B.Forest - Edição 31

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Edição 31 - Ano 04 - Nº 4 - Abril 2017

PROGRESSO COM SEGURANÇA AA adaptabilidade adaptabilidade do do setor setor florestal florestal frente frente às às demandas demandas técnicas técnicas do do mercado mercado


08 ENTREVISTA

Lideranรงa e Planejamento

18 SEGURANร A

Mรกquinas Seguras

28 PESQUISA

A Hora da Pesquisa


04 EDITORIAL 34 CONEXÃO EXPOFOREST 40 ANÁLISE MERCADOLÓGICA 46 ALÉM DA MADEIRA Força Total

48 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 53 NOTAS 64 VÍDEOS 66 AGENDA


MINIMIZANDO RISCOS Ficção ou realidade? Bem que algumas empresas gostariam que a perda de produtividade florestal fizesse parte apenas da análise de risco dos empreendimentos florestais, mas o que estamos começando a observar é que nossas florestas plantadas não são tão resistentes como gostaríamos que fossem. Alguns dados da academia começam a nos mostrar cientificamente o quão sensíveis somos às mudanças climáticas e às pragas, fatores estes que deverão ser cada vez mais incorporados às estratégias de abastecimento de madeira de longo prazo das indústrias de base florestal. Movida pelo aumento da segurança, toda a indústria de máquinas e equipamentos tem passado por um processo de adaptação às novas normas impostas pela MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), a partir da NR12. Acompanhe nesta edição uma boa discussão entre os fabricantes de máquinas e o MTE sobre este assunto, onde se debatem custos, prazos, produtividade, compatibilidade com normas internacionais, restrições à importação e exportação de máquinas, entre outros aspectos impactados pela NR12. Douglas Lazaretti, gerente executivo de operações florestais da Suzano, Unidade Mucuri (BA/ES/MG), é o nosso entrevistado do mês. Com uma excelente visão de gestão e processos, ele divide conosco suas experiências, valores e perspectivas para o futuro. Além de já ser um expoente no setor, temos certeza que em sua carreira ele fará a diferença para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro. Saudações Florestais,

4 ENTREVISTA . B. FOREST


EXPEDIENTE Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Luciano Simão Designer Responsável: Dennys Fernando Selenko Blitzkow Financeiro: Larissa Cruz Karas Revisão Técnica: Gustavo Castro

CONSELHO TÉCNICO Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria),

César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano),

Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),

Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil),

José Totti (Diretor Florestal da Klabin),

Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest),

Marko Mattila (Diretor da Ponsse Latin America)

Moacyr Fantini (Diretor Florestal da Veracel)

Rodrigo Junqueira

Mário Sant’Anna Junior

(Gerente de Vendas da John Deere Florestal),

B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 31 - Ano 04 - N° 04 - Abril 2017 Foto de Capa: Tajfun do Brasil

+55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / comunicacao@malinovski.com.br

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B. FOREST

. ENTREVISTA 5



A nova cara do Setor Florestal Um setor dinâmico é aquele que está em constante processo de transformação, renovação e evolução. No setor florestal brasileiro, essa capacidade contínua de reinvenção está refletida na ascensão de jovens profissionais a cargos de destaque nas maiores empresas de base florestal do país. Por isso, a Revista B.Forest dá início à série “A Nova Cara do Setor Florestal”, entrevistas mensais em que jovens gestores, gerentes e diretores falam sobre suas trajetórias e novas ideias para o progresso do setor. Boa leitura!

B. FOREST

. ENTREVISTA 7


Crédito: Divulgação / Suzano

Crédito: Ernandes Alcantara

8 ENTREVISTA . B. FOREST


LIDERANÇA E PLANEJAMENTO Douglas Seibert Lazaretti, Gerente Executivo de Operações Florestais Suzano Papel e Celulose - Unidade Mucuri (BA/ES/MG)

A

os 35 anos, Douglas Lazaretti é Gerente Executivo de Operações Florestais da Suzano Papel e Celulose, Unidade Mucuri, que engloba operações nos estados da Bahia, Espírito

Santo e Minas Gerais. O engenheiro tem experiência em gestão em grandes empresas, com foco na liderança ética e humanizada de suas equipes. Mestre em Manejo e Qualidade pela Universidade Federal de Santa Maria, Lazaretti fala à B.Forest sobre superação de desafios e as responsabilidades inerentes ao crescimento profissional.

Como tem se preparado para lidar com

que é a atitude. Tenho muita atitude, sou

as responsabilidades de uma gerência

persistente e um entusiasta das coisas

executiva?

que faço. Acredito que liderar uma grande

Minha primeira posição relevante em

operação não exige apenas o conhecimento

uma cadeira executiva foi aos 31 anos,

técnico, mas muito conhecimento de

quando assumi o desafio de liderar as

gestão, e este no sentido amplo da

operações

empresa

palavra, o que infelizmente ainda é pouco

líder no segmento de aços longos nas

explorado em nossos cursos de graduação.

Américas. Minha preparação envolveu três

Para compensar isso, busquei algumas

pilares: a busca pelo conhecimento, onde

especializações em gestão, treinamentos in

o

relevância

company, mas fui desenvolver mesmo no

quando falamos de pessoas que exercem

dia a dia, por meio dos diversos desafios em

um papel de liderança; a habilidade, treinada

cada projeto, área ou negócio que liderei.

florestais

autoconhecimento

de

uma

possui

e desenvolvida dia após dia; e o terceiro

B. FOREST

. ENTREVISTA 9


Quais foram os maiores desafios que enfrentou até aqui?

Quem são os líderes que o inspiraram em sua trajetória profissional?

Acredito que o maior desafio de um líder

Tenho líderes na empresa que são

é se adaptar rapidamente às mudanças de

próximos e me inspiram, líderes que

cenário e ser protagonista nestas situações.

exercem

Ser autor de uma história ou de uma jornada

trajetória que não estão necessariamente

de transformação cultural é papel do líder,

ligados a uma posição de hierarquia, e

pois atores e espectadores rapidamente

líderes que foram meus gestores e que

ficam pelo caminho. Acredito que uma

me inspiram até hoje. Mas gostaria de

posição executiva, independente da área

abordar esta pergunta de outra forma.

ou setor, exige também muita flexibilidade

Muito tem se falado e buscado desenvolver

grande

influência

em

minha

Crédito: Ernandes Alcantara

É do líder a responsabilidade de transformar os negócios e a cultura de uma empresa, e para isso é importante que ele crie as condições para que as mudanças sejam implementadas.

intercultural. Eu mudei cinco vezes nos

nos profissionais a liderança inspiradora,

últimos seis anos, passando por regiões e

a liderança pelo exemplo ou mesmo a

culturas completamente diferentes umas

liderança

das outras, e em cada mudança tive a

modelo e do estilo, a verdadeira liderança

oportunidade de aprender e de me moldar.

exige grandeza de espírito, onde virtudes

Neste sentido, o maior desafio não está

como humildade, gratidão, ética e respeito

apenas no executivo, mas na família que

são fundamentais; sempre buscando o

acaba por abrir mão de algumas coisas

equilíbrio entre o forte e o gentil. Quando

para acompanhar aqueles que optam por

falamos de líderes que formam líderes,

este modelo de carreira. Eu valorizo e

antes de se pensar em um programa de

reconheço muito este esforço, e sei que só

educação da liderança, é preciso perguntar

fui além porque sempre tive muito apoio de

se aquele profissional no qual investiremos

toda a minha família.

tempo e recurso está mesmo disposto a

situacional.

Independente

do

se tornar um líder e enfrentar uma jornada

10 ENTREVISTA . B. FOREST




repleta de grandes desafios, mas ao mesmo

Como faz para equilibrar a alta carga

tempo cheia de aprendizados e realizações.

horária da demanda profissional com

Despertar o espírito da liderança está nas

outras facetas da vida pessoal?

nossas mãos, mas é preciso que o liderado

O trabalho para mim é diversão, se não

esteja disposto, que tenha vontade e muita

me divertir não vale a pena. E isso não

atitude para ir além.

significa não levar o trabalho a sério ou não precisar dele, muito pelo contrário.

Quais

princípios

de

liderança

considera essenciais?

