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Ação integrada entre secretarias evita

Coleta seletiva, limpeza pública, ações preventivas e educação

Uma ação conjunta deflagrada pela Prefeitura de Americana a qual teve a participação das secretarias de Meio Ambiente e Educação, além da Defesa Civil, evitou danos maiores na cidade com as fortes chuvas que caíram no município desde o início do verão.

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Segundo a administração, várias frentes de trabalho como coleta seletiva, vistorias em prédios de risco e intensificação da educação ambiental na rede municipal são fatores que evitaram maiores danos até o momento.

“Americana tem se mostrado uma cidade resiliente, mesmo no cenário de chuvas intensas que estamos enfrentando. Isso é resultado de um trabalho amplo, em várias frentes, envolvendo o Meio Ambiente e outras secretarias. Nosso foco é manter essa atuação, fortalecendo os trabalhos que já estão sendo bem executados”, afirma o prefeito Chico Sardelli (PV).

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O prefeito explica ainda que as ações de educação ambiental diminuíram a quantidade de lixo nas ruas e, consequentemente, teve influência direta na diminuição de ocorrências relacionadas ao entupimento de bueiros.

“Temos muito orgulho do envolvimento e do resultado apresentados por nossas escolas quando o assunto é educação ambiental. A comunidade escolar realmente se engaja nas campanhas propostas, como a de arrecadação de tampinhas e lacres, e os alunos acompanham com entusiasmo a divulgação dos dados e as apresentações do nosso mascote, o Lixildo”, explica o secretário de Educação, Vinicius Ghizini.

Para o secretário, a ação integrada entre as secretarias acaba causando impacto também nos pais dos alunos. “O apoio dos professores, pedagogos, coordenadores e diretores escolares é muito importante para que as ações de educação ambiental apresentadas pela Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com diversas instituições, reverbere entre os alunos e se torne um hábito adquirido e transmitido aos familiares. Fico muito satisfeito que as ações têm sido bem-sucedidas. O trabalho em parceria realizado com a Secretaria de Meio Ambiente e com as demais pastas da administração de Chico Sardelli é uma realidade de sucesso em Americana”, diz Ghizini. O secretário de Meio Ambiente, Fabio Renato de Oliveira, ressalta que o conjunto de ações evitou danos graves a cidade. “Nossa coleta seletiva, limpeza pública e, principalmente, a educação ambiental evitaram danos maiores no município. As chuvas foram intensas e nada de grave aconteceu”, afirma.

Com as chuvas constantes, a equipe da Defesa Civil de Americana intensificou o trabalho de monitoramento em diversos pontos da cidade. Os locais mais vulneráveis e as áreas de riscos de alagamentos foram vistoriados diariamente, além do atendimento das demandas de quedas de árvores, entre outros serviços de prevenção e proteção à população.

“O trabalho de atendimento, vistorias em imóveis e prevenção segue em todas as regiões da cidade, visando preservar e alertar a população para este período de chuvas constantes e intensas”, disse o coordenador da Defesa Civil de Americana, João Miletta.

Educação integrada à natureza

O contato com a natureza promove diversos benefícios à saúde, o que não é nenhuma novidade. E atividades atreladas ao plantio, a vivências ao ar livre, por exemplo, contribuem para o bem-estar e podem, inclusive, ser boas aliadas da educação. Inserir práticas ligadas à natureza nas escolas pode apresentar benefícios didáticos, além de influenciar positivamente na preparação dos jovens para a vida.

Foi o que aconteceu com a estudante de Publicidade e Propaganda, Sofia Essado, de 19 anos. “Durante a escola eu já tive várias aulas ligadas à natureza. Aula de artes, de dança, até de matemática e de geografia, aula de jardinagem”, conta. Sofia descreve que já teve diversas experiências pedagógicas atreladas à natureza como, por exemplo, pintar em aquarela e carvão observando sons, animais e paisagens na aula de artes. Para ela, essas abordagens foram fundamentais em seu desenvolvimento pessoal e educacional.

Para o professor Marcelo Marini Pereira de Souza, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto, especialista na área de Política Ambiental, a integração da natureza no cotidiano dos estudantes permite a formação de um novo olhar sobre questões ambientais. “Inserir valores ambientais permite que as crianças adquiram esses valores, mudando o seu comportamento. A educação formal e não formal é a única maneira de você mudar seu comportamento”, aponta o professor.

O professor José Marcelino de Rezende Pinto, especialista em Políticas Educacionais, da mesma faculdade, concorda sobre a essencialidade dessa integração e aponta como deve ser aplicada. “É fundamental, mas não pode entrar como uma matéria, um conteúdo. Tem que haver uma imersão da formação dessa criança no ambiente natural. Para isso, é fundamental que as escolas tenham muitas árvores, muito verde, que desenvolvam projetos, como uma horta de verduras, formação de mudas para arborização, uma praça próxima à escola ou no entorno, por exemplo. É fundamental que realmente seja algo associado à prática dessas crianças, porque senão vira mais um conteúdo escolar.”

Apesar de ser favorável, Pinto diz que a implementação desse tipo de ensino não é muito comum no Brasil, principalmente no ensino médio. “Nosso ensino médio é uma tragédia. E a universidade se torna responsável por isso porque existe um artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que diz que as instituições de educação superior devem sempre avaliar o impacto que os conteúdos dos processos seletivos exercem sobre o ensino médio e, no Brasil, é essa tragédia, porque todo o ensino médio é voltado para o vestibular”, argumenta. (Do Jornal da USP)

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