, que se vai fazendo. No próximo ano, vai ter de se continuar e no ano seguinte também Não há um ponto final – “eu agora instalei e fico cinco anos sem fazer nada” Este é um caminho contínuo, e é essencial ter consciência de que nenhuma empresa consegue fazê-lo sozinha É fundamental procurar e reunir parceiros confiáveis, capazes de fornecer as soluções necessárias para alcançar os objetivos desejados. A colaboração e a confiança entre parceiros são decisivas para que tudo funcione de forma integrada e eficaz
A Agenda Mobilizadora PRODUTECH R3 tem desempenhado um papel fundamental neste sentido, ao fomentar a colaboração entre empresas e entidades dos principais setores industriais e do sistema científico e tecnológico Ao promover o desenvolvimento colaborativo e inovador, o projeto facilita o acesso das empresas a soluções concretas e eficazes para os seus desafios tecnológicos. Desta forma, as empresas têm a oportunidade de implementar estratégias inovadoras baseadas, por exemplo, no Data Science, fortalecendo a sua posição num mercado atual e futuro cada vez mais competitivo Ainda há um longo percurso a realizar, e as empresas devem aproveitar as oportunidades, como por exemplo a participação em projetos, permitindo-lhes obter, de forma mais simples e eficaz, soluções para os seus desafios específicos. Desta forma, podem desenvolver e implementar uma estratégia de Data Science, que as posicione no mercado atual e futuro, cada vez mais competitivo
OData Science deve abranger toda a estrutura da empresa, do topo à base
Não pode ser utilizado apenas para resolver problemas pontuais e deixar os outros por resolver, porque muitas vezes isso é o que efetivamente leva à perda de competitividade.
PROJETOS
Notícias e Destaques
PENSE INDUSTRIA
PROJETO PENSE INDÚSTRIA JÁ ARRANCOU E CONTINUA A REFORÇAR A APOSTA NA DIGITALIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
10 de janeiro de 2025
O CATIM, em parceria com quatro centros tecnológicos (CITEVE, CENTIMFE, CTCOR e CTCP), dá início a mais uma edição do projeto PENSE INDÚSTRIA –Pessoas, Digitalização e Sustentabilidade, cofinanciado pelo Compete 2030 e FSE+ (Fundo Social Europeu) O projeto prolonga-se pelos próximos dois anos letivos, reforçando a sua missão de sensibilizar e motivar os jovens para carreiras na indústria e na tecnologia. O projeto inclui cerca de 1.400 sessões de sensibilização, competições de âmbito regional, nacional e internacional, e a oportunidade de experienciar, de forma prática, as tecnologias emergentes da Indústria 5 0
Entre as novidades da nova edição do projeto Pense Indústria, destaca-se o concurso de Empreendedorismo – “IstoéumaIdeia”, que contará com 260 equipas e mais de 1 000 participantes A competição desafia os jovens a desenvolver ideias inovadoras com impacto real, e a equipa vencedora terá a oportunidade de visitar o Parlamento Europeu Outro grande destaque é a reformulação do F1 in Schools, que passa a denominar-se STEM Racing, mantendo o apoio oficial da Fórmula 1 O programa continuará a incentivar a criatividade e o trabalho em equipa, desafiando os alunos a desenvolver miniaturas de carros de F1, que serão testados em competições nacionais e internacionais A equipa vencedora representará Portugal na Final Mundial, com todas as despesas suportadas
Através do Pense Indústria, o CATIM e os restantes parceiros do projeto reafirmam o compromisso com a capacitação dos jovens, proporcionando-lhes conhecimento e experiências práticas que os preparam para os desafios da Indústria 5.0 e para as profissões do futuro.
CONSÓRCIO
7º E 8º WORKSHOPS DO ROTEIRO DE DESCARBONIZAÇÃO DO METAL PORTUGAL
7º WORKSHOP, 16 de janeiro de 2025 | Braga, Portugal
8º WORKSHOP 27 de fevereiro de 2025 | Oliveira de Azeméis Portugal
O CATIM, em parceria com a AIMMAP, continua a impulsionar a descarbonização do setor Metal Portugal através do projeto CarbonFree Guide4Metal Nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, realizaram-se o 7º e 8º Workshops "Roteiro de Descarbonização do METAL PORTUGAL", iniciativas que reuniram especialistas para debater estratégias e ferramentas essenciais para a redução da pegada de carbono no setor
O 7º Workshop, realizado no dia 16 de janeiro no Meliá Braga Hotel & Spa, contou com a presença de mais de seis dezenas de participantes, que assistiram a intervenções de especialistas de referência na área da sustentabilidade. A sessão arrancou com a apresentação do Roteiro de Descarbonização do METAL PORTUGAL, conduzida por João Campos (Humb Consulting), seguida da exposição das ferramentas digitais desenvolvidas no âmbito do projeto, a cargo de Carolina Duque (CATIM) Em seguida, Francisco Lázaro (INEGI) explorou as soluções tecnológicas associadas aos consumos energéticos, enquanto Elsa Teixeira (IAPMEI) apresentou o programa “Rota da Sustentabilidade”, destacando a importância do reporte ESG para as empresas Sofia Veloso Ferreira da AIMMAP moderou a sessão
O 8º Workshop, reforçou a relevância da capacitação das empresas para a transição sustentável
A sessão teve início com a intervenção de Cláudia Ribeiro (CATIM), que deu as boas-vindas aos participantes e contextualizou o evento Durante a sessão, os especialistas Francisco Lázaro (INEGI), João Campos (Humb Consulting), Raquel Coelho e Carolina Duque (CATIM) e Teresa Mata (INEGI) abordaram temas centrais para o processo de descarbonização, fornecendo insights técnicos e estratégicos sobre as mudanças necessárias para o setor Metal se adaptar às novas exigências ambientais e regulatórias
A sessão foi encerrada por Carla Gonçalves (AIMMAP), que destacou o impacto positivo do projeto e das ferramentas desenvolvidas, reforçando o valor destas iniciativas para as empresas do setor. O evento recebeu um feedback muito positivo por parte dos participantes, demonstrando o interesse e a necessidade de continuar a apoiar a indústria neste processo de transição.