Já se foi aquele tempo em que as pessoas trabalhavam a vida toda para chegar na

princípios

aposentadoria e então dizer que agora é

vem uma condição: é preciso gostar de

hora de curtir a vida. Hoje a aposentadoria

gente! Você só conseguirá exercer um

está cada vez mais distante, e talvez até

papel de liderança na sua plenitude se

que eu chegue lá, a carreira tradicional não

gostar de gente! A partir daí os princípios

exista mais em função das mudanças na

como abertura, transparência e clareza na

econômica global como a gig economy ou a

estratégia são fundamentais. Ética nem

“uberização” e as mudanças que elas trarão

se fala, é valor. Particularmente, acredito

para os negócios e a carreira convencional

muito na liderança pelo exemplo e no papel

de muitos executivos. Sempre fui um dos

do líder como agente de transformação. É

primeiros a chegar e um dos últimos a sair,

do líder a responsabilidade de transformar

e, mesmo assim, facilmente consigo curtir

os negócios e a cultura de uma empresa,

as outras coisas boas da vida, como meus

e para isso é importante que ele crie as

amigos e minha família.

Acredito

que

antes

dos

condições para que as mudanças sejam implementadas. É nosso papel transformar

Como

organiza

o

planejamento

planos em resultados, mas principalmente,

estratégico necessário para a execução

o papel de transformar as pessoas. Acredito

de suas funções?

que

ter

uma

régua

alta,

desafiando

constantemente o time e provendo o suporte necessário, faz com que os liderados se desenvolvam de uma forma acelerada para assumir novas responsabilidades. Isso é transformador na vida das pessoas.

Todas

as

iniciativas,

programas

e

projetos que conduzo com meu time estão pautados em um plano base, com direcionadores que são desdobrados dos objetivos estratégicos da companhia. Você pode ser um líder extremamente focado em resultados, promover um nível diferenciado de trabalho em time e promover a inovação

B. FOREST

. ENTREVISTA 13


diisruptiva em produtos e processos, mas

desafios, é importante abordar o contexto

se tudo isso não estiver conectado com a

do negócio trazendo uma visão um pouco

estratégia da empresa, você vai fracassar.

mais abrangente. Somos uma indústria de capital intensivo, com investimentos em

O que busca na formação de suas

manutenção florestal que atingem 70% do

equipes? Como mesclar as diferentes

CAPEX total da companhia, o que por sua

experiências de cada profissional?

vez não é considerado quando analisamos o

Ter

as

pessoas

certas

nos

lugares

certos é um dos principais desafios da liderança. Isso exige que você conheça profundamente não apenas o processo e o negócio que lidera, mas principalmente as pessoas com quem você trabalha. Me desafio a formar times com profissionais melhores do que eu em cada área de atuação, ter equipes multidisciplinares e ter sempre em meu time colaboradores com níveis de maturidade e experiência diferentes. É preciso também contratar pessoas com perfis diferentes para mudar as coisas, do contrário você terá sempre o mesmo resultado. Isso passa por arriscar mais na contratação, pois a diversidade é importante. Depois do time formado, é dar autonomia com responsabilidade e de forma assistida, garantindo que todos estejam trabalhando de forma alinhada às diretrizes e valores da empresa.

às operações florestais da Suzano na BA/ ES/MG hoje? de

responder

quais

14 ENTREVISTA . B. FOREST

o melhor indicador para comparar a criação de valor para o acionista neste segmento é a Geração de Caixa Operacional. Ele é o nosso principal direcionador, sendo o ROIC (Retorno sobre Capital Investido) o

indicador

utilizado

para

administrar

o negócio de forma alinhada com os interesses dos acionistas. Vale destacar que a madeira representa em torno de 48% do Custo Caixa de Celulose, o que coloca a área florestal em uma relevância muito estratégica. Para fazer frente a este desafio, a estratégia da Suzano tem como base a transformação, pautada em três pilares fundamentais: competitividade estrutural, negócios

adjacentes

e

indústria.

Explorando

um

redesenho pouco

da mais

a busca pela competitividade na área florestal, referente ao nosso primeiro pilar estratégico, nossa estratégia se desdobra em três grandes frentes: 1) Redução do

Quais são os maiores desafios frente

Antes

EBITDA no setor. Por isso, entendemos que

são

os

raio médio das florestas, que traz impacto positivo no custo caixa da madeira; 2) Automação, que traz competitividade na silvicultura e CAPEX, e 3) Produtividade Florestal, através da modelagem genético-


facebook.com/volvocebrasil

Volvo Construction Equipment



ambiental e biotecnologia. São nestas iniciativas que estão os maiores desafios à frente das operações florestais e logística da madeira dentro da Suzano Papel e Celulose. Como enxerga a mecanização e outras inovações tecnológicas neste processo? Já passamos pela fase da mecanização na

colheita,

operação,

onde

primarizamos

padronizamos

o

parque

a de

máquinas e desenvolvemos um sistema de gestão robusto, atingindo resultados considerados benchmarks em colheita. Agora é a vez da silvicultura, que se dá através da mecanização das atividades, do desenvolvimento de novas soluções e da aproximação com a agricultura, que trarão redução do CAPEX por hectare. A próxima fase, na qual já temos algumas iniciativas, prioriza a

automação, o aumento do

desempenho operacional e a melhoria na gestão do processo florestal. O que espera do futuro do setor? Quais entraves devem ser superados? Acredito muito no Brasil e em nosso setor, que possui vantagens comparativas e competitivas relevantes. Mas apesar

da liderança mundial do setor florestal brasileiro, ainda há grandes entraves que precisam ser enfrentados. Além da elevada carga tributária, das questões trabalhistas e dos gargalos de infraestrutura e logística, que considero entraves estruturais e que não se restringem ao setor, gostaria aqui de chamar atenção para outros dois: a segurança jurídica, em especial pelo uso da terra; e a agilidade na aplicação das Leis ambientais. A morosidade dos processos de licenciamento ambiental não somente onera sobremaneira os novos projetos e consequentemente o custo da madeira, mas faz com que percamos competividade quando comparado a outros setores da economia que não possuem o mesmo modelo de licenciamento aplicado à silvicultura. Estes temas não estão presentes apenas na agenda das empresas e de seus principais executivos, mas fazem parte da pauta principal das associações que nos representam, onde destaco a ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal) e a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), que juntamente com outras entidades, têm feito um trabalho importantíssimo enquanto associações responsáveis pela representação institucional do nosso setor e cadeia produtiva.

Ter as pessoas certas nos lugares certos é um dos principais desafios da liderança.”

B. FOREST

. ENTREVISTA 17


MÁQUINAS SEGURAS

N

a cadeia produtiva do setor florestal, a segurança de todos os profissionais (dos operadores aos gestores) é tema prioritário para qualquer empresa, de grande

ou pequeno porte. Visando minimizar situações de risco, a Norma Regulamentadora 12 institui padrões a serem seguidos pelo mercado de máquinas – mas não sem causar discussão no setor.

Crédito das Fotos: Malinovski

18 PEÇAS DE REPOSIÇÃO . B. FOREST 18 SEGURANÇA . B. FOREST


B. FOREST . PEÇAS DE REPOSIÇÃO 19 B. FOREST . SEGURANÇA 19


A

regulamentação industriais

das por

atividades

todas as atividades econômicas”.

órgãos

A importância da NR12 para o setor é

competentes, seguindo padrões

reconhecida pelas fabricantes. “Juntamente

testados e estabelecidos internacionalmente, é

com a tecnologia dos novos processos

essencial para o desenvolvimento econômico

e produtos, é importante que o nível de

de uma nação, em especial quando atua para

segurança dos equipamentos acompanhe

garantir a segurança e integridade física de

e garanta a integridade dos trabalhadores

todos os profissionais envolvidos na cadeia

envolvidos nesta atividade. A regulamentação

produtiva de cada segmento. O setor de

é um passo importante, pois sua proposta é

florestas plantadas, que envolve atividades de

exigir que todos os fabricantes entreguem

alto risco do campo à indústria, necessita de

equipamentos com o mesmo nível de

especial atenção quando o tema é segurança,

proteção e segurança operacional”, resume

principalmente no que diz respeito à fabricação

Thiago Cibim, gerente geral da John Deere

das máquinas e implementos florestais. Para

Florestal no Brasil.

minimizar ao máximo o risco de acidentes, é

Robson

Olsen,

gerente

industrial

da

preciso que a construção dos equipamentos

TMO, corrobora: “A importância da NR 12

siga padrões claros e universais.

está na influência direta nos atuais projetos

No Brasil, a Norma Regulamentadora que

de equipamentos florestais fabricados com

determina os padrões e referenciais a serem

sistemas e dispositivos de segurança com o

seguidos pelos fabricantes de máquinas e

objetivo de proteger operadores e equipes de

equipamentos é a NR12, que define, de acordo

manutenção dentro de nossas florestas”.

