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8.1.1 O Grid O grid passou a ser usado nos Estados Unidos e Europa a partir dos anos 60 por designers como Max Bill, Müller Brockmann, Otl Aicher e outros expoentes do Estilo Internacional. Inicialmente, atuou em programas de identidade visual de grandes empresas, inspirados no trabalho pioneiro de Peter Behrens para a AEG, em 1907. Na elaboração de manuais, ao padronizar formatos, e impor o grid como unificador da comunicação visual em diferentes escalas, materiais e limitações de produção, os designers buscavam garantir a uniformidade visual de todas aplicações da empresa. Além de padronizar, o uso do grid era defendido pelos modernistas como ferramenta que proporcionava eficiência na transmissão de informações. Numa página impressa, elementos similares são alinhados de maneira parecida, fazendo com essa semelhanças sejam destacadas e conseqüentemente, identificadas. Segundo Samara Timothy, “o grid converte os elementos sob seu controle num campo neutro de regularidade que facilita acessá-los – o observador sabe onde localizar a informação procurada porque os pontos onde se cruzam as divisões horizontais e verticais funcionam como sinalizadores daquela informação. (SAMARA, 2007, p. 9). Existem vários tipos básicos de grid, como o retangular, o de colunas, o modular e o hierárquico, a cada qual se propõe a resolver determinados tipos de problemas, o que depende da necessidade inicial de cada projeto (Fig. 30).
Figura 30: Tipos básicos de grid. Fonte: SAMARA, 2007, p. 26-29.