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Escola de Futuro O Futuro na escola A Escola no Futuro

Há quem considere que a Escola do Futuro obrigará a uma nova forma de adestramento intelectual e cultural. Os educandos serão incitados a resolver desafios diferentes dos actuais, que não passarão necessariamente pela resposta massificada típica da actual escola de massas! Reflectindo sobre este pressuposto, e se o mesmo se verificar ser verdadeiro, então, as exigências da futura escola, quando dissecadas podem ser assim expostas: - Adaptação e adequação do processo de ensino-aprendizagem numa sociedade cada vez mais global, onde a conectividade e a acessibilidade à informação serão os sustentáculos principais. - Preparação dos encarregados de educação, dos educadores, dos mestres e dos auxiliares da acção educativa com vista à adequada preparação dos jovens alunos(as). Este desenvolvimento implica, formação, leitura, estudo, investigação, em suma, a aquisição de múltiplas ferramentas fundamentais para suportar o desafio. Neste contexto seria imperativo mudar - Inserção clara da Escola no meio envolvente; desta relação, que se quer biunívoca, resultaria uma elevada associação com as entidades e organizações, a publicitação da sua acção, a constituição dum grémio de formação do cidadão, enfim, um pólo cultural e de inovação científica, artística e tecnológica. - A escola deverá ser então um centro de informação, formação e investigação por excelência. Recentemente tive a oportunidade de examinar um estudo feito nos EUA onde vários professores consideravam que os jovens ver-se-ão confrontados com a exigência de possuírem competências compostas, como: - Aptidões artísticas; - Capacidade de síntese; 01


- Faculdade de seleccionar, compreender, transformar, validar e publicar informação; - Compreender o contexto; - Talento para trabalharem em grupo; - Conhecimentos multidisciplinares; - Inteligência de poliglota; - Saberes sociais, culturais, políticos, económicos, científicos, éticos e artísticos congregados, de forma a permitir a compreensão integral da sociedade global e tornar a participação do cidadão activa e eficaz; A Escola do Futuro - distante da escola portuguesa actual - teria a preocupação de formar cidadãos e de ensaiar o futuro. Estaria orientada para a disseminação e desenvolvimento da cultura, do saber, do conhecimento; como subproduto, formaria atletas, artistas, celebridades e génios. Mas seria uma escola com tal pujança a ideal? E a escola pode continuar como está? Por fim parece-me pertinente uma breve reflexão sobre os modelos de ensino-aprendizagem. Modelos há vários, e já têm sido copiados e ensaiados, mas permitam-me um reparo, modelos copiados , temo que, por vezes, acriticamente: não determinam formas distorcidas e descontextualizada, sem qualquer nexo com os paradigmas originais? Parece-me evidente que o docente deve analisá-los, assumindo-se peremptoriamente como um investigador e uma autoridade em matéria de educação. ( ) O futuro da escola pública tal como hoje a conhece. O que está em jogo, para quem num futuro próximo não puder pagar um colégio particular, é o desgosto de ver filhos e netos crescerem numa escola de segunda, onde o sucesso é apenas aparente ( ) escola dominada pela indisciplina e pela violência, porque não há auxiliares de acção educativa ( ) basta olhar para os exemplos tristes que nos chegam diariamente, através dos meios de comunicação social. CDEP - Comissão de Defesa da Escola Pública. Deixo-vos uma sugestão de leitura: O futuro Inventa-se, de António Câmara As propostas apresentadas no livro baseiam-se na experiência pessoal do autor como professor e investigador na Universidade Nova de Lisboa e em várias instituições de ensino universitário no estrangeiro. Decorrem ainda da sua experiência de uma década como líder da YDreams , um projecto empresarial de raiz universitária. noticias.nunoprospero.com Cordialmente, A Presidente Do Conselho da Comunidade Educativa Professora, Iolanda Reis Imagens: scolapublica2.blogspot.com; www.agenda2020.org.br/integra-noticia 02


A Escola que hoje somos A Escola desde sempre teve um papel fundamental na sociedade Humana. Forma, educa, constrói comportamentos e personalidades, tenta integrar e socializar todos aqueles que diariamente fazem parte dessa instituição. Nas sociedades modernas as novas tecnologias ditam as regras actuais, a Escola não só deve produzir conhecimento, mas deve fornecer, essencialmente, valores que facilitem a integração social do indivíduo, sendo que o período de escolarização é cada vez maior. Desde a Educação pré-escolar à Universidade o sistema educativo tem uma importância decisiva na formação dos jovens. O ritmo de mudança que a sociedade em geral experimenta e, em particular, o sector da Educação, cria cenários de instabilidade que conduzem à necessidade permanente de resposta interventiva, nem sempre fácil e muito menos definitiva. Somos uma Escola atenta e aberta ao meio, pretendemos construir uma referência nos domínios científicopedagógico. A postura que desenvolvemos durante os últimos anos, permite-nos hoje com confiança acreditar que estamos no bom caminho para responder às necessidades que a sociedade exige em consonância com a maior parte do que, actualmente, o ensino é e pretende ser. As vivências que todos os dias partilhamos, levam-nos a crer que a Escola desenvolve metodologias, estratégias e medidas apropriadas para a nossa condição 03

física, geográfica e toda a vertente humana, que fazem parte do nosso cenário educacional. Acompanhar, melhorar e inovar foi sempre uma preocupação da Escola como agente de socialização, daí que a proximidade que tentamos manter com todos os que connosco trabalham permite que o espírito de união e camaradagem verificado não só nos Grupos Disciplinares mas a nível geral, tenha contribuído para a motivação da maior parte da população escolar. Os tempos são difíceis em termos de educação, é preciso reflectir e partilhar. Com o empenho que o Corpo Docente tem demonstrado, temos conseguido ultrapassar algumas barreiras. Uma maior colaboração (interacção) da nossa parte com os Grupos Disciplinares, através da nossa presença nas reuniões dos mesmos, deveu-se à preocupação em sentir os problemas mais de perto e desenvolver estratégias de acção conjuntas para transformar ideias em acções concretas e bem definidas. Esta foi uma experiência muito positiva, pois, desenvolveram-se relações de proximidade que ajudaram ao objectivo principal, dando espaço a todos para implementar e solucionar diversas fragilidades. As acções de formação tem sido também, uma aposta para melhorar o acesso a novos conteúdos e a novas questões sociais e profissionais que vão surgindo a nível da docência. Neste aspecto temos tentado corresponder (sempre que possível), às solicitações dos Grupos


Disciplinares e às necessidades sentidas pelos Professores. A nível do Pessoal Não Docente tem havido uma preocupação em relação a esta matéria de forma a melhorar e reciclar conhecimentos tanto na parte administrativa como nos Assistentes Operacionais, enquadradas num conjunto de necessidades da Escola. Implementou-se a Plataforma Place, não só para melhorar o funcionamento e minorar as burocracias inerentes às Direcções de Turma e todo o trabalho correspondente ao papel do Director de Turma e dos Conselhos de Turma, bem como, em termos de disponibilidade e acesso à informação para os Encarregados de Educação/Pais. O benefício que esta nova plataforma trouxe para todos nós, prende-se também não só com o tempo de duração das reuniões de avaliação, mas, sobretudo com o número de dias dispendidos para a realização das mesmas. O número de turmas existentes na Escola originava, por vezes, o prolongamento destas para o sábado. Também todo o Serviço Administrativo relativo à Área de Alunos e aos Docentes ficou mais facilitado em todos os sentidos. Apoiou-se e dinamizou-se o Projecto EISE, direccionando-se a maior parte da componente não lectiva (CNL) dos Docentes para apoio deste projecto de forma a estabelecer relações de cooperação e, através de um trabalho conjunto, criar soluções aceitáveis. Pretendemos a construção de uma identidade própria da Escola, com uma dinâmica pedagógica de qualidade e neste sentido, iniciámos logo na abertura de cada ano escolar, uma recepção aos Alunos, partilhando com eles as suas inseguranças e expectativas para este novo ciclo escolar. Este primeiro contacto com os Encarregados de Educação é de extrema importância e reforça a ideia de uma escola aberta e presente. E é exactamente, numa perspectiva

de abertura e presença que a Escola tem alargado os seus horizontes para fora do espaço físico, intervindo no meio e interagindo com as várias Instituições, Organismos e outros Agentes económicos e sociais do nosso Concelho e dos Concelhos limítrofes. As parcerias estabelecidas entre a Escola e o Município da Ribeira Brava, fizeram de eventos, como a Feira do Livro, uma aposta ganha na dinâmica cultural do Conselho. A envolvência da Delegação Escolar, a Junta de Freguesia nas diversas actividades que desenvolvemos conjuntamente ou em que participámos, fez-nos crer que cada vez mais, nos temos afirmado como entidade educativa responsável, como uma escola colaborativa e participativa mais aberta ao ambiente exterior. É também exemplo de tudo isto, o Concurso de Fotografia que lançamos a nível Regional, pelo 3º ano consecutivo, em parceria com o Museu Etnográfico da Madeira/DRAC, dando oportunidade a todos os que têm gosto por esta arte de contribuírem para um espólio a nível de tradições madeirenses, que se perpétua no tempo. É preciso uma verdadeira escola de qualidade onde um leque alargado de saberes constituem a meta a alcançar. Educar para a mudança significa reconhecer as diferenças e, é dessa forma que a Escola tem apostado, cada vez mais, numa diversificação dos cursos de Educação e Formação, tendo em conta as preferências e escolhas dos nossos Alunos. Com o apoio de uma equipa de trabalho específica a nível dos Cursos de Educação e Formação de Adultos, avançamos neste sentido e fomos pioneiros na Região, ao ministramos estes cursos a nível de Ensino Secundário. O sucesso atingido nesta área foi de tal forma que a nossa Escola ajuda a implementar, nas outras Escolas da Região este tipo de 04