com o texto oficial, “referências técnicas, princípios

de

máquinas e equipamentos, portanto, é crucial

proteção para garantir a saúde e a integridade

conhecer bem o texto da NR12, em especial

física

estabelece

o Anexo XI, que se refere especificamente às

requisitos mínimos para a prevenção de

“máquinas e implementos para uso agrícola e

acidentes e doenças do trabalho nas fases

florestal”. Além disso, é preciso que estejam

de projeto e de utilização de máquinas e

atentas às revisões da norma, que trazem

equipamentos de todos os tipos, e ainda à

alterações importantes.

dos

fundamentais trabalhadores

e

medidas

Para as empresas que atuam no setor de

e

sua fabricação, importação, comercialização,

“A mais recente alteração e de maior

exposição e cessão a qualquer título, em

amplitude foi Instrução Normativa nº 129 de

20 SEGURANÇA . B. FOREST



11 de janeiro de 2017, emitida e publicada pelo

setor. “Graças às exigências da NR12, além

Ministério do Trabalho, regulando o conceito

do incremento das proteções das áreas de

da dupla visita e estabelecendo novas práticas

perigo, as máquinas também tiveram grande

para a fiscalização do cumprimento da NR

aporte tecnológico, com diversos pontos de

12 pelo Auditor Fiscal do Trabalho”, explica

monitoramento realizados por sensores de

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO • Impedimento de multar a empresa sem que antes tenha sido feita a notificação indicando quais irregularidades devem ser corrigidas; • Findo o prazo dado pelo Auditor na Notificação, a empresa deverá apresentar plano de trabalho com justificativas técnicas e financeiras; • O Auditor poderá firmar termo de compromisso para cronogramas de até 12 meses de adequação. (Antes da I.N 129, o auditor somente poderia conceder 60 dias); • Durante o prazo acordado no cronograma do plano de trabalho e no termo de compromisso, a empresa não poderá ser autuada na NR 12, salvo se descumprir o plano de ação e cronograma. Fonte: ABIMAQ

Lourenço Righetti, consultor da ABIMAQ

segurança e chaves de intertravamento, que

(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas

proporcionam ao cliente mais confiabilidade

e Equipamentos).

na máquina, já que não perdemos nada em

Confira abaixo as atualizações instauradas pela I.N. 129: Adaptações

produtividade e melhoramos a segurança”, relata Luis Carlos Mecabô, diretor comercial da Planalto.

As adaptações específicas que a NR12

“O anexo XI é nosso objeto de estudo e

demanda dos fabricantes e comerciantes

cita várias obrigações, como por exemplo, a

de máquinas e equipamentos são diversas,

adoção de cinto de segurança e dispositivos

e resultam em avanços concretos para o

de intertravamento. Os fabricantes, ou boa

22 SEGURANÇA . B. FOREST


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parte deles, disponibilizam esses recursos

com outras NRs, em especial a forma com que

em

o

complementa a NR31, que regula a segurança

fornecimento de tais recursos tornou-se

e saúde no trabalho na silvicultura e colheita

um requisito legal, o que eleva ainda mais o

florestal. “Todas as NRs, de uma forma ou de

grau de profissionalismo e, de certa forma,

outra, têm interfaces. A NR6, que trata de EPIs

equipara os competidores nos aspectos legais

(Equipamentos de Proteção Individual), está

no tocante à saúde e segurança ocupacional”,

relacionada à 31, que regulamenta o trabalho

afirma Gabriel Alves, engenheiro de qualidade

no campo, e com a Norma 12, que lida com as

suas

máquinas.

Porém,

agora

da Ponsse Latin America Para Sandro Rogério Soares, gerente de serviços e engenharia da Komatsu Forest, a NR12 trouxe uma padronização que pode ser vista entre todos os concorrentes, e assim o cliente fica mais confortável para comparar todas no mesmo nível, quando se trata de acessos ao equipamento, de sistemas de segurança para manutenção, etc. “Hoje, é demandado do fabricante de máquinas na NR12 seguir normas internacionais de certificação de cabines como a ROPS (no que tange o tombamento), a certificação FOPS (contra queda de objetos) e a OPS (contra objetos lançados contra a cabine). A NR12 pede certificação nessas normas e os fabricantes devem atendê-la, seja no caso de tombamento dentro da área florestal e também queda de objetos, como árvores”,

máquinas. Contudo, o que é de cumprimento

frisa Soares.

prioritário é a norma específica, voltada

Para adequar-se na íntegra às exigências

às situações particulares de cada setor. As

nacionais, além de conhecer a NR12, também

normas gerais servem para guiar o que deve

é importante saber como a norma se relaciona

ser cumprido quando a norma específica

24 SEGURANÇA . B. FOREST


não o contempla”, diz Viviane Forte, auditora

na importação de máquinas e equipamentos

fiscal do trabalho no MTE (Ministério do

que atendem padrões internacionais, mas

Trabalho e Emprego). Ainda, a auditora explica

necessitam de adaptações adicionais para

que determinadas situações específicas de

se adequarem à regulamentação brasileira.

máquinas e equipamentos são tratadas na

“Alguns detalhes técnicos do que a NR12 prevê

própria Norma 31, enquanto outras estão

divergem do conceito estrangeiro, ou seja, em

previstas na 12, e é obrigação do empregador

caso de fiscalização, a máquina será interditada

cumprir todas elas.

por não atender a todas as exigências previstas na Norma. Cabe ao importador fazer as adequações necessárias, perdendo a garantia do fabricante, o que inviabiliza a importação de alguns equipamentos”, opina Mecabô, da Planalto. “Os importadores agora têm que se preocupar em convencer seus fornecedores a adequar os equipamentos à NR12, resultando no aumento do custo do equipamento e dificultando o trabalho comercial dentro do Brasil. Muitas vezes, a necessidade de adequação à Norma prejudica o comércio entre o Brasil e outros países, mesmo em relação às exportações de máquinas e equipamentos brasileiros, que são construídos seguindo as referências da norma, e que encontram compradores que não querem pagar o custo dos dispositivos de segurança que, na maioria das vezes, não aumentam a

Controvérsia

produtividade do equipamento”, adiciona o

Porém, para muitas empresas, a NR 12 não

gerente industrial da TMO.

trouxe apenas avanços. O principal entrave

Para Sandro Soares, da Komatsu Forest,

criado, de acordo com diversos fabricantes, é

a NR 12 não está de acordo com o padrão

B. FOREST

. SEGURANÇA 25


internacional. “A Norma toca em alguns pontos

trabalho mundo afora recorrem para construir

similares, mas não idênticos. Consideramos

seus normativos são as mesmas. Desta forma,

a norma um pouco mais rígida do que

não é possível ter uma exigência maior ou

algumas normas internacionais. Porém, não é

diferente tecnicamente falando no Brasil em

entrave de importação, pois todo e qualquer

relação aos outros países”, argumenta.

equipamento, uma vez em território brasileiro, pode ser customizado e pode ter alguma

Evolução

intervenção industrial. Nessa ocasião, o

À medida que novas tecnologias, máquinas

fabricante pode realizar as modificações necessárias para garantir a aderência à NR12”, avalia. Viviane Forte, auditora do MTE, questiona

e mecanismos surgem e as preocupações do mercado se modificam, as normas técnicas precisam ser revistas e atualizadas. De acordo com o MTE, o processo de revisão das NRs envolve a edição tripartite, contando com

a avaliação de que a NR12 é mais exigente do

representantes do Estado, dos empregadores

que normas internacionais. “Há um pouco de

e dos trabalhadores em todo processo

mito nesta questão. O que rege a confecção

de elaboração, discussão e obtenção de

das normas relacionadas a equipamentos são

consenso técnico. Ainda de acordo com o

os institutos internacionais (ISOs e normas

Ministério, um dos itens que consta na pauta

técnicas internacionais). Então, as fontes da

atualmente é a necessidade de esclarecer, no

referência técnica a que os ministérios do

26 SEGURANÇA . B. FOREST

texto da Norma, o que é obrigação de quem


fabrica a máquina e o que é dever de quem a

por órgão competente, por exemplo, da

usa.

mesma forma que o IBAMA certifica os

Lourenço Righetti, consultor da ABIMAQ,

motores.

enumera os pontos que a legislação vigente

“Atualizações, adequações e aprimoramen-

ainda precisa abranger: “Juntamente e em

to das normas regulamentadoras devem ser

parceria com o Sistema S (SENAI, SESI, SESC

encarados de modo positivo, mostrando o

etc.)

desenvolver

treinamentos,

cursos,

palestras, campanhas, cartilhas e outros instrumentos voltados para a NR 12; eliminar a falta de isonomia no tratamento das máquinas

avanço e a evolução de sistemas e processos. Por isso, é importante que organizações representadas pelos fabricantes, empregadores e usuários finais continuem trabalhando juntamente com o Ministério do Trabalho, visan-

de fabricação nacional com as máquinas

do um melhor entendimento da norma, mais

importadas, criando a verificação no despacho

clareza e efetividade da mesma no processo

aduaneiro do cumprimento ao regulamento

florestal. Em longo prazo, isso com certeza

pelas máquinas e equipamentos importados;

trará grandes benefícios, principalmente para

e criar um mecanismo de certificação como

aqueles que estão envolvidos diretamente

ocorre na Europa com a marcação CE”.

com a operação em campo”, conclui Thiago

Para

Gabriel

Alves,

da

Ponsse

Latin

Cibim, da John Deere Florestal.

