Abambaé – “terra dos homens”: A invenção de uma brasilidade por intermédio da performance cênica do

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ensinar é você, eu não sou músico. Então eles sentaram pegaram o tambor e o músico disse: então só toca aí que eu te acompanho. E os dois ficaram um tempo ali, juntos tocando. Foi possível observar as diferentes reações dos dois. Enquanto o músico estava ali encantado, tentando absorver um pouco do conhecimento do tamboreiro, ele estava mesmo que tocando naturalmente, um pouco envergonhado por estar naquela posição. O que ficou evidenciado na fala dele quando tenta deixar claro que ele não é músico e que não poderia ensinar. Alguns bailarinos da Abambaé estavam presentes neste dia, levantaram e dançaram ao final com as sambadeiras, agregando um pouco mais de conhecimento para a hora de sua performance cênica.

Figura 7. Samba de Tocos e Abambaé - (MANZKE, 2014)

3.1 Tupi, or not tupi that is the question59

No primeiro capítulo desta dissertação, foi feita uma breve discussão sobre a identidade nacional constituída através da heterogeneidade cultural presente no país. Através, principalmente, da abordagem das culturas populares, dando ênfase as manifestações populares encontradas em diferentes regiões do país é que este sentimento de uma cultura brasileira, é consolidado. Os patrimônios culturais 59

Parte do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade que foi publicado na Revista de Antropofagia, Ano I, No. I, maio de 1928 (TELES, 1976).


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