formação escolar. Apesar das inúmeras solicitações, não podemos ter mais turmas, devido às limitações físicas e humanas da Escola. Leccionamos diversos cursos e no presente a n o l e c t i vo a p o s t a m o s n a d u p l a certificação. Candidatámo-nos a cursos financiados pela União Europeia, estando a ser ministrados no presente ano lectivo quatro cursos ao abrigo desses fundos. Os projectos que perspectivam a Escola para um futuro próspero, têm sempre um aval positivo, assim aderimos ao Eco-Escolas e ao Plano Regional de Leitura. Implementaram-se outros projectos inovadores como na Escola com Saúde , este é um projecto que perspectiva os hábitos saudáveis a nível de alimentação e prática de exercício físico, de forma a conscencializar os Alunos para estas questões; o projecto Pria que tem como objectivo aceder a uma informação mais detalhada sobre o Aluno, para que a Escola possa intervir mais adequadamente a situações pontuais dos mesmos; e ainda o projecto de Inglês, direccionado para o 3º Ciclo English 4All, que pretende incentivar o estudo de uma língua estrangeira. Apostamos nos quadros interactivos, ainda em número insuficiente devido aos seus custos. Para que a Escola possa ser sempre um caminho para o futuro, a segurança é fundamental. Melhorou-se nos últimos anos este aspecto, recorrendo-se a uma empresa privada para fazer face às questões mais problemáticas, como é o caso da entrada e saída de Alunos do espaço escolar e a utilização de um cartão magnético para este efeito. Sendo mais fácil de controlar, os Alunos que não tenham autorização do Encarregado de Educação para sair, a Escola passou a dar uma melhor resposta a estas situações. O cartão magnético também tem a função acrescida de permitir que as refeições 05

sejam pagas pelos Pais/Encarregados de Educação, através da NET e quiosques, bem como, os materiais escolares a adquirir na papelaria da Escola, evitando desta forma que os nossos Alunos tragam valores pecuniários para a Escola. Como forma de melhorar o sistema educativo, é necessário a intervenção dos órgãos que acompanham ou fiscalizam todo o sistema de forma a tentarem colmatar falhas ou melhorar aspectos decorrentes do dia a dia da Escola. Das várias intervenções a que a nossa Escola foi sujeita nos últimos tempos pela Direcção Regional de Inspecção, a nível de exames nacionais obtivemos classificação de muito bom; no projecto que abrangia a Gestão Intermédia da Escola depois de termos recebido o relatório demos conhecimento do mesmo ao Conselho Pedagógico e seguimos as recomendações para uma melhor operacionalidade. É esta a Escola que somos hoje, com muitos caminhos ainda para trilhar. A ética e o profissionalismo que todos têm demonstrado leva-nos a crer que estamos preparados para o novo conceito de educação e este, é o maior desafio das sociedades actuais. A Escola tem uma responsabilidade acrescida, é uma referência no desenvolvimento e crescimento dos jovens, pois absorve-lhes a maior parte do seu dia. Temos nas nossas mãos a futura mãode-obra do país em todos os sentidos, futuros profissionais de diversas áreas. Dar-lhe-emos a cana e ensiná-los-emos a pescar, num mundo de desafios constantes. As referências que tem hoje, reflectir-se-ão no amanhã, e é por tudo isto que contamos com todos vós para construirmos uma Escola à altura dos desafios do século em que vivemos.

O Conselho Executivo


Cursos de Educação e Formação Face ao elevado número de jovens em situação de abandono escolar e em transição para a vida activa, os Cursos de Educação e Formação para jovens visam a recuperação dos défices de qualificação, escolar e profissional, destes públicos, através da aquisição de competências escolares, técnicas, sociais e relacionais, que lhes permitam ingressar num mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. A experiência da nossa escola: Desde o primeiro momento, a nossa escola tem sabido oferecer cursos diversificados, juntando a experiência dos docentes nas diversas áreas com a vontade dos nossos jovens em aprender e adquirir competências numa área que desejam. Já temos tido muitas turmas, algumas com alunos que não tinham motivação para acabar a escolaridade obrigatória e que, hoje em dia, prosseguiram os estudos e que estão perto de concluir o décimo segundo ano. Ao contrário do que se pensa, estes cursos são para todos os alunos, e não para alunos com dificuldades. Quando ouvimos alguns comentários acerca dessa temática, tentámos alertar para esse facto, todos os alunos podem optar por seguir um curso destes para adquirir uma competência que seja do agrado de cada um. A nossa escola tem tido o cuidado de oferecer um leque alargado de opções, desde Carpintaria, Informática, Cozinha e Pastelaria e até Fotografia. Todas essas áreas têm saídas profissionais e quanto mais qualificações e experiência se tiver, mais opções se terá no futuro. Que lhe parecem ser mais fácil, contratar um jovem com qualificação escolar e profissional ou somente com qualificação escolar? Estes cursos têm estágios profissionais e essa parte é muito importante porque podem ter contacto com a realidade do dia-a-dia, em cada uma das diversas profissões. O Futuro A nossa escola continuará com esta política de fornecer aos nossos alunos estes cursos, visto que são um caminho para uma óptima qualificação profissional. Hoje em dia, o Governo da República e até o Governo Regional reconhecem que a qualificação profissional é um passo decisivo na modernização da nossa economia, não é por acaso que existe muita formação para os trabalhadores, essa mesma formação que os nossos alunos podem aprender aqui na nossa escola. Atreve-te a escolher o teu futuro e informa-te com o Professor Paulo Freitas. 06


Associação de Estudantes

O que hei-de escrever? É sempre a primeira coisa em que pensamos, quando nos pedem para escrever algo com esta dimensão, mas pronto. Tudo em que nos metemos é sempre um desafio, não podemos dizer que é uma batalha perdida, se ainda não começou nem estamos nela lutando pelo que queremos. Como é que podemos dizer que falhamos se ainda nem tentamos. Falhado é aquele que não chega a tentar, porque pensa que já está perdido. Há sempre mais do que uma opção. Podemos sempre escolher. Podemos não escolher a opção mais correcta, mas deixemo-nos destas filosofias e vamos a parte importante, a Associação de Estudantes. É daquelas coisas que vale a pena tentar, eu tentei e consegui ganhar, aliás, conseguimos, porque nós Associação conseguimos vencer algumas batalhas, não saindo derrocados de nenhuma delas, mas o que não conseguimos valeu pela experiência ganha. Com altos e baixos, mas isso é o que todos passamos e temos de encontrar soluções para ultrapassar. Chegamos, encontramos aquele nosso espaço muito mal cuidado, e sim refiro-me à Associação, sujo, desarrumado que parecia nem sei o quê? O primeiro desafio foi limpar, arrumar e arranjar o nosso espaço para começarmos o nosso projecto de um ano lectivo. Foi difícil conseguirmos o que temos hoje, mas também ninguém disse que seria fácil, não é muito, mas é o começo de algo, algo muito importante. Deixemos as coisas tristes e falemos do que realmente importa, os alunos e o local onde estudam. O local onde estudam não é lá grande coisa, mas como diz o outro, é o que se arranja e há piores. Muitos devem ser os alunos, funcionários, professores, encarregados de educação e muitas outras pessoas que se interrogam cada vez que alguém comenta que a escola tem este ou aquele problema, quando é que teremos uma escola nova, até eu me interrogo. Não é só por mim, mas sim por todos nós que queremos e lutamos por ter um bom ensino escolar, entre outras coisas, mas queremos uma escola nova para que haja mais condições para exercer o ensino por parte dos professores e uma melhor aprendizagem por parte dos alunos. A escola é como um brinquedo, há crianças que cuidam melhor de um brinquedo novo do que de um velho, mas de facto também há crianças que não sabem brincar com os brinquedos que têm. Acredito sim, que se proporcionarmos 07


boas condições aos nossos alunos eles têm uma boa aprendizagem, temos é de saber como lhes ensinar e dar a volta para que eles não desistam da escola e encontrem nela uma boa alternativa de vida. Promessas toda a gente as faz, mas pouca gente as cumpre, sim é verdade, porque o Presidente da Câmara entre outros, promete há muito uma escola nova e onde é que está? Deviam-se estabelecer prioridades em relação à educação. O Primeiro-ministro quer que as pessoas vão para escola, e que haja menos abandono escolar por parte dos adolescentes, mas a única coisa que faz é criar as Novas Oportunidades e não pensar no que está antes disso, falam sim em estatutos de professores e nisto e naquilo, mas esquecem-se que desde o pré-escolar até à universidade, tudo é importante. Para ter uma boa formação profissional é preciso termos as bases, bases sólidas e resistentes. Mas passando à escola novamente, falemos deste ano lectivo, onde aconteceu mil e uma coisas, desde o temporal que, infelizmente, nos levou dois alunos muito inteligentes, sábios e quase toda sua família, a Carla e o seu irmão Marcelino. Mas no meio de tanta tristeza, mágoa e sofrimento houve um sobrevivente. Um rapaz muito forte que lutou e conseguiu sobreviver, quase por milagre, mas ninguém melhor do que ele para dizer o que sentiu, que ainda hoje enfrenta a perda de parte de sua família, mas o seu nome diz tudo, José Feliz. Passando por tanto que vale tão pouco, podemos dizer: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena . Citando Fernando Pessoa:

Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Fernando Pessoa

GilbertoFaria

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Os Serviços de Psicologia e Orientação na Escola

O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) desta escola conta com a colaboração de um psicóloga, que organiza e dinamiza todas as actividades daquele serviço. A concretização de todas as actividades realizadas tem sido possível devido à estreita colaboração com os diferentes intervenientes no processo educativo de cada aluno (directores de turma, Conselho Executivo, pessoal não docente, encarregados de educação, etc) e com a articulação com serviços externos à escola (Centro de Saúde da Ribeira Brava, Serviço de Prevenção das Toxicodependências, Centro de Apoio Psicopedagógico, etc.)

Como Chegar até ao SPO ........ O SPO funciona no Gabinete de Psicologia, localizado na Recepção desta escola. Normalmente o Director de Turma procede ao encaminhamento da situação e preenche uma Ficha de Identificação da Situação, entregue nestes serviços. É necessário que o Encarregado de Educação tome conhecimento da decisão do D.T./ Conselho de Turma e autorize a avaliação e/ou intervenção do técnico de psicologia naquela situação. Pode ainda acontecer que o próprio aluno se dirija, por sua iniciativa, ao SPO no entanto, para dar seguimento à avaliação e intervenção psicológicas é necessário que o Director de Turma tome conhecimento e que 09

o Encarregado de Educação dê a sua autorização. A intervenção do SPO nesta escola fazse sentir em três áreas principais: - Apoio Psicológico / Apoio Psicopedagógico, pode ser prestado através de uma intervenção individual ou em grupo, de acordo com a problemática apresentada. Procede-se à avaliação e caso seja necessário, à intervenção psicológica. - Orientação escolar e profissional, em que se pretende orientar o aluno ao nível da resolução das tarefas de desenvolvimento que lhes são colocadas na transição do 9º ano para o Ensino Secundário. Esta intervenção ocorre ao longo do ano lectivo através da implementação do Programa de Desenvolvimento Pessoal para a Carreira, junto das turmas de 9º ano de escolaridade. Para os alunos do ensino secundário, em especial aqueles que frequentam o 12º ano de escolaridade, também está prevista a orientação vocacional através do atendimento individualizado. - Apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa, em colaboração com Projectos ou Clubes a funcionar na escola. Além disso, ainda intervimos ao nível das Turmas de Percurso Curricular Alternativo, bem como junto das turmas dos Cursos de Educação e Formação. O SPO ainda colabora com serviços exteriores à escola, no sentido de desenvolver acções de sensibilização e de promoção dos hábitos de vida saudáveis (prevenção das toxicodependências, prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, etc).