Estes workshops fazem parte de um conjunto de iniciativas que têm mobilizado dezenas de empresas, promovendo o conhecimento técnico e capacitando a indústria para os desafios da transição energética. O CATIM reafirma o seu compromisso ferramentas inovadoras que auxiliem o setor Metal a alcança compe i i
5ª e 6ª Ações de Capacitação “Relatórios de Sustentabilidade”
5ª AC, 28 de janeiro de 2025 | Aveiro, Portugal
6ª AC, 11 e 12 de fevereiro de 2025 | ONLINE
A AIMMAP e o CATIM promoveram a 5 e 6ª Ações de Capacitação (AC) dedicadas ao tema “Relatórios de Sustentabilidade” As sessões, ministradas por Margarida Natal Mendes e Tiago Ferreira (Aliados Consulting), tiveram como objetivo capacitar as empresas do setor Metal para a elaboração de relatórios alinhados com a nova Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade (CSRD), reforçando a importância da transparência e da gestão sustentável.
7ª Ação de Capacitação “Gestão Sustentável e Circular dos Produtos e Modelos de Negócio – Ecodesign e Avaliação da Circularidade”
7ªAC, 11 de março de 2025 | Coimbra, Portugal
A 7ª Ação de Capacitação decorreu no Hotel Vila Galé, em Coimbra. A sessão foi conduzida por Cristina Sousa Rocha, do LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, e teve como objetivo capacitar as empresas do Setor Metal na implementação e desenvolvimento de produtos e modelos de negócio mais sustentáveis, bem como na aplicação de ferramentas de avaliação da circularidade Esta iniciativa reforçou um vez mais o compromisso contínuo da AIMMAP e do CATIM em apoiar as empresas na transição para uma economia mais sustentável e circular, alinhada com as diretrizes europeias de descarbonização
PRODUTECH R3
CICLOS DE REFLEXÃO E DIVULGAÇÃO TEMÁTICA SOBRE TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO INOVADORAS
ESG - Indicadores de Sustentabilidade e Avaliação do Ciclo de Vida
26 de fevereiro de 2025 | Braga, Portugal
O CATIM marcou presença na terceira sessão presencial dos Ciclos de Reflexão e Divulgação Temática sobre Tecnologias de Produção Inovadoras, dedicado ao tema ESG - Indicadores de Sustentabilidade e Avaliação do Ciclo de Vida, que teve lugar no dia 26 de fevereiro, no Hotel Meliá em Braga. Estes ciclos que decorrerão até ao final do ano, estão a ser promovidos no âmbito da Agenda Mobilizadora PRODUTECH R3, reforçando o compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor industrial.
Durante o evento, Raquel Coelho, da Unidade de Sustentabilidade, Ambiente e Segurança do CATIM, abordou o tema “Pegada de Carbono Corporativa”, um dos mais importantes indicadores de sustentabilidade e alterações climáticas
O CATIM tem vindo a apoiar as empresas na quantificação da Pegada de Carbono, tanto ao nível organizacional como ao nível dos produtos, contribuindo para uma indústria mais sustentável e alinhada com as exigências ambientais atuais
FabLabs
CATIM RECEBE PARCEIROS DO PROJETO FABLABS
4 a 6 de fevereiro de 2025 | Porto, Portugal
Nos dias 4 a 6 de fevereiro, o CATIM foi o anfitrião da reunião presencial do projeto Erasmus+ FabLabs Este projeto visa desenvolver competências relacionadas com a Internet das Coisas (IoT) através de laboratórios de fabrico digital.
