SEGURANÇA AÉREA

Page 1

MACAÉ OFFSHORE

1


2

MACAÉ OFFSHORE


MACAÉ OFFSHORE

3


Carta ao Leitor/Letter to the Reader Atenções voltadas para QSMS

Attention to QSMS

Acompanhando as tendências de mercado, as empresas da cadeia produtiva de petróleo valorizam cada vez mais os conceitos de Qualidade em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS). Incentivadas pelas determinações da Petrobras, redefiniram suas estratégias em busca de competitividade. O primeiro passo é a reestruturação na qual as empresas devem integrar todos os setores e agregar valores ao perfil de cada uma. Nesse novo cenário, em que a qualidade de vida apresenta as novas regras do mercado, cabe às empresas acompanhar o amadurecimento empresarial e proporcionar aos seus gestores e funcionários condições para caminhar de mãos dadas com o desenvolvimento e incorporar ao seu cotidiano conceitos de Responsabilidade Social e QSMS. Sociedade madura, empresa consciente e responsável. No campo de segurança, o sistema de logística aérea é outro assunto em pauta. Devido ao significativo aumento da demanda de trabalhadores embarcados, mudanças importantes têm sido avaliadas e adaptadas ao cotidiano do setor aeroportuário, tais como obrigatoriedade do treinamento Huet (escape de helicóptero submerso) e melhorias em equipamentos e na infra-estrutura. Nesta edição, você terá contato com parte desse universo e verá as principais mudanças do setor de qualidade, suas características e efeitos. Em alguns casos, grandes nomes já desfrutam de resultados consistentes. E ainda apresentamos uma realidade bastante conhecida: o destino dos royalties recebidos por Macaé. Alvo de debates na esfera política, as deficiências do direcionamento destes recursos rebatem a imagem de progresso do setor petrolífero da região e são ratificadas por pesquisas divulgadas por técnicos da Universidade Cândido Mendes. Boa leitura!

Following market tendency, companies of the oil productive chain value the concepts of Safety, Environment and Health Quality (QHSE) more and more. Encouraged by Petrobras determinations, its strategies were redefined seeking for competitiveness. The first step is the restructuring where companies shall integrate all sectors and gather values to their profiles. Within this new scenery, where life quality presents new market rules, companies shall follow up the company maturing and provide their managers and employees conditions to walk hand in hand with the development and adding Social Responsibility and QHSE concepts to their routines. Mature society, conscious and responsible company. In the field of safety, the air logistics system is another subject in question. Due to the meaningful increase in offshore workers demand, important changes have been evaluated and adapted to the routine of the airport sector, such as obligations to Huet training (underwater helicopter escape training) and equipments and infrastructure improvement. Within this edition, you will be introduced to part of this universe and you will see the main changes of the quality sector, its characteristics and effects. In some cases, famous names already enjoy consistent results. And we further present a quite known reality: The royalties destination collected by Macaé. As a target of debates within the political realm, deficiencies due to resources investment refute the progress image of the oil sector in the region and they are confirmed by means of researches from technicians of Universidade Cândido Mendes. Enjoy your reading!

4 MACAÉ MACAÉ OFFSHORE OFFSHORE

A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngüe (Português / Inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807- Cajueiros Macaé/RJ CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Cajueiros Macaé RJ - CEP 27.916-000 - Tel/fax: (22) 2770-6605 Site: www.macaeoffshore.com.br

Direção Executiva: / Executive Directors: Alexandre Calomeni / Bruno Bancovsky Gianini Coelho Publicidade: / Advertising: Homero Sanchez / Wladmir Pereira comercial@macaeoffshore.com.br Edição Final: / Final Editing: Gianini Coelho Jornalistas Colaboradores: Journalists Collaborators: Érica Nascimento Mariana Finamore / MTB-26.945 Revisão: / Review: José Tarcísio Barbosa Diagramação: / Diagramming: Alexandre A. D. de Albuquerque arte@macaeoffshore.com.br Tradução em inglês: / English version: Primacy Translation Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás. To the oil and gas companies Assinatura: Subscriptions: (55) 22 2770-6605 / 2762-3201 assinatura@macaeoffshore.com.br

A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties


MACAÉ OFFSHORE

5


Índice / Contents

Especial / Special Huet: questão da obrigatoriedade esquenta o mercado

42

Huet: the requirement issue warms up the market 52

Foco Social / Social Focus

08

Notas 10 / Notes 12 Empresas e Negócios / Companies and Business Clinicar 14

/ Clinicar 15 Flir Systems 16 / Flir Systems 18 Aibel 20 / Aibel 21 C. E. Bellavista 22 / C. E. Bellavista 24

Qualidade Máxima: o caminho da excelência 34 Best Quality: moving towards excellence 38

Articulando / News & Views Petróleo e meio ambiente 26 Oil and environment 28

Entrevista / Interview Alexandre Quadrado 30 Alexandre Quadrado 32

6 MACAÉ MACAÉ OFFSHORE OFFSHORE

A mancha negra da má administração dos royaties em Macaé 60 Black spot of the royalties bad administration in Macaé 66


MACAÉ OFFSHORE

7


Foco Social

Social Focus

O que é responsabilidade social empresarial?

What is corporate social responsibility?

De acordo com o Instituto Ethos, “Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com o público com o qual ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais”.

According to the Ethos Institute “Corporate Social Responsibility is a management defined by an ethical and transparent relationship between the company and the public with corporate goals consistent with society sustainable development, protection of cultural and environmental resources for the next generations, respect for diversity and promotion of social differences reduction”.

Nos últimos tempos, houve um movimento cada vez maior de entidades e empresas no sentido de investir tempo, talento e recursos materiais para promover e executar atividades sistemáticas de apoio ao desenvolvimento social do país e pelo estímulo à cidadania participativa. Responsabilidade social, cidadania corporativa e investimento social privado são expressões que se tornaram corriqueiras no vocabulário das grandes corporações. A cidadania corporativa é parte fundamental do planejamento da empresa que pretende garantir seu futuro e sua reputação. Unir sua marca a um exercício de cidadania garante o sucesso das empresas que disputam posição no mercado globalizado atual. Portanto, não há espaço para o conceito “caridade”, que está associado ao assistencialismo. Os investidores sociais privados estão preocupados com os resultados obtidos, as transformações geradas e a cumplicidade da comunidade para o desenvolvimento da ação. A preocupação com o planejamento, monitoramento e avaliação dos projetos e ações são intrínsecos ao conceito de investimento social privado, sendo um dos elementos fundamentais na diferenciação entre essa prática e a filantropia tradicional. A Responsabilidade Social não se resume somente ao financiamento de projetos sociais. É uma atitude global que subentende relações fundamentadas na responsabilidade e na ética, em todas as dimensões e com todas as partes interessadas. Significa uma mudança da mentalidade empresarial e da própria natureza do negócio. A conseqüência é o ganho de sustentabilidade para a companhia, tornando-a um ativo de baixo risco e garantindo seu sucesso em longo prazo. Se almejamos um país melhor, Curitiba é um exemplo a seguir. Na viagem que fiz para lá, fiquei encantada. Uma cidade limpa, com diversos projetos de Responsabilidade Social e um lugar onde não há mendigos pelas ruas, pois estes encontraram meios de sobrevivência na arte, artesanato, guia turístico, entre outros. O que mais me chamou a atenção foram os outdoors espalhados pela cidade com a mensagem: “Não dê esmolas, dê oportunidades”. Então o lema é: “Não dê o peixe, ensine a pescar”.

Denise Fernandes

Presidente do Comitê de Responsabilidade Social da Pride do Brasil

8 8 MACAÉ OFFSHORE MACAÉ OFFSHORE

There has been an increasing effort on the part of entities and companies regarding time, talent and material resources invested in the promotion of systematic activities to support the nation’s social development and participative citizenship. Social responsibility, corporate citizenship, and private social investment are expressions that have become current vocabulary inside big corporations. Corporate citizenship is now part of any company basic plan to guarantee a future reputation. Trademark and Citizenship together boost up companies in the harshly competitive globalized market, rejecting the discredited concept of “charity”, nowadays associated to dependency. Social private investors are concerned with results and, the complicity of communities for the nation development. Planning, monitoring and assessment of projects are inherent parts of the private social investment concept and basic elements that differentiate the practice from traditional philanthropy. Social Responsibility not only finances social projects but reflects a global position characterized by relationships grounded on responsibility and ethics on the part of all participants, a new perspective for the old days corporate mentality and business itself. A low risk asset and a long-term success are the prizes securing sustainability to the company. Curitiba is an example of a better country that should be followed. I was amazed in my trip to see a clean city, with several Social Responsibility projects and no street beggars, who found their living in art, workmanship, tourism and other activities. Outdoors around town caught my attention with the message: “Don’t give money, give opportunities”. So the motto is: “Don’t give a man a fish, teach him how to fish”.