A responsável pelo SPO Isabel Rocha


As actividades dos Cursos EFA

A aposta num modelo de ensino que valorize o indivíduo nas suas múltiplas dimensões - social, histórica, cultural, política e/ou emocional - tem levado a Escola, nos últimos anos, a diversificar a sua oferta educativa, apostando em modelos de formação vocacionados para um público que não encontrou resposta para a sua qualificação ao nível do ensino regular. A Educação e Formação de Adultos centra-se na construção individual, numa dinâmica de aprendizagens que procuram valorizar competências adquiridas ao longo dos percursos de vida e experiência dos formandos: pessoais, profissionais, relacionais, entre outras. Procurando valorizar a estrutura destes percursos e no âmbito do tema Tradições , várias actividades têm sido desenvolvidas pelos formandos no decorrer da sua formação.

Actividade Integradora Turma EFA S T 2 25 de Novembro de 2009 Exposição e demostração de alguns brinquedos tradicionais construidos pelos formandos, procurando apresentar uma perspectiva evolutiva das principais alterações ocorridas nos hábitos das pessoas. Exposição e demonstração de uma actividade artesanal (gaiolas em vime) realizada por um convidado invisual.

Actividade complementar Comemoração do São Martinho 10 de Novembro de 2009 Ao longo das várias sessões das diferentes áreas de competência os formandos realizaram inúmeras tarefas como recolha de quadras, provérbios, advinhas, lenda de São Martinho, imagens e vocabulário em língua inglesa e curiosidades/problemas matemáticos. No dia de São Martinho, os formandos realizaram actividades de carácter formativo e outras de carácter lúdico/social: realização de magusto, confecção de bacalhau e outras iguarias.

Actividade Integradora Turma EFA S T 1 30 de Novembro de 2009 Palestra sobre os instrumentos tradicionais, mais especificamente a Braguinha , realizada pelo Prof. Eleutério Corte, e sobre a modalidade desportiva Judo a cargo da Prof.ª Elisabete Silva. Po s t e r i o r m e n t e o s f o r m a n d o s apresentaram uma peça teatral, seleccionada do jornal A Gaivota (1985), sofrendo a mesma várias adaptações, fruto do tema geral: Tradição versus Inovação. Para além da criação do cenário, foi também elaborado material de divulgação da Actividade Integradora, nomeadamente panfletos, cartazes e convites. De salientar a exposição de relógios de pêndulo elaborados com materiais reciclados e outros. 10


Actividade Integradora Turma EFA S T 5 19 de Fevereiro de 2010

Actividade Integradora Turma EFA S T 6 11 de Março de 2010

Curta-metragem intitulada Atlântico Garden apresentando a diversidade e riqueza patrimonial da RAM, abordando temáticas em torno da tradição e inovação com uma boa dose de humor. Os formandos realizaram, ainda, um livro com regionalismo que foi distribuído pelos presentes.

Painel Defesa dos produtos regionais onde foram debatidas algumas actividades económicas tradicionais Madeirenses, nomeadamente a produção de vinho, vime, o b o r d a d o e a a r q u i t e c t u ra r e g i o n a l .

Actividade Integradora Turma EFA S T 3 16 de Março de 2010 O tema da actividade Tradição vs Inovação deu origem a momentos formativos diversificados dentro das três áreas de competênciachave que culminaram com a encenação e representação de uma peça intitulada o Jornal da Tele Três . Com esta representação os formandos procuraram estabelecer um paralelismo entre hábitos, costumes e/ou tradições da região e a generalização da tecnologia no quotidiano das pessoas.

Actividade Integradora Turma EFA S T 4 18 de Março de 2010 No âmbito do tema geral, os formandos realizaram a actividade sob o tema Dos Pitorescos aos Tecnológicos , mostrando desta forma, a evolução dos primórdios da existência humana até aos dias de hoje.

Actividade complementar Jogos Tradicionais e a Páscoa 25 de Março de 2010 Inserida no tema de vida As tradições a actividade visou dar resposta às questões geradoras de cada grupo de formação, procurando contribuir para a preservação das tradições. Cada grupo de formação responsabilizou-se pela organização de um jogo tradicional, com o intuito de participar na competição inter-turmas. Foram vários os jogos realizados, nomeadamente: jogo do saco , a bilharda , a pinhata , coelho da Páscoa , corrida de carrinhos de cana , pião , a matança , a limpeza , jogo do Inhame e saltar à corda . Durante a competição os formandos e formadores foram degustando sabores típicos da época.

Equipa EFA 11


Vocês gostam

Vocês gostam do lixo ou do conforto? Gostam do respeito ou do desrespeito? Gostam de valorizar ou de desvalorizar? Gostam de ajudar ou prejudicar? Gostam do caos ou da organização? Do que é que vocês GOSTAM? Gostam da Escola Porque não a protegem? Gostam do espaço de recreio Porque não o cuidam? Gostam de saber o porquê das coisas porque não aprendem? Revolta-me o facto dos nossos alunos (sim vocês), futuros pais, amigos, donos do mundo ou não, insistirem em maltratar os colegas, os adultos e os espaços escolares. Entristece-me o facto de existirem tantos jovens preocupados com os outros e não com eles mesmos. Magoa-me pensar que a nossa escola tenha dificuldade em passar a mensagem de que vale a pena aprender, estudar, sacrificar, desenvolver, respeitar, cuidar, abraçar, ajudar, compreender. Meus amores De que vale a pena estarmos num sítio sem tirar partido dele. De que vale a pena participar numa actividade sem tirar proveito dela. O que é que vocês querem ser quando forem grandes? Não terão vocês sonhos? Valerá a pena ou não lutar por eles? A escola não dá A SOLUÇÃO , mas indica-te o caminho que tens que percorrer. Envolve-te, participa, concentra-te, educa-te e não te esqueças de brincar.

Professor Fernando Machado Coordenador da EISE

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Ambiente Rodoviário Conservação Ambiental Os problemas na gestão e conservação da Natureza assim como a problemática dos acidentes rodoviários, prendem-se com a indiferença humana perante os mesmos e o valor que lhes é atribuído. Neste sentido, realizou-se, em parceria com a Associação de Paralisia Cerebral da Madeira, a Direcção Regional de Florestas, o Clube Desportivo do Nacional - Secção de Desportos Motorizados - com o contributo da Companhia de Seguros Liberty , a Câmara Municipal da Ribeira Brava e a boa vontade de todos os proprietários dos veículos TT, um passeio até ao Paúl da Serra, no dia vinte e dois de Março. Este evento teve como objectivos informar e sensibilizar a população para as questões da segurança rodoviária e conservação ambiental, alertar para a necessidade de assumirem um comportamento cívico e social na segurança rodoviária e a conservação ambiental. No local do encontro, Bica da Cana, procedeu-se à plantação de árvores endémicas da Madeira, com o intuito de arborizar as vertentes adjacentes ao Concelho da Ribeira Brava de modo a evitar, futuramente, situações trágicas provenientes de precipitações anormais. Em Nome da Escola agradeço a todos os alunos, Professores, entidades Públicas e Privadas o sucesso desta iniciativa e um Bem-haja até ao próximo ano. Professor Gregório

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Acção de sensibilização: «Segurança Rodoviária e Conservação Ambiental

O projecto de Prevenção Rodoviária iniciou

dos alunos e envolveu, para além dos

as suas actividades a 21 de Setembro de

projectos já mencionados, a Secção de

2009, das quais se destacam: acção de

Desportos Motorizados do Clube

sensibilização na Escola de Condução

Desportivo Nacional, e a participação

Auto-Brava; uma prova prática de

especial da Associação de Paralisia Cerebral

maneabilidade de bicicletas, juntamente

da Madeira.

com testes teóricos sobre regras básicas de comportamento rodoviário, para apuramento dos alunos de segundo e terceiro ciclos, que irão participar na taça regional da Madeira no final de Maio; participação activa nos concursos regionais de banda desenhada e spots publicitários acerca das correctas práticas de conduta Rodoviária e prova de orientação rodoviária, entre outras.

Em suma o projecto tem decorrido com o entusiasmo e participação dos alunos desta escola, a ajuda da comunidade escolar sempre que necessário, dando seguimento ao bom trabalho iniciado no ano lectivo de 2005/2006, reforçado pelo reconhecimento, por parte da equipa coordenadora da Secretaria Regional da Educação, com a atribuição da bandeira: «Escola Modelo Trânsito» a esta mesma

A mais recente actividade decorreu no

escola.

dia vinte e dois de Março de 2010 que se traduziu numa acção de sensibilização intitulada: «Segurança rodoviária e Conservação Ambiental», promovido pelos projectos de Prevenção Rodoviária e Ambiente Rodoviário e Conservação Ambiental. Mais de meia centena de alunos do segundo e terceiro ciclo participaram num passeio de jipe através de um percurso que teve como ponto de partida a Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, da Ribeira Brava, seguindo-se o Paúl da Serra, via Canhas, que culminou com a plantação de árvores na zona do «Lombo do Mouro», iniciativa apoiada pela Direcção Regional de Florestas. Esta acção de sensibilização decorreu com muito entusiasmo e participação por parte 14