O encontro contou com a presença dos diversos parceiros internacionais, incluindo a t2i - Trasferimento Tecnologico e Innovazione Scarl (Itália), Universidade de Ljubljana (Eslovénia), Grupo de Tecnologías de la Información (GTI) da Universidade de Vigo (Espanha), CESGA (Espanha) e BIBA - Bremer Institut für Produktion und Logistik GmbH (Alemanha) Durante a reunião, foram finalizados os módulos de formação que serão disponibilizados para estudantes, empresas e entusiastas da tecnologia testarem e aplicarem conceitos inovadores, tais como: IoT, Inteligência Artifical, Metodologias de Design Thinking, introdução ao Blockchain, e outras tecnologias consideradas emergentes Como resultado do projeto, será disponibilizada em breve uma plataforma online gratuita, que reunirá materiais didáticos, apresentações, exercícios e testes para apoiar professores, técnicos e criadores no seu trabalho diário de inovação e disseminação tecnológica
A reunião realizada no CATIM reforça a importância do envolvimento do centro em iniciativas europeias que promovem a inovação e a capacitação digital na indústria.
MissãoINcatim
INCATIM CONFERENCE 2025
Um compromisso com a Dupla Transição da Indústria
Realizou-se no passado dia 27 de março a 1ª edição da INcatim Conference 2025, sob o tema “Um compromisso com a Dupla Transição da Indústria”. O evento decorreu na Fundação António Cupertino de Miranda, no Porto, e marcou o encerramento oficial do projeto MissãoINcatim A conferência reuniu especialistas do sistema de inovação, empresas e decisores estratégicos, para debater os desafios e as oportunidades da transição verde e digital. O programa incluiu a partilha de estratégias inovadoras, boas práticas e apresentação de casos de sucesso que estão a moldar a indústria.
A sessão de abertura foi conduzida por Mafalda Gramaxo, Diretora Geral da AIMMAP, seguida pela apresentação do projeto MissãoINcatim por Vânia Pacheco, responsável pela Unidade de Projetos do CATIM, destacando os principais resultados alcançados no projeto
O painel "Dois Caminhos, Um Futuro: Como a Digitalização e a Sustentabilidade se Conectam", moderado por Cláudia Ribeiro (CATIM) e Sofia Veloso Ferreira (AIMMAP), proporcionou um debate enriquecedor com a participação de André Godinho Luz (Infinite Foundry), Susana Cortez (Lingote Alumínios), António Almeida (INESC TEC) e Ricardo Barbosa (INEGI)
Pedro Machado, da NOS, foi o keynote speaker, abordando as oportunidades e os desafios da transformação digital industrial
João Ferreira, da Agência Nacional de Inovação (ANI), encerrou o evento destacando a importância dos Centros de Tecnologia e Inovação (CTI), como o CATIM, e do programa de financiamento base - Missão Interface - essenciais para reforçar e capacitar o sistema científico e tecnológico nacional e melhorar as ligações entre empresas e instituições académicas, garantindo assim uma transferência eficaz de tecnologia e a tradução dos resultados da investigação em inovação.
O evento proporcionou também aos participantes oportunidades de networking e uma visita à exposição "Dinheiro e Transportes" Esta conferência representou a primeira edição da INcatim Conference, estabelecendo um marco que continuará anualmente e que, no próximo ano, celebrará os 40 anos do CATIM sob o mote “40 Anos deExcelênciaeCompromissocomaIndústria”.
O vídeo resumo do projeto MissãoINcatim já está disponível e pode ser visualizado AQUI!
27 de março de 2025 | Porto, Portugal
FAMÍLIA ISO 9000 –GESTÃO DA QUALIDADE
REVISÃO ISO 9001 EM CURSO
Por Alexandra Peixoto, da Unidade de Qualidade e InovaçãodoCATIM
O ISO/TC 176 iniciou um ciclo de revisão das normas ISO 9000 [1] e ISO 9001 [2] em dezembro de 2023, com um planeamento dos trabalhos de desenvolvimento a decorrer em 2024 e 2025 Neste momento, a 9001 está na fase de CD 2 para comentários (Committee Draft, 2º inquérito a terminar em março)
O objetivo do ISO/TC 176 é lançar a próxima fase do projeto DIS em 2025:
DIS 9001, em função do processo de análise de comentários recebidos;
DIS 9000, com previsão para abril
Com esta revisão, pretende-se um referencial que continue a responder às necessidades atuais e futuras das organizações, facilitando a sua compreensão e aplicação, o alinhamento com a estrutura harmonizada, bem com refletir as tendências emergentes
A normalização na área da gestão da qualidade é promovida e coordenada pela APQ – Associação Portuguesa da Qualidade (ONS), através da CT 80Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade (sendo o CATIM membro da CT 80)
Versões em vigor:
[1] NP EN ISO 9000: 2015 Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e vocabulário (ISO 9000:2015) / ISO 9000: 2015 - Quality management systems Fundamentals and vocabulary.
[2] NP EN ISO 9001: 2015 Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos (ISO 9001:2015) / ISO 9001: 2015 Quality management systems Requirements; -NP EN ISO 9001:2015/Amd.1:2024 Ações relativas às alterações climáticas / ISO 9001:2015/Amd.1: 2024 Amendment 1: Climate action changes.