America, a NR12 deveria evoluir para abranger a obrigatoriedade de certificação do produto

B. FOREST

. SEGURANÇA 27


A HORA DA PESQUISA

A

estagnação ou mesmo queda da produtividade das florestas plantadas no Brasil é um tema que preocupa o setor. Pragas, mudanças climáticas, questões de

nutrição, crise econômica e problemas de manejo – essas são alguns dos fatores responsáveis apontados por pesquisadores. Neste cenário, a pesquisa acadêmica é essencial para melhor compreender (e possivelmente reverter) o quadro atual.

Crédito das Fotos: Malinovski

28 PEÇAS DE REPOSIÇÃO . B. FOREST 28 PESQUISA . B. FOREST


B. FOREST . PEÇAS DE REPOSIÇÃO 29 B. FOREST . PESQUISA 29


Desde o início do desenvolvimento do

anterior. Os dados sugerem a estagnação

setor florestal nacional, graças ao aporte

ou em alguns casos até mesmo o declínio

tecnológico e à evolução das técnicas de

da

manejo, a produtividade das florestas plantadas

pesquisadora da Embrapa Florestas.

produtividade”,

analisa

Rosana

Higa,

no Brasil mais que duplicou. O crescimento

Conforme noticiado anteriormente pela

expressivo resultou, principalmente, de um

Revista B.Forest, essa perda de produtividade

intenso trabalho de seleção e melhoramento

atinge uma média nacional de 10 a 12%

genético dirigido aos interesses locais sob as

(chegando a 6 ou 15% em algumas regiões)

mais diversas condições ambientais.

em relação há cinco anos, resultando em um

“Sabe-se que a produtividade de plantios

florestais não depende apenas do material genético,

mas

das

ao ano para o setor como um todo.

condições

Para a pesquisadora da Embrapa Florestas,

edafoclimáticas. Por esta razão, observa-se

dois fatos são perceptíveis nos últimos anos:

hoje um efeito contrastante ao crescimento

a expansão da silvicultura para novas áreas

30 PESQUISA

também

custo adicional de silvicultura de R$ 0,5 bilhões

. B. FOREST


geográficas e as mudanças climáticas globais.

menos 40 m³. Quando visitamos a área, estava

“Nas últimas décadas, relatos de mortalidade

dando 20 m³, e estava correto, não havia erro

florestal relacionada ao clima aumentaram

de medição ou operacional. Constatamos,

acentuadamente

científica.

então, que havia chovido metade do previsto.

Alguns exemplos podem ser citados como a

Na região onde normalmente chove 1200,

seca ocorrida no sudeste do Brasil em 2013-

1300 mm/ano, havia chovido uma média de

2014 e 2014-2015, que causou grandes danos,

600, 650 mm/ano”.

na

literatura

principalmente, em plantios de eucaliptos”,

Destacando estes índices como variações climáticas

explica.

naturais,

e

não

mudanças

“Houve a expansão dos plantios para

climáticas propriamente ditas, o pesquisador

novas áreas, nos últimos 15 anos, para regiões

do IPEF enfatiza que, sendo Minas Gerais a

do MS, MA e BA onde não se plantava antes,

área de maior plantio de eucalipto no Brasil,

e essa expansão foi feita com materiais

é fácil compreender o efeito que isso tem na

genéticos de áreas anteriores. Não houve

produtividade média do país. “O panorama

um desenvolvimento específico de materiais

deve melhorar, voltar a patamares anteriores,

genéticos para essas novas áreas de plantio”,

mas permaneceremos em um período crítico

aponta Glêison Augusto dos Santos, professor

por enquanto”, frisa.

e pesquisador da SIF/UFV (Sociedade de

Glêison Augusto dos Santos, da SIF/

Investigações Florestais/Universidade Federal

UFV, também caracteriza a situação como

de Viçosa).

variação climática natural. “No caso de MG, a última seca de dois-três anos consecutivos

CLIMA E PRAGAS Paulo

Henrique

Mueller,

com uma redução significativa na média de pesquisador

precipitação anual ocorreu na década 1960 e

do IPEF (Instituto de Pesquisas Florestais),

provavelmente deverá ocorrer novamente em

responsável pela área de melhoramento

horizonte de mais 50 anos. Basicamente, foram

florestal, corrobora destacando o impacto

cinco décadas que os materiais genéticos não

das condições climáticas: “Nos últimos anos,

conviviam com uma seca similar. Então, não

em Minas Gerais, choveu muito menos do

havia clones desenvolvidos e testados para

que esperávamos. Realizamos um grande

esse tipo de situação. Esse é o fator problema”,

experimento com Eucalyptus grandis, em que

ressalta.

esperávamos obter na região árvores de ao

Para

o

pesquisador,

B. FOREST

a

solução

está

. PESQUISA 31


na parceria entre o âmbito acadêmico e

problemático, pois maximiza a perda de

empresarial, dentro dos projetos de sinergia

produtividade quando há seca severa. Além

Universidade & Empresa. Nesse sentido, o

disso, o combate a essa e outras pragas (como

Projeto de Desenvolvimento de Genótipos de

a vespa-da-galha) é muitas vezes dificultado

Eucalyptus Tolerantes à Seca visa resolver a

devido ao tempo de implantação de um

questão do déficit hídrico no crescimento de

controle biológico eficaz.

Eucalyptus, e é fruto de uma união da SIF/UFV e de um grupo de trabalho formado por 13

Gestão Além

das maiores companhias de base florestal do

planejamento

indevido

na

expansão da base florestal para novas áreas

país. Rosana

do

Higa

também

enfatiza

a

importância da pesquisa para a compreensão dos fenômenos climáticos. “As projeções futuras feitas com o uso de modelos climáticos

de plantio, com material genético inadequado, e das variações climáticas regionais, os pesquisadores destacam outros problemas operacionais como fatores responsáveis pela queda de produtividade florestal no país.

melhoraram muito nos últimos dez anos e

“O que vejo de maneira geral são as questões

podem ser usadas como ferramentas para

operacionais – por exemplo, a qualidade da

auxiliar na adaptação da silvicultura às novas

silvicultura. Sabe-se o que deve ser feito, mas

condições. O desenvolvimento e o uso de

muitas vezes há falhas ou erros operacionais

modelos processuais ligados ao crescimento

até grosseiros que ocorrem, por exemplo, por

das espécies também podem ser de grande auxílio na compreensão de como o clima afeta a produção. Também, práticas de manejo como preparo de solo e fertilização também devem ser revisadas”, alerta.

terceirização, pressa para cumprir metas, etc. O que foi planejado não é o que é aplicado na prática, no campo. Pode haver erros de controle de mato, preparo de solo, questões de

fertilização

(que

são

extremamente

importantes), qualidade de mudas… todos

Ademais, os pesquisadores destacam a

fatores que reduzem a produtividade”, diz

relação entre o aumento na mortalidade

Mueller, do IPEF, que também aponta a

de árvores induzido pelo clima a surtos de

escassez da mão de obra como agravante.

incêndios e pragas, devido à influência do clima na dinâmica da população de insetos e outras pragas. Em Minas Gerais, o percevejobronzeado é apontado como especialmente

32 PESQUISA

. B. FOREST

No sul da Bahia e norte do Espírito Santo, Glêison Augusto dos Santos destaca o impacto da crise de 2008 e decisões operacionais

geradas

pela

necessidade


de redução de custo que decorreram dos

também agrega valor à qualidade da madeira.

entraves econômicos da época. “Alguns tratos

O desafio final é fazer esse material obter alta

culturais, como a subsolagem profunda, que

produtividade de campo também”, completa.