Comer bem

Mais um ano de actividade do Clube Saudável.come, desde o ano lectivo 2003/2004 que a nossa escola integra a RBES - Rede de Bufetes Escolares Saudáveis da Região Autónoma da Madeira. É no âmbito desta rede que o Clube saudável.come tem vindo a desenvolver variadas actividades no sentido de melhorar a alimentação disponibilizada nos Bufetes e Cantina da nossa escola. As iniciativas desenvolvidas para atingir estes objectivos são múltiplas e diversas, quer em conteúdo quer em destinatários. Desde as semanas promocionais criadas com a intenção de promover determinados alimentos, (simultâneas em todas as escolas da Rede) até às Palestras, Peddy Papers, Caminhadas e Concursos, como os de Provérbios de São Martinho, de consumo de Leite, ou de Mitos e Factos sobre os alimentos. Foi também dinamizada a participação no Piquenique Saudável da RBES onde se e nvo l ve r e m a l g u n s a l u n o s n u m a participação mais pequena e específica. Uma actividade que este ano correu de

forma particularmente agradável foi a promoção do Chá das 5 , onde os alunos participaram na confecção dos scones, bolos tipicamente ingleses com pouco açúcar e gordura, e posteriormente tiveram um momento de convívio provando que os momentos de convivência e camaradagem podem ser feitos à volta da mesa sem excessos. De salientar que esta iniciativa se alargou aos alunos de Educação e Formação de Adultos no regime nocturno, onde também se revelou um sucesso. Os objectivos para o futuro mantêm-se inalterados embora uma evolução seja inevitável, as acções com maior sucesso serão sempre para manter e alargar e n ova s i n i c i a t i va s d e ve r ã o s u r g i r. Procuraremos um maior envolvimento dos Alunos, Encarregados de educação, Funcionários e Professores. Mais informações sobre as actividades do Clube e sobre Hábitos Alimentares em www.saudavelcome.blogspot.com

Plateia da palestra Benefícios do Chá e de outras Infusões Actividade inserida na Semana Promocional destes alimentos e que contou com a colaboração de técnicos da Bioforma. 15


Parlamento dos Jovens Tudo começou no 8º ano. Falaram-me de algo chamado Parlamento dos Jovens . Eu não sabia o que era. Explicaramme que essa era uma actividade, de certo modo relacionada com a política. Disseram-me que seríamos jovens deputados por um dia. Teríamos que redigir um projecto de recomendações. Ou seja, apresentar várias medidas de modo a combater problemas sociais. No dia marcado, teríamos de nos dirigir à Assembleia Regional de modo a defender as nossas propostas e questionar as de outros deputados . A ideia era engraçada. Um debate, muitas escolas, muita gente. Eu não perdia nada em tentar. Nesse mesmo ano (2005/2006) participei no Parlamento dos Jovens a nível de ensino básico como deputada suplente. Vi o debate de fora. A princípio não percebia bem o que se estava a p a s s a r.

Uns

f a l a va m

muito,

outros

nada

diziam.

Chegada ao 10º ano, voltei a ser confrontada com o Parlamento dos Jovens , desta vez a nível do ensino secundário. O projecto de recomendação deixara de ser apresentado na Assembleia Regional, para passar a ser apresentado na Escola Secundária da Apel. Desta vez participei como deputada efectiva. Por vezes, os jovens deputados eram um pouco agressivos, respondendo de forma menos educada e moderada, do que o normal. Mas não deixou de ser interessante. No 11º ano voltei a participar no Parlamento do Jovens, novamente como deputada efectiva. Nesse ano o nosso projecto de recomendação fora aprovado, mas após uma aldrabice qualquer, procederam a novas eleições e nós não voltamos a ser eleitos, o que demonstrou a parcialidade dos deputados. No 12º ano, a experiência foi diferente. Ao invés de participar no debate propriamente dito, participei no concurso para presidente de mesa. Se ganhasse este concurso, seria eu a dirigir a sessão regional do Parlamento dos Jovens a nível de ensino secundário. Infelizmente tal coisa não aconteceu. Mas ficou a experiência Após quatro participações neste projecto, considero que foi uma das experiências mais enriquecedoras em que eu tive o prazer de participar e onde descobri o meu gosto pelos debates e pela política, vendo as coisas de uma nova perspectiva. Marta Loreto 12º E

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Workshop de Serigrafia no Atelier Pascal Qb

No dia 15 de Março, os Alunos da turma H do 10.º ano, do Curso Tecnológico de Multimédia, realizaram uma visita de estudo/Workshop ao Atelier Pascal Qb, no Funchal. No workshop os Alunos aprenderam a técnica de reprodução em Serigrafia, aplicando-a a um trabalho realizado na disciplina de Desenho B, nomeadamente um auto-retrato. No atelier tiveram igualmente a oportunidade de consultar uma série de bibliografia sobre Desenho, Ilustração, Arte, Design, entre outros. Esta actividade foi bastante positiva para a formação dos Alunos dado que puderam experimentar uma nova técnica de reprodução de imagens e adquirir novos conhecimentos, essenciais para a área de formação que integram. A título pessoal e em nome da Turma agradeço ao Professor Pascal Oliveira toda a atenção, disponibilidade e empenho, e à Escola pela colaboração no transporte. Profª. Catarina Gomes

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Desporto Escolar 2009-2010

O Projecto de Desporto Escolar da nossa Escola é composto por Actividades Internas (AI) e Actividades Externas (AE). As AI são actividades desportivas que têm lugar dentro da nossa escola, organizadas semanalmente (Torneio inter-turmas de Futsal) ou mensalmente (Dia do Voleibol, do Andebol, do Basquetebol ) pelo Coordenador de Actividades Internas. Estas actividades têm como principal objectivo promover e aumentar a prática desportiva saudável dos nossos alunos. As AE são compostas pelos treinos nos núcleos de Desporto Escolar, cujos orientadores são os professores de Educação Física da Escola, e as competições externas (interescolas), organizadas pelo Gabinete Coordenador do Desporto Escolar.

para a Fase Final, a realizar-se no dia 5 de Maio, na Escola Básica Horácio Bento de Gouveia. No total, participam 292 alunos e 14 professores no Projecto de Desporto Escolar da Nossa Escola.

A Coordenadora do Desporto Escolar Yvonne Rodrigues

Durante o ano lectivo, a nossa escola participou nos Campeonatos Escolares (AE), nos escalões de infantis, iniciados e juvenis, em ambos os sexos, nas modalidades de: Atletismo, Ténis de Mesa, Badminton, Judo, Natação, Multiactividades Desportivas de Outdoor, Ginástica Aeróbica, Basquetebol, Andebol, Voleibol, Futsal, Ginástica Massiva (Dança Cerimónia de Abertura). Na Festa do Desporto Escolar (AE), que se realizou de 27 a 30 de Abril, além das equipas referidas anteriormente, tivemos também a participação do escalão de Juniores / Seniores, nas modalidades de Futsal, Voleibol e Basquetebol. Nesta Festa, tivemos como Madrinha a aluna Liliana Ferreira, do 10º A, atleta Judoca Campeã Nacional do Clube Judobrava . Também participamos na Actividade de Basquetebol Compal 3X3 , organizada pela Associação de Basquetebol da Madeira, sendo apuradas várias equipas da Escola 18


Feira da Junta de Freguesia

Fomos convidadas a participar na Feira da Junta da Freguesia, que se iniciou no dia 20 de Março vindo a prolongar-se até 27 de Março, onde foram expostos os trabalhos desenvolvidos. Durante a semana da Junta de Freguesia da Ribeira Brava, foram realizadas diversas actividades de entretenimento, como a participação do grupo de teatro da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares Voo a Fantasia , o grupo de bandolins, Sons do Mar, acordeões, realização de jogos tradicionais, apresentação de uma peça de teatro realizada por alunos da Escola Básica e Secundária da Ribeira Brava, entre outros. tinham como finalidade cativar a atenção e animar a população da Ribeira Brava. Os dias em que estivemos presentes na feira da Junta de Freguesia foram bastante enriquecedores, pois permitiram-nos estar em contacto com a população e com as diversas actividades que se foram desenrolando ao longo dos dias. Esta foi, uma experiência bastante positiva que futuramente gostaríamos de repetir. Alunas Tânia Carina e Tânia Patrícia

Uma experiência de estágio Somos Alunas do 12º ano, do Curso Tecnológico de Acção Social, faz parte da estrutura curricular do respectivo curso, um estágio em ambiente de trabalho com a duração de 240 horas. Através deste artigo vamos contar um pouco da nossa experiência no estágio, inseridas na equipa multidisciplinar da nossa escola. Mas afinal qual é o objectivo deste estágio? Este estágio tem como principal objectivo desenvolver e consolidar em contextos de trabalho os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas do Curso. Ao longo do estágio, temos desenvolvido diversas actividades com aproveitamento de diversos materiais, o que nos tem permitido pôr em prática a nossa criatividade. Através destas actividades, temos intuito de realizar diversos trabalhos para serem vendidos em feiras, como já o fizemos na feira da Junta de Freguesia da Ribeira Brava, na qual obtivemos uma experiência bastante positiva, diferente e inovadora. A apreciação que fazemos até agora do nosso estágio é bastante satisfatória. Alunas Tânia Carina e Tânia Patrícia 19


Sessão de reflexão Compreender o Envelhecimento No dia 23 de Março decorreu na nossa Escola a conferência /sessão de reflexão Compreender o Envelhecimento . Esta teve lugar na sala de sessões, pelas 15 horas, e contou com a presença de algumas turmas do 3.º ciclo e respectivos Professores. A Enfermeira Andreia Brás, formada pela Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny e que, actualmente, encontra-se a realizar o mestrado em Gerontologia na Universidade da Madeira, conduziu a conferência que teve os seguintes objectivos: - focar os aspectos demográficos do envelhecimento; - dar a conhecer aspectos essenciais acerca das alterações físicas e psicológicas inerentes ao envelhecimento; - realçar o envelhecimento como uma etapa inevitável do ciclo vital; - salientar o papel do idoso enquanto veículo na transmissão de sabedoria; - dar a conhecer algumas estratégias

para uma reaproximação intergeracional. Esta actividade pretendeu essencialmente abrir os horizontes dos mais jovens no sentido de verem o idoso como alguém de extremo valor, veículo de sabedoria e cidadão com valores e direitos fundamentais. Como resultado desta sessão de reflexão, ficámos mais conscientes das problemáticas inerentes ao envelhecimento, compreendendo que é apenas mais uma etapa do ciclo vital, que deve ser vivida com a máxima plenitude possível. No final da conferência entreguei alguns exemplares do livro Comer com Saber no Envelhecer , cedidos pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, sugerindo que o oferecessem aos avós ou amigos idosos. Profª. Catarina Gomes

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O Jogo das Estruturas

Fez parte do conjunto de actividades propostas pelo grupo 530 Educação Tecnológica presentes no Plano Anual de Escola e envolveu todos os alunos do 7ºAno e respectivos professores de Educação Tecnológica (Fábia Gomes, Cláudio Micael, Mariana Cordeiro e Sandra Morgado). O jogo surgiu por iniciativa do Professor Cláudio Micael e o mesmo veio dinamizar as aulas, bem como facilitar a aprendizagem do tema Estruturas Resistentes planificado e leccionado durante o 2º Período. Teve como objectivo principal a construção de uma estrutura em cartolina Bristol, cuja concepção e construção foi realizada pelos alunos, de acordo com as regras fornecidas pelos professores. O culminar deste jogo teve lugar no passado dia 4 de Maio com o concurso realizado no Pátio Comenius para determinar qual a estrutura mais

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resistente, partindo do pressuposto que as mesmas teriam de suportar um garrafão de 5 litros cheio de areia. Seguem-se algumas fotos das estruturas realizadas pela turma 7ºB, cedidas pela professora Fábia Gomes.


