Jornal Metrô Vitória Nº 452

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GRANDE VITÓRIA, QUARTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2016 www.metrojornal.com.br

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Justiça livra Arcelor de ação do pó preto

Deslizamento. Teleférico começa a ser utilizado no morro da Boa Vista

Suspeita de crime ambiental. Decisão isenta mineradora do mesmo processo que interditou as atividades do Porto de Tubarão

Esgoto no mar

Mancha O Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) confirmou que a mancha que apareceu na última segunda-feira na baía de Vitória e causou espanto em quem passava pela Terceira Ponte foi provocada por esgoto. A matéria orgânica foi levada para o mar após aumento dos níveis de canais e galerias de águas pluviais. Por meio de nota, o órgão ressaltou que, devido à proximidade da área fiscalizada com o canal da avenida Carioca, na Praia da Costa, um ofício relatando o fato foi enviado para a prefeitura de Vila Velha. O município afirma que 52,2% da cidade têm rede de esgoto, e desse montante 76% dos imóveis estão ligados à rede.

Cotações Dólar - 0,78% (R$ 4,070) Bovespa - 1,40% (37.497 pts) Euro - 0,23% (R$ 4,429) Selic (14,25% a.a.)

Salário mínimo (R$ 880)

A Justiça Federal retirou ontem a ArcelorMittal Tubarão da ação que investiga a suspeita de crime ambiental por emissão de pó preto por parte da mineradora e da Vale na Grande Vitória. Na última quinta-feira, o Porto de Tubarão chegou a ser interditado pela Polícia Federal. Apesar de ser citada na decisão da Justiça que levou ao fechamento do terminal, a Arcelor não teve suas atividades paralisadas porque, segundo a PF, há cerca de um ano a empresa deixou de operar o porto. Segundo a decisão do juiz Marcus Vinicius Figueiredo de Oliveira Costa, da 1ª Vara Federal Criminal, que retira a Arcelor do processo, a própria PF constatou que a empresa não tinha participação nas atividades de embarque e desembarque de carvão mineral e minério de ferro. “Isso posto, reconheço ex officio a ilegitimidade passiva e determino a exclusão da ArcelorMittal Brasil S.A. do pre-

sente procedimento de natureza cautelar”, diz a decisão. Em sua defesa, a mineradora alega que a Vale é exclusiva gestora das atividades nos terminais do Porto de Tubarão e que, assim como outras empresas, a Arcelor opera no transporte de produtos que não provocam emissão de pó de minério ou poeira de carvão. Multas A ArcelorMittal Tubarão também informou que vai recorrer das multas aplicadas, na quinta-feira passada, pela prefeitura de Vitória por poluição. Já a Vale disse que ainda vai avaliar as multas dentro do prazo estipulado, que é de 20 dias a partir do recebimento de notificação. As empresas têm até o dia 10 de fevereiro para apresentar recurso. Na última quinta-feira, a prefeitura aplicou cinco multas a cada uma das empresas, no valor total de R$ 34 milhões, por degradação e polui-

ção contínua, por emissão visível de poeira, por contribuir com a elevação dos índices de poluição e por denúncias de moradores de presença de pó preto em casa, comprovadas pelas equipes de fiscalização. A ArcelorMittal informou que pretende recorrer e que, em 2014, foi submetida a auditoria que atestou o cumprimento das condicionantes estabelecidas na sua licença de operação. Diz, ainda, que em 2015 recebeu 31 ações de fiscalização dos órgãos ambientais, e nenhuma atestou “não conformidades legais”. Exigências da Justiça A respeito das medidas exigidas pela Justiça Federal para que a Vale fosse autorizada a retomar as atividades no Complexo de Tubarão a partir de ontem, a Vale informou apenas que tem 60 dias para cumprir as exigências. Disse, ainda, que as atividades foram retomadas imediatamente. METRO

Equipamento levará equipamentos para obra de contenção | FOTOS: CHICO GUEDES

Começa a funcionar hoje o teleférico que levará equipamentos necessários para a obra de contenção no Morro da Boa Vista, em Vila Velha. No local, uma pedra de 3 mil toneladas deslizou no último dia 1º, destruindo casas e desabrigando várias famílias. Composto por um cabo de aço e por uma caçamba para transporte de materiais, o teleférico passou por testes ontem à tarde e será utilizado devido à dificuldade de se acessar a parte mais alta do morro. De acordo com a prefeitura, o equipamento tem capacidade para transporte de 200 toneladas. Um muro de impacto, com 16 metros de largura e 5 de altura, está sendo construído próximo à rocha que

Objetivo é conter pedras desde que rocha deslizou, no último dia 1º

se desprendeu do topo e parou próximo às residências. Além disso, a pedra localizada no topo do morro recebeu amarração com cabos de aço. METRO

Estado fará nova licitação para contratar médicos especialistas Uma nova licitação para a contratação de médicos especialistas para os hospitais da rede estadual será feita pelo governo. Segundo a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o edital está em fase de elaboração e será lançado até o final do próximo mês. Esses novos contratos terão prazo de dois anos, e com a medida não haverá paralisação do

atendimento desses médicos, a partir de 1º de fevereiro, como chegou a ser anunciado. A decisão ocorreu após assembleia extraordinária, na noite de segunda-feira, entre cooperados da Febracem (Federação Brasileira das Cooperativas de Especialidades Médicas), representante das empresas prestadores de serviço de saúde, e governo. FALE COM A REDAÇÃO leitor.gv@metrojornal.com.br 027/2124-3426 COMERCIAL: 027/3334-1749

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Agora, um acordo feito entre a federação e o Estado prevê a continuidade dos serviços das oito cooperativas de especialidades médicas já atuantes por mais três meses. Atendimento mantido “Vamos aguardar esse período e manter o atendimento”, garantiu o presidente da Febracem, Erick Freitas

Curi. Ele ressalta que o pedido por uma nova licitação não se trata de reivindicação por reajuste, mas serve para acabar com a instabilidade que viviam as cooperativas, com prorrogações de contrato por curtos períodos. Em dezembro do ano passado, os médicos cooperados ameaçaram fazer uma paralisação a partir da próxima segunda-

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-feira, pois seus contratos, finalizados em julho de 2015, vinham sendo prorrogados pelo prazo de 60 dias desde então, sendo que o último terminaria em 31 de janeiro. Segundo a federação, as cooperativas são responsáveis por cerca de 75% dos atendimentos de urgência e emergência nos hospitais estaduais. METRO

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