Revista Eletrolar News, ED 89

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RH

Os atributos que as empresas exigem variam conforme a posição e o ramo de atividade, mas de forma geral, para posições de médio e alto escalão, são importantes ética, integridade, consistência, estabilidade, comprometimento, criatividade, liderança, pensar e agir como empreendedor, ou seja, como se fosse dono do negocio, conhecimento técnico, capacidade de colaborar em equipe e de alavancar negócios através de networking. “Prima-donas estão fora de moda”, afirma o consultor. Hoje, a procura é por profissionais mais estáveis e consistentes, conta Finotti. “Experiência e maturidade também

mais complexos, de alto valor agregado e que levam tempo maior para serem vendidos. O moderno varejo exige um profissional mais capacitado, aberto aos constantes avanços tecnológicos e apto a entender e aceitar as mudanças de comportamento do consumidor.” Nos últimos três anos, havia mais oportunidades do que profissionais especializados no setor, por isso, hoje, os realmente bons veem crescer as suas chances de conseguir uma boa colocação. “O varejo tem oferecido planos de carreira, e muitas empresas tradicionais, até então regionais, passaram a ter um olhar nacional, o que ampliou e consolidou

“Pessoas talentosas são especiais e tendem a ser bem remuneradas, melhor do que as de nível médio que executam as mesmas funções”. Alfredo Guerra Finotti são mais valorizadas. Há pouco tempo, se contratavam CEOs na faixa dos 30 aos 35 anos, o que não ocorre mais com tanta frequência. A perspectiva de uma carreira mais longa talvez explique essa mudança. Em um mercado de trabalho ainda aquecido, está cada vez mais difícil encontrar profissionais que façam a diferença, principalmente em áreas como tecnologia, direção de recursos humanos e gerência de projetos.”

Perfil para o varejo No segmento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, o que se busca é um profissional com capacidade para agregar valor, que entenda a importância da compra e da venda desses produtos mais sofisticados, por exemplo um televisor de LED, bem como o que ele representa, afirma Palladino. “Procura-se um perfil, nos níveis gerencial e de marketing, que consiga trabalhar com esse conteúdo, isto é, com produtos 160

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o mercado. A forte concorrência e o portfólio mais amplo aumentaram as oportunidades profissionais no segmento de eletros. Hoje, o importante é saber trabalhar o varejo de forma especializada”, explica Palladino. Historicamente o varejo brasileiro tem estrutura familiar e, por isso, ainda não está preparado no sentido de migrar para outros países, diz o consultor. “Ele é muito centralizador e não migra para outros países, mas precisa de profissionais bem formados e com visão administrativo-financeira do negócio. O domínio do inglês não é essencial, mas é um diferencial. Atualmente, muita gente perde a oportunidade de se tornar um executivo por falta de conhecimento da língua.”

Seleção No processo seletivo, empresas de recrutamento procuram, nas entrevistas, entender detalhadamente o histórico

Alfredo Guerra Finotti

profissional do candidato e conhecê-lo o mais possível. “Grosso modo, cobrimos aspectos como integridade, capacidade de resolver problemas, habilidade de comunicação, motivação, relacionamento interpessoal e capacidade de executar tarefas”, conta Finotti. A seleção é um pouco desgastante e gera ansiedade, principalmente para os que passam por ela pela primeira vez. “Há pessoas que não se revelam, o que dificulta o entendimento e o próprio processo seletivo, e outras que, por excesso de cuidado, não se abrem com o consultor”, acrescenta. De maneira geral, segundo o consultor, o executivo brasileiro, na comparação com o de outros países, tende a ser mais criativo e com maior flexibilidade, é mais conciliador, menos preconceituoso e aberto às mudanças, mostra-se disposto a aprender e é mais otimista.


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