Denise Fernandes President of the do Social Responsibility Committee of Pride Brasil


MACAÉ OFFSHORE

9


Notas K.Lund firma contrato com Petrobras A K.Lund do Brasil firmou em abril, um contrato de dois anos com a Petrobras para o fornecimento de serviços de manutenção de guinchos de até 350 t. O acordo abrange manutenção preventiva e corretiva dos guinchos pull in e de ancoragem das plataformas P-32, P-33, P-35, P-37 e P-47 do Ativo de Marlin. Para a empresa, este é um marco importante, pois repete o sucesso que obtém no exterior, já que oferece os mesmos serviços na Noruega há mais de 100 anos para operadoras como Statoil e Norsk Hydro. Fundada em Macaé, em 2005, com o objetivo de fornecer compressores e secadores de ar para o mercado brasileiro offshore, a empresa também se destaca no serviço de locação de compressores de ar e equipamentos de içamento, como guinchos e talhas hidráulicos e pneumáticos.

Aggreko se consolida no fornecimento de energia A Clark, umas das líderes mundiais na fabricação de equipamentos de movimentação, comemora, em 2008, cinco décadas de atividades no Brasil e para marcar a data realizará diferentes ações ao longo deste ano, dentre elas a participação na Movimat, a maior feira do segmento de empilhadeiras no País. Instalada em Valinhos, no interior paulista, a empresa comercializa empilhadeiras a combustão interna e elétrica para todo Brasil. Desde sua entrada no mercado brasileiro, traz conceitos inovadores aos seus produtos, que possuem Certificações ISO 9001 e 14001. A Clark, adquirida pelo grupo coreano Young An em 2003, projeta um crescimento de 33% nas vendas para este ano.

A assinatura de um contrato no valor de R$ 10 milhões para fornecimento de 15 MW de energia para as plataformas da Bacia de Campos confirmou a Aggreko como a maior fornecedora de energia da Petrobras na região. A parceria, iniciada ano passado com o fornecimento de grupos de motogeradores para as plataformas da estatal na BC, já rende frutos para a Aggreko como a vitória em mais uma licitação para fornecimento de energia, agora, para o Campo de Jandaia (BA). Líder mundial no mercado de soluções temporárias de energia e controle de temperatura, a Aggreko está presente em mais de 100 localidades, em 29 países. Na América do Sul é a única no mercado capaz de fornecer soluções de energia em contêineres de 20’.

Inscrições abertas para o Prêmio Petrobras de SMS

Câmara estuda projeto de criação de Zona de Exportação em Macaé

As inscrições para o 9º Prêmio de SMS Bacia de Campos - Empresas Prestadoras de Serviços 2008, podem ser feitas até o dia 15 de agosto na Gerência de SMS da UN-BC. O objetivo é reconhecer o desempenho das empresas que se destacam no setor e incentivar a busca por melhorias em suas atividades. As empresas podem participar com apenas um contrato e serão avaliadas em quesitos como Planejamento e Liderança. Para se inscrever, as empresas devem possuir contrato vigente e ter prestado serviços à Petrobras na BC em 2007 por períodos acima de trinta dias em instalações onshore ou 14 dias nas offshore. O resultado da pré-seleção será divulgado até 24 de agosto.

A Câmara dos Deputados recebeu um projeto de lei que trata da criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na cidade de Macaé. O projeto, elaborado pelo deputado Sílvio Lopes (PSDB-RJ), consiste na geração de um distrito industrial para a instalação de empresas voltadas somente para o mercado externo, que operam em regimes fiscal, cambial e administrativo diferenciados das demais do país. A legislação prevê incentivos para tais áreas como isenção de impostos e contribuições federais, como o Imposto de Importação. Isso representaria “um poderoso estímulo para o desenvolvimento econômico e social da região”, diz o deputado.

Clark comemora 50 anos no Brasil

10

MACAÉ OFFSHORE


MACAÉ OFFSHORE

11


Notes Enter the SMS (Service Management System) Petrobras Award Entries to the 9th Campos Basin SMS Award – Ser-

The House of Representatives appraises a project to the creation of a Exportation Zone at Macaé

vice Rendering Companies 2008 can be submitted until

The House of Representatives received a bill , which

August 15 in the UN-BC (Business Unity of the Campos

handles with the creation of an Exportation Processing

Basin) SMS Management Department. The goal is to dis-

Zone (ZPE) at the city of Macaé. The project, prepared

close the performances of companies that stood out in

by the representative Silvio Lopes (PSDB-RJ), consists of

the sector and to stimulate the improvement of such ac-

the generation of an industrial district for the installation

tivities. Companies may submit just one contract, which

of companies dedicated solely to the foreign market, de-

will be assessed regarding matters such as Planning and

aling with taxation, exchange and management systems

Leadership. The contract has to be in force and represent

new in the country. The legislation foresees incentives to

services rendered to Petrobras in the Campos Basin in

areas such as taxes and federal contributions exemptions,

2007 for periods longer then thirty days on onshore fa-

namely, the Import Tax. It will be “a powerful economic

cilities, or more than 14 days on offshore facilities. The

and social stimulus to the region development”, says the

shortlist will be published before August 25.

representative.

Clark celebrates 50 years in Brazil

Aggreko confirms itself in energy supplying

Clark, a manufacturer world leader in

load handling

equipment celebrates, in 2008, five decades of activity in

A R$ 10 millions contract signed by Aggreko for the

Brazil with the performance of different actions to take pla-

supply of 15 MW of energy to the Campos Basin platforms

ce along the year, including the participation in Movimat,

has rendered the company the position of largest energy

the greatest forklift sector fair in Brazil. With headquarters in

Petrobras supplier in the region. The partnership, started

Valinhos, countryside of São Paulo, the company trades in-

last year with a motogenerators supply to the platforms

ternal and electric combustion forklifts in all the territory. In-

of the state company in the Campos Basin, made Aggreko

novation is the mark in products which have ISO 9001 and

already winner of another energy supply bidding, for the

14001 Certifications since its start in the Brazilian market.

Jandaia Field (BA). World leader in the market of tempo-

Clark, acquired by the Young An Korean group in 2003,

rary energy and temperature control solutions, Aggreko

expects a 33% growth in sales for the current year.

is present in more than 100 localities in 29 countries. In

K.Lund takes part in a contract with Petrobras K.Lund do Brasil took part in a 2 year contract with Petrobras in April, in order to provide hoist maintenance services of up to 350t. The contract includes preventive and corrective maintenance of pull in hoist and anchorage of platforms P-32, P-33, P-35, P-37 and P-47 of Ativo de Marlin (Marlin complex). It is an important record for the company, since it is also successful in Brazil, as it provides the same services in Norway more than 100 years for Statoil and Norsk Hydro. Founded in Macaé in 2005, with the purpose of seeking to provide compressors and air dryers for the offshore Brazilian market, the company is also marked by air compression and hoisting equipments renting services, such as hoists and hydraulic and pneumatic tackles. 12

MACAÉ OFFSHORE

South America, it is the only company dealing with energy solutions in 20’ containers.