Visita de estudo No dia 19 de Abril de 2010, pelas 13:50, partimos da escola. Fomos guiados pelo motorista Jorge, no autocarro da autarquia. Chegamos ao Funchal por volta das 14 h. Na entrada do palácio vimos um soldado com uma espada na mão, a princípio pensamos que fosse uma estátua, mas foi então que ele pestanejou. Entramos, e passamos mesmo ao pé dos canhões que outrora funcionavam, mas que agora servem apenas de adorno, neles estava gravado o símbolo da monarquia. Entramos numa sala onde um senhor nos deu um guia para que fossemos preenchendo ao longo do percurso da passadeira vermelha. Ao longo do percurso passamos pelo salão dos retratos, continha muitos retratos, e também estava, nessa mesma sala, dois cadeirões que era onde o rei e a rainha se sentavam. Seguiu-se o salão de baile, no chão estavam marcados pequenos buracos feitos pelos tacões de agulha que a senhoras usavam enquanto dançavam. A sala vermelha continha o mobiliário mais caro de todo o palácio e, assim como a sala verde, continham pinturas muito bonitas, pintadas por Max Romer. Seguidamente fomos para o salão de baluarte, onde actualmente se fazem as reuniões. Sucedeu-se a ida aos jardins. A visita ao palácio terminou com uma fotografia colectiva ao pé da gravura de S. Lourenço. Enquanto o 6º C foi visitar o palácio, nós fomos visitar a exposição da festa da flor. Tirámos fotografias e vimos flores muito bonitas. Depois fomos ao Mac Donald s comer um gelado. Esperamos um pouco e chegou a turma do 6º C, em seguida a camioneta, regressamos à escola e depois cada um tomou o seu rumo.

Alunos João Abreu e Luís Pereira, 6ºB 22


Viajar em Segurança Quando um condutor tem um acidente, o seu corpo e o dos passageiros continua a seguir à mesma velocidade que o carro no momento do impacto Quando o veículo pára, os passageiros sem cinto batem no volante, no tablier, saem pelo vidro e seguem o movimento que o carro tinha... Os cintos são a melhor protecção em caso de acidente! Os cintos foram criados para que as forças sejam absorvidas pelas zonas mais fortes do nosso corpo: ancas, ombros e peito. O cinto mantém o corpo no seu lugar e protege a cabeça e o rosto de bater no pára-brisas ou nos bancos da frente. Também evitam que o seu utilizador seja projectado para fora do carro. 4 Razões para usares SEMPRE o cinto de segurança:........ - Num acidente, o cinto de segurança pode salvar-te a vida. - O cinto de segurança reduz os riscos de ferimentos graves. -Muitas pessoas que acabam por morrer

em acidentes poderiam ter sobrevivido se tivessem usado os cintos de segurança. - É fácil de usar! Demora cinco segundos e pode salvar-te a vida! Cintos de segurança e airbags:............ Apesar do carro poder ter airbag, o cinto de segurança deve sempre ser colocado. Os airbags podem magoar, se estiver a menos de 25 cm do local onde se encontra guardado. Os airbags frontais só funcionam em colisões frontais. Se houver um acidente em que se bata de lado ou o carro capote, só o cinto de segurança é eficaz! Por último: - Todas as crianças, com menos de 12 anos ou 1,50 cm, DEVEM circular em assentos apropriados à idade e sempre no banco de trás. - Recém-nascidos devem ir SEMPRE em cadeirinhas próprias, voltadas para trás no banco de trás. - Todos os passageiros DEVEM usar o cinto de segurança no banco da frente e de trás.

Visita do Presidente do Instituto de Gestão e Fundos Comunitários Foi com grande entusiasmo que no passado dia 22 de Abril, recebemos em nossa casa pessoas, que de certa forma, têm vindo a contribuir para melhorar a Escola e diversificar a oferta de cursos ministrados pela mesma, de entre as quais, a Dra Sara Relvas, Directora Regional do Instituto de Qualificação Profissional, o Dr. Sílvio Costa, Presidente do Instituto de Gestão dos Fundos Comunitários, os empresários Maurílio Caíres e Ricardo Gomes da Empresa Ambiram, nossos parceiros sociais. Agradecemos as palavras de conforto e solidariedade para com os nossos Alunos, que directa ou indirectamente sofreram danos na intempérie Fotografia de João Diogo 8ºH de Fevereiro. Muito obrigado. 23


Aconteceu

24 de Novembro: Fátima Patrícia Pestana, 12º E, participa no concurso de tradução Juvenes Translatores , sob a alçada da Comissão Europeia. 24 a 27 de Novembro de 2009: a comunidade Educativa organiza e anima a Feira do Livro da Ribeira Brava, na frente mar da Ribeira Brava. 4 a 11 de Dezembro de 2009: decorre a Semana Dos Direitos Humanos na nossa Escola 19 de Janeiro de 2010: Decorreu no pátio da casa verde, da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, uma prova de m a n e a b i l i d a d e , p a ra o segundo e terceiro ciclo, no âmbito do Projecto Prevenção Rodoviária. Esta prova inserese na preparação para a Taça Regional da Madeira. 1 a 12 de Fevereiro de 2010: um grupo de 5 alunas com o apoio logístico da Câmara Municipal da Ribeira Brava organizam e desenvolvem a Campanha de Solidariedade HAITI, cujos fundos foram entregues à AMI. 19 de Fevereiro de 2010: realiza-se o jantar específico para a zona oeste, da Campanha de Solidariedade HAITI, com a presença da

Delegação da AMI (Funchal). Março de 2010: a Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, pelo terceiro ano consecutivo, organiza um concurso de fotografia, em colaboração com o Museu Etnográfico da Madeira, destinado a promover as tradições da Madeira, intitulado Madeira em Tradição . 05 de Março de 2010: a Escola comemorou o Dia Internacional da Mulher debatendo o tema namoro, noivado e casamento , tendo envolvido uma turma do 7º. Ano, outra do 11º e uma do 12º ano. 20 de Março de 2010: realiza-se o jantar de angariação de fundos para as vítimas da tempestade na Madeira, Reconstruir Sorrisos , no Madeira Magic Grill. 23 de Abril de 2010: duas alunas da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, Olga e Sofia, da turma 12º. D, disciplina de Sociologia, participaram num debate sobre o Tratado de Lisboa, no Auditório da RTP Madeira, entre 80 convidados, em representação do Clube Europeu .

25 de Abril de 2010: Marta Macedo Loreto, 12º E, participa no concurso de tradução Traduzir 2010 , sob a alçada da Universidade Católica Portuguesa. 28 de Abril de 2010: realiza-se a actividade Línguas e Sabores , no âmbito da Jornada das Línguas. 27 e 28 de Maio: os alunos do 12º D da disciplina de Área Projecto colaboram nas celebrações do dia Internacional dos Direitos Humanos. Junho de 2010: os melhores trabalhos do passatempo "Flashes Literários", do Baú de Leitura, estarão patentes ao público no Madeira Shopping. A FNAC-Madeira associou-se à iniciativa oferecendo prémios muito aliciantes. 2010: 12ºE, caminhada ao Caldeirão Verde, visita ao Estabelecimento Prisional da Cancela, Casa das Mudas. 2010: Francisca Maria Abreu ganha o concurso literário Alice Vieira . O texto da Francisca fará parte do próximo livro de Alice Vieira. ........................................... Perdemos, no dia 28 de Dezembro, a Professora Maria do Carmo da Corte Rocha, docente da disciplina de Matemática. 24


A gripe A (H1N1) no contexto escolar

A gripe A H1N1 é uma doença nova causada por um vírus que afecta o sistema respiratório e é provocada por uma variante do vírus da gripe humana comum. O primeiro caso foi detectado no México em Abril de 2009 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até ao dia 23 de Agosto de 2009, havia mais de 162 países afectados em todo o mundo, com mais de 209.438 casos e pelo menos 2.185 óbitos e uma taxa letal de cerca de 1%. Em Setembro de 2009 o Conselho Executivo constituiu uma Equipa Operativa p a ra a e l a b o ra ç ã o d o P l a n o d e Contingência da escola e pôr em prática.

Preparação pré-epidemia No âmbito da preparação préepidemia, foram desenvolvidas as seguintes actividades na escola: - Distribuição de folhetos informativos sobre a gripe A; - Divulgação em cartaz e em Powerpoint no monitor LCD no átrio da escola; - Convite aos Encarregados de Educação para participarem numa sessão de esclarecimento. A calendarização de s e s s õ e s d e e s c l a r e c i m e n t o p a ra professores e funcionários foi no dia 28 d e O u t u b r o d e 2 0 0 9 e p a ra o s Encarregados de Educação no dia 4 de 25

Novembro de 2009. Estas sessões foram apresentadas pelos técnicos de saúde do Centro de Saúde da Ribeira Brava; - Afixadas nos placards e nos livros do ponto, as medidas gerais em caso de sindroma gripal para professores, alunos e funcionários; - Difusão de comunicados na sala de Directores de Turma e Sala de Professores.

Controlo da epidemia - Elaboração de uma ficha questionário, das definições de casos suspeitos sobre a sintomatologia e seu registo, destinado à sala de isolamento; - Controlo dos casos suspeitos, desde a sala de aula até à sala de isolamento, sempre acompanhados por um funcionário ou elemento da equipa; - Dado conhecimento imediato aos Encarregados de Educação da situação; Apetrechamento com equipamento e detergentes para a higienização pessoal, por vezes com algumas limitações, mas com um cuidado especial na limpeza dos espaços; - Equipamento para protecção pessoal, material e medicamentos - Identificação de infra-estrutura, um local com condições para o isolamento dos casos; - Mais recentemente, seguindo orientações da DRS, foi divulgado o Plano


de Vacinação contra a Gripe A (H1N1).

