
manuelly timbó
manuelly timbó
Sequestrados pelos relógios, confinados em blindagens cognitivas, viciados nos celulares, curvados e de cabeças baixas para mirar as telas, estamos esquecendo de olhar aos céus e lembrar o recado das pipas coloridas. Elas falam da memória dos tempos em que fomos capazes de transformar objetos militares de guerra em encantarias que, acariciando o azul, dançam e voam pelas mãos do guri na rua. Simas, 2019, p. 63. O corpo encantado das ruas
Graduanda no oitavo período da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentando bastante interesse em projetos executivos, gerenciamento de obras e produção de imagens não convencionais, tendo foco na forma com que a arquitetura consegue atuar de maneira sensível na mudança tanto pessoal quanto coletiva. Sou organizada, criativa e comunicativa
Inglês avançado
Adobe avançado
Office intermediário
Autocad intermediário
Sketchup intermediário
Archicad básico
Vray básico
Enscape básico
Espanhol básico
2021|atual
Graduação
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
2024|atual
Estágio Contato
(21) 9 7044 - 8262
manuelly.passos@fau.ufrj.br
Rio de Janeiro - RJ
https://lattes.cnpq.br/5087894145975682
Fundação Getúlio Vargas
Estágio não obrigatório, focado na produção de projeto executivo, maquetes 3D, renderização de imagens e gerenciamento e acompanhamento de obras de cunho coorporativo.
2022 | atual pesquisa
2024 extensão
Narrativas latinas: Uma construção histórica a partir das bienais latino-americanas. Pesquisadora Bolsista PIBIC. Trabalhando no processo de reunir, catalogar, analisar e discutir os projetos selecionados pelo Prêmio Oscar Niemeyer
SemEA Fau 2024: Um Rio sobre o rio: As diferentes relações da cidade com a água. Diretora. Atuando diretamente com acordos institucionais, gestão de cronograma e cerimonial e almoxarifado
2023 evento
Insurgências : Experiências em espaços públicos
Extensionista voluntária. Atuando como monitora do evento organizado pelo Festival Internaciconal de Intervenções Urbanas
2022 | 2023 extensão
Ecologia Urbana: Waterfront no Rio de Janeiro - 2018 - Pequena África
Extensionista voluntária. Atuando junto a comunidade da gamboa e instituto pretos novos para elaborar projeto coletivo
2023 exposição
2023 workshop
Encontro Pré-Arquisur 2023
Extensionista voluntária durante o evento, trabalhando na direção criativa da exposição de premiados
Charrette con la Universidad San Francisco de Quito
Participante do workshop de projeto arquitetônico junto aos estudantes de arquitetura da USFQ
2021 | 2023 gestão
CAFAU Centro acadêmico de Arquitetura e Urbanismo
Membro ativo da autogestão, responsável pelas questões envolvento a política interna da faculdade e relação docente x discente.
Ecologia Urbana: Waterfront no Rio de Janeiro - 2018 - Pequena África
Ancestrais: Modacomo retomadada memóriana pequenaÁfrica
O Cais do Valongo, na Gamboa, foi o principal porto de desembarque de africanos escravizados do mundo. Estima-se que, por ali, tenham passado um milhão de pessoas nessa situação (IPHAN, 2016). O cais, já passou por aterramentos e diversas outras tentativas de obliteração. Hoje, como patrimônio mundial da humanidade, é imprescindível a valorização da sua memória. Com isso em mente, foi idealizado o resgate dessa cultura e desse protagonismo através de um desfile
Gamboa, Rio de Janeiro - Rio de Janeiro Brasil
de moda com designers pretos no Cais, pensando no significado quanto o caminho dessas pessoas e pelo simbolismo de uma uma passarela, evidenciando assim como a cultura, a história e a negritude andam juntas e estão tão presentes na cidade maravilhosa
A ideia de um desfile que exaltasse a cultura preta no Rio de Janeiro carregou uma quantidade muito significativa de simbolismos começando, claramente, pelo local escolhido para o evento. Após conversas com o Instituto de Pesquisas Pretos Novos, na Pequena África, foi estudado cada um dos pontos do circuito de herança afro-brasileira e chegado a conclusão que o Cais seria o lugar perfeito para a tão necessária visibilidade na área, sendo então a passarela.