ISO/TC176/SC3/WG29-RevisionofISO9001:2015
Por Raquel Coelho, Técnica SuperiordeAmbientenoCATIM
PACOTE OMNIBUS - PROPOSTAS PARA SIMPLIFICAÇÃO DAS REGRAS DE REPORTE DE SUSTENTABILIDADE
Um conjunto de alterações regulamentares que incentivam a transição para práticas mais sustentáveis e otimizam o esforço das empresas na divulgação de informação
A Comissão Europeia (CE) apresentou, a 26 de fevereiro de 2025, um novo pacote de propostas para simplificar as regras da União Europeia (UE) em matéria de sustentabilidade e conciliar objetivos em matéria de competitividade e clima, por forma a criar condições para que as empresas prosperem, atraiam investimento e contribuam para objetivos comuns – incluindo os objetivos do Pacto Ecológico Europeu – e concretizem todo o seu potencial económico
A simplificação proposta resultará numa significativa redução dos encargos administrativos, cobrindo diversos domínios legislativos, e centrando o quadro regulamentar nas empresas de maior dimensão e com maior impacto no clima e no ambiente Permite ainda proteger as pequenas e médias empresas (PMEs) de efeitos desproporcionais e incentivar a transição para práticas mais sustentáveis e otimizar o esforço das empresas na divulgação de informação
Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CSRD):
- Adiamento de dois anos para aplicação da CSRD para as empresas abrangidas, passando a reporte obrigatório a partir de 2026 e 2027;
- Alinhamento dos limiares da CSRD com os da CS3D (Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa), ou seja, será aplicável apenas a empresas com mais de 1.000 trabalhadores, 50 milhões de euros de volume de negócios ou 25 milhões de euros de balanço. Assim, cerca de 80% das empresas atualmente abrangidas ficarão isentas;
- Revisão do primeiro conjunto de normas ESRS, promovendo a redução em 70% do número de dados exigidos no reporte das empresas abrangidas e foco em resultados quantitativos;
- Não serão produzidas normas setoriais, de modo a evitar maior carga de reporte;
- Serão desenvolvidas Diretrizes específicas sobre auditoria até 2026, porém manter-se-á a garantia limitada, evitando-se custos adicionais.
- A dupla materialidade será preservada;
- A VSME (Norma de Reporte voluntário para PMEs), publicada em dezembro de 2024, continua a ser o guia para empresas não abrangidas pela CSRD
Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D):
- Transposição da CS3D adiada um ano, com foque nos parceiros comerciais diretos;
- Redução da frequência das avaliações de parceiros de um para cinco anos, salvo quando se percecione que as medidas de diligência deixaram de ser eficazes;
- Eliminação das regras de responsabilidade civil da UE, remetendo para os regimes nacionais a decisão sobre compensações em caso de incumprimento;
- Os planos de transição climática passarão a ser apenas uma "obrigação de meios" (e não de resultado), com a necessidade de indicar " as medidas previstas e implementadas".
Taxonomia:
- Introdução de um regime "opt-in", permitindo que grandes empresas com mais de 1 000 trabalhadores e volume de negócios até 450 milhões de euros optem por não publicar o seu relatório de taxonomia;
- O número de dados obrigatórios será drasticamente reduzido
Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono (CBAM)
- Novo limiar de inclusão (50 toneladas de produtos importados por ano), que isentará cerca de 90% dos importadores, mas continuará a abranger 99% das emissões dos setores afetados (ferro e aço, alumínio, cimento e fertilizantes).
InvestEU
- Simplificação dos regulamentos do InvestEU e do EFSI, possibilitando a mobilização de até 50 mil milhões de euros adicionais em investimentos até ao final do ano
Ressalvamos que a norma europeia ainda não mudou Esta proposta da Comissão seguiu para o Parlamento Europeu e poderão ser necessários 6 a 12 meses até as alterações serem totalmente concluídas Devemos manter foco na Sustentabilidade das nossas organizações
Poderão consultar a notícia completa e outras informações AQUI!
O DESENVOLVIMENTO DOS TRÊS PILOTOS DE GÉMEO DIGITAL DO PROJETO TWIN NAVAUX ESTÁ A AVANÇAR
O projeto Twin NavAux, centrado na promoção da utilização do gémeo digital na Indústria Auxiliar Naval Galiza – Norte de Portugal, avança na definição e execução dos três pilotos de gémeo digital de produção em empresas auxiliares do setor naval previstos para este ano de 2025. O objetivo do Twin NavAux é consolidar um ambiente adequado para promover a adoção generalizada de modelos de gémeo digital de produtos, neste caso, no âmbito naval, onde alcança uma relevância especial pela sua contribuição para a otimização, tanto no processo de fabrico, como na fase de apoio de um navio quando entra em funcionamento Para atingir este objetivo, estão previstas várias ações: identificação das capacidades tecnológicas necessárias para o desenvolvimento de um gémeo digital no setor auxiliar naval, formação na transição para o modelo de gémeo digital, roteiro para a implementação do gémeo digital e conceção e arranque de pilotos de gémeo digital de produção em empresas auxiliares do setor naval No caso específico dos pilotos, três no total, as empresas e entidades participantes estão a trabalhar na sua definição e desenvolvimento, de acordo com os prazos e objetivos previstos A ElectroRayma, a Ibercisa e a Ferri lideram os três pilotos de gémeo digital no âmbito do projeto Twin NavAux, juntamente com o Grupo de Engenharia Integrada da Universidade da Coruña e o departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade Portucalense – Infante D Henrique do Porto
Piloto da ElectroRayma:
A Universidade Portucalense está a desenvolver um piloto de manutenção preditiva para um sistema de bombagem de água da empresa ElectroRayma através da realização de uma representação virtual 3D totalmente interativa. O sistema é composto por quatro motores onde o piloto pode detetar anomalias e indicar a sua origem. Para além disso, o piloto tem como objetivo indicar o momento previsto para a próxima intervenção de manutenção do sistema. A implementação piloto utiliza algoritmos de Deep Learning acompanhados de algoritmos explicativos para identificar possíveis falhas. Este piloto de gémeo digital permite tomar decisões mais rápidas e precisas, otimizar a utilização de recursos e reduzir os custos.
