ITFG - Estudo Preliminar de um Centro Cultural em Orlândia-SP

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE CURSO ARQUITETURA E URBANISMO

MARCELO FAVARO MACEDO

CULTURA E CIDADE PROJETO DE UM CENTRO CULTURAL EM ORLÂNDIA – SP

RIBEIRÃO PRETO 2021

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE CURSO ARQUITETURA E URBANISMO

MARCELO FAVARO MACEDO

CULTURA E CIDADE PROJETO DE UM CENTRO CULTURAL EM ORLÂNDIA – SP

ESTUDO PRELIMINAR APRESENTADO AO CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ARQUITETURA E URBANISMO. ORIENTADOR: PROF. ME. ONÉSIMO CARVALHO DE LIMA.

RIBEIRÃO PRETO 2021

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

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CULTURA E SOCIEDADE

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REFERÊNCIAS PROJETURAIS

26

RELAÇÃO COM A CIDADE

46

O LOCAL

50

CONDICIONANTES DO PROJETO

74

ESTUDO PRELIMINAR

90

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICE

106

108

LISTAS

LISTA DE IMAGENS IMAGEM 1. DIVERSIDADE CULTURAL

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IMAGEM 2. RUÍNAS DE ALEXANDRIA

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IMAGEM 3. CENTRO GEORGES POMPIDOU

21

IMAGEM 4: CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

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IMAGEM 5: CENTRO CULTURAL JABAQUARA

23

IMAGEM 6: MUNICÍPIOS COM E SEM CENTRO CULTURAL

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IMAGEM 7. CONJUNTO KKKK

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IMAGEM 8. CONJUNTO KKKK

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IMAGEM 9. CONJUNTO KKKK

31

IMAGEM 10. CONJUNTO KKKK

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IMAGEM 11. CONJUNTO KKKK

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IMAGEM 12. REDBULL STATION

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IMAGEM 13. REDBULL STATION

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IMAGEM 14. REDBULL STATION

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IMAGEM 15. REDBULL STATION

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IMAGEM 16. REDBULL STATION

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IMAGEM 17. REDBULL STATION

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IMAGEM 18. REDBULL STATION

38

IMAGEM 19. REDBULL STATION

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IMAGEM 20. REDBULL STATION

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IMAGEM 21. MUSEU DA PRESIDÊNCIA

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IMAGEM 22. MUSEU DA PRESIDÊNCIA

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IMAGEM 43. PORTA PRINCIPAL

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IMAGEM 23. MUSEU DA PRESIDÊNCIA

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IMAGEM 44.IMAGEM AÉREA DE ORLÂNDIA

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IMAGEM 24. MUSEU DA PRESIDÊNCIA

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IMAGEM 45. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 25. REDBULL STATION

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IMAGEM 46. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 26: CENTRO COMERCIAL E PRAÇA PÚBLICA ACAECA.

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IMAGEM 47. FACHADA DO NÚCLEO

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IMAGEM 27. VÃO LIVRE DO MASP

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IMAGEM 48. TEATRO MUNICIPAL

65

IMAGEM 28. IMAGEM DA RUA DO CAIS

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IMAGEM 49. BIBLIOTECA MUNICIPAL

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IMAGEM 29. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 50. CONJUNTO ONDE SE ENCONTRA A CASA DA CULTURA

66

IMAGEM 30. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 51. PRÉDIO DO MUSEU

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IMAGEM 31. EDIFÍCIO DE ESTUDO

53

IMAGEM 52: ENTRADA DA EDIFICAÇÃO

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IMAGEM 32. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 53: INTERIOR DA EDIFICAÇÃO

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IMAGEM 33. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 54 : INTERIOR DA EDIFICAÇÃO

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IMAGEM 55: HOMENAGEM DA PRAÇA

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IMAGEM 35. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 56: PRAÇA MAX DEFINE

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IMAGEM 36. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 57: PRAÇA MAX DEFINE

71

IMAGEM 37. DELEGACIA DE AMPARO

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IMAGEM 58: PLANTA DE PISO DA PRAÇA MAX DEFINE

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IMAGEM 38. DELEGACIA DE AMPARO

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IMAGEM 59: PLANTA BAIXA DA PRAÇA MAX DEFINE

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IMAGEM 39. FRONTÃO

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IMAGEM 60: MONUMENTO DA BANDEIRA DESCONSTRUÍDA

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IMAGEM 40. VITRAL

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IMAGEM 61: PASSEIOS DA PRAÇA

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IMAGEM 41. PORTA PRINCIPAL

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IMAGEM 62: MONUMENTO DA BANDEIRA DESCONSTRUÍDA

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IMAGEM 42. HALL PRINCIPAL

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IMAGEM 63: PASSEIOS DA PRAÇA

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IMAGEM 34. EDIFÍCIO DE ESTUDO

IMAGEM 64. EDIFÍCIO DE ESTUDO

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IMAGEM 65. PRAÇA DA BANDEIRA

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IMAGEM 66. ANTIGA ESTAÇÃO DE ORLÂNDIA

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IMAGEM 67. ANTIGA ESTAÇÃO DE ORLÂNDIA

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: GRÁFICO INDICANDO AS ATIVIDADES DE CULTURAS MAIS ACESSADAS

GRÁFICO 2: GRÁFICO INDICANDO A QUANTIDADE DE PONTOS CULTURAIS PELO BRASIL, SEGUNDO A CULTURA VIVA

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INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho faz parte da conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto – SP. Consiste em um projeto arquitetônico de um Centro Cultural no município de Orlândia – SP, com o tema de relação entre cultura e cidade ligadas à arquitetura. ´´Cultura é uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade. Não diz respeito apenas a um conjunto de práticas e concepções, como por exemplo se poderia dizer da arte.

Não é apenas uma parte da vida social como por exemplo se poderia falar da religião. Não se pode dizer que cultura seja algo independente da vida social, algo que nada tenha a ver com a realidade onde existe. Entendida dessa forma, cultura diz respeito a todos os aspectos da vida social, e não se pode dizer que ela exista em alguns contextos e não em outros. ´´ (Santos, 1949, p.44).

A organização de um Centro Cultural permite o reconhecimento da cultura de um lugar, por meio de atividades, lazer, arte, que colaborarão para o reconhecimento da diversidade cultural entre as pessoas.

O estudo de escolha de área de projeto se baseará em eventos históricos, que relembrem a formação da cidade, afim de encontrar um local que comporte programas culturais, assim o local contribuirá para a valorização cultural no município que foi se formando ao redor de uma estação ferroviária, que fazia parte da Cia Mogiana de Ferro, que dava em Uberaba – MG. Além disso, o trabalho também contribuirá para a reunião de materiais históricos, que relatam o desenvolvimento da cidade, e desenhos os primeiros prédios instalados, podendo criar desenhos que estão ausentes em arquivos históricos.

PROBLEMA A cultura é algo do presente e será do futuro, que tem relação no passado. Sem ela, muitas coisas seriam diferentes no mundo em relação a hábitos de viver, de se expressar, de se vestir, de se alimentar. Tudo isso é como é hoje devido aos antepassados daquele determinado local, que vêm trazendo de geração em geração. Em outras palavras, a cultura se diz respeito a humanidade.

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JUSTIFICATIVA

No município de Orlândia-SP, de um lado, há bens culturais importantes para a história da cidade, existe um lazer específico da população, além de um grande acervo arquitetônico reconhecido nacionalmente, isso tudo é designado como cultura.

Em contrapartida, não existe valorização quando se trata da cultura ligada à cidade. Sem estratégias do desenvolvimento cultural, sem investimentos e sem incentivos políticos, fica inexistente um local onde pode ser promovido a cultura, pois as pessoas (sejam da própria cidade, ou turistas) precisam ter o conhecimento desses aspectos naturais, históricos, arquitetônicos e físicos, além de um lugar apropriado para o lazer.

Todas as cidades crescem com uma base, a cultura. A qual, pode ser articulada, extinta, alterada ou adaptada, dependendo da região, assim suas facetas vão alterando, deixando de lado suas características inicias na história. História que, em muitas vezes não são reconhecidas pelos cidadãos da nova geração.

Este trabalho contribui para a valorização dessa história cultural, planejando um espaço que ressalte essas características, e disseminem entre a população, gerando conhecimento e aprendizado.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Elaborar um Projeto Arquitetônico de um Centro Cultural no município de Orlândia– SP.

Além disso, com os levantamentos históricos e culturais no município de Orlândia, contribuirá para mapear os equipamentos culturais, reunir documentos e desenhos préexistentes, disponibilização dos desenhos de plantas, cortes e fachadas que não estão disponíveis, informações em geral de edifício públicos históricos.

Dessa forma, a cidade vais ser reconhecida por apresentarem as informações levantadas, gerando uma valorização da cultura da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) b) c) d)

Entender e aplicar o amplo conceito de cultura na elaboração do projeto; Vincular o edifício com a cidade; Uso de um sistema construtivo de baixa impacto no edifício pré-existente Elaborar espaços flexíveis que têm capacidade de atender programas variados que vão

mudando conforme a época.

METODOLOGIAS

a)Leitura bibliográfica sobre o amplo conceito de cultura; b)Fazer o levantamento de dados histórico da cidade e do objeto estudo; c)Fazer o levantamento morfológico do entorno do objeto; d)Leitura de referências projetuais de equipamentos culturais para desenvolvimento do objeto.