Perfil epidemiológico da gripe A (H1N1) na Escola B+S Padre Manuel Álvares No que concerne à evicção escolar, os casos suspeitos foram registados com maior incidência nos meses de Novembro e Dezembro. Os Directores de Turma foram notificados através de declarações médicas que por sua vez deram conhecimento ao Coordenador do Plano de Contingência da escola. 1º Período - Outubro a Dezembro de 2009

Próximos passos 1. Dada a possibilidade do surgimento de uma nova vaga no próximo Outono, a escola deve iniciar o processo de aquisição de equipamento e materiais. 2. Preparação pré-epidemia de gripe A (H1N1). Para fazer face a uma possível eclosão de novos casos de gripe A (H1N1) na escola, devem ser mantidas as seguintes actividades com vista à sua prevenção e detecção precoce, nomeadamente: 2 . 1 . E d u c a ç ã o p a ra a s a ú d e d a comunidade escolar 2.2. Manter o nível de alerta, através da vigilância activa das gripes sazonais 3. Implementação do Plano de Contingência da Gripe A (H1N1) a todos os níveis. Conclusão

Figura 1 Distribuição dos casos suspeitos de gripe A (H1N1) na escola O facto de se terem registado poucos casos suspeitos de gripe A (H1N1) na escola dificultou a elaboração do perfil epidemo-lógico da doença. A partir de Janeiro ainda foram verificados casos de sintomatologia gripal mas veio a diminuir progressivamente. Em Fevereiro de 2009 a situação estava completamente controlada.

Embora não se registasse casos suspeitos de gripe A (H 1 N 1 ) desde Fevereiro de 2010, a escola poderá enfrentar um nova vaga de gripe no início da época fria à semelhança do que aconteceu a nível mundial. O grau de preparação pré-epidemia deve permanecer a todos os níveis e com o envolvimento de todos.

Professor Sílvio Jesus

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Saúde Alternativa Ao depararmo-nos com a incógnita imposta pela disciplina de Área de Projecto sobre o projecto a executar decidimos falar sobre a medicina alternativa. Como é uma área da saúde em ascensão em Portugal, ainda não é muito conhecida no meio social. Os conceitos de medicina alternativa são mencionados nas antigas escrituras da Índia, China e Egipto. O conceito de Medicina Alternativa prevaleceu, tanto no ocidente, como no oriente, sendo praticada principalmente na Índia e na China. O termo Medicina Alternativa é comummente usado para descrever práticas médicas ocidentais. A Reflexologia é uma terapia que consiste em aplicar pressão em pontos dos pés e das mãos, a fim de estimular o sistema de cura do próprio corpo. Ao aplicar pressão nos pontos reflexos é possível melhorar a saúde física e mental. A Reflexologia é uma forma segura e eficaz de tratamento que os clínicos usam para estimular o corpo a autocurar-se. A Acupunctura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado complementar pela - Organização Mundial da Saúde. Que consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados "Acupontos", de modo a obter efeito terapêutico em diversas condições. A Alimentação Saudável é feita através da ingestão de produtos naturais, uma vez que é na cozinha que se trata da saúde . Quando o nosso corpo apresenta alguns sintomas, estes são nada mais, nada menos do que desequilíbrios do próprio corpo, funcionando como sistemas de alarme, dizendo que o corpo necessita descansar. É importante aproveitar tudo o que está 27

à nossa volta, pois o planeta dá-nos tudo isso para que seja aproveitado, beneficiando a saúde de cada um. Na foto da esquerda, o Dr. Eduardo Luís (Reflexologia Pharma São Pedro) e na da direita, o Sr. Rui Vieira (Alimentação Saudável - Bio-Logos), durante a apresentação do nosso projecto.

Grupo 1: Andreína, Carolina, Dina, Lídia e Patrícia, 12.ºD - Área de Projecto; Docente: António Pereira


Semana da Biologia e Geologia Na semana do Departamento de Ciências e Tecnologias o grupo de Biologia e Geologia, aproveitou este tempo para a exposição e divulgação de materiais e actividades práticas decorrentes das suas actividades lectivas. Esteve patente na sala 29, uma série de actividades práticas/lúdicas onde os alunos puderam observar, experimentar, lidar com os materiais, analisar, interpretar, concluir, e, no átrio, junto à sala dos professores, uma feira de minerais e fósseis, aberta a toda a comunidade escolar. De entre os trabalhos apresentados pelos alunos, destaco um modelo dinâmico de um vulcão, que tem para mim um significado especial. Trabalho elaborado pela Sara, Alexandra e Carla Pita, alunas do 10º B. A Carla, que infelizmente já não está entre nós, vítima da intempérie de 20 de Fevereiro, era uma aluna sobredotada, entusiasta, colaboradora e, uma lição de vida para todos os que a conheceram. No dia da apresentação do trabalho à turma, a Carla trouxe um modelo, construído em papel e cartão pintado e, com a ajuda das colegas, colocou o vulcão em actividade. Fitas e confetes a simular a lava e os piroclastos, e um sopro através de um pedaço de mangueira, desencadeou a entrada em actividade do vulcão.

A feira dos minerais fez-me lembrar, parte de um texto que foi dedicado à Carla pelas suas colegas na missa em sua memória: Ouvi dizer que Deus envia pedras ao mundo para ganharem brilho e depois poder pô-las no céu, para brilharem como só elas o podem fazer. Ele deve ter achado que tu já brilharas o suficiente e quis levar-te Eras uma jóia preciosa Niniveth Paola

O ano 2010 consagrado internacionalmente à Biodiversidade, ficou marcado por uma implacável lição da Natureza, vulcões, sismos, intempéries, com perdas significativas, algumas irreparáveis. Esta experiência fez-nos sentir na pele a importância da água, do saneamento básico, assim como do ordenamento do território, assuntos que leccionamos, mas que na prática são descurados. A semana decorreu normalmente. A exposição e a feira dos minerais despertaram maior interesse nos alunos mais novos (2º e 3º ciclos), quer por ser novidade, quer para admirarem os seus lindos trabalhos expostos. Profª. Sílvia Olímpia

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3.ª Edição do Concurso de Fotografia Madeira em Tradição Divulgação dos vencedores da 3.ª edição do Concurso de Fotografia Madeira em Tradição , realizado pela Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares em parceria com o Museu Etnográfico da Madeira. Vencedores: 1.º Classificado - Paulo Jesus Ladeira 2.º Classificado - Vânia Andrade Freitas 3.º Classificado - Vânia Andrade Freitas 3.º Classificado - Maria Manuela Andrade Freitas 5.º Classificado - Maria Tânia da Silva Correia Prémios Atribuídos: 1.º Paulo Jesus Ladeira 2.º Vânia Andrade Freitas 3.º Maria Manuela Andrade Freitas Prémios Especiais de Participação dos trabalhos seleccionados:............................. Participante mais novo: Margarida José Figueira Gonçalves Participante mais velho: Cláudio Micael C. M. Bento

Todos os trabalhos seleccionados para a exposição terão um prémio de participação. Os trabalhos seleccionados estarão patentes numa exposição, a inaugurar no dia 6 de Maio de 2010, dia do Concelho e da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, no Museu Etnográfico da Madeira - Ribeira Brava, pelas 11h30m. A Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares e o Museu Etnográfico da Madeira agradecem, a todos os participantes, bem como ao Júri que seleccionou e premiou os trabalhos e ainda a todos os patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento.

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Trabalhos Premiados

1.º Classificado Paulo Jesus Ladeira

2.º Classificado Vânia Andrade Freitas

3.º Classificado Vânia Andrade Freitas

3.º Classificado Maira Manuela Andrade Freitas 5.º Classificado Maira Tânia da Silva Correia 30


Restantes Trabalhos Seleccionados

De: Isabel M. S. Martins

De: Celso J. C. Brites

De: Margarida J. F. Gonçalves

De: Celso J. C. Brites

De: Alexandre J. C. Caetano

De: Cláudio Micael C. Bento

De: Cláudio Micael C. Bento

De: Isabel M. S. Martins

De: Manuel P. C. Ribeiro

De: Vânia Andrade Freitas

De: Cláudio Micael C. Bento

De: João A. F. Gonçalves

De: Maria T. S. Correia

De: Maria M. A. Freitas

De: Maria T. S. Correia

De: Paulo J. Ladeira

De: Isabel M. S. Martins

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De: João A. F. Gonçalves

De: Manuel P. C. Ribeiro

De: Maria M. A. Freitas


Final da História de Ulisses

Depois da luta com os pretendentes Ulisses, Telémaco e Penélope foram descansar de tantas emoções. Alguns dias depois numa manhã calma o mar invade Ítaca (muita gente morreu afogada). Quando a água chega ao castelo, Ulisses estava muito desconfiado e preocupado com o seu povo. Nesse mesmo instante entra pelo palácio Poseídon (o deus dos mares) determinado a matar Ulisses. Este manda Penélope e todos os que ali estavam presentes a dirigirem-se para os seus aposentos, ficando somente Ulisses e Poseídon. Ulisses tentou conversar para perceber porque razão Poseídon o detestava tanto, não obtendo resposta alguma, fazendo com que Poseídon se irritasse ainda mais. Começaram a lutar. Poseídon com o poder dos mares atacava Ulisses muito furioso. Este tentava-se defender mas não aguentava muito mais. Quando já estava deitado no chão a sangrar, sem forças nenhumas entra pela porta do palácio todos os deuses do Olimpo incluindo Zeus (o deus supremo da mitologia Grega e soberano de todos). Lutam todos contra Poseídon e decidem por unanimidade lhe retirar a imortalidade e concedê-la a Ulisses, assim como o poder dos mares passando-o a Ulisses. Ulisses agradece toda a ajuda e o poder que lhe foi concedido, enquanto Poseídon morre e vai para o Inferno. Sara Inês - 6º B O Desespero de Ulisses