MACAÉ OFFSHORE

13


Empresas e Negócios

Mais qualidade de vida e segurança para os trabalhadores Recentes estudos confirmam que doenças relacionadas ao fumo e aos distúrbios do sono diminuem a produtividade no trabalho. Na luta pela mudança deste quadro e pela conscientização de empresas e funcionários, a Clinicar vem desenvolvendo tratamentos específicos e se destacando na área médica da região

A

Clinicar, Clínica do Aparelho Respiratório, é pioneira em Macaé e há dois anos ministra tratamentos de combate ao fumo e aos distúrbios do sono. Consciente da carência destes serviços na região, o pneumologista Gleison Guimarães, que também trabalha no Centro de Pesquisas da UFRJ, montou a clínica com o objetivo de oferecer atendimentos especializados, como palestras e tratamentos para pessoas e empresas que queiram melhorar sua qualidade de vida e a de seus funcionários. A clínica conta com uma equipe multidisciplinar de médicos para fornecer todo o suporte aos pacientes, desde o psicológico ao medicamentoso. “Se uma pessoa não dorme bem, ela vai ter qualidade diurna ruim. Valorizamos a qualidade do sono para uma melhor qualidade de vida”. Foi com esta declaração que o Dr. Gleison definiu o motivo para a criação de um moderno laboratório do sono na Clinicar. Em torno de 40% dos adultos tem problemas de sono e os casos mais freqüentes são a insônia nas mulheres e a apnéia nos homens. Os trabalhadores das empresas offshore, segundo pesquisas, apresentam maior risco de distúrbios do sono se comparados com outros trabalhadores, especialmente por causa do trabalho em turnos. Nesse caso, os funcionários alteram o ciclo neuro-metabólico-hormonal do sono, quase sempre associado à privação do sono. Os resultados são sonolência, fadiga, cansaço e diminuição

14

MACAÉ OFFSHORE

Dr. Gleison é especializado em Pneumologia e Medicina do sono

do alerta, que juntos representam os fatores propícios para acidentes de trânsito e trabalho. Este fato ocasionou a criação da resolução 267 do Conselho Nacional de Trânsito, que entrou em vigor em fevereiro deste ano, propondo que o exame do sono, a polissonografia, seja realizada em motoristas de ônibus, carreta e caminhão (Categorias C, D e E). O pneumologista declara que para essa resolução chegar ao mercado offshore é apenas uma questão de tempo e “seria interessante que as empresas se antecipassem a esta legislação, contribuindo assim na prevenção de acidentes”. A Clinicar desenvolveu também uma promoção de tratamento para fumantes chamado CETRAT, Centro de Tratamento e Apoio ao Tabagista, com atendimentos individuais ou em grupos, oferecidos para as empresas. O CETRAT é composto pelo serviço de psicologia associado a um médico especialista no tratamento do tabagismo. O projeto se divide em três etapas: a primeira, de palestra e orientação; a segunda, de pesquisa de campo para identificar os fumantes e aqueles que desejam interromper este hábito; e a terceira, de apresentação dessa pesquisa e definição de ações para redução do tabaco na empresa. De acordo com o médico Gleison Guimarães, o êxito do tratamento pode chegar a 80%, mas lembra que para que isto aconteça, é necessário que a freqüência do paciente seja regular e que ele esteja realmente disposto a largar o fumo.


Companies and Business

More quality of life and safety to workers Recent researches have confirmed that illnesses related to smoking and sleep disorders decrease productivity at work. In an effort to change this picture and to make companies and employees aware, Clinicar has been developing specific treatments and is making a difference in the medical are of the region

C

linicar, Respiratory System Clinic, is a pioneer at Macaé and for two years has been administrating treatments to fight smoking and sleep disorders. Aware of the lack of such services in the region, the pneumologist Gleison Guimarães, who also works at the UFRJ Research Center, founded a clinic aiming at offering specialized service, such as lectures and treatments to people and companies wanting to improve their employees’ quality of life. The clinic relies on a multidiscipline medical staff offering patients not only medicine but psychological support also. “Lack of sleep means a bad daytime quality. A good night sleep means a better quality of life”. With this statement, Dr. Gleison justified the creation of a modern sleep research center at Clinicar. Around 40% of adults have problems to sleep and the most recurrent cases are insomnia for women and sleep apnea for men.

Clinicar also develops a treatment to stop smoking called CETRAT Smokers Treatment and Support Center (Centro de Tratamento e apoio ao Tabagista), with individual or group consultations offered to companies. The CETRAT tobacco smoking treatment is an association of a psychological service associated to specialized doctors. The project is divided in three steps: first, lectures and orientation; second, survey to identify smokers and potential ex-smokers and third, survey result presentation and relevant actions that may reduce the number of smokers in the company. According to Dr. Gleison Guimarães, the treatment may prove 80%, successful; however, he reminds, patients’ ought to be strong-willed and regular in the attendance.

According to researches, offshore companies workers are more inclined to present sleep disorders if compared to other workers, especially because of shift jobs, where employees have their neuro-metabolic-hormonal sleep cycle modified, associated usually, to lack of sleep and, which consequences are torpor, fatigue, exhaustion and deficit of attention. These factors prone to leading to traffic and work accidents, induced the creation of Resolution 267 by the National Traffic Council, effective since last February, proposing sleep tests and polysonographies for bus and truck drivers (Categories C, D e E). The pneumologist declares that it is just a matter of time before this resolution gets to the offshore market and “it would be interesting if companies run ahead the legislation in the prevention of accidents”. Offshore companies workers are more inclined to present sleep disorders if compared to other workers

MACAÉ OFFSHORE

15


Empresas e Negócios

GasFindIR detecta emissões de gases para garantir mais economia e segurança

Com a tecnologia da câmera GasFinderIR é possível detectar vazamentos de gases invisíveis a olho nu

Localizar vazamentos pontuais de hidrocarbonetos utilizando a nova tecnologia por Imageamento Óptico Infravermelho é a inovação nos procedimentos e normas LDAR (Leak Detection And Repair - Detecção e Reparo de Vazamentos) na indústria petroleira e petroquímica em todo o mundo

P

ara apresentar as vantagens dessa tecnologia, a Flir Systems, empresa líder em câmeras infravermelhas, apresentou no seu Seminário de Tecnologia para Controle de Emissões Atmosféricas - Petrotherm 2008, a nova câmera de radiação infravermelha: a GasFindIR. Com o tema “O que você não pode ver vale milhões”, o seminário teve por objetivo abrir novos mercados. Mas muito além de uma proposta comercial para as empresas interessadas no produto, o evento apresentou as vantagens do uso da câmera para a economia, a segurança e a proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador de uma empresa na indústria do petróleo .

16

MACAÉ OFFSHORE

A câmera é capaz de monitorar rapidamente grandes áreas e quilômetros de tubulação, sendo muito mais eficaz que os antigos métodos de monitoramento ponto-a-ponto com sniffers. Possibilita a visualização da fuga do gás e ainda opera com um gravador de vídeo portátil, além de favorecer a segurança do trabalhador, estando em conformidade com as exigências ambientais de entidades reguladoras. O uso do infravermelho no mercado brasileiro é recente, mas a eficácia dessa tecnologia fora do país é evidente. Somente a Petróleos Mexicanos (PEMEX) - um dos maiores clientes da Flir - em


três anos, adquiriu 75 câmeras GasfindIR, ficando à frente da Shell, com 30, e da Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), com cinco. A Petrobras, por exemplo, utiliza as câmeras infravermelhas para tarefas de manutenção preventiva e monitoramento em pontos onde é importante manter sob controle a temperatura. “Ela é a nossa maior cliente no Brasil e tem usado nossos equipamentos muito antes de a Flir se estabelecer no país. Esse trabalho iniciouse com uma câmera na unidade do Xisto (SIX) no Paraná”, explica o Diretor Geral da Flir Brasil, Fernando Lisboa. Com faturamento líquido anual de R$ 27 milhões, a Flir do Brasil é uma subsidiária da Flir Systems Inc. com matriz nos Estados Unidos e na Suécia. Ela é resultado da fusão das três maiores empresas do mundo no ramo de tecnologia termográfica: Flir Agema (Suécia) e Inframetrics (Boston, MA). Veio para o Brasil em 2005, intensificando sua relação comercial com o mercado latino-americano, por meio da implantação de uma unidade em Sorocaba (SP), fornecendo assistência técnica, calibração dos equipamento e serviços. “Estamos nos expandindo por meio de representantes e distribuidores, mas não vemos necessidade de construir filiais. Quanto à Bacia de Campos, em Macaé, muitos mostraram interesse na câmera, mas acho que ainda falta o estabelecimento de uma estratégia de controle de fugas de gás. O fato de não haver uma regulamentação específica no Brasil fez com que esse assunto ainda não prosperasse”, revela. Lisboa observa que é muito importante para qualquer empresa de química, petroquímica ou de petróleo, obter um programa sólido de gerenciamento e controle de emissões fugitivas. Isso, por várias razões como: preservação de meio ambiente, diminuição do efeito estufa que resulta no aquecimento global, perdas financeiras pela vazão do produto, saúde operacional, redução dos riscos de explosão, entre outras.