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CULTURA E SOCIDADE

CULTURA

O antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917) foi responsável por criar a primeira definição de cultura. Segundo o estudioso, ela representa todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. ´´Cultura está muito associada a estudo, educação, formação escolar. Por vezes se fala de cultura para se referir unicamente às manifestações artísticas, como o teatro, a música, a pintura, a escultura. Outras vezes, ao se falar na cultura da nossa época ela é quase identificada com os meios de comunicação de massa, tais como o rádio, o cinema a televisão.

Ou então cultura diz respeito às festas e cerimônias tradicionais, às lendas e crenças de um povo, ou a seu modo de se vestir, à sua comida a seu idioma. A lista pode ser ampliada.´´ (Santos, 1949, p. 21).

Imagem 1. Diversidade Cultural Fonte: Vale

No pensamento iluminista francês, a cultura caracteriza o estado do espírito cultivado pela instrução. “A cultura, para eles, é a soma dos saberes acumulados e transmitidos pela humanidade, considerada como totalidade, ao longo de sua história” (Cuche, 2002, p.21). É um termo amplo nos seus significados, mas para ser exemplificado, podemos nos referir a aspectos imateriais, como um conjunto de arte, interesses, hábitos, valores, ideias, religião, crenças e conhecimento. Ou, aspectos materiais como objetos que servem como símbolos ou as ferramentas e os meios tecnológicos de um grupo.

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Durante o século XX, a cultura pode ser discutida em torno das manifestações eruditas, populares e de massa. Segundo o autor Teixeira Coelho (1986), a cultura erudita é aquela vista como a arte pura e nobre, que está associada aos valores da elite; a cultura popular é entendida como a soma dos valores tradicionais de um povo, expressos em forma artística, como danças e objetos; e a cultura de massa seria aquela resultante da indústria cultural.

CULTURA E SOCIEDADE

Fica claro que a cultura quando pensada em um todo, pode ter um significado mais geral, e não é diferente quando se aplica isoladamente, como por exemplo na sociedade, que significa um grupo de pessoas que vivem em um território definido e que compartilham uma cultura.

Evidentemente, cultura é um componente fundamental de toda sociedade. Sendo assim, abre-se um leque de significados, cada local tem um padrão cultural diferente, ela é dinâmica, como cita Santos (1949), tem variações nas formas de família, ou nas maneiras de habitar, de se vestir ou de distribuir os produtos do trabalho não são gratuitas.

A cultura traz para a sociedade um conhecimento e uma riqueza sem igual. O acesso ao lazer, conhecimento, prazer e diversos bens que para as pessoas tem grande relevância. Quando bem trabalhada, pode se tornar algo que faça parte da vida e do cotidiano do todos, tornando rotineiro o acesso às novas tradições e ideologias.

“A cultura tem assumido uma função de importância sem igual no que diz respeito à estrutura e à organização da sociedade moderna tardia, aos processos de desenvolvimento do meio ambiente global e à disposição de seus recursos econômicos e materiais. Os meios de produção, circulação e troca cultural, em particular, têm se expandido, através das tecnologias e da revolução da informação. Uma proporção ainda maior de recursos humanos, materiais e tecnológicos no mundo inteiro são direcionados diretamente para estes setores. Ao mesmo tempo, indiretamente, as indústrias culturais têm se tornado elementos mediadores em muitos outros processos”.

(HALL, 1997, p. 2)

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´´Podemos entender cultura como uma dimensão do processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as sociedades contemporâneas. O que não podemos fazer é discutir sobre cultura ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou entre sociedades.´´ (SANTOS, 1949, p. 80) Diante das afirmações dos autores, a cultura está ligada com a relação de poder em uma sociedade. Em paralelo com a cultura, essas relações de poder se estabeleceram juntas com o processo de formação de nações modernas dominadas por uma classe social; junto ainda com uma marcada expansão de mercados das principais potências europeias, acompanhando o desenvolvimento industrial do século passado, segundo Santos (1949).

CULTURA NO BRASIL

No Brasil, a grande diversidade de cultura se deu pela grande extensão territorial e pelas características geradas em cada região. Levando em conta que tudo começou no descobrimento do Brasil, quando os portugueses, com sua cultura tradicional europeia, se depararam com a cultura presente em terras brasileiras: a indígena. E não só os portugueses foram responsáveis por essa miscigenação, mas também os espanhóis, holandeses dentre outros.

A cultural indígena foi importante para dar a formação do vocabulário português falado no Brasil, que teve várias palavras de origem indígena. Além disso, culinária, folclore, utensílios domésticos, os quais podem ter determinadas características em cada região.

O instituto J Leiva Cultura & Esportes, em parceria com o Datafolha e apoio do Ministério da Cultura, divulgou o estudo “Culturas nas Capitais”, que tem objetivo de retratar os hábitos culturais do brasileiro e quais os produtos e eventos mais consumidos no país. Foram ouvidas 10.630 pessoas nas 12 capitais mais populosas: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Recife, Porto Alegre, Belém e São Luís. Nela, foi comprovado que as atividades culturais estão na programação de tempo livre de 24% dos entrevistados, atrás sé de atividades de mídia com 32%.

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Ainda na pesquisa, foi mostrado quais atividades culturais as pessoas das capitais mais praticam e têm acesso. A prática da leitura está na maior porcentagem, isso mostra a facilidade de acesso a livros, sejam físicos ou digitais. No gráfico abaixo, mostra como é a distribuição de porcentagem às atividades culturais:

Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceara Distrito Federal Espírito Santo Goias Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul

Saraus Circo 3.8% 4.3%

Minas Gerais

Livros 15.4%

Pará Paraíba Paraná

Teatro 7%

Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul

Museus 7%

Rôndonia

Cinema 14.5%

Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins 0

Dança 7.7%

250

500

750

1.000

1.250

Gráfico 2: Gráfico indicando a quantidade de pontos culturais pelo Brasil, segundo a Cultura Viva.

Fonte: o autor

Shows 10.4%

Bibliotecas 8.8% Feiras de artesanato Festas Populares 9.5% 9%

Gráfico 1: Gráfico indicando as atividades de Culturas mais acessadas, segundo o estudo “Culturas nas Capitais”.

Fonte: o autor

Foi claro que quem tem mais acesso a cultura, são homens de ensino superior e de classe A e B. Ou seja, ainda é baixa a porcentagem de pessoas de classes sociais inferiores, registrando uma exclusão social dessas pessoas da distribuição e valorização cultural.

O gráfico abaixo mostra a quantidade de locais onde a disseminação da cultura é aplicada, separado por estados, São Paulo é o que mais contém esses locais com 1066 estabelecimentos. Observa-se que a quantidade aumenta nos estados que a industrialização, população, diversidade e a economia é maior.

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OS CENTROS CULTURAIS

Para Milanesi (1997), centro cultural é a reunião de produtos culturais, a possibilidade de discuti-los e a prática de criar novos produtos. Para Ramos (2007), entende-se que um centro cultural é um espaço que aglutina atividades culturais, da ordem da criação, reflexão, fruição e distribuição de bens culturais. Dessa maneira, não existe um modelo único de Centro Cultural no mundo, pois ele pode varias nas características, objetivos, funções, atendendo diferentes povos e cultural.

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´´O centro cultural pode ser definido pelo seu uso e atividades nele desenvolvidas. Podendo ser tanto um local especializado, de múltiplo uso, proporcionando opções como consulta, leitura em biblioteca, realização de atividades em setor de oficinas, exibição de filmes e vídeos, audição musical, apresentação de espetáculos, etc., tornando-se um espaço

´´O Centro Pompidou abriga o Museu Nacional de Arte Moderna, que é o maior museu europeu do tipo. Localizada no grande espaço aberto interior está a Bibliothèque Publique

acolhedor de diversas expressões ao ponto e propiciar uma circulação dinâmica da cultura. ´´ (NEVES, 2012, p. 2)

(ArchDaily Brasil, 2012).

d’Information e um centro para música e investigações acústicas conhecido como IRCAM. O espaço exterior, uma praça plana e livre, é constantemente utilizada para eventos urbanos. ´´

Esses espaços parecem ser invenções da atualidade, porém, segundo Ramos (2007), isso pode ser algo bem mais antigo. O mesmo exemplifica a Biblioteca de Alexandria ou ´´museion ´´, criada por Alexandre ´´O Grande´´, lá não era simplesmente uma biblioteca para serem armazenados um acervo de livro, mas esta tinha em seu programa um instituto de pesquisa, dez laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório astronômico, locais de descanso e um anfiteatro. Ou seja, na prática se trata de um espaço de conjunto de atividades cultural, podendo ser considerado um antigo centro de cultura.

Imagem 3. Centro Georges Pompidou Fonte: ArchDaily Brasil

´´A França estabeleceu o modelo de um centro cultural que gerou por todo o planeta centenas de outros centros de Cultura, onde a característica principal desses espaços é sua multifuncionalidade, em que há a possibilidade de discutir e criar novos produtos, onde todos são responsáveis por tal criação´´ (OLIVEIRA, 2006).

Imagem 2. Ruínas de Alexandria

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Fonte: CRB8

Em 1975, a Lei francesa definiu centro cultural como: “Estabelecimento público que favorece

Mais adiante, surge a configuração atual de um centro cultural: prédios com biblioteca, anfiteatro, oficinas de workshop, museus, galerias, espaços públicos, e outros programas que

a criação de obras de arte e do espírito; contribui para o enriquecimento do patrimônio cultural da nação, da informação e formação do público, da difusão da informação artística e da comunicação social. [...] Ele assegura o funcionamento e a animação, com os organismos públicos e privados que lhe são associados, de um conjunto cultural consagrado a todas as

disseminam a cultura. Segundo Ramos (2007), quem teve as iniciativas primárias a construir uma arquitetura em questão, foram os franceses, com o Centre National d’Art et Culture Georges Pompidou, inaugurado em 1975, serviu de modelo para o resto do mundo.

formas de criação artística, notadamente no âmbito das artes plásticas, da pesquisa acústica e musical, da estética industrial, da arte cinematográfica, assim como a leitura pública” (MILANESI, 1997, p. 53).