Ulisses conseguiu ultrapassar todos os obstáculos e finalmente chegou ao palácio cheio de vontade de abraçar a sua esposa e o seu filho, Telémaco, que agora já era um homem forte como o pai. Mas viu o seu povo muito triste e todos choravam. Vivia-se uma grande angústia. Seguiu a multidão e ao longe pareceu-lhe ver Penélope, juntamente com um homem desconhecido. Aproximou-se e viu um sacerdote então apercebeu-se que estava a celebrar um casamento em que a noiva era a sua querida mulher. Tinha chegado tarde demais, Ítaca já tinha um novo rei. Ulisses perguntou a um criado que não o reconheceu, onde se encontrava o jovem Telémaco. Este respondeu-lhe que ele se tinha perdido no mar à procura do seu pai Ulisses. Tristemente Ulisses saiu do palácio e caminhou sem rumo. Ítaca já não lhe pertencia António Francisco Câmara 6ºB 32


Educação Visual - 9.º E

Bianca Góis

A. Luísa Gonçalves

Vanessa Ramos

Sara Gonçalves

Raquel Jardim

A. Luísa Rodrigues

Joana Gomes 33

Marina Pestana


Mãezinha Se fosse possível, eu doava-te o título

amigos à mesma. Uns estão sempre ao meu

de melhor mãe do ano. Achas uma ideia

lado, outros fogem quando chegam os

descabida? Eu não! Então vê como tenho

momentos de maior tristeza. E quando esses

razão

fogem, sabes quem eu encontro? Encontro-te

Durante nove meses carregaste-me no

a ti, mãe! Encontro-te disponível, com um

teu ventre, pacientemente. Não me conhecias,

sorriso ou com uma simples palavra de alento.

mas não fui um fardo para ti porque, sem me

Fazes-me voltar a erguer, a acreditar.

conheceres, tu já me amavas. Por minha causa,

E sabes o que é mais engraçado? É que

perdeste noites. No dia seguinte, uma jornada

eu não consigo imaginar o meu despertar sem

de trabalho esperava-te, mas tu não te

a tua voz meiga a dizer: Querida, já está na

importavas de passar a noite em claro pois

hora . Se calhar este é o segredo para que eu

sabias que velavas pelo meu sono. Cada vez

acorde sempre de bom humor.

que eu adoecia, olhavas para mim com aquele

Em breve, a minha vida levará uma

ar doce que só tu tens, e eu sentia-me melhor.

grande viragem para a qual vou precisar uma

Causava-te desagrados pelo simples facto de

vez mais do teu apoio. Não estarás presente

fazer birras à porta de casa ou mesmo no

fisicamente mas sei que o teu pensamento vai

supermercado. Mas tu continuavas a meu

se centrar sempre em mim. Perguntas se vou

lado. Vestias-me, davas-me de comer e

sentir a tua falta? Claro! Já não vais ser tu a

oferecias-me brinquedos. Mas eu era tão

me acordar, não serás tu a preparar o meu

pequenina que nem sempre era capaz de

pequeno almoço, não serás tu a me levar à

reparar nos esforços que fazias para me fazeres

escola, não serás tu a me relembrar que tenho

sentir bem. Davas-me banhinho e limpavas-

teste. Não serás tu

me o nariz porque as minhas pequenas mãos

Impressiona-me a tua força. Consegues

não eram tão habilidosas como as tuas. Não

ser uma excelente esposa, filha e mãe ao

sei o que seria de mim sem ti

mesmo tempo. Nunca te desvias daqueles que

Entretanto comecei a crescer. O primeiro

julgas serem os teus deveres. Nunca te

dia de escola chegou. Preparaste-me com a

esqueces de nada. Nunca Consegues fazer

mesma dedicação de sempre. Não me deixaste

tanta coisa ao mesmo tempo! Porém, nunca

fazer má figura no primeiro dia nem em

me pediste nada em troca. Tudo o que fazes

nenhum outro. Fui aprendendo com a

por mim, fazes com amor. Fazes porque queres

professora as matemáticas, as ciências Mas

que eu tenha aquilo que tu nunca pudeste ter.

ao chegar a casa, eras tu quem me ensinava

Fazes porque sabes que sem ti eu continuo a

a resolver as contas de somar, diminuir,

ser a mesma criança que tu um dia vestiste

multiplicar e dividir. Por vezes eu errava, mas

para o primeiro dia de escola. Nem sempre

não ralhavas comigo. Sabias que a minha

agradeço-te da melhor forma. Quando o dia

cabecinha não tinha ainda um raciocínio tão

corre-me menos bem, é em ti que acabo

rápido como a tua. Para mim eras a pessoa

descarregando. Não tens culpa, mas ouves

mais inteligente. Sabias tudo e eu nada sabia.

todas as minhas frustrações calmamente.

Deste-me ensinamentos importantes para a

Como consegues ter tanta paciência? És, de

escola, mas principalmente para a vida.

facto, incrível.

Ensinaste-me a viver, a aprender, a respeitar, a confiar, a amar, a aceitar, enfim, ensinaste-

Agora pergunto-te: ainda precisas de melhores razões do que estas?

me a ser quem sou. Os anos passaram. Encontrei tantos

Marta Loreto 12ºE

amigos... Uns bons, outros menos bons, mas 34


Desenho A - 11.º F

Angelina Araújo

Fábio Luz

Maura Gonçalves

Fábio Luz

Luís Paulo 35


Poesia

1. O cantinho da poesia da turma 6.º A

Margarida Azul

Wilson Laranja

Azul do mar Azul do céu Cheiro de embriagar Fica comigo, meu azulão, Minha cor de estimação!

Cor do pôr-do-sol no Poente. O momento mais enternecedor E eloquente Para sentir com amor. Francisco Lazer

Joana Imaginação Vives no meu coração. Para te poder sentir, Muito trabalho e dedicação Terei de conseguir. Gosto muito de ti, por uma grande razão: Fazes-me sentir evoluir

Aproveito para ler Até a lua aparecer Depois, sonho até que o sol me venha acordar. E a seguir vou para a escola a bocejar. Pedro Coração És como um melão Que tiras a sede Numa tarde de Verão!

Márcia Sentimento Sentimento é algo que vem do coração E que se expressa com carinho No peito, nos olhos, na palma da mão E que se esvaece com um beijinho.

João Tiago Casa Gosto de estar em casa Bem perto de quem eu gosto Sinto o conforto da asa Que me acoita com jeito.

2. O cantinho dos relacionamentos

Reconhecimento de um neto, o André da turma do 6ºA, à sua avó. A melhor coisa que eu tenho na vida é a minha avó. Ela sim é especial! Ela aceita-me, compreende-me, ajuda-me, é tolerante e paciente comigo. Sempre está disponível, convive e dialoga comigo, dá-me afectos, mimos, carinho, ternura Eu amo-a muito! Obrigada, avó pelo teu amor incondicional!

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Pour toi mon amour

Pour toi mon amour Je suis tombée amoureuse Quand je t ai vu

Pour toi je vais au ciel

Depuis la première fois

Parce que tu es gentil

Et

Tu es mon grand amour

Pou toi mon amour

Je suis amoureuse de toi

J écris ce poème Pour te dire

Pour toi je dépasse les tempêtes

Ce que je sens pour toi

Seulement pour être avec toi

Pour toi mon amour

Parce que je t aime beaucoup

Je te donnerai

Mon amour

Le ciel et la mer Et mon éternel amour.

Je fais le possible et l impossible Seulement pour nous

Susanna Silva, 10º D

Mon c ur est seulement à toi, Mon amour. Bárbara Soares, 10º E

J ai voyagé partout dans le monde Pour être avec toi Mon amour J ai dépassé tous les obstacles Pour toi Mon amour Je n ai pas besoin d argent Parce que l amour pour toi Est si grand Mon amour Humberto, 10º E 37


20 de Fevereiro de 2010 Acordei como em qualquer dia, mas apercebi-me que este dia ia ser aterrador, continuava a chover intensamente. A ribeira enchia e nela iam ramos grossos de árvores arrancados às margens e uma quantidade imensa de terra dissolvia-se nas águas dando lhe um tom acastanhado. Olhava para os terrenos das montanhas e via-os cair. Foram dois terrenos que vi desabar dois para começar da estaca zero. As bananeiras estavam submersas devido às fortes chuvas. Uma grande tristeza afectou-me muito. Quando recebi a notícia, através da minha tia, da morte do Marcelino da turma do sexto C, e da sua família, devido a um deslizamento de terras, fiquei muito, muito chocado. Confesso que rezei muito pela sua família, mas principalmente por ele. O dia vinte e dois de Fevereiro foi igualmente agitado. Estava a trabalhar no computador quando por volta das onze horas da manhã, apareceram cerca de cinco militares a correrem todos malucos, mandando evacuar as casas do sítio da Murteira. Só tive tempo de calçar umas sapatilhas. A princípio apanhei um valente susto, mas depois passou. Fui mesmo de pijama para uma casa que a minha mãe cuida, no Campanário onde ficámos por três dias. Quando regressei a casa, no dia vinte e seis, fiquei muito feliz por ver todas as coisas no seu devido sítio. Aquilo que me deu forças foi olhar nos olhos das outras pessoas e ver a enorme vontade de ajudar quem precisava. A vontade de reconstruir a nossa ilha, a nossa nação

Neste dia de Fevereiro, fui acordado à pressa, por causa de uma tremenda tempestade. Vesti a primeira roupa que me veio à mão, a luz apagou-se, ficámos às escuras. Fomos para uma loja ao lado, onde estavam recolhidas pessoas da zona. Ficámos lá pelo menos quatro horas. Eu, cheio de curiosidade fui ver a ribeira, com a minha irmã. A ribeira mais parecia um furioso monstro acastanhado. Fiquei estupefacto, e com muito receio. Voltámos à loja, e reparei que a parte de trás do centro de saúde da Ribeira Brava estava inundada. Dirigimo-nos à ponte da via rápida, e vimos a destruição total. Senti-me como se me tivessem tirado um pedaço. No dia seguinte, fui à vila e observei ainda mais devastação Fiquei impressionado. Nos dias seguintes estivemos sem água, internet e televisão. Logo que o sinal da televisão voltou pude ver as imagens que me chocaram ainda mais. Apesar de tudo fiquei contente com a união dos madeirenses. Senti orgulho ao ver todas as pessoas empenhadas e determinadas, e também mais descansado por ter a minha família sã e salva.