é necessária, para algumas regiões da Bahia,

“Quando se fala de solos, certas práticas

não foram realizados, e isso acabou refletindo

de colheita colocam riscos à produção

na floresta. A perda de produtividade foi

sustentável, causando diferentes graus de

significativa, variando de local para local,

compactação do solo e retirando os resíduos

empresa para empresa”, adverte. Ainda, o

do solo para aproveitamento como biomassa,

pesquisador explica que o problema decorre

prejudicando

também do uso de poucos clones em áreas

orgânica e a retenção da água no solo.

muito extensas, com pouca variabilidade

Isso aumenta a suscetibilidade dos sítios às

genética, maximizando potenciais problemas.

condições de seca”, constata Rosana Higa.

a

restauração

da

matéria

Para reverter a situação, trabalha-se hoje com

A questão da perda de produtividade em

a ampliação da base genética. Um exemplo

plantios florestais é considerada estratégica,

disso é “Com o “Projeto UFV-Corymbias”, o

e por isso pouco discutida abertamente pelas

pesquisador comenta que a universidade está

empresas do setor. Graças às parcerias entre

produzindo uma população base de Corymbia

o setor privado e a universidade, contudo,

torelliana, que é a principal mãe para ser

parece ser possível reverter este quadro para

usada em cruzamentos controlados. Esse

que o Brasil possa retomar a tendência de

gênero tem uma densidade básica mais alta

crescimento de produtividade que sempre

do que a maioria dos Eucalyptus; assim, além

caracterizou o setor florestal nacional.

da tolerância maior aos distúrbios fisiológicos,

B. FOREST

. PESQUISA 33


v

A um ano do início da Expoforest 2018, os preparativos já começaram na área da International Paper... Crédito: Divulgação Malinovski

34 CONEXÃO EXPOFOREST . B. FOREST


B. FOREST

. CONEXÃO EXPOFOREST 35


O

ano de 2017 ainda está longe de terminar, mas os primeiros trabalhos na área da Expoforest 2018 já tiveram início, no verdadeiro espírito Extreme. Dos 200 hectares cedidos pela International Paper para a realização da feira que acontecerá de 11 a 13 de abril de 2018, na região de Ribeirão Preto (SP), 27 já foram colhidos. Após cinco dias de trabalho, com máquinas trabalhando 24 horas por dia e 50 horas efvvvetivas de corte, cerca de 35.500 árvores foram cortadas, em

36 CONEXÃO EXPOFOREST . B. FOREST

uma média de 700 árvores por hora. Após dias de trabalho intenso, as áreas de estacionamento, estática, dinâmica de silvicultura e trilhas já estão prontas para as próximas etapas de destoca e nivelamento. “Organizar uma das feiras mais complexas do Brasil é uma tarefa que exige grande preparação logística por parte da organização, especialmente no que diz respeito à preparação das áreas dinâmicas”, detalha Jorge R. Malinovski, diretor geral da Expoforest.


A única feira florestal dinâmica da América Latina já tem mais de 70 expositores confirmados. De acordo com os organizadores, a decisão de participação antecipada permite que elas também se organizem para apresentar seus lançamentos

de forma adequada em 2018. “Além disto, já programamos uma agenda de visitas e em breve as empresas expositoras poderão visitar a área da feira e definir suas ações in loco”, explica Malinovski.

B. FOREST

. CONEXÃO EXPOFOREST 37


As expectativas para a edição 2018 se baseiam no sucesso das feiras anteriores: em sua terceira edição, realizada em Mogi Guaçu (SP), a Expoforest contou com 208 empresas que apresentaram máquinas, equipamentos e tecnologias utilizadas para produção

de madeira proveniente de florestas plantadas. No total, 25.107 visitantes do segmento florestal de 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal e de 27 países estiveram presentes no evento. Durante a sua realização, mais de R$ 152 milhões foram fechados em negociações comerciais.

As empresas interessadas em expor seus produtos e serviços na Expoforest 2018 podem fazer contato com a equipe comercial:

comercial@malinovski.com.br ou pelo telefone

+55 (41) 3049-7888

38 CONEXÃO EXPOFOREST . B. FOREST


E a Expoforest 2018 começou assim...

5

200

DIAS DE TRABALHO MÁQUINAS HECTARES DE OPERANDO24H/DIA ÁREA TOTAL

27

50H EFETIVAS

HECTARES COLHIDOS

DE CORTE

700 ÁRVORES

35.000

ÁRVORES CORTADAS

CORTADAS/H

2.200L DE

COMBUSTÍVEL

B. FOREST

. CONEXÃO EXPOFOREST 39


Análise Mercadológica

Crédito: Divulgação

Órgãos oficiais estimam que déficit no balanço dos setores público e privado deve atrasar o ritmo de recuperação do país

40 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


Indicadores Macroeconômicos

• Perspectivas Econômicas: A estimativa do crescimento do PIB brasileiro para o ano de 2017 é de +0,41%, segundo o BCB (Banco Central do Brasil), enquanto o FMI projeta crescimento mais moderado (+0,2%). Segundo o FMI, o déficit no balanço dos setores público e privado deve atrasar o ritmo de recuperação do país. Para 2018, a estimativa do BCB para o crescimento do PIB é de +2,50%. • Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de mar/17 apresentou variação de 0,25%, o menor índice para o mês desde 2012. No primeiro trimestre do ano, o índice está acumulado em 0,96%, percentual, abaixo dos 2,62% registrado em igual período de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice caiu para 4,57%, frente aos 4,76% nos 12 meses anteriores. A estimativa da inflação acumulada em 2017 é de 4,09%, de acordo com o BCB. Caso a inflação mantenha esta tendência, estará dentro do centro da meta definido pelo BCB (4,50%). Para 2018, a previsão da instituição para a inflação é de 4,46%. • Taxa de Juros: O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central realizou o maior corte de juros desde 2009 e reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 12,25% para 11,25% ao ano. O corte de 1,00 ponto percentual levou a Selic ao menor patamar desde 2014, quando estava em 11,00% ao ano. • Taxa de Câmbio: A taxa média cambial encerrou mar/2017 em BRL 3,13/USD, resultando em desvalorização do Real em relação à média de fev/2017 (BRL 3,10/USD) de 0,8%. A média cambial na 1ª quinzena de abril/2017 atingiu BRL 3,13/USD. Analistas do BCB estimam taxa cambial de BRL 3,23/USD para o final de 2017 e de BRL 3,37/USD para 2018.

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Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – info@stcp.com.br

B. FOREST

. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 41


Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).

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42 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


“Observa-se a participação crescente, ainda que muito pequena diante do potencial existente, no uso

Crédito: Divulgação

do sistema construtivo wood frame”

B. FOREST B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA . ENTREVISTA 43


Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)

Tora de Eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral). STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2017. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê – CEP: 80.530-260- Curitiba/PR – Fone: (41) 3252-5861 www.stcp.com.br – info@stcp.com.br. Nenhuma parte desta publicação pode ser produzida ou retransmitida sob qualquer forma ou meio, CONSULTORIA ENGENHARIA GERENCIAMENTO

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44 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS •

Comentários - Tora de Eucalipto:

Com a continuidade da sobre oferta de tora fina de eucalipto nas regiões Sul e Sudeste do país, produtores florestais estão tentando manter estável o preço da madeira e, em alguns casos, optando por não comercializá-la diante de negociações de pressão para a queda de preços. No Centro-Oeste há uma tendência no setor siderúrgico regional em consumir resíduos florestais ao invés de lenha, o que tem pressionado ainda mais para baixo a demanda por madeira fina de eucalipto. Com o aumento dos custos operacionais, produtores florestais têm se esforçado para manter estável o preço da tora fina de eucalipto. Por outro lado, as exportações de celulose em mar/17 aumentaram 14% em volume em relação a fev/17. Isto pode indicar que a indústria de celulose tem consumido estoques próprios de madeira com menor compra no mercado. A oferta de tora grossa (> 35 cm) continua restrita, mas, de um modo geral, empresas têm buscado cada vez mais novas tecnologias em serrarias a fim de utilizar matéria-prima de diâmetros menores (2025 cm) do que os até então habituais (> 30 ou 35 cm). A demanda por toras dos maiores sortimentos continua com certa estabilidade, dependendo principalmente do mercado externo, visto que o consumo do mercado interno ainda permanece desaquecido. • Comentários - Tora de pinus: Os preços de madeira fina de pinus tem seguido tendência similar observada para tora fina de eucalipto. Produtores florestais continuam com dificuldade em reajustar os preços. Entretanto, com a redução no volume de colheita de tora de energia e processo por parte de alguns produtores, a tendência de curto prazo é de certo equilíbrio entre oferta e demanda de tora fina, com perspectiva de reajuste futuro nos preços. Alguns produtores de madeira em tora estão com preços defasados há algum tempo e buscam manter a continuidade de suas operações. Ainda há relatos de empresas afetadas com a inadimplência de seus devedores. Quanto à tora grossa de pinus, alguns produtores florestais e empresas integradas que comercializam madeira para serrarias da região Sul conseguiram realizar reajustes de até 5% (correção maior que a inflação dos últimos 12 meses) em decorrência de pequeno aumento na demanda por este sortimento. Com a queda na taxa básica de juros (Selic), o setor da construção civil espera retomar as vendas e novos lançamentos ainda neste ano. Entre outros movimentos, a redução da Selic propicia aumento na disposição do consumidor em assumir financiamentos, como é o caso de compra de imóveis. Observa-se a participação crescente, ainda que muito pequena diante do potencial existente, no uso do sistema construtivo ‘wood frame’, o qual cria oportunidade de ampliar a aplicação da madeira na construção civil. Se este segmento voltar a reaquecer, espera-se aumento no consumo de madeira serrada e, consequentemente, na demanda por toras acima de 25 cm.