Para o diretor da Flir, o que justifica investimentos é a análise econômica. A câmera, assim como as outras da família GasfindIR, tem um custo baixo perto do que se perde com emissões fugitivas. Ela é apenas um componente dentro de um sistema mais abrangente desse programa, uma tecnologia superior ao que se tem feito até hoje. “A questão central é: qual o custo de não se ter um programa desses? Outros países estão mais à frente do Brasil, independentemente de haver uma regulamentação”, sinaliza. No Brasil, a Flir é responsável pelas áreas de marketing, vendas, importação e exportação, engenharia de aplicação, treinamento e assistência técnica. Atende a todo o mercado da América Latina (do México à Argentina) e o fato de estar no Brasil confere várias vantagens aos clientes daqui, pois atua de forma mais estreita com relação à engenharia de aplicação e treinamento. A Flir possui ainda o Infrared Training Center (ITC), o principal recurso educativo e de treinamento para profissionais de aplicações de câmeras infravermelhas. Oferece treinamento, certificação e recertificação em todos os aspectos do uso da termografia infravermelha. Desde certificações de Nível I, Nível II e Nível III em várias áreas de aplicação. Conforme explica, qualquer pessoa pode operar uma máquina após um curso de quatro dias e meio. A empresa é certificada pela ISO 9001 e pela Norma 18436 que determina como uma empresa de treinamento deve estar organizada. “O diferencial do ITC é que uma pessoa treinada aqui no Brasil poderá exercer a função de inspetor de termografia em qualquer nível e em qualquer país do mundo que aceite a norma. O treinamento é praticamente um negócio à parte. Nossos produtos, apesar de estarem cada vez mais simples e fáceis de operar, necessitam de um técnico com treinamento específico”, ressalta. O Petrotherm aconteceu no Rio de Janeiro e reuniu mais de 50 participantes, entre diretores e supervisores na área de SMS de diversas empresas do setor químico e petroquímico da América Latina e contou com palestras de: Tom Scanlon (Flir), Ricardo Pereira (ERM), Chris Patterson (Inspection Logic), Bob Benson (Flir), Eng. Terence Trefiak (Envirotech Engineering), Rob Raymer (Flir), Eng. Eduardo Morán (Flir), Maria Sanchéz (Reametrics).

Vice-presidente da Flir, Tom Scanlon e o gerente geral, Fernando Lisbôa

Para saber mais sobre a tecnologia da GasFindIR e sobre a Flir, acesse www.petrotherm2008.com ou www.flir.com.br. MACAÉ OFFSHORE

17


Companies and Business

GasFindIR chamber technology makes it possible to detect invisible gases leakage at naked eye

GasFindIR detects gas leakage to improve safety and safety Locating punctual hydrocarbon leakages using a new infrared optical imaging technology is the innovation in the procedures and standards LDAR (Leak Detection and Repair) in the oil and petrochemical industry worldwide

I

n order to present the advantages of this technology, Flir Systems, infrared chambers leading company, presented in its Seminar of Technology for Air Emission Control – Petrotherm 2008, a new infrared radiation chamber, GasFindIR. With the title “What you cannot see is worth millions”, the seminar intended to open new markets. More than a commercial proposal for companies interested in the product, the event presented advantages of the chamber use for economy, safety, environment protection and health of employees of oil industries.

18

MACAÉ OFFSHORE

The chamber is capable of monitoring big areas and piping kilometers quickly, much more efficient than old point-to-point monitoring methods with sniffers. It enables the view of gas escape and it still operates with a portable video recorder. Besides, it favors employees’ safety and it is in compliance with the environmental demands of regulating entities. The infrared use in the Brazilian market is recent, yet the effectiveness of this technology outside the country is noticeable. Petróleos Mexicanos (PEMEX) – one of the biggest clients of Flir - , within three years, got 75 GasfindIR cham-


bers, achieving a leading position before Shell, which has 30 and Petróleos de Venezuela, S.A. (PDVSA), which has five. Petrobras, for instance, uses infrared chambers for preventive and monitoring maintenance tasks in points where it is important to keep the temperature under control. “It is our biggest client in Brazil and it has used our equipments before Flir set up in the country. This work started with the chamber unit Xisto (SIX) in Paraná”, explains the General Manager of Flir Brasil, Fernando Lisboa. With a yearly net revenue of R$ 27 millions, Flir Brasil is an affiliate with Flir Systems Inc, with headquarters in the United States and one in Sweden. It is the result of the merger of three biggest world companies in the field of thermographic technology: Flir, Agema (Sweden) and Inframetrics (Boston, MA). It went to Brazil in 2005, intensifying its commercial relation with the Latin-American market, by means of implanting a unit in Sorocaba (SP), providing technical assistance, equipment calibration and services. “We are growing with representatives and distributors, yet we do not need to build branches. Concerning Campos Basin in Macaé, many companies got interested in the chamber, yet I still think there is a lack of defining a strategy of gas escape control. The fact that there is no specific regulation in Brazil made this issue not flourish”, he demonstrates. Lisboa remarks that it is very important for any chemical, petrochemical or oil company to obtain a solid program of managing and controlling escaping emissions. For many reasons, such as: Environmental preservation; decrease of greenhouse effect, which has global heating, financing loss due to product leakage, operational health, explosion risks reduction and others as consequences. According to the manager of Flir, what justifies investments is the economic analysis. The chamber, as well as others of the GasfindIR sort, has low cost comparing to what is lost due to escaping emissions. It is the only component inside a spanning system of this program, a superior technology comparing to what has been used nowadays. “The main issue is: which is the cost of not having a program like this?” Other countries are ahead of Brazil, not matter which regulations they have”, he states.

Fernando Lisboa, General Manager of Flir

In Brazil, Flir is responsible for the fields of marketing, sales, import and export, application engineering, training and technical assistance. It supplies the whole Latin American market (from Mexico to Argentina). The fact that it is in Brazil confers several advantages to the clients from there because it acts more strictly concerning application and training engineering. Flir still has the Infrared Training Center (ITC) – the main teaching and training resource for professionals of infrared chambers applications. It offers training, certification and recertification in all aspects of use of the infrared thermography. It provides Level I, Level II and Level III certifications in several application fields. According to what he explains, any person may operate a machine after a course of four days and half. The company is certified by ISO 90001 and Standard 18436, which establishes how a training company shall be organized. “The ITC main difference is that a person trained here in Brazil may work with the title of thermographic inspector in any level and in any country that accepts such norm in the world”. The training is practically another business. Our products, despite of becoming simpler and easier to operate, need a specific technician and training”, he emphasizes. Petrotherm took place in Rio de Janeiro and gathered more than 50 participants, amongst managers and supervisors in HSE of several companies of the chemical and petrochemical sector in Latin America and counted with seminars by: Tom Scanlon (Flir), Ricardo Pereira (ERM), Chris Patterson (Inspection Logic), Bob Benson (Flir), Eng. Terence Trefiak (Envirotech Engineering), Rob Raymer (Flir), Eng. Eduardo Morán (Flir), Maria Sanchéz (Reametrics). In order to know about GasFindIR technology and Flir, please access: www.petrotherm2008.com or www.flir.com.br. MACAÉ OFFSHORE

19


Empresas e Negócios

Envolvimento com as pessoas e o meio ambiente A Aibel Óleo e Gás reconhece que é responsabilidade dos gestores cuidar das áreas degradadas ao redor das empresas, promovendo uma melhoria de vida das comunidades do seu entorno

A

s alterações climáticas em todo o mundo já começam a ser percebidas nitidamente por todos. Em nossa atmosfera estão imensas quantidades de dióxido de carbono, metano e outros gases que tornam a camada que retém o calor mais espessa. Isso intensifica o efeito estufa. É necessário que seja feito algo em benefício do planeta já, para que as gerações futuras tenham qualidade de vida. As soluções devem vir das pessoas, que podem desenvolver varias ações, entre elas, o replantio de árvores.

Em maio, a Aibel iniciou o replantio em sua propriedade. Duzentas mudas originárias da Mata Atlântica, entre elas Ipê, Olho de Dragão, Acerola, Tangerina, Algodoeiro, Angico Vermelho e Pau Brasil estão sendo replantadas numa área que possui uma extensão de 200 metros. “Através do replantio recuperamos um pouco do ecossistema que foi destruído e ajudamos no futuro a equilibrar o meio ambiente de Macaé” – afirmou o diretor de Operações, Sebastião Gomes, durante um evento que reuniu colaboradores da Aibel e seus familiares para iniciar o replantio. O projeto de replantio está associado a um Programa de Educação Ambiental e Coleta Seletiva com todos os funcionários, onde o dinheiro arrecadado com o material destinado à reciclagem será para aquisição e o plantio de novas mudas.