Um dos grandes desafios do projeto foi construir apenas com o que estava disponível no galpão de um dos colaboradores: uma empresa que faz a estruturação de eventos em shoppings por todo o Brasil. Por isso, foi utilizado metalons, estruturas de box struss e painéis de ferro com películas coloridas. As arquibancadas foram pensadas pela junção de andaimes com tábuas de madeira encontradas durante a visita ao galpão.
Arquitetônico IV
Ateliê Aberto
Os irmãos Alexandre e Hélio se mudaram para Brás de Pina com o intuito de fugir do calor de Senador Camará, porém ao construir suas casas no alto do morro sem nenhum tipo de proteção além de alguns beirais e um único recuo, a situação com o calor ficou insuportável. Alexandre, dono da casa de cima, é o mais afetado. Com a laje de cobertura sem nenhuma proteção térmica ou impermeabilizante, o calor, somado à falta de aberturas e ventilação cria internamente outro problema: o mofo. Externamente a grande questão é o acesso: feito por uma escada de alvenaria instável e sem guarda-corpo, esse acesso se torna algo inseguro.
Brasil
janelas pequenas
falta de aberturas impossibilitando a ventilação
falta de armazenamento
escadas mal acabadas
laje não isolada termicamente
quarto e sala na fachada oeste
um único quarto para duas pessoas
cozinha mal ventilada
banheiro mal dimensionado
Por fim, com uma filha jovem adulta morando atualmente em sua casa, Alexandre se vê num impasse pois possui apenas um quarto que é compartilhado pelos dois. Com isso foi proposto inicialmente a realocação do acesso junto a uma reorganização interna com a adição de um quarto, derrubamento de paredes e criação de novas aberturas e recuos com varandas com o intuito de melhorar a ventilação ao mesmo
opção de utilização do espaço criado
tempo que protege do sol. Lidando com a grande densidade de vizinhos em volta, nas varandas foram adicionados canteiros com vegetação arbustiva que bloqueia a visão dos vizinhos quando necessário. Para a proteção da cobertura foi pensado um terraço semiaberto regulador da exposição solar, com instalações de água e luz, junto ao reforço da laje completamente idependente, pensando na possibilidade de ocupação.
terraço e não-determinação
O terraçõ foi um espaço extremamente estudado por contar com uma laje pré fabricada e pouco tratamento. Com a incidencia soloar direta, sofreu muito com as intempéries, sendo um dos principais problemas da casa. Utilizando meios de lidar com o sol em três níveis e levando em consideração a filha chegando à mocidade, foi criado um espaço que possibilite o uso coletivo e receba a filha em algum momento da vida.
Diagrama do sol
Florestar Complexo habitacional, parque-floresta erestaurante
O Centro é o bairro com maior concentração de moradores em situação de rua do estado, mas a especulação imobiliária está muito presente na área, e em resposta,diversas ocupações populares espalhadas por esses edifícios.
Com esse contexto, o exercício original de tratar de habitação estudantil em um terreno vizinho a uma ocupação pede um olhar sensível e politizado, por isso decidiuse partir dela, tanto conceitualmente quanto tipologicamente para os demais edifícios.