B. FOREST

. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 45


NÃO MADEIREIROS

A PUPUNHA É NOSSA Componente essencial da gastronomia

com a geração de 8 mil empregos diretos e

nacional, o palmito é uma iguaria muito apre-

25 mil empregos indiretos. No Paraná, o in-

ciada pelo brasileiro: de fato, o país é o maior

centivo ao plantio de pupunha fez com que o

consumidor de palmito do mundo. Aliada ao

valor bruto da produção estadual passasse de

alto consumo está a alta produção, também

R$ 480 mil para R$ 19,5 milhões desde o ano

líder mundial. Espécies nativas, como o pal-

2000, quando o número de mudas plantadas

mito açaí e o juçara, são exploradas de for-

era inferior a 100 mil. Em 2010, a quantia já

ma extrativista, alarmando ambientalistas. O

havia superado os 2,5 milhões; hoje, o Paraná

plantio de pupunha, por sua vez, representa

tem 8,5 milhões de plantas cultivadas em 1,65

uma alternativa viável e sustentável para sa-

mil ha. A atividade fornece sustento a apro-

ciar o apetite nacional pelo palmito.

ximadamente 650 famílias, concentradas em

Nativa da Amazônia, a pupunha é mais

cinco municípios no litoral do estado.

precoce do que o açaí ou a juçara, produzin-

Graças aos incentivos ao plantio sustentá-

do palmito a partir dos 18 meses pós-plantio.

vel e à pesquisa, o sistema de produção im-

Ainda, a árvore perfilha por ao menos mais

plementado no Paraná é reconhecido como

dez anos e tem a vantagem de não produzir

boa prática pela Organização das Nações

um palmito de rápido escurecimento após o

Unidas para Agricultura e Alimentação, além

corte, viabilizando a venda in natura do pro-

de auxiliar na preservação da Mata Atlântica.

duto. No Sul/Sudeste (em especial no leste

Além de buscar a sustentabilidade ambiental

do Paraná, em Santa Catarina e São Paulo), o

e econômica, os projetos de pesquisa visam

cultivo de pupunha obtém resultados expres-

viabilizar novas formas de comercialização e

sivos graças aos incentivos à agricultura fa-

consumo de produtos provenientes da pupu-

miliar e projetos de pesquisa voltados à área.

nha, como o espaguete ou lasanha de pal-

De acordo com dados da Embrapa Flores-

mito, ou mesmo a utilização dos resíduos da

tas, o setor brasileiro de palmito tem um faturamento anual estimado em US$ 350 milhões,

46 NÃO MADEIREIROS . B. FOREST

produção para novos fins. Fonte das informações: Embrapa Florestas


B. FOREST . NÃO MADEIREIROS 47

Crédito: Divulgação / Embrapa Floresta


ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES

Crédito: Divulgação Abimci

ABIMCI ELEGE NOVA DIRETORIA

E

m março deste ano, a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) elegeu por aclamação a diretoria para o triênio 2017-2020. À frente da entidade permanece José Carlos Januário da Indústria de Compensados Guararapes Ltda. O presidente apresentou após a eleição a composição do Conselho de Administração da Abimci e dos Comitês Setoriais, reafirmando a importância da participação dos membros da diretora e também das empresas associadas. Januário ressaltou que as conquistas dos últimos três anos tiveram como base o esforço e o trabalho realizados pela gestão do presidente Odacir Antonelli, que proporcionou uma nova estabilidade para a entidade. Além disso, o presidente destacou a dedicação da equipe técnica da Abimci e a contribuição dos vice-presidentes e coordenadores dos Comitês nas atividades desenvolvidas pela entidade. “Foram três anos de muito trabalho e de resultados alcançados, mas temos pela frente novos desafios e oportunidades para 48 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST

fortalecer ainda mais a Associação e contribuir com o desenvolvimento da cadeia de base florestal”, afirmou. A Abimci representa empresas associadas localizadas nas principais regiões de base florestal do país: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Maranhão, Pernambuco e Alagoas, além de associados internacionais. A atuação da Abimci prioriza o desenvolvimento de ações que visam à ampliação do mercado para produtos de madeira por meio da defesa de interesses do setor nas esferas política, comercial e institucional. Outra atuação importante passa pela representação institucional, que vem sendo desenvolvida e se consolidou ao longo de quatro décadas de fundação da Abimci. No campo internacional, a entidade é signatária de acordos de cooperação, possui assento nos principais fóruns de discussão setoriais e participa de missões de negócios.


ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES

D

e acordo com a ABAF (Associação

sendo discutido no Programa Mais Árvores

Baiana de Empresas de Base

Bahia, em parceria com entidades ligadas à

Florestal), o setor de árvores

agricultura, indústria e à qualificação de mão

plantadas na Bahia tem características que o

de obra. Buscamos incentivar o produtor rural

permitem se destacar no cenário nacional,

a investir no plantio e manejo de florestas para

como o crescimento anual de 5%, acima da

uso múltiplo, com a inclusão dos pequenos e

média de crescimento nacional. “Este número,

médios produtores”, relata Wilson Andrade.

porém, poderia ser muito mais expressivo, pois

Ainda, o sucesso do estado está ligado

a Bahia – com suas condições edafoclimáticas

à distribuição de suas atividades em quatro

e pela tecnologia embarcada – tem recorde

polos de produção (Sul e Extremo Sul, Norte,

mundial em produtividade do eucalipto”, diz

Sudoeste e Oeste), gerando riqueza em regiões

Wilson Andrade, diretor executivo da entidade.

além da área metropolitana da capital.

No estado, a indústria de energia de biomassa de eucalipto tem contribuído para a diversificação da matriz energética, atendendo a demanda das regiões mais distantes. Entre os empreendimentos, estão: a usina Campo Grande,

em

implantação

em

Barreiras;

a unidade da ERB que funciona na Dow Química e atende boa parte da sua demanda em energia e calor; e a Solid, primeira fábrica de pellets de madeira da Bahia, que será inaugurada até junho. O empreendimento vai produzir inicialmente 24 mil toneladas por ano. A capacidade total, no entanto, é de 48 mil toneladas. Além da biomassa, outro segmento que alavanca o setor florestal baiano é o da construção civil e movelaria. “Tudo isso (a produção e o processamento de madeira) vem B. FOREST . ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 49

Crédito: Wikimedia Commons

COM BIOMASSA E MADEIREIROS, BAHIA MOVIMENTA A ECONOMIA


ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES

SEM REGULAMENTAÇÃO, PRODUTORES FLORESTAIS NÃO TÊM ACESSO A CRÉDITO DO PLANO SAFRA

P

Safra

madeira”, afirma o diretor executivo da

novamente

Apre, Carlos Mendes. Hoje, cerca de 30%

nas linhas apresentadas pelo

da produção florestal do Paraná vem de

revisto

no

2015/2016,

Plano e

governo federal este ano, o crédito

pequenos e médios produtores.

para financiamento de custeio para

A preocupação do setor faz sentido.

tratos culturais, desbastes e condução

“Há um grande movimento em torno de

de florestas plantadas ainda precisa ser

toda a cadeia produtiva da madeira, que

regulamentado para garantir o acesso de

necessariamente inclui o cultivo florestal,

pequenos e médios produtores. O pleito

para que haja um aumento no consumo

foi apresentado pela Apre (Associação

de madeira no mercado interno, em

Paranaense

Base

especial pela construção civil, onde será

Florestal) à Câmara Setorial de Florestas

preciso abastecer as serrarias com toras

Plantadas do Ministério da Agricultura,

de maior diâmetro”, explica Mendes. O

Pecuária e Abastecimento, no início de

movimento inclui o desenvolvimento da

abril, e a pauta foi acolhida.