Ferramenta de inclusão social Além da preocupação com o meio ambiente, existe a responsabilidade com as pessoas. A Aibel Óleo e Gás é 20

MACAÉ OFFSHORE

Funcionários e familiares unidos na preservação do meio ambiente

pioneira em Macaé com um projeto voltado para reabilitação profissional de trabalhadores afastados pelo INSS por acidente ou doença do trabalho. Melhorar a auto-estima das pessoas e as inserir novamente no mercado de trabalho é o principal foco do projeto. Bem como produzir e fornecer mão de obra requalificada para inserção no mercado de trabalho, respeitando o previsto na legislação vigente - Lei de Cotas - fomentado a inclusão social, com saúde, segurança e responsabilidade social. Atualmente, nove pessoas estão participando do projeto Reabilitando Vidas desenvolvido pela Aibel, e não são necessariamente do quadro de funcionários próprios da empresa. Montadores de andaimes, assistente de serviços gerais, operadores de máquinas que não podem mais atuar em suas funções por problemas de saúde passam pelo processo de reabilitação na Aibel e depois podem trabalhar como auxiliares administrativos, recepcionistas e auxiliares de serviços gerais etc. Com a reabilitação esses profissionais podem ser empregados na Aibel ou em outras empresas, que queiram aproveitar esses talentos. O principal reconhecimento do trabalho da Aibel vem justamente do Centro de Reabilitação Profissional do INSS/Previdência Social de Macaé. “A Aibel é uma empresa parceira de verdade, faz nosso trabalho acontecer”, diz a assistente social do INSS, Martha Almeida.


Companies and Business

Taking care of people and environment Aibel Óleo and Gas recognizes that is the managers’ responsibility to take care of the areas degraded around of the companies, promoting an improvement of the communities’ life of yours spills

T

he climatic changes all over the world already begin to be noticed sharply by all. In our atmosphere there are large amounts of carbon dioxide, methane and other gasses that turn the layer that keeps the thickest heat. That intensifies the greenhouse effect. Aibel develops recovery programs in the area that surrounds its basis in Macaé

It is necessary that something is made now in benefit of the planet, so that the future generations have life quality. The solutions should come from the people that can develop different actions; some of them should be planting of trees. In May, Aibel began the planting in its property. Two hundred original seedlings of the Atlantic forest, some of them Ipê, Eye of Dragon, Acerola, Tangerine, Cotton plant, Angico Vermelho and Pau Brasil are being replanted in an extension of 200 meters area. “Through the planting we recovered a little of the ecosystem that was destroyed and we helped in the future to balance the environment of Macaé”. Says the Operations Director Sebastião Gomes, during an event that joined Aibel´s employees and their families to begin planting. The planting project is associated with a Program of Environmental Education and Selective Collection with all of the employees, where the money collected with the material destined to the recycling will be for acquisition and new seedlings planting.

Social inclusion tool Besides the concern with the environment, there’s the responsibility with the people. Aibel Óleo and Gas is pioneering in Macaé with a project directed to workers’ professio-

nal rehabilitation moved away by WELFARE DEPARTMENT by accident or work disease. To improve the people’s self-esteem and inserting again in the job market is the main focus of the project. As well as to produce and to supply qualified labour for introduce in the job market, respecting what is foreseen in the effective legislation - Law of Quotas - fomented the social inclusion, with health, safety and social responsibility. Nowadays, nine people are participating in the project Rehabilitating Lives developed by Aibel, and they are not necessarily its own employees. Scaffolds’ assemblers, roustabouts, operators of machines that cannot act in their functions for health problems pass for the rehabilitation process in Aibel and then they can work as administrative assistances, receptionists and roustabouts, etc. With the rehabilitation those professionals can be hired in Aibel or in other companies, which want to take advantage from those talents. The main recognition of the Aibel’s work comes exactly from the Center of Professional Rehabilitation of WELFARE DEPARTMENT / Macaé’s Social welfare. “Aibel is a truth partner company, it makes our work done”, says WELFARE DEPARTMENT’S social worker, Martha Almeida. MACAÉ OFFSHORE

21


Empresas e Negócios

Uma das grandes vantagens do centro empresarial é a proximidade com Parque de Tubos, onde está concentrada a maioria das empresas

Oportunidade para expansão de negócios em Macaé Centro Empresarial Bellavista oferece vantagens para empresas se instalarem na Bacia de Campos

C

onseguir em tempo hábil uma área, com infra-estrutura e espaço adequados, além da agilidade no processo de documentação e com as licenças de instalação necessárias, é o que buscam as empresas que querem se instalar em Macaé. O Centro Empresarial Bellavista favorece a concentração dessas empresas em um só ponto na cidade, o que beneficia o crescimento ordenado e sustentável, evitando danos ao desenvolvimento urbano e ao meio ambiente.

22

MACAÉ OFFSHORE

Localizado no bairro Imboassica, a 600 metros do Parque de Tubos da Petrobras e onde se concentra a maioria das empresas instaladas no município, o Centro Empresarial possui uma área total de 700 mil metros quadrados, o que possibilita uma adequação às necessidades de cada empresa. Suas áreas variam de cinco mil a 200 mil metros quadrados, prontas para construir, com infra-estrutura de terraplenagem da área, energia elétrica, drenagem pluvial e acesso pavimentado com asfalto.


O Centro fica situado no perímetro urbano, com inscrição do IPTU, licença de instalação concedida pela Feema e outorga do Rio Imboassica, no município de Macaé, pela Agência Nacional de Águas. Possui ainda cerca de 40 mil metros quadrados de área verde, num projeto que se diferencia pela qualidade, planejamento e linha de transporte coletivo. Responsável pelo condomínio, Antônio Carlos Ferreira Pinto diz que o sucesso desse empreendimento tem como referência mais de dez empresas que já ocupam uma área de 170 mil metros quadrados, entre elas a Eurobras Business Center, MI-Swaco do Brasil Ltda., Smith Internacional do Brasil Ltda., Intertank Industrial Com. Serviços Ltda., CCC, Arc Test Serviços Técnicos de Inspeção, Confranza Construtora Ltda., Core Technical Servicer do Brasil Ltda., FireTech Sistema de Combate a Incêndio e Icsel Industrial Services. “O projeto está voltado para receber todo tipo de empresa”, frisou Antônio Carlos. A Intertank adquiriu uma área de 35 mil metros quadrados, visando a substituir o atual terminal situado no bairro Novo Cavaleiros que já não suporta sua demanda. Segundo o diretor da empresa, Carlos Miranda, o fator que o levou a optar pela área no Bellavista foi a garantia do IBAMA, proximidade com o Parque de Tubos, procedência inquestionável da documentação e a seriedade dos vendedores. “Fomos atendidos em todas as nossas demandas técnicas, como na negociação da flexibilidade do prazo para pagamento. Seus terrenos são grandes, o que ajuda muito no tráfego interno de carretas e automóveis e, em resumo, o empreendimento é de bom nível, muito bem localizado e livre de ‘surpresas’”, destaca Miranda.

Antônio Carlos Ferreira Pinto, proprietário do empreendimento

A empresa Smith Internacional observa a área como promissora para seu crescimento. Ela adquiriu uma área de 40 mil metros quadrados, onde construirá uma base de operações para duas divisões: Smith Services & Smith Technologies. Num primeiro módulo, serão feitos um pátio e dois galpões; no segundo, um edifício administrativo; e no terceiro, um galpão para limpeza de tubulares. “A disponibilidade de grandes áreas foi um dos fatores que levaram a Smith a comprar o terreno. A área possui zoneamento que permite instalação de manufaturas e possibilidade de compra de mais terrenos para futuras expansões, uma vez que o negócio de Óleo & Gás segue crescendo”, sinaliza o gerente da empresa no Brasil, Fernando Zuliani. Esta foi a mesma razão que levou a MI-Swaco do Brasil Ltda. – empresa atuante na área de fluidos de perfuração e gerenciamento de resíduos – a adquirir 20 mil metros quadrados do empreendimento. “Temos um projeto para implantação de uma base de operação, utilizando os mais recentes modelos de construção nessa área. Outra vantagem que nos levou a investir no Bellavista foi a agilidade na negociação e por se tratar de um empreendimento novo, que vai agregar várias empresas do setor”, afirma o gerente comercial, Zilmar Unikowski. MACAÉ OFFSHORE

23


Companies and Business

Opportunity to expand business in Macaé Enterprise Center Bellavista (Centro Empresarial Bellavista) offers advantages for companies to settle in Campos Basin

The enterprise center provides the whole infrastructure necessary for companies’ development

C

ompanies that would like to settle in Macaé seek to reach an area with infrastructure and adequate space within a reasonable time, besides increase the speed in the documentation process and with essential setting up licenses. Enterprise Center Bellavista helps these companies concentrate on just one point in the city, which improves the ordered and sustainable growth, avoiding damages to the urban development and environment.