Luís Francisco Gouveia Pereira - 6º B

João Luís Gonçalves Abreu - 6º B 38


Louvor a uma Mãe/Encarregada de Educação Neste momento especial De grande fragilidade De perda emocional, Dedico um louvor a uma mãe excepcional: Humilde, honesta, viúva, trabalhadora Para criar dois filhos, órfãos de pai. Sempre arranjou tempo para acompanhar O processo educativo dos seus educandos Que confiou aos professores desta escola. Era assídua nos seus contactos junto dos Directores de turma. Dois alunos que por justo empenho Constam no quadro de Honra da Escola. Alguém, um dia, sugeriu que como mãe afectuosa e Encarregada de Educação consciente da sua missão, Merecia estar também no quadro de Honra desta Escola. «Não. Não, se os meus filhos são bons, devo aos seus professores que trabalham com eles e sabem educá-los e proporcionar-lhes boas notas.» Que descansem, os três, «na sua verdadeira casa», a paz eterna que só a fé pode entender.

Anónimo

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O silêncio da morte

A sala 25 tem um lugar (des)ocupado, vazio no sentido que lhe dá a Física. Um lugar em que a ausência se manifesta na forma de uma presença que força o olhar a convergir para o vazio desse espaço. Apanhados desprevenidos pela presença dessa ausência forçamo-nos a olhar para o lado, disfarçamos porque o sofrimento é feio e a dor uma fraqueza. Face à morte, silenciam-se as palavras, a morte tornou-se inominável, vivemos na ilusão da imortalidade. Hoje a morte é vergonhosa, interdita, a sociedade em que vivemos proíbe-nos de falar, pensar ou viver com ela. É proibido falar da morte, da dor, do envelhecimento de tudo o que nos impeça de sermos felizes aqui e agora. Toda a gente tem de ser jovem, ter saúde, ter sucesso, ter poder e estar feliz, se não estiver, que tome um comprimido, se não passar, que se esconda em casa, num hospital ou num hospício, se tiver de morrer, que seja longe da minha vista: É preciso esconder a morte e os mortos, para que eles não nos mostrem que a vida não é eterna. Assim, as pessoas já não morrem apenas desaparecem. Não há lugar para a morte nesta sociedade narcisista, que nunca se refere às coisas e aos factos, mas à representação das coisas e dos factos, que vive da imagem e nunca da realidade. A morte é apenas virtual, acontece nos jogos do computador, nos filmes de guerra ou nos números dos telejornais. A morte é o tabu da sociedade moderna, que vive sem passado nem futuro, suspensa num tempo sem fundo nem densidade, prisioneira da efemeridade do instante presente. Este silêncio da morte tem um preço, coloca-nos no lugar de Narciso, prisioneiro do reflexo de si próprio, privado de amadurecer. Este silêncio impede-nos de compreender a irreversibilidade do tempo e a universalidade da morte, que nos ensinariam a viver de forma autêntica. Também o luto, como a morte, se tornou interdito, mas não é feio ou vergonhoso chorar, feio e vergonhoso é ser indiferente, é não sentir nada, porque isso, sim, é perverso e desumano. O sofrimento, pelo contrário, é a expressão da nossa 40


humanidade, do nosso amor pelos outros, sem amor não haveria dor nem alegria. A dor, como a alegria, vem do facto de amarmos e querermos bem aos outros, de sermos nãoindiferentes, de mantermos o coração aberto àqueles com quem nos cruzamos, pessoas e animais, nos encontros e desencontros com que se tece a nossa vida e a nossa humanidade. Ser humano, para mim, não se define pela razão teórica, fria e calculista, essa é a razão do poder e do sucesso a qualquer preço, mas pela sensibilidade que é contacto, exposição à passagem do tempo, ao outro, ao amor, à amizade, ao sofrimento e à morte. Amar é um privilégio e a amizade uma dádiva. A nossa vida ficou mais rica por se ter cruzado com a da Carla, a humanidade ficou mais pobre por ela ter morrido. Porém, penso que devemos pensar menos no que perdemos com a sua morte e mais no que ela nos deu com a sua vida. Acabe quando acabar a vida de uma pessoa está toda ai, inteira, nesse espaço de tempo do nascimento à morte, mas o valor dessa vida, o valor da vida da Carla, não está no tempo que durou, está na forma como ela a viveu, está no que fez do seu tempo e no que isso significou para nós. Claro que todos sentimos que a morte chegou cedo de mais, que deixou por cumprir as promessas de futuro que a sua vida anunciava e frustradas as nossas expectativas. Porque ela não era só uma aluna excepcional era, muito mais do que isso, uma amiga e uma pessoa extraordinária. Extraordinária, não por ter morrido como morreu mas por ter vivido como viveu, pelo seu jeito quase tímido de ser, pelo sorriso com que recebia os elogios e aceitava as críticas, pela sua vontade de querer saber, crescer, compreender, ajudar e construir o futuro. Os amores e as amizades que cultivou, as alegrias e as desilusões que sentiu, os livros que leu, as matérias que estudou, não foram um esforço inútil ou um desperdício de tempo , porque nada disso é para viver tudo isso é viver e a Carla Viveu. A melhor forma de a recordarmos, de a homenagearmos, é seguir-lhe o exemplo e Viver.

Imaculada Pacheco Professora de Filosofia da Turma 10º B 41


Viver é amar

A vida é uma palavra grande que só cabe no coração de quem sabe amar, porque amar é querer viver e é sofrer. Nesta vida, por vezes, perdemos pessoas muito importantes na nossa vida. Algumas porque partem, outras simplesmente se afastam. Mas os momentos não se apagam, ficam connosco para nos lembrarmos que a felicidade não é inalcançável. É difícil pensar nos bons momentos quando alguém que faz parte dessas memórias já não está entre nós, alguém que fez parte do nosso p a s s a d o e j á n ã o s e e n c o n t ra n o p r e s e n t e . Às vezes, quando lembramos alguém de quem gostamos, as lágrimas brotam no olhar, sem as podermos controlar, mas chorar não é vergonha nem sinal de fraqueza, é aliviar a dor do coração, deixando sair em lágrimas salgadas os risos do passado que agora não passam de mágoas. Sabemos que tudo aquilo que um dia começa tem de acabar, mas é difícil olhar em volta, procurar-te e não dar com o teu sorriso naquele lugar vago que deixaste na nossa sala e com ele dentro de cada um de nós, aquele lugar que agora é preenchido pelas lembranças e pela saudade. Ouvi dizer que Deus envia pedras ao mundo para ganharem brilho e depois poder pô-las no céu, para brilharem como só elas o podem fazer. Ele deve ter achado que tu já brilharas o suficiente e quis levar-te. Então, sempre que olhar para o Céu, vou lembrar-me de ti. Quando sentir saudades, basta procurar a estrela mais brilhante que ilumina o firmamento. Saberei que estás lá, a sorrir para mim e sentir-me-ei mais próxima de ti. Niniveth Paola 10º B

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Soluções:

Para resolver o Jogo do Sudoku, é preciso inserir em cada linha, coluna e quadrado, de 3x3 casas, os números que faltam, de 1 a 9, sem quaisquer repetições. A invenção deste jogo é atribuída ao matemático suiço Leonhard Paul Euler (1707-1783). 3) Se a única irmã do único irmão da tua mãe tem um filho único, que parentesco tem essa criança contigo?

4) Da seguinte lista, qual é o próximo número? E Porquê?

2, 10, 12, 16, 17, 18, 19,

Sudoku Na cena que é mostrada, o Personagem de chapéu caminha tranquilamente sobre a grama. Ao observar a placa onde se lê: "Pode Pisar na Grama", vê-se que ele não está desrespeitando a lei. Como isto não é um aviso comum, significa que ele deve ter lido a placa para agir assim. O personagem que está com a mão na boca, caminha em direcção à grama e está sorrindo. Como ele não se desviou e está indo para a grama, deve estar rindo por achar aquilo estranho e também deve ter lido a placa. Já o terceiro Personagem, o que está acenando com o dedo, não está pisando na grama e deve achar que o homem que está sobre a grama está errado e tenta alertá-lo. Isso quer dizer que ele não leu a placa e acena porque sabe que o normal em um aviso como este seria, "Não pise na Grama." Assim ele acena por não saber o que na verdade está escrito, e só pode ser porque não sabe ler.

nove bolas e apenas uma delas é mais as outras. A partir de uma balança com diga qual é o menor número de pesagens até descobrir qual a bola mais leve.

Solução:

4 - 200. São os números cujo nome começa com a letra D.

3 - Essa criança és tu próprio.

1) Existem pesada que dois pratos, a efectuar

2 - 15 Minutos. Em 5 minutos fritamos os lados dos bifes A e B. Em dez minutos fritados o outro lado do bife A e um lado do bife C. Em 15 minutos fritamos o lado que falta do bife B e o outro lado do bife C.

1 - Duas pesagens: na primeira pesagem colocamos três bolas em cada prato e ficamos logo a saber em que grupo de três se encontra a bola mais pesada; na segunda pesagem colocamos uma bola em cada prato e ficamos a saber qual é a bola mais pesada.

Soluções:

Desafios lógicos Adivinha

1) Qual dos três personagens é analfabeto?

2) Temos três bifes e uma frigideira com capacidade para fritar dois bifes ao mesmo tempo. Cada bife demora cerca de dez minutos a fritar. Qual é o menor tempo possível para fritar todos os bifes?


Anedotas Pedagógicas

Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas? Aluno: Puré de batata, senhor professor! Professor: Chovia, que tempo é? Aluno: É um tempo muito mau, senhor professor!

Professor: Quantos corações temos nós? Aluno: Dois, senhor professor! Professor: Dois!? Aluno: Sim, o meu e o seu! Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:

O professor o ensinar os verbos: - Se és tu a cantar, dizes: Eu canto . Ora bem, se for o teu irmão a cantar, como é que dizes? - Cala a boca, Alfredo! - Stora , alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez? - Não. - Fixe. Éque eu não fiz os trabalhos de casa (TPC). - Joãozinho, diz o presente do indicativo do verbo caminhar. - Eu caminho tu caminhas ele caminha - Mais depressa! - Nós corremos, vós correis, eles correm!

1.º aluno: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à polinésia e demorou muito a viagem. 2.º Aluno: E eu fui esperá-lo ao aeroporto!

Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite? Aluno: Sim, senhor professor: um queijo e quatro vacas. Turmas: 5.ºF, 6.ºG, 11.º G

Sopa dos Direitos Humanos Em todas as direcções encontra as palavras que se encontram à direita. Deveres | Privacidade | Consciência | Dignidade | Tempos Livres | Respeito | Direitos Humanos | Política | Razão | Justiça | ONU | Lei | Privada | Liberdade | Igualdade | Paz | Solidariedade | Vida

Soluções:

(Realizado pela turma 8.º G)

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Programa da Celebração do Dia da Escola - 6 de Maio


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