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CENTROS CULTURAIS NO BRASIL

No Brasil, devido à colonização portuguesa, a vida cultural se sustentou na base das três entidades tradicionais: biblioteca, teatro e museu. Eles, juntos ou isoladamente, são identificados como centros de cultura. Um centro de cultura pode ser um museu municipal e o museu municipal em outra cidade se chama Casa de Cultura e a Casa de Cultura numa localidade é exatamente como a biblioteca pública de outra (MILANESI, 1997).

A proliferação da cultura no Brasil se iniciou na vinda dos portugueses para a colonização, passando, segundo Milanesi (1997), pela catequização dos índios pelos padres jesuítas, livros e objetos trazidos da Europa. É evidente que a disseminação dos centros culturais no Brasil está vinculada a um panorama político favorável à sua criação e permanência através dos benefícios fiscais concedidos ao investimento em cultura e é visível que o crescimento destes espaços gera uma demanda por instrumentalização por parte daqueles que os dirigem. (RAMOS, 2007, p. 76).

Imagem 5: Centro Cultural Jabaquara Fonte: ArchDaily Brasil

Teixeira Coelho (1997) afirma que, os primeiros centros de cultura brasileiros surgiram na década de 80, na cidade de São Paulo, financiados pelo Estado: centro cultural do Jabaquara e o Centro Cultural São Paulo. A partir daí, disseminaram pelas cidades do país.

Em Belo Horizonte, a partir da década de 90 começa a surgir espaços destinados a cultural.

Segundo Ramos (2007), as autoras Cardoso & Nogueira em 1994, elaboraram uma proposta para implantação do Centro Cultural de Belo Horizonte, que frisa a escassez de casas de cultura na cidade. Atualmente, têm-se um número superior a 10 de centros culturais, de diferentes públicos e objetivos.

O Centro Cultural do Jabaquara desenvolve, além das atividades próprias de uma biblioteca pública, outras de cunho didático e informativo, tais como palestras e exposições, artes cênicas e música, bem como cursos livres de artesanato e culinária para a comunidade.

Com o seguinte mapa, observa-se que esses espaços no Brasil estão mais concentrados em regiões mais industrializadas, ou as que contém mais cidades históricas, como as primeiras fundadas no país.

Imagem 4: Centro Cultural São Paulo Fonte: ArchDaily Brasil

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REGIÕES EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE CENTROS CULTURAIS

Imagem 6: Municípios com e sem centro cultural Fonte: IPEA

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Neste capítulo, serão apresentados alguns projetos, tanto nacionais quanto internacionais.

Os estudos de caso expostos neste, buscam trazer conceitos de projetos de centros culturais. O critério valorizado para a escolha foi a requalificação de edifícios pré-existentes, que sofreram reformulação para implantação de equipamentos culturais que atendem a

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

população em geral, trazendo informação histórica da área.

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CONJUNTO KKKK

·Arquiteto: Brasil Arquitetura (responsáveis pela reforma e ampliação) ·Ano: 1996 ·R. Miguel Abi Azar, 2 – Centro, Registro - SP O Conjunto KKKK foi construído por imigrantes japoneses, e se trata de um conjunto de armazéns, de 1919, para serem utilizados como engenho de beneficiamento de arroz.

A recuperação e adequação do edifício histórico para o Museu da Imigração Japonesa foi iniciativa do Brasil arquitetura. em 1999, já que em 1987, o espaço foi tombado pelo CONDEPHAAT. Assim, em 2002 inaugura-se o Centro de Educação e Cultura KKKK e também o auditório. Um programa constituído por um centro de convivência, salas multimídia, biblioteca, área para exposições, restaurante e um auditório constituindo um novo edifício em um bloco independente do edifício original. ´´Resgate de um passado material e simbólico, reinserido numa proposta de espaço que configura a integração do edifício industrial com a cidade e revela rio como espaço de aproximação: relacionando-o com a cidade de Registro e com o rio Ribeira de Iguape num projeto mais amplo, o Parque Beira-Rio.´´ (Bógea, 2013) Imagem 8. Conjunto KKKK Fonte: ArchDaily Brasil

A priorização do projeto, foi preservar o original, assim os novos elementos implantados são bem evidentes, como acontece no auditório. Com estilo moderno e minimalista, o auditório não interfere no existente.

Imagem 7. Conjunto KKKK Fonte: ArchDaily Brasil

Os quatro galpões e um volume três pavimentos, com alvenaria de tijolos portantes na parte externa, e no interior há elementos estruturais de madeira e aço. Seu estilo é de um edifício fabril inglês, semelhante ao SESC Pompéia. Segundo os autores do projeto de restauro, os tijolos estavam bastante deteriorados, devido a falta de manutenção, assim, no projeto, cada tijolo foi sendo substituído por novos, formando a fachada toda.

Imagem 9. Conjunto KKKK Fonte: ArchDaily Brasil

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CENTRO DE CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA

MEMORIAL DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

SETOR DE CONVIVÊNCIA E ADMINISTRATIVO

Imagem 10. Conjunto KKKK Fonte: ArchDaily Brasil

MARQUISE

Os cortes e as fachadas conseguem nos mostrar a divisão dos programas pelos volumes, além de demarcar a recolocação da marquise, elemento presente no projeto original. A nova, foi reformulado com concreto, solta da parede, e interliga todos os volumes

Imagem 11. Conjunto KKKK Fonte: ArchDaily Brasil

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REDBULL STATION

·Arquiteto: Triptyque ·Ano: 2013 ·Praça da Bandeira, 137 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01007-020 O Redbull station se deu a partir da restauração e da reforma de um antigo prédio da década de 20, surge um centro de artes e música. Houve a preservação do patrimônio e recebeu uma intervenção contemporânea arquitetônica afim de se adaptar às suas novas funções de espaço de fomento à cultura. Sua essência foi mantida e a beleza de seus elementos potencializada.

Requalificação dos espaços interiores Demolição de elementos não-estruturais para adequação de programa de espaços expositivos em plantas livres, criação de novos espaços apoio (sanitários, copa, áreas técnicas) e trabalho (escritórios, ateliers de artistas) com novas divisórias em vidro e gesso acartonado.

Imagem 14. Redbull Station Fonte: ArchDaily Brasil

Requalificação dos espaços exteriores Inserção de novos elementos metálicos para programa de área externa (bilheteria, café), criação de nova escada metálica engastada na estrutura existente para circulação do novo programa. Criação de terraço sobre cobertura existente em steeldeck; nova cobertura em estrutura metálica apoiada sobre pilar metálico no terreno e outro pilar metálico sobre edifício existente.

Imagem 12. Redbull Station Fonte: ArchDaily Brasil

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Imagem 13. Redbull Station

Imagem 15. Redbull Station

Imagem 16. Redbull Station

Fonte: ArchDaily Brasil

Fonte: ArchDaily Brasil

Fonte: ArchDaily Brasil

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O PROJETO: O arquiteto Olivier Raffaelli afirma que o programa foi adaptado para receber instalações funcionais e bem-distribuídas, criando uma dinâmica especial com o público dentro do estabelecimento.

"O prédio tem um subsolo destinado a um espaço de exposição de vídeo. No térreo, há outra área de exposição e um estúdio de gravação, enquanto no andar de cima ficam apenas as funções administrativas e curadorias. O pavimento seguinte conta com ateliê de artistas, sala de exposições e espaço para shows.

No último andar, há um deck com uma marquise", detalha.

De acordo com o arquiteto Grégory Bousquet, "os materiais explorados ao longo do projeto basicamente passam pelo concreto velho, metal e concreto bruto – este utilizado para o estúdio de música, uma intervenção realmente pragmática e de volume, quase ao milímetro", afirma.

Ele também destaca as estruturas metálicas e as escadas, que criaram caminhos dentro do museu e novos meios de comunicação interna e de circulação.

Podemos observar que a escada colocada na reforma, não toca no prédio existente, respeitando o caráter histórico.

Imagem 17. Redbull Station Fonte: ArchDaily Brasil

Imagem 19. Redbull Station Fonte: ArchDaily Brasil

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Imagem 18. Redbull Station

Imagem 20. Redbull Station

Fonte: ArchDaily Brasil

Fonte: ArchDaily Brasil

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MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DE PORTUGAL

·Arquitetos: RBD.APP- Arquitectos ·Área: 1200 m² ·Ano: 2014 ·Praça Afonso de Albuquerque 1A, 1300-082 Lisboa, Portugal

A multiplicidade de pontos de vista decorre da articulação das diferentes áreas e da sua fluidez, estruturando percursos e provocando sensações através de ambientes que são criados por materialidades, peças e pelas vibrações das superfícies sob a luz da imanência cromática da bandeira Portuguesa.

A reabilitação do armazém e da carpintaria do Palácio de Belém aproveitou o potencial do espaço, a introdução de uma escala adequada para a sua nova função.

O Museu configura uma caixa branca revestida com mármore de Tassos no pavimento e paredes, que constitui um receptáculo homogêneo anônimo, pronto para receber as peças a expor.