Piloto da Ibercisa:
O piloto da Ibercisa é um gémeo digital de uma máquina estivadora com controlo de tensão Esta máquina é utilizada para pré-tensionar e armazenar um cabo de aço que é usado para tarefas de ancoragem ou reboque, pelo que tem uns valores de tração específicos que devem ser monitorizados E é precisamente nesta monitorização em tempo real que se aplica o gémeo digital, recorrendo a tecnologias de IoT, simulação 1D e análise na nuvem São tratados tanto dados reais, como dados da simulação, o que permite prever possíveis falhas ou anomalias O objetivo é conseguir uma réplica virtual exata do sistema físico que garanta o funcionamento ótimo da máquina real
Piloto da Ferri:
Por sua vez, o piloto a desenvolver em colaboração com a Ferri consiste num gémeo digital de um guincho a bordo de um navio. Estas máquinas são usadas para operar em águas profundas com cargas severas (ROV, sonar de varrimento lateral ou qualquer sistema concebido para submergir) Por isso, é importante que estes equipamentos não falhem quando alguma destas cargas está a ser manobrada Nestas situações, um gémeo digital proporciona informação relevante sobre o estado de saúde do equipamento, o que ajuda os operadores a tomar decisões em tempo real As tecnologias usadas envolvem a sensorização do equipamento, o prétratamento de dados de uma camada Edge, a utilização de modelos de simulação que reproduzam o comportamento do equipamento e o processamento e armazenamento na nuvem para aceder aos dados tanto do equipamento virtual, como do real
Estes três pilotos são uma parte essencial do projeto Twin NavAux, cofinanciado pela União Europeia através do Programa Interreg VI-A Espanha-Portugal POCTEP 2021 – 2027, cujo objetivo é estabelecer a base tecnológica e as condições de formação do pessoal necessário para facilitar a implementação em massa de gémeos digitais de produto, tanto no setor naval, como noutros setores de produção da Eurorregião.
ONS CATIM
Organismo de Normalização Setorial
Alexandra Peixoto Cláudia Fernandes
Por Alexandra Peixoto e Cláudia Fernandes, Serviço de Normalização ONS CATIM
REVISÃO (EN) ISO 12100 (PROCESSO PARALELO ISO/CEN, EM CURSO)
Safety of machinery — General principles for design — Risk assessment and risk reduction
A norma de referência e guia para a Segurança de Máquinas –Risco – que especifica a terminologia de base, os princípios e a metodologia para obter a segurança no projeto das máquinas, está em revisão com processo paralelo ISO/CEN (ISO/TC 199 e o CEN/TC 114)*. O inquérito terminou a 2025-03-07, tendo sido aprovado ao nível da ISO (resultados ainda não disponibilizados no processo CEN). A futura norma irá conter um anexo Z.# que irá abordar o Regulamento (UE) 2023/1230, estabelecendo a relação entre esta Norma Europeia e os requisitos essenciais do Regulamento (UE) 2023/1230** que se pretende abranger.
Pretende-se que este referencial continue a responder às necessidades atuais e futuras dos projetistas, fornecendo um quadro geral e orientações para as decisões a tomar durante o desenvolvimento das máquinas, com o objetivo de conceber máquinas suficientemente seguras para a utilização a que se destinam
O presente documento é relevante, em particular, para as seguintes partes interessadas que representam os principais atores do mercado em matéria de segurança das máquinas:
Fabricantes de Máquinas (pequenas, médias e grandes empresas (PMEs)); Organismos Notificados, Entidades Notificadoras, Entidades Acreditadoras, Entidades Fiscalizadoras, organizações competentes no domínio da segurança de máquinas
Fig.3 - Elementos de Risco (atual norma em vigor – NP EN ISO 12100: 2018).