24

MACAÉ OFFSHORE

Located in the district of Imboassica, 600 meters from the pipeline complex of Petrobras (“parque de tubos”) and where most of the companies settled in the city are. Enterprise Center has a total area of 700 thousand square meters, which enables companies to be adequate with the needs. Its areas vary from five thousand to 200 thousand square meters ready to build with infrastructure of the area earthworks, electrical energy, pluvial draining and entrance paved with asphalt. The Center is located in an urban perimeter, enrolled in IPTU (real estate tax), installation licen-


One of the greatest advantages of the enterprise center is that it is close to the Pipelines Complex (Parques de Tubos), where most companies are located

se granted by Feema (Rio de Janeiro State Environmental Foundation) and grant from Rio Imboassica, in the city of Macaé by National Water Agency (ANA). It has 4 thousand square meters of green area, a project whose difference lays on its quality, planning and collective transport line. Responsible for the condominium, Antônio Carlos Ferreira says that this enterprise success is more than ten companies that occupies an area of 170 thousand square meters, including Eurobras Business Center, MI-Swaco do Brasil Ltda., Smith Internacional do Brasil Ltda., Intertank Industrial Com. Serviços Ltda., CCC, Arc Test Serviços Técnicos de Inspeção, Confranza Construtora Ltda., Core Technical Servicer do Brasil Ltda., Teponi Equipamentos Contra Incêndio e Icsel Industrial Services. “The project is focused on receiving all sorts of companies”, highlighted Ferreira. Intertank acquired an area of 35 thousand square meters, seeking to substitute the current terminal in the district of Novo Cavaleiros, which does not stand its demand. According to the company director, Carlos Miranda, the factor that induced them Fernando Zuliani, Manager of Smith Internacional do Brasil

to choose the area in Bellavista was IBAMA warranty, close to the pipelines complex, documentation unquestionable origin and salespersons’ earnestness. “We were met in all our technical demands, as well as in the negotiation of deadline flexibility for payment. Its land is big, which helps with the internal traffic of wagons and cars a lot. In a nutshell, the high profile enterprise, well located and safe”, Miranda highlights. Smith Internacional considers the area to be promising for its growth. It acquired an area of 40 thousand square meters, where an operation basis will be set up for two sections: Smith Services & Smith Technologies. Within the first step, the yard and two warehouses will be built; whereas in the second one, an administrative building; thirdly, the warehouse for pipeline cleaning. “The availability of big areas was one of the factors that encouraged Smith to buy a piece of land. The area is divided into zones, which allows the manufacture installation and the possibility of purchasing more pieces of land for future expansions, considering that the Oil & Gas business has grown”, highlights the manager of the company in Brazil, Fernando Zuliani. This is the same reason that encouraged MI-Swaco do Brasil Ltda. - company in the field of drilling fluids and waste management – to obtain 20 thousand square meters of the enterprise. “We have a project to implant an operation basis, using the most recent construction models in this area. Another advantage that made us invest in Bellavista was the negotiation nimbleness and, especially due to the fact that it is a new enterprise, where it will gather several people in the sector”, affirms the commercial manager, Zilmar Unikowski. MACAÉ OFFSHORE

25


Articulando

Articulando

Petróleo e meio ambiente

C

om a descoberta de novas e promissoras bacias de petróleo, em breve terá início um mutirão de obras para a construção de plataformas, portos e outras unidades. Tais obras demandarão um enorme orçamento para a realização de estudos e projetos preliminares, obtenção de licenças ambientais, implantação de gestão integrada em segurança, saúde e meio ambiente e tantos outros. A dificuldade na implantação dos controles fica ampliada pela contratação de terceirizadas, quarteirizadas e outras formas de prestação de serviços. Administrar o quadro próprio de empregados é trivial. Complexo é induzir a mentalidade da segurança em trabalhadores com baixo nível cultural, mal remunerados e na maioria das vezes oriundos de diversos segmentos (a exemplo da agricultura) que não o industrial. Desde 1997, encontra-se em vigência a Norma Regulamentadora n° 29 do Ministério do Trabalho que trata da segurança e saúde no trabalho portuário. A questão ambiental de uma unidade de produção de petróleo e seus derivados tem início com a escolha do local. Estudos preliminares devem levantar a direção e a velocidade dos ventos, ocorrência de fenômenos sísmicos, comportamento das marés e tantas outras variáveis que podem interferir num eventual acidente. Também devem ser realizados estudos prévios do leito marinho e de sua profundidade, bem como do comportamento das correntes marinhas. Em razão da extração de petróleo em águas cada vez mais profundas, as construções têm evoluído bastante em questão de robustez. Quando já em atividade, no caso de uma plataforma offshore, o esgoto produzido é tratado quimicamente, e o lixo é retirado por empresas especializadas, ao invés de ser simplesmente queimado. Tais medidas têm minimizado os impactos ao meio ambiente marinho. A extração e o refino do petróleo pressupõem eventuais emissões fugitivas, especialmente de hidrocarbonetos, que, além de trazer transtornos à saúde do trabalhador, são poluentes por excelência e ainda carregam consigo o perigo da explosividade, colocando em risco vidas humanas e bens materiais. No ambiente marinho, além da contaminação oriunda da atividade portuária, temos os acidentes com derramamentos, emissários sub-

26

MACAÉ OFFSHORE

marinos, extração do petróleo, fluidos da perfuração etc. Os efeitos ao ecossistema variam de extensão segundo o clima reinante, densidade populacional, vazão do derrame, concentração e dispersão do poluente. Investir na proteção ambiental, mais do que politicamente correto, é a certeza de retorno nos negócios. Esta preocupação não deve existir somente para cumprir a lei, mas para ser utilizada como instrumento de conquista dos clientes, mediante forte apelo ambiental. É óbvio que a maioria das pequenas empresas não está preocupada com tais questões, entretanto, em breve, as grandes corporações vão comprar somente de clientes com evidenciada responsabilidade ambiental. Estão se tornando modismo a utilização de papel reciclado, de tinta recuperada e de água de reuso, bem como a substituição de descartáveis por não descartáveis. No futuro, nenhuma empresa tomará recursos de qualquer banco ou órgão do governo se não estiver em dia com as exigências ambientais. Como o crédito para investimentos somente é deferido após análise do EIA / RIMA (Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto do Meio Ambiente), nenhuma instituição patrocinará obra que agrida o meio ambiente. Resumindo, a empresa contemporânea não pode se furtar a observar a questão ambiental por quatro motivos básicos: • Seu cliente interno, composto por empregados e acionistas, experimentará bem-estar numa empresa ambientalmente responsável, condição que resultará em aumento na produtividade. Por outro lado, experimentar-se-á também uma redução do custo de produção em razão da quantidade menor de rejeitos, além da receita que pode ser obtida com a venda de resíduos. • Seu cliente externo terá motivação para comprar e novos clientes se agregarão sob o mesmo pretexto ambiental, incrementando o volume de vendas. • A comunidade local reconhecerá a preocupação da empresa e a terá no mais alto conceito como responsável sob o ponto de vista ambiental, inclusive incorporando uma referência positiva junto à imprensa pelo atendimento à legislação ambiental, preservando o meio ambiente para as próximas gerações. • O negócio se fortalecerá pela preservação do patrimônio, evitando o passivo ambiental, além da facilitação na obtenção de linhas de crédito de instituições bancárias e órgãos governamentais.

Antonio Carlos Vendrame é engenheiro de Segurança do Trabalho, mestre em Química Ambiental e Ecotoxicologia e Perito da Justiça do Trabalho, Justiça Cível e Justiça Federal. Entre outras atividades, ele também é representante da América Latina na 10th International Conference on Hand-Arm Vibration - Las Vegas - Nevada, 2004 e 3rd International Conference on Whole-Body Vibration Injuries - Nancy - France, 2005.