Imagem 21. Museu da Presidência Fonte: ArchDaily Brasil

A sua organização liberta o espaço, de forma a não haver vitrinas soltas, estando estas inseridas nas paredes.

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Imagem 23. Museu da Presidência Fonte: ArchDaily Brasil

Imagem 22. Museu da Presidência

Imagem 24. Museu da Presidência

Fonte: ArchDaily Brasil

Fonte: ArchDaily Brasil

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Uma das características do projeto, foi a sustentabilidade. Escolhendo os princípios de reduzir a quantidade de matérias, reutilizar materiais e sistemas e reciclar as vitrines, e renovar, utilizando recursos renováveis sem prejudicar o equilíbrio do ambiente.

CONCLUSÃO

Havia necessidade de comunicar com o público e informá-lo da sua existência, conteúdo e atividades. Assim, foram criadas no pátio de acesso três árvores translúcidas com iluminação interior para sugerir um caminho protegido do sol e da chuva, acolhendo aqueles que vêm da área de entrada para a exposição do Museu.

O estudo de caso de cada projeto de referência deu a percepção de como é o desenvolvimento de uma intervenção em pré-existência. Nos três projetos, existe a exigência de preservar o original, trazendo a tona sua essência de origem, e quando implantado um novo elemento no cenário, que este seja com traços contemporâneos, deixando claro a diferenciação de épocas construídas.

Dessa forma, ao implantar uma nova arquitetura no conjunto, ela não interfere na arquitetura existente

Imagem 25. Redbull Station Fonte: ArchDaily Brasil

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INTEGRAÇÃO COM A CIDADE

´´O segredo é dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, fazendo com que cada membro da comunidade contribua à sua maneira para um ambiente com o qual possa se relacionar e se identificar. ´´ (Hertzberger, 1999, p. 45)

RELAÇÃO COM A CIDADE

´´A rua é de novo concebida como o que deve ter sido originalmente, ou seja, um lugar onde o contato social entre os moradores pode ser estabelecido: como uma sala de estar comunitária. ´´ (Hertzberger, 1999, p. 46)

´´Situações em que a rua serve como uma extensão comunitária das moradias são familiares a todos nós. Dependendo do clima, as partes ensolaradas ou as partes com sombra são os mais populares, mas o tráfego motorizado está sempre ausente ou pelo menos longe o bastante para não impedir que os moradores vejam uns aos outros e possam ser ouvidos. ´´ (Hertzberger, 1999, p. 49) Hertzberger afirma que a rua é uma importante ferramenta para a humanidade. Com ela, gera integração entre os moradores, comprometimento com espaços públicos, local de lazer.

Esses fatores, beneficiam toda a população, pois esse espaço serve como uma extensão de sua casa (privado).

Imagem 26: Centro Comercial e praça pública ACAECA. Fonte: Archdaily.

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O Centro Comercial e praça pública ACAECA é um exemplo de como é importante ter um espaço pública na arquitetura. Ele é localizado em uma área suburbana da cidade de Córdoba, na Argentina, e é visto como uma referência na cidade, seja como praça, centro de compras ou ponto de encontros. A equipe do escritório do projeto afirma que os subúrbios não possuem nenhuma dessas características, por isso propôs que este novo centro comercial fosse também uma praça pública que permite introduzir algumas das características da cidade tradicional no entorno suburbano.

PERMEABILIDADE URBANA

´´O conceito de permeabilidade urbana (...) refere-se à irrigação do território urbano por espaço público, por ruas, e descreve o quanto as formas urbanas, em seu arranjo espacial, podem facilitar ou dificultar o movimento de pessoas e veículos.´´ (Aguiar, 2014)

Imagem 27. Vão livre do MASP Fonte: Imagem do autor

O Professor Douglas Aguiar expõe um trabalho de final de curso feito por um de seus orientandos. Nele, o conceito de permeabilidade urbana é aplicado no cais do Porto de Porto Alegre, assim o local é ligado à zona central da cidade, fazendo com que esse espaço seja constitutivo para essa cidade.

O crescimento populacional é constante no mundo atual, dessa forma, paralelamente, têmse o uso desenfreado de manta asfáltica para a nova área desenvolvida de uma cidade, fazendo com que use de modo descontrolado os recursos naturais. Isso pode gerar danos, pois com a falta de um sistema de drenagem eficaz, enchentes são comuns.

Trazendo essas características para a Arquitetura, segundo a Wikihaus (201), em um edifício permeável, o prédio se mistura com a rua e a rua se mistura com o prédio. Há uma interação com o seu entorno. E, mesmo que seja uma residência, que não é um edifício público, essa harmonia é importante.

O Wikihaus ainda cita o Museu de Arte de São Paulo (MASP), como um dos exemplos mais

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conhecidos de permeabilidade urbana. Seu vão tem várias funções, e quem usa ele não necessariamente tem que acessar o edifício em si, pois esse espaço já faz parte da Avenida Paulista como um local público.

Imagem 28. Imagem da Rua do Cais, perspectiva em AutoCad por Aline Aguiar. Trabalho orientado por Douglas Aguiar na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, 2011.

A imagem mostra o vão sendo um local de sombra, além de fazer de caminho para uma vista para a Avenida Nove de Julho e fez com que o espaço se tornasse uma praça para turistas, trabalhadores em horários de folga e comerciantes ambulantes.

A imagem mostra o novo uso dos galpões além do espaço que ele abriu para implantação de ruas e calçamento para chegar até o Rio Guaíba. O espaço se torna compartilhado pelo

Fonte: Vitruvius

pedestre e por veículos motores, dessa forma o projeto de revitalização dessa área fez com que a relação com a cidade ocorreu.

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ORLÂNDIA

´´Nasceu Orlândia ao pé de uma colina.

Seu berço foram trilhos da Mojiana!

O trem chegou, bebeu da água da mina, gostou e aqui ergueu uma cabana.

Da modesta cabana pequenina, surge a Estação, com ares de área urbana.

Logo é povoado o qual se denomina Vila Orlando que cresce soberana, pois seu destino é outro, não quer marca de Vila e febril vai se transformando em Orlândia, afinal uma Comarca Feita por brasileiros, imigrantes e pelo Coronel Francisco Orlando, General de Orlandinos bandeirantes!´´ (PRETA, 1998, p. 11)

O LOCAL

Em 1880, todo território, onde hoje é Orlândia, pertencia ao Coronel Francisco Orlando.

Mais tarde, em 1890, esse espaço foi desmembrado de Batatais, e em 1896, por decreto, essa localidade passou a se chamar Nuporanga, a sede do município, por força da lei de 25 de Novembro de 1909, foi transferida par ao povoado de Vila Orlando, nome dado em homenagem ao Cel. Orlando. Por essa mesma lei, em 30 de março de 1910 foi elevado à categoria de município.

Orlândia, São Paulo, Brasil. Com 291,765 km², é situada nas proximidades de importantes centros urbanos, como Ribeirão Preto, Franca, Sertãozinho e Barretos. Além de ser conhecida como ´´Cidade das Avenidas´´, tem terras férteis, importantes na plantação de cana, milho, soja, feijão e sorgo.

Com população estimada pelo IBGE, em 2020, de 44.360 habitantes, tendo uma densidade demográfica de 136,34 hab/km², em 2010.

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CADEIA E FÓRUM ANTIGOS ´´Uma construção vinda do passado grandiosa pro tamanho da cidade.

Edifício imponente levantado para administrar Lei à sociedade Uma construção feita pelo Estado obtida com ardor, tenacidade de Chico Orlando, tendo ainda doado - (diga-se para histórica verdade) o terreno. No andar superior o Fórum e a Cadeia no inferior.

Por anos, a justiça sediou.

Imagem 30. Edifício de estudo Fonte: imagem do autor

Mais tarde, foi Palácio da Cultura.

Patrimônio da bela arquitetura que o poder Público, ainda não tombou.´´ (PRETA, 1998, p. 14 )

Imagem 31. Edifício de estudo Fonte: imagem do autor

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Imagem 29. Edifício de estudo

Imagem 32. Edifício de estudo

Fonte: imagem do autor

Fonte: imagem do autor

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O prédio teve sua construção terminada em agosto de 1913, e o Forum da Comarca de Orlândia foi inaugurado em 17 de maio de 1914. Segundo o Jornal A Notícia é (1999), a inauguração teve uma Santa Missa com bênção solene de um crucifixo em madeira, que foi conduzido em procissão da Igreja de Santa Genoveva até o prédio do Fórum.

A tipologia Cadeia e Fórum, segundo Cordigo (2007), se trata de um ´´projeto-tipo´´, que tem como responsável a Superintendência de Obras Públicas do Estado de São Paulo. ´´ Já o Fórum e a Cadeia ganhavam instalações à altura da Comarca, lá na Praça da Bandeira.´´ (PRETA, 2007, p. 47) O primeiro programa do edifício foi ´´Cadeia e fórum´´. Ao longo dos anos seu uso mudou, se passando por biblioteca municipal e Casa da Cultura. O prédio sempre foi de propriedade da prefeitura, por se tratar de um equipamento público.

Imagem 33. Edifício de estudo Fonte: imagem do autor

Na seguinte imagem, tirado do alto da torre da Igreja de Santa Genoveva, mostra, ao fundo, o quão imponente o edifício era para cidade naquela época. Robusto, evidente, demonstrando superioridade.