Destaque às principais alterações: Reformulação da secção “Aspetos relativos ao software”; Nova secção “Cibersegurança e proteção contra a corrupção”; Nova secção “Aspetos de higiene”
A normalização na área da Segurança de Máquinas é promovida e coordenada pelo CATIM (ONS), através da CT 40Máquinas robots e automação industrial – Aspetos de segurança
REATIVAÇÃO DA
CT 97 – MATERIAIS EM CONTACTO COM OS ALIMENTOS,
SOB A COORDENAÇÃO DO ONS CATIM
No âmbito do protocolo de cooperação existente entre o CATIM e o IPQ nos diferentes domínios de reconhecimento de normalização, o CATIM, enquanto Organismo de Normalização Sectorial, assumiu durante o ano de 2024 a coordenação da Comissão Técnica 97 –Materiais em contacto com os alimentos (previamente coordenada pelo IPQ)
Este assunto é de particular importância no contexto atual, onde a procura de materiais e produtos que assegurem a segurança alimentar, sustentabilidade, entre outros princípios Os materiais em contacto com os alimentos têm vindo a reafirmar o seu papel central em aspetos relacionados com a segurança (incluindo segurança do consumidor) ao longo da cadeia de abastecimento a par com a confiança dos métodos e técnicas de ensaio, valores declarados e rastreabilidade dos mesmos.
Os benefícios de desenvolver e acompanhar os referenciais normativos para promover e assegurar padrões de qualidade, rastreabilidade, reprodutividade (nos métodos e ensaios) na área dos materiais em contacto com os alimentos são essenciais para as diferentes partes envolvidas.
NOVO REGULAMENTO DOS PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO (RPC)
Regulamento (UE) 2024/3110, de 27 de novembro de 2024
Foi recentemente publicado o novo Regulamento que estabelece as regras harmonizadas para a comercialização dos produtos da construção e que revoga o Regulamento (UE) n º 305/2011 As regras harmonizadas para a comercialização de produtos de construção visam:
Garantir o funcionamento do mercado único
Assegurar a livre circulação de produtos (Marcação CE)
Estabelecer uma linguagem técnica comum
Implementar o Passaporte Digital de Produtos
Estabelecer a ligação aos códigos nacionais de construção através de requisitos básicos para obras de construção
O novo RPC marca um novo ciclo, onde o foco será a sustentabilidade e a digitalização, devidamente alinhado com os objetivos da agenda europeia de uma economia mais verde e circular no setor da construção: “garantir a livre circulação de produtos de construção seguros e sustentáveis no mercado interno, contribuir para a transição verde e digital e proteger a saúde e segurança” .
As normas harmonizadas continuarão a ter um papel fundamental, uma vez que estabelecem regras para a avaliação do desempenho no que respeita às características essenciais relevantes (na sua generalidade, normas com requisitos relativos à funcionalidade, à segurança e à proteção do ambiente). A “zona harmonizada” para determinados produtos ou família de produtos poderá incluir outros tipos de especificações técnicas harmonizadas para dar resposta às necessidades dos Fabricantes e dos Operadores económicos (período de transição).
Nota:
O CATIM coordena 8 Comissões Técnicas (CTs) Nacionais que acompanham e participam no processo de elaboração e revisão de documentos europeus em domínios do RPC (h EN; h TS) Estas CTs contribuem ativamente para a construção do acervo normativo europeu e, consequentemente, para o aumento de produtos na zona harmonizada e a competitividade no mercado único
*** As CTs iniciaram trabalhos de glossários e terminologias próprias para base ao processo detraduçãoautomáticadedocumentosnormativos
CONHEÇA AS INICIATIVAS E EVENTOS DO CATIM
Iniciativas & Eventos
Passados
... SETP OPEN DAYS SOBRE TECNOLOGIAS
ESTRATÉGICAS PARA A EUROPA
22 de janeiro de 2025
SEMINÁRIO “REGISTO DE PRODUTORES/EMBALADORES”
20 de fevereiro de 2025
1º REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO DO CATIM
7 de março de 2025
FEUP ENGINEERING DAYS
10 e 11 de março de 2025
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
7 de março de 2025
Iniciativas & Eventos
Futuros
8º AÇÃO DE CAPACITAÇÃO “CÁLCULO DA PEGADA DE CARBONO DO PRODUTO”
10 de abril de 2025
10º WORKSHOP “ROTEIRO DE DESCARBONIZAÇÃO DO METAL PORTUGAL”
6 de maio de 2025
9º AÇÃO DE CAPACITAÇÃO “CALCULE O SEU ROTEIRO DE DESCARBONIZAÇÃO”
15 de maio de 2025
10º AÇÃO DE CAPACITAÇÃO “VSME NO CONTEXTO DE RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE”
23 de maio de 2025
SIMPMET 2025 “METROLOGIA PARA TODOS NUM MUNDO DIGITAL ”
28 de maio de 2025
APRESENTAÇÃO DO ROTEIRO E RESULTADOS DO PROJETO CARBONFREE GUIDE4METAL”
4 de junho de 2025
INICIATIVAS & EVENTOS PASSADOS
I&D + Inovação
O CATIM MARCOU PRESENÇA NA SESSÃO STEP OPEN DAYS SOBRE TECNOLOGIAS
ESTRATÉGICAS PARA A EUROPA
22 de janeiro de 2025 | Coimbra Portugal
O CATIM esteve representado na última sessão de esclarecimento da iniciativa europeia STEP Open Days, dedicada às Tecnologias Estratégicas para a Europa Este ciclo de eventos, organizado pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) em parceria com as CCDR, teve como objetivo apresentar a STEP – Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa, uma iniciativa da União Europeia que visa fortalecer a indústria europeia através do investimento em tecnologias críticas nos setores digital, de tecnologias limpas e de biotecnologia
Durante a sessão, Carolina Duque, da Unidade de Sustentabilidade, Ambiente e Segurança do CATIM, integrou o painel “Tecnologias Limpas e Eficientes para um Futuro Sustentável”, moderado por Paulo Partidário (DGEG) e com a participação de Teodorico Pais (Vista Alegre), Nuno Vitorino (INDUZIR) e Nuno Gonçalves (IAPMEI) Na sua intervenção, a Carolina destacou como o CATIM tem apoiado as empresas do setor METAL na adoção de soluções para a redução das emissões de CO₂, apresentando também algumas das iniciativas e projetos em que o Centro tem estado envolvido para promover a sustentabilidade na indústria.
