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04/09/2015

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Oficina e seu duplo: o corpo sem órgãos do teat(r)o brasileiro Pra dar um fim no juízo de Deus é remontada pela companhia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona e traz consigo uma reflexão cruel contra os monoteísmos de um corpo cerceado de possibilidades Marcio Moraes, do cmais+ 21/03/15 19:40 ­ Atualizado em 21/03/15 19:49

Arte & Cultura

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Em cena, a dicotomia dos corpos dos índios Tarahumara ao lado do homem contemporâneo à defecar. Síntese das distâncias do entendimento do homem de seu próprio corpo. (Foto: Marcio Moraes/cmais+).

A polêmica transmissão radiofônica do autor Antonin Artaud (1896 ­ 1948), censurada pela rádio nacional francesa pouco tempo antes de sua morte, ganha vida na pista do terreiro eletrônico do Teatro Oficina. A curtíssima temporada (21 de março à 5 de abril) da remontagem Pra dar um fim no juízo de Deus dirigida por Zé Celso, conta com parte do elenco que fez o espetáculo nos anos 90 (Camila Mota, Marcelo Drummond, Pascoal da Conceição e Zé) e novos atuadores. A consciência do próprio corpo, aquele corpo animal feito de carne, ossos, cabelos, sêmen e seus excrementos, nasce por entre a encenação frenética e explosiva. Uma reflexão artaudiana para um tempo em que estamos cada vez mais distante de nosso próprio corpo ancestral, em que estamos enclausurados dentro de nós mesmos por conta de imposições sociais; sufocamos nossas possibilidades e adormecemos nosso corpo até a morte. “Quando começamos a ler a peça, fiquei com muita vontade de tirar o Artaud deste lugar da loucura”, conta a atriz Camila Mota, sobre o estigma do pensador do Teatro da Crueldade. E sobre o espetáculo, acrescenta: “É uma saída do Artaud, do jeito que estamos montando agora [...] que é a percepção do corpo. [...] É abrir possibilidades para coisas que a civilização mata em você, uma série de coisas que fazem parte do humano, que a gente tem várias percepções e possibilidades que nós não sabemos quais são. Mas a civilização vai tolhendo, então tem muitas coisas que família, uma visão política, uma visão social, uma visão monoteísta e religiosa vão tolhendo, como as intuições. [...] É uma preparação, para abrir o seu corpo e conseguir incorporar coisas em você. Liberar o humano.”

http://cmais.com.br/arte­e­cultura/noticias/oficina­e­seu­duplo­o­corpo­sem­orgaos­do­teat­r­o­brasileiro

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