Imagem 34. Edifício de estudo Fonte: imagem do autor

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Imagem 35. Edifício de estudo

Imagem 36. Edifício de estudo

Fonte: imagem do autor

Fonte: Junqueira, 1999

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O projeto, por ser de um ´´tipo´´ do Estado de São Paulo, encontra-se bastante semelhança aos de outras cidades, como de Amparo-SP.

De caráter eclético, rígida simetria, chama sua atenção pelos ornamentos da platibanda, frontão e porta da fachada. Além disso, no seu exterior encontra-se pisos e forros de madeira, grandes janelas, e um vitral.

Segundo Cordido (2007), possui implantação com uma praça central, reforçando sua sobriedade e monumentalidade, aspectos encontrados em equipamentos de justiça da época.

Imagem 39. Frontão Fonte: Imagem do autor

Imagem 37. Delegacia de Amparo

Imagem 40. Vitral

Fonte:Google maps

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Fonte: Imagem do autor

Imagem 38. Delegacia de Amparo

Imagem 41. Porta principal

Imagem 42. Hall principal

Imagem 43. Porta principal

Fonte:Google maps

Fonte: Imagem do autor

Fonte: Imagem do autor

Fonte: Imagem do autor

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´´ Com a nova prefeitura, Câmara Municipal passou a se reunir, na falta de outro local foi para o prédio do Fórum e também Cadeia Pública.´´ (PRETA, 2007, p. 94) O primeiro programa do edifício foi ´´Cadeia e fórum´´, a tradicional casa de câmara e cadeia de uma cidade fundada nessa época. Ao longo dos anos seu uso mudou, se passando por biblioteca municipal e Casa da Cultura. O prédio sempre foi de propriedade da prefeitura, por se tratar de um equipamento público.

Na seguinte imagem, tirada em fevereiro de 1922, por Faustino Cividades, mostra que o edifício de Cadeia e Fórum era isolado na quadra.

Imagem 45. Edifício de estudo Fonte: Junqueira, 1999

´´o Fundador da cidade.

Já arrumando as novas casas feitas de tijolo de adobe, uma engenhosa mistura de barro cru e capim seco, endurecido ao sol.

O Coronel não descuida, já apruma ali prédios públicos (...) a Cadeia, (...)

Imagem 44.Imagem aérea de Orlândia Fonte: Junqueira, 1999

Imagem tirada nos dias atuais, mostra a que a edificação é demarcada por, além de simetria, algumas formas geométricas presentes na fachada, dando um ritmo específico e proporções.

A escada de acesso é bem imponente, por ser uma característica tipológica nos edifícios de Cadeia e Fórum da época.

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o Fórum, (...)

Um Coronel impossível, verdadeiramente incrível!

Não esmorece no Ideal!

Pedreiro-Engenheiro-Mor.´´ (PRETA, 1998, p. 37 )

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Pavimento térreo

Pavimento superior Imagem 46. Edifício de estudo Fonte: Imagem do Autor

Segundo relatos de moradores da cidade e funcionários públicos, histórias do edifício se perderam, dificultando o acesso às informações sobre.

Houve uma consulta, por e-mail, ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. O mesmo, veio com a resposta de que o Núcleo Cartográfico não tinha o domínio das plantas desse objeto.

Alguns desenhos foram encontrado no setor de Engenharia da Prefeitura Municipal de Orlândia. Neste trabalho o autor atualizou as plantas e desenhou as fachadas, deixando como estão atualmente.

Os seguintes desenhos mostram as plantas do pavimento inferior e do pavimento superior da Antiga Cadeia e Fórum da cidade de Orlândia, tendo como base os desenhos e levantamentos do Arquiteto Augusto César Bordin.

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CULTURA EM ORLÂNDIA PRINCIPAIS ATIVIDADES ARTESANAIS DESENVOLVIDAS NO MUNICÍPIO

O crescimento do setor artístico-cultural da cidade é de reponsabilidade da coordenadoria Municipal de Cultura. No município, segundo o IBGE, existem alguns grupos que estabelecem a cultura.

BORDADO MADEIRA TECELAGEM

GRUPOS ARTÍSTICOS EXISTENTES NO MUNICÍPIO BANDA

BIBLIOTECA PÚBLICA

MANIFESTAÇÃO TRADICIONAL POPULAR

MUSEU

CINECLUBE

TEATRO OU SALAS DE ESPETÁCULO

DANÇA

CENTRO CULTURAL

MUSICAL

ESTÁDIOS OU GINÁSIOS POLIESPORTIVO

CORAL

CINEMA

ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA

BANCA DE JORNAL

CAPOEIRA

VIDEOLOCADORA

ARTES VISUAIS

LIVRARIA

ARTESANATO

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR

MODA

CLUBE E ASSOCIAÇÃO RECREATIVA

GASTRONOMIA

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EQUIPAMENTOS CULTURAIS PRESENTES NO MUNICÍPIO

ESPAÇO PARA CIRCO

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MAPEAMENTO CULTURAL

1: NÚCLEO CULTURAL CASTELINHO O local recebe alunos dos Projetos Escola de Moda Elas na Moda, Projeto Guri, Artes e Ofícios Josy Ribeiro de Mendonça, Loja Ateliê do Bem e Voluntariado. A instalação do guarda-corpos no mirante permite que os visitantes tenham uma visão de praticamente 360° da cidade.

O seguinte mapa consiste no levantamento do entorno do lote de estudo (contornado de vermelho), com objetivo de mapear pontos culturais próximo ao local do projeto.

Imagem 47. Fachada do Núcleo Fonte: Google Maps

2: TEATRO MUNICIPAL O Espaço recebe grupos teatrais tanto da região quanto de Orlândia. Além disso, a Prefeitura lança temporadas de filmes em cartaz, fazendo com que o edifício sirva como um cinema também.

Imagem 48. Teatro Municipal Fonte: TripAdvisor

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3: BIBLIOTECA MUNICIPAL Localizada nas ocupações da Antiga Estação Ferroviária de Orlândia, ela abriga um grande acervo de livros de diferentes gêneros, além de espaço de estudo

MUSEU PÚBLICO Localizado na Praça da Bandeira, ao lado da Antiga Cadeia e fórum.

Imagem 49. Biblioteca Municipal Fonte: Imagem do autor

4: CASA DA CULTURA Atualmente ela abriga o acervo do Museu Pedagógico Lucas Barros, pois o prédio original do museu está degradado.

Imagem 51. Prédio do museu Fonte: imagem do autor

Foi criado pelo governador Carlos Alberto de Carvalho Pinto (Decreto 41.161 de 22/12/1962), por solicitação do Deputado Maurício Leite de Moraes.

Sua instalação é a organização foram realizadas pelo prefeitura Cyro Armando Catta Preta, em 30 de março de 1974.

Atualmente, todo seu acervo foi transferido para o prédio da Antiga Cadeia e Fórum.

Estando, agora na pandemia, com agendamento prévio de visitação.

Imagem 50. Conjunto onde se encontra a Casa da Cultura Fonte: imagem do autor

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SECRETARIA DA CULTURA DE ORLÂNDIA Atualmente, em um dos blocos do conjunto da Antiga Cadeia e Fórum da cidade, é ocupado pela Secretaria da Cultura. A planta elaborada pelo autor, mostrou a divisão atual do edifício com seus usos, levando em consideração que nem todos os ambientes estão ocupados pelo programa atual.

Imagem 54 : interior da edificação Fonte: imagem do autor

Imagem 52: entrada da edificação Fonte: imagem do autor

O programa de necessidades nesse bloco se baseia em: salas de atendimento, gabinete da Secretária da cultura, lavabos, banheiro, cozinha e despensa.

Imagem 53: interior da edificação Fonte: imagem do autor

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PRAÇA MAX DEFINE

Praça desenhada por Cícero Ferraz Cruz e Fábio Mosaner, que se baseia na simplicidade e sombreamento homogêneo.

Os autores falam que para o projeto recriar um ´´quintal de casa´´, sem perder a qualidade urbana, escolheram a jabuticabeira para espalhar pelo espaço. Ao todo são 40 árvores, em 1500 m² de área.

Os arquitetos padronizaram a perspectiva do usuário, qualquer que seja a direção e o sentido do seu percurso.

Os canteiros circulares, de diâmetros variados, setorizam os usos da praça de forma sutil.

Além disso, foram espalhados bancos de madeira em pontos estratégicos.

O projeto foi destaque na categoria urbanismo do 6° Prêmio Jovens Arquitetos, em 2004, pelo IAB-SP.

Imagem 56: Praça Max Define Fonte: imagem do autor

A praça, implantada ao lado do conjunto da Antiga Cadeia e Fórum da cidade, teve homenagem ao Max Leonardo Define, que nasceu em Napoli, e teve parte da sua vida em Orlândia, onde foi sócio-fundador da Comove, Guabi e Brejeiro.

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Imagem 55: Homenagem da praça

Imagem 57: Praça Max Define

Fonte: imagem do autor

Fonte: imagem do autor

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PRAÇA FLÁVIO DE FREITAS SILVEIRA

Inaugurada em 11 de janeiro de 2007, também é conhecida como praça da bandeira, já que ela apresenta um monumento em seu centro, que representa uma bandeira do Brasil descontruída. E se localiza ao lado da atual Secretaria da Cultura.

A planta baixa foi elaborada pelo autor deste trabalho, com um prévio levantamento do passeio, ficando claro que a área ainda está em fase de levantamentos.