A participação nesta sessão reforça o compromisso do CATIM com a inovação e a sustentabilidade, contribuindo para a adoção de novas tecnologias e soluções alinhadas com as políticas europeias de transição verde e digital
I&D + Inovação
CATIM PARTICIPOU NO SEMINÁRIO “REGISTO DE PRODUTORES/EMBALADORESPLATAFORMA
SILIAMB”
20 de fevereiro de 2025 | Porto, Portugal
O CATIM esteve presente no seminário organizado pela AIMMAP, dedicada ao tema “Registo de Produtores/Embaladores - Plataforma Siliamb”. O evento contou também com a participação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e reuniu empresas interessadas em compreender as principais obrigações legais associadas ao fluxo específico de embalagens
Durante a sessão, Ricardo Abreu, da Unidade de Sustentabilidade, Ambiente e Segurança do CATIM, apresentou as principais obrigações legais ambientais aplicáveis às empresas e os prazos limite de reporte Seguiu-se a intervenção de Mafalda Mota, da APA, que destacou as principais alterações legislativas e as obrigações em vigor no âmbito dos fluxos específicos de resíduos.
A participação do CATIM nestas iniciativas reforça o seu compromisso no apoio às empresas no cumprimento das exigências ambientais, promovendo o acesso a informação atualizada e relevante sobre a regulamentação aplicável
I&D + Inovação
CATIM REALIZA A PRIMEIRA REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO
7 de março de 2025 | Porto, Portugal
No dia 7 de março de 2025, decorreu no CATIM a primeira reunião ordinária do Conselho Consultivo do CATIM, subordinada ao tema "O Futuro Sustentável da Indústria Metalomecânica e o Papel das Energias Renováveis" O Conselho Consultivo, presidido pelo Professor António Costa Silva, contou com a participação de personalidades independentes provenientes das comunidades científica e empresarial do setor Metalúrgico e Metalomecânico, e outras individualidades de recoonhecido mérito e experiência, que debateram os desafios e as oportunidades para um setor mais inovador, eficiente e sustentável
A transição energética e o papel das energias renováveis estiveram no centro da discussão, evidenciando o seu impacto na competitividade e na redução da pegada ambiental do setor Metalomecânico.
Esta primeira reunião do Conselho Consultivo do CATIM marca o início de uma colaboração estratégica que pretende alinhar os esforços do setor para uma indústria mais sustentável e competitiva O trabalho desenvolvido será integrado em iniciativas que promovem a inovação e a transição energética, consolidando o papel do CATIM como um agente impulsionador de boas práticas e progresso tecnológico na indústria metalomecânica
FEUP ENGINEERING DAYS
10 e 11 de março d 2025 | Porto, Portugal
Nos dias 10 e 11 de março, o CATIM marcou presença, pelo segundo ano consecutivo, na FEUP Engineering Days, um evento de referência que promove o contacto direto entre estudantes e empresas do setor industrial, facilitando oportunidades de networking e desenvolvimento profissional Durante dois dias, estudantes de diversas áreas da engenharia puderam conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelo CATIM, o impacto gerado no setor metalomecânico e na indústria em geral, bem como o contributo decisivo assumido na integração de jovens talentos no mercado de trabalho. No stand do CATIM, foram apresentadas as principais áreas de atuação do Centro, os desafios tecnológicos enfrentados pelo setor e as oportunidades de colaboração e carreira
Iniciativas como esta são fundamentais para aproximar os futuros engenheiros das oportunidades existentes no setor e fomentar um ecossistema de conhecimento e inovação, fortalecendo a ligação entre a academia e a indústria
DIA MUNDIAL DA MULHER CATIM2025
7 de março de 2025 | Porto, Portugal
No passado dia 7 de março, o CATIM assinalou o Dia Internacional da Mulher com uma iniciativa dedicada à reflexão sobre a igualdade de género Durante a iniciativa, foi partilhada uma TED Talk inspiradora sobre o tema, que serviu de ponto de partida para um enriquecedor momento de troca de ideias sobre o papel individual e coletivo na construção de um futuro mais igualitário
A sessão terminou com a apresentação de um vídeo, especialmente produzido para esta ocasião, reforçando o compromisso do CATIM com a igualdade e inclusão
Veja o vídeo AQUI!