norma técnica do sistema construtivo

de

Empresas

de

“Isso vai viabilizar que os pequenos

wood frame, além de eventos técnicos

as

e acadêmicos que vêm sendo realizados

operações de desbaste, garantindo a

há alguns anos no Paraná para debater

produção de toras para uso em serrarias

o assunto. O Plano Safra 2016/2017 vai

nos próximos dez anos. Como o preço

destinar R$ 185 bilhões em crédito para

da madeira fina atualmente se aproxima

os produtores rurais do país, com juros

dos custos do desbaste, o produtor deixa

variando de 0,5% a 5,5% ao ano para a

de fazer essa etapa ou a adia, o que pode

agricultura familiar (Pronaf) e de 8% a

gerar um desabastecimento de toras

12,75% ao ano, na agricultura empresarial.

e

médios

produtores

executem

grossas no futuro para a indústria de

50 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST



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Crédito: Divulgação / John Deere

NOTAS

JOHN DEERE 310L PRODUZIDA NO BRASIL

A

Retroescavadeira Série 310L da John Deere desempenha diversas funções no canteiro, atende à regulamentação de emissões MAR-I e traz um novo motor com potência líquida de 86 hp, 8% superior ao modelo anterior, aumentando sua produtividade. Produzida no Brasil, na fábrica em Indaiatuba (SP), a retroescavadeira John Deere 310L está disponível por toda a rede de distribuidores da companhia. A fabricação em território nacional possibilita o financiamento por meio dos programas de crédito governamentais voltados à aquisição destes equipamentos. “A John Deere possui o compromisso de investimentos a médio e longo prazo e a produção da retroescavadeira 310L no Brasil é mais um passo que consolida sua posição no mercado de Construção”, afirma Roberto Marques, diretor de vendas da divisão de Construção & Florestal da John Deere Brasil. As retroescavadeiras, bem como as demais máquinas da linha amarela utilizadas em construção, se modernizam ano a ano por meio da alta tecnologia, que viabilizam um aumento da produtividade dos clientes e a facilidade da execução dos serviços. Dentre os principais destaques da máquina estão os controles mais ergonômicos, que foram desenhados para fornecer mais conforto ao operador, elevando sua produtividade. A alavanca de controle da carregadeira possui um interruptor de neutralização da transmissão. O equipamento também conta com a exclusiva Transmissão Powershift como padrão, que proporciona mudanças de marchas rápidas e suaves e sua embreagem com aplicação multiplacas permite o engate instantâneo na tração dianteira (MFWD). O corpo da máquina com o chassi de estrutura unitária e o estilo caixa proporcionam grande rigidez, peso leve e integridade estrutural para a vida útil da máquina. B. FOREST

. NOTAS

53


NOTAS

FLORESTAS EM PAUTA

O

Crédito: Divulgação

primeiro encontro do programa “Florestas em Pauta”, promovido pela Embrapa Florestas, aconteceu em 23 de março. Com o objetivo de discutir os principais gargalos relacionados à “Tecnologia de produtos florestais”, o evento reuniu empresários, pesquisadores e estudantes nos laboratórios que fazem parte do Núcleo de Tecnologia de Produtos Florestais da Unidade: Tecnologia da Madeira, Tecnologia de Produtos Não Madeiráveis. O grupo de pesquisadores da Embrapa Florestas tem trabalhado com biorrefinaria, desenvolvendo preservativos de madeira extraídos de serragem, bio-óleo de eucalipto para preservação de madeira de pinus ou fabricação de biocidas. “Temos pesquisas inovadoras realizadas aqui em escala de bancada”, explica o pesquisador Erich Schaitza. “Precisamos agora testar isso em escala industrial”, afirma. Outro exemplo conhecido pelos participantes foi a mistura de nanocelulose com alguns tipos de materiais em substituição ao amianto na fabricação de

54 NOTAS . B. FOREST

telhas ou na composição de outros tipos de chapas. “O que nós queremos ver no futuro são serrarias que também produzam energia, laminadoras que extraiam compostos químicos, empresas de celulose que produzam também curativos feitos de nanocelulose e impregnados com extrativos antibacterianos. E tudo com a pesquisa científica embasando esta inovação”, explica o pesquisador Washington Magalhães. O primeiro “Florestas em Pauta” apontou caminhos sobre como devem ser os próximos, dentro do conceito de que não são palestras ou seminários e sim uma ocasião para diálogo, mas com temas específicos. Na segunda semana de maio, serão discutidos temas de interesse dos setores de mobiliário e produção de molduras. A próxima edição do “Florestas em Pauta” já está agendada para acontecer durante a Semana Internacional da Madeira, organizada de 19 a 22 de setembro em Curitiba (PR), pela Malinovski.


NOTAS

IV PRÊMIO EM ESTUDOS DE ECONOMIA E MERCADO FLORESTAL

U

ecossistêmicos. “Com esse método é possível, por exemplo, avaliar os custos de água nas empresas e, a partir dos valores desses gastos, verificar o volume consumido e o volume em estoque, fazendo uma previsão de tempo da disponibilidade de água”, ilustrou. Outra iniciativa premiada, na categoria

Esaf (Escola de Administração Fazendária). O evento de premiação ocorreu na sede da CNI, em Brasília, em 21 de março. Ao todo, foram 50 monografias inscritas, sendo 39 na categoria profissional e 11 na categoria graduando. O projeto “Contas Econômicas Ambientais de Florestas”, desenvolvido por José Sena, técnico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), propõe a contabilização do que se gasta e se deprecia do capital natural em decorrência da atividade florestal. De acordo com Sena, essa metodologia poderá integrar cálculos para valoração de serviços

graduando, foi “Investindo fundos de capital institucional em florestas através das Timos”, de Camila Maciel Viana, recém-graduada em Ciências Agronômicas. Na abertura da cerimônia, o ministro de Meio Ambiente, José Sarney Filho, ressaltou a importância das concessões florestais e projetos de manejo florestal como alternativas sustentáveis à fórmula de comando e controle no combate ao desmatamento. “Isso dá sentido econômico para a floresta, gera emprego e renda e promove a inclusão social”, disse o ministro.

Crédito: Divulgação

m trabalho inédito de valoração da atividade ambiental no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) foi vencedor da 4ª edição do Prêmio em Estudos de Economia e Mercado Florestal, promovido pelo SFB (Serviço Florestal Brasileiro), pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela

B. FOREST . NOTAS 55


NOTAS

TERCEIRIZAÇÃO APROVADA

Crédito: Divulgação

Após passar pelo Senado, a lei da terceirização foi aprovada na Câmara dos Deputados no dia 22/03, com 231 votos favoráveis e 188 contrários. O projeto permite a liberação do trabalho terceirizado para todas as atividades de uma empresa, e vigora também para diversas atividades estatais. Com base em texto proposto há 19 anos, durante a presidência de FHC, o Governo Federal trouxe a proposta para o centro de suas pautas prioritárias, voltadas à reforma de todo o sistema trabalhista atual. Após aprovação no Congresso Nacional, a lei ainda passou pela sanção do presidente Michel Temer, no dia 1º deste mês. A proposta, contudo, não foi aprovada na íntegra, mas com três vetos parciais: o veto à possibilidade de prorrogação do prazo de 270 dias de contratos temporários por acordo ou convenção coletiva, e o veto a dois parágrafos que violavam direitos trabalhistas já estabeleci-

56 NOTAS . B. FOREST

dos e garantidos pela Constituição atual. A principal alteração que a nova lei traz às leis trabalhistas até então vigentes é a liberação da terceirização de quaisquer atividades de uma empresa. Anteriormente, só era possível contratar prestadores de serviço para as atividades secundárias, as ditas “atividades-meio”. Agora, prestadores de serviço terceirizados também poderão ser contratados para exercer as chamadas “atividades-fim”. Graças à flexibilização na contratação de mão de obra temporária, o setor industrial brasileiro poderá agora expandir suas fronteiras, gerando novos empregos e riqueza para o país. Inserido neste contexto, o setor de base florestal deve agora superar entraves históricos, como as dificuldades atuais com a falta de disponibilidade ou alta rotatividade de mão de obra para suas operações no campo.