Imagem 58: Planta de piso da Praça Max Define Fonte: MOSANER, 2012

Imagem 62: monumento da Bandeira Desconstruída Fonte: imagem do autor

Imagem 60: monumento da Bandeira Desconstruída Fonte: imagem do autor

Imagem 59: Planta Baixa da Praça Max Define Fonte: MOSANER, 2012

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Imagem 61: passeios da praça

Imagem 63: passeios da praça

Fonte: imagem do autor

Fonte: imagem do autor

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Implantação geral, incluindo a Praça Max Define, o conjunto da Antiga Cadeia e Fórum de Orlândia e a Praça das Bandeiras.

Levando em consideração que a área segue, ainda, em fase de levantamento.

53.28

Banheiro 3.52m²

Banheiro 3.52m²

SALA 10.25m²

SALA 10.25m²

COZINHA 5.66m²

COZINHA 5.66m²

SALA 11.48m²

LAVABO 2.60m²

HALL 12.16m²

SALA 9.63m²

HALL 13.84m²

HALL 13.84m²

SALA 6.72m² HALL 10.86m²

DESPENSA 1.12m²

LAVABO 1.67m²

Início subida

SALA 16.23m²

SALA 16.23m²

IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO ESC 1:150

1

3 2

4

FACHADA PRINCIPAL 1:75

CONDICIONANTES DO PROJETO

Este capítulo visa apresentar as possíveis regiões de estudo no município de Orlândia, com a finalidade de escolher uma área que atende aos critérios pré-estabelecidos. Por fim, analisar a área escolhida e seu entorno como levantamentos fisicoterritorial, planialtimétricos além de legislações pertinentes. Além disso, estabelecer um programa de necessidades que se espacialize na área e definir diretrizes técnicas.

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CONDICIONANTES PARA ESCOLHA DO LOCAL

ÁREA 1 1- Foi sede da primeira cadeia da cidade, um dos edifícios mais importantes após a fundação do município.

2- Conta-se com três blocos arquitetônicos, além de duas praças ao redor.

3- Localiza-se no centro, possuindo uma via de fluxo alto e baixo.

4- O bloco histórico contém aproximadamente 2.592 m² 5- Atualmente apenas um bloco está em uso para ser sede da Secretária da Cultura. O bloco centro, pela pandemia, não está em uso, as se tratava de um equipamento cultural.

6-Encontra-se poucos materiais publicados.

1- Contexto histórico; 2- Pré-existência; 3- Localização de fácil acesso; 4- Dimensionamento proporcional ao tamanho da cidade; 5- Atual uso; 6- Materiais disponíveis.

Imagem 64. Edifício de estudo

Imagem 65. Praça da Bandeira

Fonte: Imagem do Autor

Fonte: Imagem do Autor

ÁREA 2 1- Foi sede da primeira Estação ferroviária da cidade, edifício que foi o elemento principal da fundação do município.

2- Conta-se com dois blocos históricos, um bloco de construção recente, além de arquibancadas e teatro de arena que foi construídos ao longo dos anos.

3- Localiza-se no centro, possuindo uma via de fluxo alto e baixo.

4- A Praça dos Imigrantes contém aproximadamente 18.180 m² 5- Atualmente todos os blocos estão em uso, sendo Biblioteca, Procuradoria Geral, Teatro Municipal e a sede do Rotary Club.

6-Encontra-se bastante materiais publicados.

ÁREA 1 Antiga casa de câmara e cadeia Praça da Bandeira Centro

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ÁREA 2 Antiga Estação Ferroviária Praça dos Imigrantes Centro Imagem 66. Antiga estação de Orlândia

Imagem 67. Antiga estação de Orlândia

Fonte: Imagem do Autor

Fonte: Imagem do Autor

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ORLÂNDIA

O município encontra-se no Estado de São Paulo, Brasil. A uma latitude 20º43’13” Sul e a uma longitude 47º53’12” Oeste, estando a uma altitude de 695 metros. Sua população estimada em 2016 era de 42 996 habitantes. Possui uma área de 296,4 km².

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A área está inserida na Zona Habitacional 3 (ZH-3), que se trata de uma zona mista, adensada, e que constitui o centro da cidade. A declividade natural máxima do terreno é de 30%, com vias de 20 metros. os lotes da zona tem área mínima de 250m² com testada mínima ou menor dimensão de 10 metros. A densidade varia de 1.637 * 4.057 hab/km² e 4.783 7.309 hab/km². Segundo o Plano Diretor da cidade de Orlândia, a zona de ocupação condicionada tem como diretrizes garantir diversidade de usos, em especial o habitacional, incrementar o adensamento e melhor uso da terra, preservar o patrimônio histórico e a permeabilidade do solo, garantir moradia para todos.

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ÁREA DO PROJETO Uso do solo Entorno Imediato:

Escala da vizinhança:

1- Residências

3- Polícia Civil

RESIDÊNCIAS

INDUSTRIAL

COMÉRCIO

ÁREA VERDE

SERVIÇOS

INTITUCIONAL ÁREA DE ESTUDO

4- Centro de Saúde

5- Residências

6- Brejeiro

A área de estudo, por ser numa área mista (centro da cidade), há de um lado uma predominância de uso residência, e de outro o uso do comércio e serviços, esses que estão localizados mais na região das vias onde o fluxo é maior. Ainda nessa área, encontra-se uso industrial e a área que se deu origem a cidade de Orlâdia-SP.

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Ocupação do solo Escala da vizinhança:

Entorno Imediato:

Ao analisar os mapas, é possível ter a certeza de que a área é bem adensada, por se localizar no centro da cidade, e a região é predominantemente horizontal, tento somente um edifício com 15 pavimentos.

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Fluxo viário

Equipamentos

1- Fórum e praça Coronel Orlando 2- Prefeitura 3- Escola Municipal Coronel Orlando 4- Câmara Municipal 5- Praça e Igreja São José 6- Praça e Igreja Santa Genoveva 7- Praça dos Imigrantes 8- Polícia Civil 9- Posto de Saúde 10- Brejeiro

O lote de estudo se encontra numa via de baixo fluxo, porém ao seu redor se tem grandes fluxos de automóveis, por ser no Centro da cidade.

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A região de estudo conta com os principais equipamentos da cidade, incluindo o Centro Cívico. Isso tudo enfatiza o fato do objeto de estudo estar inserido aos arredores do eixo que se deu origem à cidade de Orlândia.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES

SETOR CULTURAL

SETOR SERVIÇO PÚBLICO

AMBIENTE

QTDE.

ÁREA m²

Área de museu

02

29,00

Área de exposições

01

29,00

Área de informações turísticas

01

24,00

Espaço que abrigue um atendente e alguns totens que mostrem os pontos turísticos da cidade, interagindo com os visitantes

Sala do artesanato

01

36,00

Espaço que contemple um dos bens culturais mais praticados na cidade, o artesanato

Sala de workshop

Sala de informática

Espaço de interação

02

01

97,00

OBSERVAÇÃO Preservar os elementos existentes.

Sala multiuso com possibilidade de encaixe de paredes divisórias regulando o tamanho do espaço

29,00

Implantar, de forma esporádica, elementos que se interagem com o público, e que se relacione aos

AMBIENTE

QTDE.

ÁREA m²

OBSERVAÇÃO

Secretaria da Cultura

01

24,00

Mesas com atendentes

Arquivo Público Digital

01

64,00

Espaço que abrigue um atendente e alguns totens para pesquisar de arquivo público, e espaço para plotagem

SETOR PRIVADO AMBIENTE

QTDE.

ÁREA m²

Sala de reuniões

01

10,00

Espaço do funcionário

02

14,00

Diretoria

01

18,00

Deposito

04

4,50

Secretaria

01

4,50

OBSERVAÇÃO

equipamentos culturais do projeto.

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FLUXOGRAMA

ÁREA WORKSHOP

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

ESPAÇO DE TRABALHO

ESPAÇO DE TRANSIÇÃO

PRAÇA MAX DEFINE

COPA VESTIÁRIOS

SALA DE REUNIÕES

SANITÁRIOS

ARQUIVO PÚBLICO DIGITAL

PRAÇA DA BANDEIRA

SALA DE ARTESANATO MUSEU SALA DE EXPOSIÇÕES

TURISMO DIGITAL SANITÁRIOS

SECRETARIA DA CULTURA

ACESSO

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DIRETRIZES PROJETUAIS

ESTUDO PRELIMINAR

BAIXO IMPACTO NA PRÉ-EXISTÊNCIA Pensando na leveza e baixo impacto, o drywall é importante em toda intervenção na préexistência, pois ele não demanda a utilização de argamassa ou outro material. Assim, podeser inserir novas paredes na construção.

GRANDES VÃOS Para se ter uma planta livre na nova edificação, é necessário o uso de importantes elementos estruturais metálicos para suportar as lajes de concreto.

BIOFILIA Pensando em integrar a natureza por dentro do novo edifício, é importante propor elementos dos design biofílico por toda sua extensão.

CONTRASTE NOVO E ANTIGO A utilização do design contemporâneo, será importante para demarcar o que já existe há um tempo, e o que foi feito novo. Para isso, o uso de linhas retas e materiais novos são importantes para elaboração do projeto.

CONCEITO As construções da década de 1910, como é o caso da Antiga Cadeia e Fórum de Orlândia, tinha de característica principal a rígida simetria, deixando a paisagem harmônica

PARTIDO Como é extremamente evidente na fachada dos edifícios pré-existentes a simetria, é necessário tem isso como partido projetual, tanto na intervenção quanto nas novas construções que serão introduzidas na área de estudo.

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PAVILHÃO 01

O acesso a este pavilhão pode se dar pela rua, que foi retirado o portão e muro de acesso, implantando uma esquadria de correr, com grades, para que a integração interior e exterior seja maior, mesmo com essa abertura fechada.