MACAÉ OFFSHORE

27


News & Views

News & Views

Oil and environment

A

fter the discovery of new and promising oil basins, cooperative works for the construction of platforms, ports and other units will start soon. Such works will demand a huge budget for the development of preliminary studies and projects, acquisition of environmental licenses, implementation of an integrated management of health, safety and environment and so on. The difficulty in implementing the controls increases due to outsourced companies, outsourcing management companies and other service providers. It is extremely hard inducing safety thoughts to low-level and badly paid employees and that generally come from segments other than the industrial one (for example, agriculture). Since 1997, Regulatory Standard Number 29 of the Department of Labor which involves the occupational health and safety is in force. Previous studies must provide the wind speed and direction, the occurrence of seismic phenomena events, tide behavior and other variables that may influence possible accidents. Previous studies of sea milk and its depth must also be performed, as well as water current behavior. Due to oil extraction in deep waters, construction methods have developed a lot in terms of strength. Such procedures have decreased marine environment impacts. The oil extraction and refining require possible fugitive emissions, particularly hydrocarbon, besides causing employees’ health problems, they are highly pollutants and also explosive, and posing risk to human beings and material assets. In marine environment, in addition to the contamination resulting from port activity, there are also spillage accidents, sea outfalls, oil extraction, drilling fluid etc. The ecosystem effects vary from extension

according to prevailing weather, population density, spill flow, pollutant concentration and dispersion. Investing in environmental protection, more than politically correct, is the certainty of profits for your business. Not only must this concern comply with law, but also to be used as way to win clients over, by means of strong environmental appeal. It is evident that most part of small companies are not worried about such issues, however, big companies will only buy from clients with evident environmental responsibility. The use of recycled paper, recycled paint and water reuse, as well as the replacement of disposable products for non-disposable ones, are becoming fashionable. In the future, no companies will be granted loans from any bank or government department if they do not comply with environmental requirements. Since investment credits are only granted after the analysis of EIA / RIMA (Environmental Impact Assessment / Environmental Impact Report), no institution will sponsor any work that may affect the environment. In short, a contemporary company may not disregard the environmental issue due to four main reasons: • Its internal clients, including employees and shareholders, will benefit from welfare actions in a company that has environmental responsibility, which may result in the increase of productivity. On the other hand, there will also be a decrease in the production cost due to small quantity of waste, in addition to income that may be earned with waste sale. • Its external client will have motivation in buying and new clients will join under the same environmental issue, increasing the sale volume. • The local community will recognize the company’s concern and will regard it as a reputable company in terms of environmental protection, including the incorporation of positive references in the media for the compliance with the environmental legislation and the environment preservation for future generations. • Business will improve by means of property preservation, avoiding environmental liabilities, besides facilitating the obtaining of credit lines at bank institutions and governmental bodies.

Antonio Carlos Vendrame

is an Occupational Safety Engineering,

master in Environmental Chemistry and Ecotoxicology and Labor, Civil and Federal Law Expert. Among other activities, he is also the Latin America’s representative in 10th International Conference on Hand-Arm Vibration - Las Vegas - Nevada, 2004, 3rd International Conference on Whole-Body Vibration Injuries - Nancy - France, 2005.

28

MACAÉ OFFSHORE


MACAÉ OFFSHORE

29


Entrevista Alexandre Quadrado Instalada no Brasil desde 2002, a Wood Group é uma empresa internacional de serviços na área de engenharia, apoio à produção, gerenciamento de manutenção e reparos de turbinas industriais a gás junto aos setores de gás e petróleo. Formado em Engenharia Civil, com especialização na área de petróleo e foco em perfuração de poços, Alexandre Quadrado, Diretor – Presidente da WG, diz que a empresa está focada no apoio às operações que vão dar entrada no Brasil em um mercado promissor e pouco explorado na área de serviços de manutenção preditiva e de confiabilidade Macaé Offshore: A Wood Group possui três divisões de negócios. Como funcionam? Alexandre Quadrado: São elas: Instalações de Engenharia e Produção, considerada a mais forte por ter uma abrangência completa, partindo da solução do projeto básico do cliente até a construção, operação e manutenção; Serviços de Manutenção de Turbinas a Gás, que leva a Wood a ser a maior empresa independente de atuação nessa área; além de Suporte a Poços, em que temos a fabricação de cabeças de poço, de equipamentos de controle de pressão, de válvulas, de bomba eletrossubmersível e serviços de perfilagem. Assim, temos condições de atender às necessidades do cliente da área de energia.

MO: Dentro dessas divisões, quais os serviços de atuação no Brasil? AQ: Atuamos em Soluções em Engenharia, Comissionamento de Plantas de Processo e Facilidades, Start Up, Operação Assistida e Manutenção da Planta. Mas podemos dizer que o Comissionamento e Manutenção são áreas que estamos olhando com atenção, por ser um mercado interessante e promissor no qual a WG tem um diferencial grande a oferecer para seus clientes.

MO: Em que consiste o serviço de Comissionamento e qual a experiência da WG nessa área? AQ: O Comissionamento é um serviço que vai dar garantia de funcionamento ao equipamento antes da planta entrar em operação. Já o trouxemos para o Brasil dando suporte no projeto de Piranema, um FPSO monocoluna afretado para a Petrobras, na costa de Aracaju, muito interessante por ser pioneiro no mundo e que já está operando. Recentemente, também oferecemos suporte a uma outra empresa que já está operando no Brasil, a Teekay-Petrojarl, que afretou o FPSO na Cidade de Rio das Ostras. Há outras duas entrando em operação, uma no Mar do Norte e uma quarta sendo construída para o Golfo do México, além de outros contratos. 30

MACAÉ OFFSHORE


MO: Qual o diferencial dos serviços oferecidos pela Wood? AQ: Fazer nosso cliente lembrar que somos uma empresa que excede suas expectativas, entregando soluções com agilidade, qualidade e segurança. Outro diferencial é que possuímos fortes empresas de engenharia no grupo, como a Mustang - que trabalha com engenharia desde Upstream ao Downstream, além de projetos de refinarias e construção de plataformas de produção - e a Alliance Engineering. Temos mais de 100 empresas em diversas áreas e pontos do mundo, o que nos permite ter condições de trazer uma solução de fora para o cliente daqui.

MO: A empresa encontrou dificuldade na contratação da mão-de-obra na Bacia de Campos? AQ: A mão-de-obra no Brasil e, particularmente, em Macaé tem sido um desafio para o nosso crescimento. É cada vez mais difícil encontrar pessoal com a característica técnica necessária na região e estamos buscando profissionais em outras indústrias. Esse problema seria resolvido se tivéssemos uma grande mobilização em nível de país para encontrar uma maneira de formar mão-de-obra. Esse pode ser o grande gargalo do desenvolvimento do Brasil.

MO: Para contratação de funcionários, qual a política adotada pela WG? AQ: Atualmente temos 25 mil empregados no mundo. No Brasil são 250 e a maioria dessa mão-de-obra é local. Selecionamos pessoas analisando duas características básicas: comportamento e conhecimento, nessa ordem. Para ser funcionário da Wood, optamos pelo perfil que esteja alinhado com o mercado e que se preocupe com sua formação e seu desenvolvimento, não visando apenas ao salário. Encontrar um candidato que também apresente um comportamento ideal é um grande desafio, pois seu currículo não especifica se tem caráter, transparência, integridade, respeito pelos colegas, coerência, bom senso, persistência e vontade de crescer no grupo.

A Wood Group está presente em 46 países, com uma receita anual de 4,4 bilhões de dólares

MO: A empresa investe em programas de treinamentos e faz convênios ou intercâmbios com instituições? AQ: A WG trabalha sempre se preocupando em trazer Trainees. Temos um programa de nível mundial para este público, voltado para o treinamento de pessoas que possuam potencial, com o objetivo de fazer delas futuros gerentes e diretores. Temos parcerias com o CEFET e universidades locais e, dependendo da necessidade, ajudamos o funcionário na sua formação.

MO: Como funciona a política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e Responsabilidade Social (RS) da WG? AQ: Temos um foco grande na gestão de SMS e queremos ser referência. A questão de RS está incluída nessa área. Existe uma política de SMS a nível mundial que nos dá a diretriz global de como o grupo deve atuar. Ela é distribuída para os 46 países, traduzida e a adaptada para as questões locais, tendo a certeza de que todos os empregados a compreendam e de que o presidente da empresa no país de atuação garanta que seja aplicada e cumprida. Todos os funcionários da WG são treinados em requisitos de segurança.

