Samba e Modernidade: Mal traçadas linhas no território da metrópole

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Samba e Modernidade: Mal traçadas linhas no território da metrópole Francisco A. Rocha∗

Resumo:

O presente trabalho propõe refletir sobre a poética do samba de Adoniran Barbosa no contexto de transmutação da cidade de São Paulo na metrópole ícone da modernidade brasileira nos anos 1950. A partir da proposição teórica sugerida por Michel de Certeau, compreendemos a arte desse sambista como expressão de estratégias de resistência em um território que se configura segundo os imperativos da ordem produtivista. Mais do que inventariarmos os conteúdos presentes nas letras de seus sambas, trata-se de problematizarmos determinadas operações de sua poética. Expressão da forma singular de como o sambista se apropriou de uma oralidade difusa no corpo da metrópole, a obra de Adoniran é portadora de narrativas que, em última análise, revelam tensões da cultura popular no território da modernidade.

Doutor em História Social – FFLCH – USP. Autor do livro Adoniran Barbosa Poeta da Cidade: a trajetória e obra do radioator e cancionista – os anos 1950. São Paulo, Ateliê Editorial, 2002.

Texto integrante dos Anais do XIX Encontro Regional de História: Poder, Violência e Exclusão. ANPUH/SP – USP. São Paulo, 08 a 12 de setembro de 2008. Cd-Rom.

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