Gamboa, Rio de Janeiro - Rio de Janeiro
Brasil
A partir do entendimento de que ao longo da semana o centro da cidade é cenário de deslocamentos acelerados e nos finais de semana de dia beira a inércia em certas áreas, surge a vontade de projetar um respiro para o meio desse frenesi e um destino verde para essa região. O entorno próximo possui diversas praças e largos com suas respectivas importâncias histórico-culturais, contudo não há parques públicos
COMER CONFRATERNIZAR
CONTEMPLAR
FICAR/FOFOCAR PRIVADO
abertos e de livre acesso por perto. A Floresta Urbana surge justamente dessa demanda e busca criar um desaceleramento que aparece através de diversas estratégias como, os caminhos desenvolvidos, a topografia criada, a vegetação e as próprias áreas de lazer. Os edifícios foram nomeados com a nomeclatura das árvoes mais próximas de si, sendo assim chamados de Ibirá, Copaia e Formiga.
O projeto consta no total com 318 de unidades com a capacidade para abrigar 565 pessoas, sendo 211 unidades no prédio Ibirá, 74 no Formiga e 33 no Copaia. No Ibirá são utilizadas dois tipos de unidade, uma no prédio da ocupação que segue o módulo de escritórios original visando aproveitamento da estrutura já existente, e outra desenvolvida para o anexo do prédio. Essa segunda unidade pode ser usada singularmente ou combinando duas, formando uma unidade com uma sala de estar e dois quartos, ideal para famílias ou conjunto de jovens que desejem morar juntos. Tais unidades contemplam os programas de quarto, varanda, banheiro e cozinha/copa. Nas demais edificações, é utilizado um módulo de unidade semelhante a um Tetris que pode ser arranjado de diversas maneiras criando diferentes espacialidades. Tal módulo utiliza unidades duplex simples, unidades duplex duplas no segundo pavimento e unidade de um pavimento dupla. As primeira e última possibilidades contemplam uma pessoa ou um casal, enquanto a do meio, pode ser usada por até quatro pessoas. A unidade simples e a dupla de um pavimento contemplam os programas de banheiro e quarto, sendo que a primeira ainda possui uma varanda, assim, em seus edifícios há cozinhas coletivas. A unidade duplex dupla contempla os programas de dois quartos, dois banheiros, varanda e copa. Para otimizar o espaço de cada unidade, foi pensado um mobiliário que permita diversas combinações de layouts e que visa a flexibilidade
Analisando-se os terrenos definidos, foi chegado a grande dilema, “qual seria o motivo de criar mais moradias em uma área praticamente ao lado de uma construção em que há pessoas que lutam justamente por moradia?”. Essa questão foi o maior partido ao decidir que manteria-se o prédio já existente e abrangeriase o público alvo também a essas pessoas (moradores da ocupação).
Com isso, foi decidido preservar o esqueleto do edifício e executar 2 obras, uma de reforma no edifício e a de um anexo auxiliar. O plano consiste na realocação temporária dos moradores da ocupação para o anexo, que a princípio é um prédio independente, onde ao terminar a reforma, se for do desejo dos moradores o possível retorno, e na derrubada das paredes que separam os edifícios, tornando-o uma coisa só.
Outra particularidade que observada no local que foi usada como partido, é o térreo livre e os corredores como áreas de lazer coletivas, no qual manteve-se essa lógica, deixando o térreo em sua maioria público com um restaurante popular, uma praça e um espaço de trabalho coletivo, e os corredores em uso comum com equipamentos que impulsionem seu uso como bancos, áreas de jogos e salas de reunião para os habitantes do prédio. Seu terraço é pensado com áreas de jardim e hortas .
O Edifício Copaia foi pensado com um design que levasse em consideração a passagem visual na diferença de alturas do contexto urbano. Contexto esse que possui sobrados mais próximos ao morro e prédios mais altos empresariais e públicos. Conta com escadas que se projetam para fora, corredores com equipamentos para todos os moradores e unidades duplex flexíveis
Já o Edifício Formiga foi pensado a fim de preservar o mural da empena do prédio ao ladfo, por isso se é deslocaddo, de forma a preservar a ventilação natural . Sua circulação vertical é pensada de modo que possa se apropriar dessa empena colorida e criar uma maior possibilidade de circulações, criando assim ambientações e caminhos diferentes.