ASSISTA AO VÍDEO
INICIATIVAS & EVENTOS FUTUROS
10 de abril
VILA NOVA DE GAIA
6 de maio PORTO
15 de maio PORTO
23 de maio
SANTA MARIA DA FEIRA
28 de maio ISEP, PORTO
4 de junho PORTO
8º Ação de Capacitação “Cálculo da Pegada de Carbono do Produto”
10º Workshop “Roteiro de Descarbonização do Metal Portugal”
9º Ação de Capacitação “Calcule o seu Roteiro de Descarbonização”
10º Ação de Capacitação “VSME no Contexto de Relatórios de Sustentabilidade”
SIMPMET 2025 “Metrologia para Todos Num Mundo Digital ”
Sessão de Encerramento “Apresentação do roteiro e resultados do projeto CarbonFree_Guide4Metal”
FORMAÇÃO TECNOLÓGICA
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Tel.: 226 159 000
(chamada para a rede fixa nacional)
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Formação | Catim Academy
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
SEGURANÇA EM EQUIPAMENTOS DE TRABALHO - DIRETIVA EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
Data
1, 3, 10 e 15 de abril de 2025
Horário
9h30-12h00
Duração
10 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Francisco Silva
INSCRIÇÃO
SEGURANÇA DE MÁQUINAS – O NOVO REGULAMENTO (UE) 2023/1230 QUE REVOGA A DIRETIVA MÁQUINAS (2006/42/CE)
Data
Horário
9h30-12h30
Duração 28 de maio
3 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Alberto Fonseca
INSCRIÇÃO
SUSTENTABILIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
LICENCIAMENTO AMBIENTAL: EMISSÕES GASOSAS
PARA O AR (TEAR) - INSTALAÇÕES TIPO 3
Data
4 de abril de 2025
Horário
9h00-12h30
Duração
3,5 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Ricardo Abreu
INSCRIÇÃO
RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE (ESG)
Data
Horário
9h30-12h30
Duração 14 e 16 de abril de 2025
7 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Raquel Coelho
INSCRIÇÃO
CÁLCULO DA PEGADA DE CARBONO DA ORGANIZAÇÃO E PRODUTOS - ISO 14064-1 E ISO 14067
Data
Horário
9h00-13h00
Duração 21 e 23 de maio de 2025
7 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Raquel Coelho
INSCRIÇÃO
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE LEGAL
Data
13, 15, 20 e 22 de maio de 2025
Horário
9h00-12h00
Duração
12 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Mónica Henriques
Márcio Leite
Luís Oliveira
André Neves
Alberto Fonseca
INSCRIÇÃO
PRODUTOS QUÍMICOS - SEGURANÇA NO MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM
Data
17 de abril de 2025
Horário
9h00-13h00
Duração
4 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Luana Afonso Mónica Henriques
INSCRIÇÃO
APRECIAÇÃO DE RISCOS PSICOSSOCIAIS (RPS): METODOLOGIAS, INDICADORES E INTEGRAÇÃO IPAR
Data
8 e 10 de abril de 2025
Horário
9h00-12h30
Duração
7 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Cláudia Fernandes
INSCRIÇÃO
METROLOGIA INDUSTRIAL
TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL E GEOMÉTRICO
Data
15 e 17 de abril de 2025
Horário
9h30-17h30
Duração
14 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Hélder Guerra
INSCRIÇÃO
INSTALADOR DE APARELHOS A GÁS - UFCD 10723
APARELHOS A GÁS - INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO, RECONVERSÃO E REPARAÇÃO – ATUALIZAÇÃO
Data
Horário
9h:00-18h30
Duração 19, 20, 21 de maio de 2025
25 horas
Modalidade PRESENCIAL
Formador/a
Ana Mendes António Garcia
INSCRIÇÃO
QUALIDADE E INOVAÇÃO
ESTATÍSTICA APLICADA AOS PROCESSOS DE FABRICO (SPC E FERRAMENTAS DA QUALIDADE)
Data
Horário
9h00-17h00
Duração 8 de abril de 2025
7 horas
Modalidade PRESENCIAL
Formador/a
Marta Mendes
INSCRIÇÃO
IATF 16949:2016 - QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL E AS CORE TOOLS
Data
6, 7, 8 e 14 de maio de 2025
Horário
9h30-12h00
Duração
7 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a
Alexandra Peixoto
INSCRIÇÃO
ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO
Data
Horário
9h00-17h00
Duração 14 de maio de 2025
7 horas
Modalidade PRESENCIAL
Formador/a
Marta Mendes
INSCRIÇÃO
METODOLOGIA FMEA - ANÁLISE MODAL DE FALHAS E SEUS EFEITOS
Data
3 e 5 de junho
Horário
9h30-12h30
Duração
7 horas
Modalidade ONLINE
Formador/a INSCRIÇÃO
Alexandra Peixoto
525.567 H 34.835 FORMANDOS
Á R E A S D E A T U A Ç Ã O C A T I M
Metrologia (Calibrações e Ensaios)
Engenharia e Segurança de Equipamentos
Ambiente e Segurança no Trabalho
Certificação de Produtos e Marcação CE
Materiais e Produtos
Qualidade e Inovação Formação
Investigação Desenvolvimento Inovação
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