Equipamentos Florestais

B. FOREST . NOTAS 57


NOTAS

FIBRIA ANTECIPA CONCLUSÃO DO PROJETO HORIZONTE 2

Crédito: Divulgação

A

Fibria informa a antecipação da conclusão das obras e o início da operação do Projeto Horizonte 2, que compõe a segunda linha de produção de celulose da companhia em Três Lagoas (MS). Anteriormente prevista para entrar em operação no quarto trimestre de 2017, a partida da fábrica acontecerá já no mês de setembro, no terceiro trimestre deste ano. Atualmente, o andamento das obras de ampliação está com 87% do projeto realizado e o avanço financeiro está em 59%. Em fevereiro, iniciaram-se as obras do terminal intermodal no município de Aparecida do Taboado (MS), que atenderá o escoamento da produção de celulose da nova fábrica em Três Lagoas (MS) para o Terminal de Macuco, no Porto de Santos (SP), que também já está em construção. O terminal intermodal – que integra vários meios de transporte, como o rodoviário e o ferroviário – está localizado na BR 158 e terá capacidade para escoar 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano. O término das obras do terminal está previsto para julho de 2017. A base florestal para abastecer a nova linha de produção da Fibria também já está assegurada e próxima à fábrica de Três Lagoas (MS), com raio máximo de 100 quilômetros de distância, conforme planejado. Dos 187 mil hectares de florestas plantadas necessárias para abastecer a nova unidade, já foram plantados 135 mil hectares de eucalipto e outros 52 mil hectares ainda serão plantados entre 2017 e 2018. A Fibria estima que, de setembro até o final do ano, a nova fábrica em Três Lagoas (MS) irá produzir 377 mil toneladas de celulose. O aumento da produção virá gradualmente, atingindo a plena capacidade de 1,95 milhão de toneladas/ ano em 2020. 58 NOTAS . B. FOREST



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NOTAS

GRANDES TRANSAÇÕES

A

quinta maior empresa de produtos químicos para proteção de culturas no mundo por receita, com faturamento anual estimado de aproximadamente US$ 3,8 bilhões. A porção adquirida do Negócio de Proteção de Culturas da DuPont inclui um portfólio seletivo de inseticidas líder no setor, composto por Rynaxypyr, Cyazypyr e Indoxacarb. Os dois primeiros têm proteção de patente completa sobre seus respectivos ingredientes ativos,

A FMC adquirirá o portfólio global da DuPont de inseticidas para mastigadores, herbicidas para cereais de folhas largas, e uma parcela substancial de suas capacidades globais de P&D de proteção de culturas. Em 2017, a FMC espera que esse negócio gere aproximadamente US$ 1,5 bilhão em receita e US$ 475 milhões em EBITDA. Após o fechamento do acordo de aquisição, a FMC Agricultural Solutions se tornará a

e a FMC espera que esses produtos gerem mais de US$ 1 bilhão, em 2017. O portfólio adquirido também inclui os herbicidas para cereais de folha larga da DuPont, compostos por nove ingredientes ativos e vários produtos formulados. Esses produtos trazem uma diversificação significativa para os herbicidas da FMC, bem como um aumento do saldo de aplicações pré-emergentes e pós-emergentes no portfólio da empresa.

Crédito: Divulgação

FMC adquirirá uma parte do negócio de Proteção de Culturas da DuPont, que deve ser transferida por uma decisão da Comissão Europeia, que diz respeito à fusão da DuPont com a Dow Chemical Company. Nas transações, que irão aumentar imediatamente o lucro ajustado por ação da FMC, a DuPont adquirirá a FMC Health and Nutrition, e a FMC fará um pagamento em dinheiro à DuPont de US$ 1,2 bilhão.

B. FOREST . NOTAS 61


NOTAS

EXPOSITORES PREPARAM LANÇAMENTOS PARA 3º ENCAPP

D

obradiças invisíveis, novas tendências para papéis melamínicos, tecnologias da indústria química para preservação da madeira, máquinas, equipamentos e uma variedade de inovações que podem contribuir para a melhoria da produção de portas de madeira. As empresas expositoras do 3º ENCAPP (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta), que será realizado de 17 a 19 de maio em Curitiba (PR), já estão preparando as novidades que compõem essa cadeia produtiva. A expectativa da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), que organiza o encontro por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações), é oferecer aos expositores e visitantes um ambiente propício ao networking e à troca de informações e contatos. Uma das novidades deste ano será a realização de duas manhãs de rodada de negócios. O encontro também tem como objetivo

62 NOTAS . B. FOREST

promover as empresas participantes do PSQPME, que atua para proporcionar a isonomia competitiva entre os fabricantes, por meio da conformidade técnica, adequando o desempenho dos produtos às normas existentes, estimula a melhoria contínua, agrega valor às marcas e dá garantias ao consumidor final. O Programa possibilita ainda que as empresas sejam certificadas pela ABNT. Confira a seguir os expositores já confirmados: Adecol, Alca Máquinas, All Parts, Berneck, CPI Tegus, Dratec, Eclisse, Effisa, Gaidzinski, Gran Casa, Grossl, Guararapes, Henkel, Hexacell, Jowat, Máquina Pack, Montana Química, Omil Máquinas, Pado, Perfilisa, Plastibordo/Roverplastik, Primo, Promaflex, Real Fix, Rochesa, Tabone, Tytan e Unesa As inscrições para visitantes são gratuitas e podem ser feitas pelo site: www.encapp.com.br.


A FEIRA FLORESTAL DE TODO O MUNDO A Elmia Wood é uma feira florestal dinâmica, realizada a cada quarto anos, na Suécia. Recebe mais de 50 mil visitantes e 500 expositores de 50 países. Se você quer descobrir as mais novas tendências na indústria florestal global, visitar a Elmia Wood é essencial. Aqui você poderá fazer negócios, atualizar seus conhecimentos sobre inovações tecnológicas (seja dos grandes fabricantes de máquinas ou de pequenos produtores), expandir sua rede de contatos, inspirar-se e adquirir muitas novas ideias.

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. VÍDEOS 65


AGENDA

B.FOREST

MAIO

01 17 25 25

Agrishow Quando: 01 a 05

Onde: Ribeirão Preto (SP)

Informações: http://www.agrishow.com.br/pt/ ENCAPP - Encontro da Cadeia Produtiva da Porta Quando: 17 a 19

Onde: Curitiba (PR)

Informações: http://encapp.com.br/ 2° Encontro Brasileiro de RH e Segurança Florestal Quando: 25 a 26

Onde: Curitiba (PR)

Informações: http://rhesegurancaflorestal.com.br/ Ligna Quando: 22 a 26

Onde: Hannover (Alemanha)

Informações: http://www.ligna.de/home

JUNHO

07 13

Elmia Wood Quando: 07 a 10

Onde: Suécia

Informações: http://www.elmia.se/wood/ Fitecma Quando: 13 a 17

Onde: Buenos Aires (Argentina)

Informações: http://feria.fitecma.com.ar/es/

66 AGENDA . B. FOREST


21 22 29

Hortitec Quando: 21 a 23

Onde: Holambra (SP)

Informações: http://hortitec.com.br/ Integra iLPF Quando: 22

Onde: Três Lagoas (MS)

Informações: http://www.painelflorestal.com.br/integra Dia de Campo do Cedro Australiano Quando: 29 e 30

Onde: Campo Belo (MG)

Informações: https://doity.com.br/1-dia-de-campo-do-cedro-australiano/calendario

AGOSTO

09 16 22

Greenbuilding Brasil Quando: 09 a 11

Onde: São Paulo (SP)

Informações:http://www.informagroup.com.br/greenbuilding/pt Mercoflora Quando: 16 a 18

Onde: Chapecó (SC)

Informações:http://www.mercoflora.com.br/ Fenasucro & Agrocana Quando: 22 a 26

Onde: Sertãozinho (SP)

Informações:http://www.fenasucro.com.br/

SETEMBRO

19 19 20

WoodTrade Brasil Quando: 19

Onde: Curitiba (PR)

Informações:http://www.woodtradebrazil.com/ WoodProtection Quando: 19

Onde: Curitiba (PR)

Informações:http://lignumbrasil.com.br/woodprotection/ Lignum Brasil Quando: 20 a 22

Onde: Curitiba (PR)

Informações:http://lignumbrasil.com.br/

B. FOREST

. AGENDA 67


20 21

ExpoMadeira & Construção Quando: 20 a 22

Onde: Curitiba (PR)

Informações: http://www.expomadeira.com/ Encontro Brasileiro de Biomassa e Energia da Madeira Quando: 21 e 22

Onde: Curitiba (PR)

Informações:http://www.energiadamadeira.com.br/

OUTUBRO

16 16 23

Florestas Online Quando: 16 a 20

Onde: Curitiba (PR)

Informações:http://www.florestasonline.com.br/ Fenatran Quando: 16 a 20

Onde: São Paulo (SP)

Informações:http://www.fenatran.com.br/ ABTCP Quando: 23 a 25

Onde: São Paulo (SP)

Informações:http://www.abtcp2017.org.br/

NOVEMBRO

08 14

Expocorma Quando: 08 a 10

Onde: Santigo (Chile)

Informações:http://www.expocorma.cl/ Woodex Quando: 14 a 17

Onde: Moscou (Russia)

Informações:http://www.woodexpo.ru/en-GB

2018 ABRIL

11

Expoforest Quando: 11 a 13

68 AGENDA . B. FOREST

Onde: Região de Ribeirão Preto (SP)



B. FOREST

. AGENDA 71


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