Corte esquemático A Situação sem escala

No bloco, foram reaproveitadas quase todas as paredes, apenas adaptando alguns acessos aos sanitários PNE. o aproveitamento da planta com um espaço relativamente grande e livre, propõe-se em instalar o arquivo público digital. Esse programa conta com vários totens interativos ao público, onde já se tem todos os documentos presentes no arquivo público da cidade digitalizados, ficando mais inovador a forma de consulta desses documentos, podendo, também, solicitar a impressão. Para quem quiser consultar o arquivo de forma física, será possível também, já que na cidade não há um estabelecimento que ofereça isso à população.

Corte esquemático B Situação sem escala

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HALL 13.84m²

SALA 16.23m²

À CONSTRUIR À DEMOLIR

PLANTA DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO PAVILHÃO 1 ESC 1:50

B LAVABO/ VESTIÁRIO 3.50m² SALA DOS FUNCIONÁRIO 10.45m²

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.74m²

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.74m²

ARQUIVO PÚBLICO 48.00m²

HALL 13.84m²

SALA 16.23m²

PLANTA PAVILHÃO 1 ESC 1:50

PAVILHÃO 02

A entrada para o bloco foi alterado, colando no mesmo eixo da entrada do pavilhão 1, deixando a simetria evidente.

Atualmente, neste bloco há a Secretária da Cultura de Orlândia. O projeto prevê a permanência desse programa, porém foi melhor distribuído no edifício, ficando com uma sala de atendimento, uma sala de mais privada além de um lavabo para uso interno. O lavabo fica no mesmo lugar onde hoje já existe um, reaproveitando ele.

A sala de reunião é coletiva, podendo ser usado para fins da secretaria da Cultura, ou por integrantes do espaço de artesanato, ambiente que contém um lavabo, também, préexistente.

A disposição da planta deste bloco se deu a partir do Pavilhão 1, pois ele possuem as fachadas espelhas, assim, tendo a planta espelhada fica harmônico e simétrico, que faz parte do conceito do projeto A sala de artesanato está implantada nele, um ambiente aberto, com possibilidade de

Corte esquemático A Situação sem escala

distribuir cadeiras, mesas, máquina de costura, armários, exposições para vendas, dentre outras possibilidade. Além disso, o fechamento desse ambiente é livre, ficando possível aplicar paredes divisórias para se tornar mais restrito, ou deixar aberto para que haja maior integração com o resto da edificação.

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LAVABO 2.60m²

À CONSTRUIR À DEMOLIR

PLANTA DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO PAVILHÃO 2 1:50

A

LAVABO 3.52 m2

SALA DE REUNIÕES 10.25 m2

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.77 m2

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.77 m2

ÁREA DE ARTESNATO 24.00 m2

LAVABO 1.67 m2

SECRETARIA DA CULTURA 24.00 m2

PLANTA PAVILHÃO 2 1:50

PAVILHÃO DO MUSEU

Ao acessar o hall principal, temos duas salas de exposições (à esquerda e à direita) destinadas ao museu pedagógico Lucas Monteiro. Ambas contam com um depósito que ficaria atrás de um painel de madeira, para não desviar a atenção do público quando for fazer a visita.

Ainda no hall, à frente temos os banheiros existentes que foram modificados para serem dois banheiros universais, que inclui o uso convencional e PNE. Além disso, um vitral, preservado, porém foi criada uma abertura abaixo dele, para ter a possibilidade de acesso pelos fundos do edifício. A colagem abaixo mostra a fachada do fundo com uma porta da mesma tipologia da porta da fachada frontal. Sendo necessários, para abertura dessa nova entrada, a implantação de rampas, de modo que fique deslocada do edifício.

O Pavilhão do Museu é o mais importante do conjunto, pelo fato dele ser o historicamente mais relevante, que conta a história da formação da cidade além de ser o mais imponente.

Como as salas existentes nele são com uma dimensão boa, evitou a demolição de paredes, permanecendo a essência do prédio. Na entrada principal, depois de subir a grande escadaria, ou rampas de acesso, nos deparamos com o hall principal à frente, elevador à esquerda, e escadaria para acesso ao pavimento superior.

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No pavimento superior, a principal mudança foi deixar a distribuição da planta semelhante à do pavimento térreo, com um hall principal e salas de ambos lados. Para isso, foi construído paredes no mesmo eixo das de baixo.

Assim, temos no programa a maior sala para exposições temporárias de diferentes acervos; sala de diretoria com lavabo. A terceira sala ficou destinada ao Centro de Turismo, que parte do conceito ´´High-tech´´, onde às informações turísticas e históricas da cidade são passadas ao público por totens interativos. Essa mesma tecnologia são espalhadas pelo edifício individualmente com outra informações, como mapa do conjunto de edifícios culturais deste trabalho.

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Início subida À CONSTRUIR À DEMOLIR

PLANTA DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO PAVILHÃO MUSEU PAVIMENTO TÉRREO 1:75

À CONSTRUIR À DEMOLIR

PLANTA DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO PAVILHÃO MUSEU PAVIMENTO SUPERIOR 1:75

SANITÁRIO UNIVERSAL 3.00 m²

DEPÓSITO 4.65 m² SANITÁRIO UNIVERSAL 3.00 m² SALA DO TURISMO 24.00 m²

ÁREA DE EXPOSIÇÕES 44.48 m²

MUSEU 44.00 m²

LAVABO 3.36 m² HALL 19.20 m²

MUSEU 29.00 m²

HALL 19.20 m² DIRETORIA 14.00 m²

A

A

Início subida

DEPÓSITO 7.00 m²

HALL DE ENTRADA 4.65 m²

DEPÓSITO 7.00 m²

PLANTA PAVILHÃO MUSEU PAVIMENTO TÉRREO 1:75

HALL DE ENTRADA 4.65 m²

LAVABO 2.69 m²

PLANTA PAVILHÃO MUSEU PAVIMENTO SUPERIOR 1:75

ELEVAÇÃO LESTE ESC 1:75 ELEVAÇÃO NORTE ESC 1:75

ELEVAÇÃO OESTE ESC 1:75

ELEVAÇÃO SUL ESC 1:75

CORTE ESQUEMÁTICO A SEM ESCALA

O GRANDE PAVILHÃO

De início foi pensando em fazer nesta área uma grelha de colunas com vão de 5 metros, e planos de laje para demarcar os dois pavimentos. Essa estrutura chamaria a atenção, deixando claro que ela é o ´´ator principal´´ da edificação, para que as divisórias internas ficassem independentes e soltas no espaço, como mostram os estudos volumétricos abaixo, onde se nota que paredes não chegam no teto, trazendo a leveza no espaço, além de uma circulação de ar.

Com a grelha de colunas, foi possível perceber que para a circulação interna ficou no limite, 1 metro de largura, podendo atrapalhar o fluxo de pessoas, já que se trata de uma edificação com acesso público no térreo, além das salas de workshop no pavimento superior.

Este bloco é o único construído do zero. Assim, houve necessidade de fazer estudos volumétricos para fortalecer o conceito do conjunto.

Demarcação entre o novo e o antigo é uma das condicionantes retiradas dos projetos e referências, que deve estar presente nesta edificação.

Além disso, o conceito harmonia e simetria precisa aparecer, também, com eixos presentes na pré-existência.

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Além disso, nessa proposta teve o aproveitamento de uma árvores de pequeno porte préexistente, a qual marcou o eixo central do edifício, onde foi viável implantar uma escada em curva ao redor dessa vegetação.

Tanto nesta proposta, quanto nas outras, o uso das esquadrias em camarão serviria para dar abertura total do edifício quando preciso, e fechamento total quando preciso, também.

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Outro estudo volumétrico feito para elaboração desse edifício foi usar uma cobertura imponente, que chamasse atenção. Então, foi aplicada abóbodas no lugar da lâmina da laje do primeiro pavimento, podendo ter aberturas em vidro para sempre obter iluminação natural dentro do edifício. Um ponto observado foi novamente a rígida grelha de pilares para sustentar toda a estrutura, podendo deixar as circulações estreitas, além de ambientes difíceis de flexibilizar.

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Por fim, foi testada uma outra tipologia de estrutura, substituindo a grelha de colunas de concreto, por duas torres estrutura metálica, com os tamanhos suficientes para poder usar o interior desse espaço com programa como sanitários, circulação vertical além de salas de apoio.

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No diagrama, as torres estruturais, em azul, estabelecem a visão de que tudo o que ocorrer sobre a laje, vai ser independente, tendo um espaço livre, desde que não ultrapassem os limites da estrutura metálica.

Para a cobertura, pensou-se em algo elevado, de formato irregular, assim o edifício ganhou um rooftop, onde se pode ter um restaurante mais reservado, com uma bela vista 360° da cidade, além de possibilidade de ter um jardim suspenso, com espelho d´água, trazendo o design biofílico mais uma vez na construção.

O croqui mostra como foi pensado a localização dessas estruturas: de verde os eixos vindo do muro da fachada da rua e da ponta do Pavilhão do Museu, formando um espaço no bloco do Grande Pavilhão (de vermelho), e de azul onde estaria instaladas as estruturas.

Abaixo, fachadas dessa tipologia, demarcando a cobertura elevada do ultimo pavimento, com colunas de diferentes tamanhos, dando movimento ao edifício.

