Música Popular e Samba: Cultura Histórica, Memória, Identidade e Cultura Política no Brasil GABRIEL VALLADARES GIESTA
Introdução
Este trabalho tem como objetivo discutir as possíveis relações entre Cultura Histórica, Memória, Identidade e Cultura Política no Brasil a partir da temática da Música Popular e do Samba. Para fazê-lo, lançaremos mão da longa duração e de uma série de suportes teóricos que se imbricarão durante o texto. Antes disto, é preciso fazer uma breve seleção do que se encaixaria melhor, de forma a atender uma maior compatibilidade entre objeto de pesquisa e suporte teórico. Sendo assim, escolheu-se aqui, discutir a temática da relação entre a construção de uma determinada memória, cultura histórica nacional com aspectos da Cultura Política brasileira, principalmente no que concerne aos debates da questão racial, de longa data presentes em tais questões. Para fazê-lo, um bom caminho a se escolher é o da análise sobre os discursos em torno da música popular brasileira. Neste ínterim, tal rótulo (música popular brasileira) surge como espaço de embates e conflitos principalmente em diálogo com os debates sobre o que deveria ser símbolo da nacionalidade. Para analisar os “discursos em torno da música popular brasileira”, é necessário fazê-lo em sua polifonia, isto é, percorrendo as múltiplas vozes que falam neste contexto. Sendo assim, analisaremos como músicos, intelectuais, historiografia, entre outros, enunciam falas e narrativas sobre a música popular que estão em diálogo com a construção de memórias, identidades e também, com culturas políticas no Brasil. Tais vozes aparecerão no decorrer deste trabalho.
Mestrando em História Social pelo Programa de Pós-graduação em História Social do Território da UERJ – FFP. Bolsita pela CAPES.
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011
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