A produção dos desfiles das escolas de samba dos últimos grupos de acesso do Rio de Janeiro Júlio César Valente Ferreira – jcvferreira@hotmail.com Departamento de Engenharia Industrial de Controle e Automação – Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca: Unidade de Ensino Descentralizada de Nova Iguaçu.
Daniel Santana Lobo – d.lobo00@hotmail.com Departamento de Engenharia de Produção – Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca: Unidade de Ensino Descentralizada de Nova Iguaçu.
Resumo: O presente artigo apresenta a preparação dos desfilies das escolas de samba que desfilam na cidade do Rio de Janeiro nos últimos grupos de acesso. A sistemática de preparação do espetáculo carnavalesco destas agremiações difere das escolas de samba posicionadas nas primeiras divisões devido a fatores que ultrapassam o referencial monentário. A coleta de dados foi promovida por levantamento de fontes bibliográficas e do acompanhamento da preparação do desfile de uma escola de samba do último grupo de acesso. Constata-se então que a preparação do desfile de uma escola de samba pertencente aos últimos grupos de acesso revela a grande dependência das redes de relacionamentos construídas por figuras-chaves destas agremiações como: presidente, carnavalesco, diretores de harmonia e mestre de bateria; e que a participação da comunidade local é a única constituinte da base de apoio que fornece suporte às atividades deste tipo de agremiação. Palavras-chave: Escolas de samba; grupos de acesso; Avenida Intendente Magalhães. 1. Introdução O carnaval carioca tornou-se um produto rentável para a mídia e uma ferramenta publicitária de grande valor e com elevado preço de mercado. Desta forma, trata-se de um empreendimento com grande rentabilidade para todos os envolvidos. A afirmativa acima se aplica quando se faz o recorte das escolas de samba do grupo especial e do primeiro grupo de acesso, que contam com transmissão televisiva e desfilam na Avenida Marquês de Sapucaí, principal palco de exibição das escolas de samba e situado na região central da cidade, local de primazia dos festejos carnavalescos. O segundo grupo de acesso ainda não se encontra plenamente nesta categoria, porém acaba capitalizando o fato de desfilar no mesmo palco de desfile e contar com a cobertura de algumas rádios AM e FM de grande porte, além de atualmente ter seu desfile organizado pela mesma entidade que gerencia o primeiro grupo de acesso. Entretanto, quando a análise foca as escolas de samba das três ultimas divisões do carnaval carioca, que desfilam na Avenida Intendente Magalhães, situado no subúrbio da cidade e afastado das regiões de primazia das festividades carnavalescas, a realidade ganha outros contornos como, por exemplo, uma infra-estrutura bem mais modesta e não contarem com a cobertura da mídia (com exceção de dois sites especializados em carnaval).
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