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NESTE MODELO DE PLANTA DO PAVILHÃO, TEM ÁREA DE ALIMENTAÇÃO COM QUIOSQUES PARA OCUPAÇÃO DE RESTAURANTES E CAFÉS NO TÉRREO, ALÉM DE UM CONJUNTO DE SANITÁRIOS. OS FECHAMENTOS SÃO A PARTIR DE PORTAS CAMARÃO, E ESTRUTURADO COM UMA GRELHA DE COLUNAS DE 30 cm DE DIÂMETRO AFASTADAS DO LIMITE DA CONSTRUÇÃO. A CIRCULAÇÃO VERTICAL INICIA-SE COM UMA ESCADA EM CURVA ENVOLTA DE UMA ÁRVORE DE PEQUENO PORTE EXISTENTE DO LOCAL, QUE FOI, TAMBÉM, INSERIDA NA COMPOSIÇÃO DO INTERIOR DA EDIFICAÇÃO.

8.00

49.30

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

PLANTA PAVILHÃO MODELO 01 PAVIMENTO TÉRREO ESC 1:100

O PAVIMENTO SUPERIOR COMPORTA COM OS SANITÁRIOS NO MESMO EIXO DOS SANITÁRIOS DO TÉRREO, ALÉM DE DUAS SALAS DE WORKSHOP. NA FRETE DAS ABERTURAS COM ESQUADRIAS DE CAMARÃO, TÊM-SE JARDINEIRAS TRAZENDO O DESIGN BIOFÍLICO PARA DENTRO DA CONSTRUÇÃO.

SALA DE WORKSHOP

SALA DE WORKSHOP

PLANTA PAVILHÃO MODELO 01 PAVIMENTO SUPERIOR ESC 1:100

PENSANDO EM GANHAR OS ESPAÇOS DOS CANTOS DA EDIFICAÇÃO, OS SANITÁRIOS E O QUIOSQUE DE ALIMENTAÇÃO FICARAM MAIS AO CENTRO DA PLANTA, DEIXANDO OS ESPAÇOS RESTANTES PARA ACOMODAÇÕES DE MESAS, CADEIRAS E SOFÁS, ALÉM DE UM ESPAÇO DE TRABALHO COM MESAS, CADEIRAS E TOMADAS

PLANTA PAVILHÃO MODELO 02 PAVIMENTO TÉRREO ESC 1:100

DESTA VEZ, OS ESPAÇOS DESTINADOS AOS WORKSHOPS ESTÃO NOS CANTOS DA PLANTA, PROPORCIONANDO VISTA DE TRÊS LADOS PARA O TERRENO.

PLANTA PAVILHÃO MODELO 02 PAVIMENTO SUPERIOR ESC 1:100

A

PLANTA PAVILHÃO MODELO 03 PAVIMENTO TÉRREO ESC 1:100

SALA DE APOIO

SALA DE INFORMÁTICA

SALA DE WORKSHOP

SALA DE WORKSHOP

ATENDIMENTO A

PLANTA PAVILHÃO MODELO 03 PAVIMENTO SUPERIOR ESC 1:100

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

ROOFTOP

ROOFTOP RESTAURANTE/ CAFÉ

SANITÁRIOS A

PLANTA PAVILHÃO MODELO 03 ROOFTOP ESC 1:100

ESPAÇO DE TRANSIÇÃO

Portões de correr com grades foram instados no lugar dos muros que davam de divisa às praças, fazendo com que haja integração mais fácil com os portões abertos.

Este espaço se trata de um lugar multiuso, nele tem preservação de árvores existentes, formando uma praça com sombra; espaço para pequenas apresentação para o público, além de servir como caminho para atravessar as praças da Bandeira e Max Define, sem precisar dar a volta na quadra.

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LAVABO 3.52 m2

LAVABO/ VESTIÁRIO 3.50m² SALA DOS FUNCIONÁRIO 10.45m²

SALA DE REUNIÕES 10.25 m2

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.74m²

SANITÁRIO UNIVERSAL 3.00 m²

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.74m²

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.77 m2

SANITÁRIO UNIVERSAL 2.77 m2

DEPÓSITO 4.65 m² SANITÁRIO UNIVERSAL 3.00 m²

ÁREA DE ARTESNATO 24.00 m2

MUSEU 44.00 m² ARQUIVO PÚBLICO 48.00m²

MUSEU 29.00 m²

HALL 13.84m²

HALL 19.20 m²

LAVABO 1.67 m2

Início subida

SALA 16.23m²

DEPÓSITO 7.00 m²

HALL DE ENTRADA 4.65 m²

SECRETARIA DA CULTURA 24.00 m2

IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO ESC 1:150

1

3 2

4

ATUAL, J. Orlândia começou assim. Orlândia: [s.n.], 28 de mar de 1991.

BEZERRA, J. Biblioteca de Alexandria. Toda Matéria, 2010.

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em:

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APÊNDICE 1

Memorial recebido pelo IAB-SP, referente a Praça Max Define, do 6° Prêmio Jovens Arquitetos 2004:

APÊNDICES

6° PRÊMIO JOVENS ARQUITETOS 2004 Praça Max Define – Orlândia – SP Contratante: Heloisa Define Projeto e Obra: 2003 Arq°. Cícero Ferraz Cruz (contato: (11) 3815-9511 / 9153-6630) Arq°. Fábio Mosaner (contato: 3258-5961 / 9913-8617) Quando fomos convidados a projetar uma praça em Orlândia, a única referência que tínhamos sobre a cidade era sua localização geográfica no estado de São Paulo, além do nome da cidade, é claro, e como isso soava em nosso imaginário. Sempre associamos Orlândia à marcha de velhas famílias mineiras que, após o declínio do ouro, migraram para oeste chegando a esta região do estado de São Paulo, uma espécie de “diáspora do ouro” intimamente ligada à formação da cultura caipira... Mas esta é uma outra história.

Bem, com esses poucos elementos em mente, fomos construindo aquela praça. Deveria ser algo presente no imaginário da gente do interior. Não aquela praça típica de interior, inspirada no paisagismo francês que nada tem a ver com nossa realidade, com aqueles canteiros simétricos e caminhos dizendo: “vá por aqui, vá por ali”. Deveria ser uma área sombreada e com piso livre, algo que lembrasse o refúgio de um fundo de quintal ou de um pomar de fazenda. Ao mesmo tempo, tinha que ser uma praça com qualidade urbana, uma vez que seria inserida no contexto de uma cidade planejada e de uma quadra com grande valor histórico. Esta quadra abrigava o edifício da Casa de Câmera e Cadeia de Orlândia e, ainda hoje, mantém seu caráter público / institucional. A Casa de Câmera e Cadeia foi transformada em museu e outros edifícios institucionais ocuparam o restante do quarteirão, restando uma área vazia destinada à praça.

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Após visitar o local, fomos cercando a idéia de como seria a praça. Simbolicamente escolhemos uma árvore frutífera: a jabuticabeira. No universo caipira, “a jabuticaba é por antonomásia a fruta, sempre pronunciada fruita e preferida a todas as outras” ¹. Árvore que nos remete aos pequenos refúgios de fundo de quintal de nossas infâncias, a jabuticabeira sempre foi vista por trás dos muros e passa, agora, à frente dos muros oferecendo-se à cidade. Mas não foi só pelo aspecto simbólico que a escolhemos, foi também por suas qualidades físicas. É uma árvore nativa da região, portanto apta às condições climáticas e de solo, tem um porte adequado à escala da praça, gera uma sombra suave sem escurecer demais o ambiente, suas raízes não interferem no piso, possui troncos e galhos bonitos, flores e frutos afixados ao caule.

A iluminação noturna tem a mesma qualidade da luz diurna gerada pelas jabuticabeiras, sempre lembrando que noite é noite e dia é dia, portanto não projetamos uma luz feérica para a noite. Exploramos a presença das jabuticabeiras iluminando-as de maneira discreta, de baixo para cima, usando poucos elementos e fiação embutida.

A praça tem um bom sistema de drenagem e irrigação para manter as plantas sempre viçosas e gerar um clima fresco e úmido embaixo das copas, uma espécie de oásis diante de aridez urbana.

Assim esperamos que “nossa” praça tenha cumprido suas funções poéticas e práticas, simbólicas e triviais... E que dê bons frutos.

Cícero Ferraz Cruz / Fábio Mosaner.

O plantio das jabuticabeiras obedeceu a uma rígida disposição em triângulos eqüiláteros, de modo que as quarenta árvores ficassem eqüidistantes seis metros umas das outras, gerando um sombreamento constante e uniforme. O piso foi executado com pedras portuguesas pretas, portanto também constante e uniforme. Em contrapartida a essa rigidez o desenho do piso desenvolveu-se com toda a liberdade em canteiros-bola, concêntricos com as árvores, porém de raios variados. Através da variação dos raios foram construídos caminhos, largos, áreas de passagem e áreas de permanência no desenho sugerido no negativo das bolas. Assim conseguimos criar uma importante circulação diagonal sem desenha-la no piso.

Em cada canteiro-bola foram plantadas diferentes espécies de plantas de forração com cores variadas como uma pintura de bolas coloridas sobre um pano de fundo preto.

Alguns bancos, desenhados especialmente para este projeto, foram distribuídos estrategicamente pela praça ajudando a definir espaços e situações.

Um pequeno muro de arrimo de concreto com quarenta centímetros de altura defiine uma área mais resguardada no interior da praça, deixando uma larga faixa livre junto às ruas.

Aos pés das árvores nesta faixa, ao invés de canteiros-bola, foram colocadas grades de ferro fundido para permitir maior liberdade de fluxo.

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APÊNDICE 2

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