MO: Quais são os projetos que a empresa desenvolve nessa área? AQ: Onde a Wood atua, acaba por influenciar o seu entorno e, além de trabalhar, gerar serviços e entregar produtos para seus clientes, há preocupação em tratar dessa questão social, com programas, parcerias com instituições e promovendo campanhas. Parte dos lucros deve ser direcionada para isso. Hoje, por exemplo, temos na área operacional de cinco a 10 jovens de uma parceria que fizemos com o governo de Rio das Ostras.

MO: Qual a projeção de investimentos da Wood na Bacia de Campos? AQ: Investimos em Instalação, Pessoal - que é contínuo - e Equipamentos. Alugamos um prédio, pois antes funcionávamos na área operacional, e na nova instalação reunimos o pessoal administrativo e de engenharia. Investimos em um grupo de alpinistas que possuímos, o que facilita alguns serviços em plataformas e refinarias. Levamos alguns deles para que fossem certificados pela associação internacional IRATA, para que treinem outras pessoas. E Equipamento, é algo que estamos começando a observar, pois tem a ver com o mercado de comissionamento.

MO: Se a empresa tivesse que apostar no futuro, qual seria esta aposta? AQ: A idéia é crescer. Já é realidade trabalhar fora de Macaé. Temos operação em Aracaju, no projeto de Piranema, e operação de manutenção de turbina em Porto Velho e Manaus. Diante do potencial de crescimento no Brasil, nossa aposta é continuar buscando esses mercados e entregar nossos serviços de forma diferenciada. O desafio é mostrar para nossos clientes que existe uma melhor maneira de fazer contratos sem focar no volume e menor custo do trabalho, e sim, centrar no resultado e no valor que ela agrega ao negócio. MACAÉ OFFSHORE

31


Interview Alexandre Quadrado Wood Group is an international company settled in Brazil since 2002, which provides a range of engineering services such as production support, maintenance management and industrial gas turbine overhaul and repair, to the oil and gas industries. Alexandre Quadrado, WG CEO and a Civil Engineer with a specialization in the oil area and focus on well drilling, says that the company is now concentrated on support to the operations to be introduced in Brazil, a promising and under explored market in the proactive maintenance area and trustability Macaé Offshore: Wood Group is divided in three business sectors. How do they work? Alexandre Quadrado: The Engineering and Production Facilities, with a complete scope of productivity, is considered the company pillar, covering from the customer basic project solution to the construction, operation and maintenance aspects; the Gas Turbine Maintenance Services, rocketing Wood to the position of largest independent company operating in this market; and the Well Support, where wellheads and pressure, valve and submersible vaporizer control equipment are manufactured, and log services are available. We promptly meet customers’ needs in the energy area.

MO: Within such divisions, what are the operating services planned for Brazil? AQ: We operate in Engineering Solutions for Plants namely, Process and Facilities Comissioning, Start Up, Operation-Aided and Maintenance systems; but Commissioning and Maintenance are the priority areas we are carefully observing as they are an interesting and promising market WG will make the difference before the customer.

MO: What is the Commissioning Service and what is WG experience in this area? AQ: Commissioning provides operation warranties to equipment before the start of plant operations. It 32

MACAÉ OFFSHORE

had been in Brazil before offering support to the Piranema Project, a monocolumn FPSO chartered by Petrobras, in the Aracaju coast, an interesting and unprecedented service worldwide. We have also offered support to other company now operating in Brazil, the Teekay-Petrojarl, which chartered the FPSO in the city of Rio das Ostras. There are other two platforms starting operations, one in the North Sea and another in construction in the Gulf of Mexico, let alone other contracts.

MO: How does Wood make the difference? AQ: Reminding our customers that our company will exceed their expectations providing quick, safe and quality solutions. Another real difference is that we have large engineering companies in the group, such as Mustang, providing engineering works from Upstream to Downstream, and refinery projects as well as production platform constructions - and Alliance Engineering. We are associated to more than 100 companies in distinct areas and places around the world, providing a pool of solutions to the local customer.

MO: Did the company face any difficulties in hiring workforce for Campos Basin? AQ: The workforce in Brazil, and especially in Macaé, has been a challenge to our development. It has been a difficult task finding professionals with the necessary technical level for the area; we are also seeking pro-


fessionals in other industries. A solution to the problem would be a national mobilization in order to qualify the workforce in general. This could be perhaps the greatest bottleneck hindering development in Brazil.

MO: What is the policy adopted by WG for hiring employees? AQ: Today, we have 25 thousand employees all over the world. There are two hundred and fifty employees in Brazil consisted mostly of local workman force. We recruit people by the analysis of two basic characteristics: first, behavior, and then knowledge. To become a Wood’s employee, the candidate profile must be aligned with the market and show some concern with qualification and development, not only with the salary. It has been a daily challenge to find candidates also concerned with Ethics, since résumés do not display character, transparency, integrity, respect for colleagues, coherence, good humor, stamina or team work inclinations.

MO: Does the company invest in training programs or in agreements and interchanges with institutions? AQ: WG is always willing to present Trainees. We have an international program dedicated to this audience, an internal program of the company to train and develop people with potential to become managers and directors. We have partnerships with CEFET and local universities and, sometimes we help employees achieve the requested qualification.

MO: How are Health, Safety and Environment (HSE) Policy and Social Responsibility worked inside WG? AQ: We want to be an HSE management reference in the market. Social Responsibility issues are included in this area. There is a world HSE Policy, which guides us towards a global solution, distributed among 46 countries, locally translated and adapted to ensure all employees understand it and the company President of the host country apply and fulfill it. Every WG employees is trained on safety requirements.

Wood Group operates in 46 countries, it has an annual income of 4.4 billion Dollars

cation of the International Association, IRATA, to train other people. Regarding equipment, investments are at birth, since it takes into account the commissioning market.

MO: What are the company projects under development for this area? AQ: Wood influences its surroundin-

MO: What is the good bet on the future for the company? AQ: The idea is growth. Working out-

gs because of the work, services and delivery products for the customers, and for the social contribution with programs, partnerships with institutions and promotion of campaigns. Part of our profit is addressed to such programs; today, for instance, there are between 5 to 10 young people in the operational supported by the partnership with Rio das Ostras Government.

side Macaé is a reality. We are also operating in Aracaju, in the Piranema Project, and in turbine maintenance in Porto Velho and Manaus. Brazil is a developing country and our bet is to continue opening markets and providing our services as best as possible. Our challenge is to show our customer business contracts can be focused on result and value-added advantages rather than just on volume and low cost work.

MO: What is Wood’s investment forecast for Campos Basin? AQ: We are continually investing in Installation, Personnel, and in Equipment. We have rented a building and moved from the operational area and invited the administrative and engineering staff to meet in the new facility. We have put investments in a group of climbers, who now work in platforms and refineries, facilitating some services, and provided some of them a certifi-

MACAÉ OFFSHORE

33


Foto Agência Petrobras

Qualidade Máxima: o caminho da excelência Frente aos novos conceitos de QSMS, as empresas renovam seu sistema de gestão

34

MACAÉ OFFSHORE


Garantir que o trabalho seja realizado com segurança, preservando a saúde das pessoas e o meio ambiente faz parte das metas do Sistema de Gestão de SMS – Segurança, Meio Ambiente e Saúde – da Petrobras UN-BC. Estabelecido em 1998, por meio da implantação das diretrizes de SMS, veio contribuir para a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável

A

estatal é uma das primeiras empresas de petróleo a obter todas as suas unidades de negócios certificadas, baseando-se em normas internacionais, segundo informou Cyro Barreto, gerente de suporte à gestão e organização da unidade de negócios de E&P da Petrobras na Bacia de Campos.

“A Petrobras vem se aperfeiçoando continuamente e decidiu adotar de forma pioneira todas as normas de certificação. Anualmente, somos auditados por organismos que verificam a conformidade dos processos da empresa”, disse Cyro. De acordo com o gerente, as normas mais importantes e voltadas para sistema de gestão são: NBR ISO 9001 – Gestão para Qualidade; NBR ISO 14001 – Gestão de Meio Ambiente; OHSAS 18001 – Gestão de Saúde e Segurança; e ISO 16001 – Gestão de Responsabilidade Social. “As empresas precisam atender à legislação e ainda se preocupar com as outras normas regulamentadoras voltadas para as mais diversas áreas”, acrescenta.

Cyro Barreto, gerente de suporte à gestão e organização da unidade de negócios de E&P da Petrobras na Bacia de Campos

MACAÉ OFFSHORE

35


Foto Agência Petrobras

Nas atividades offshore, as normas e equipamentos de segurança são fundamentais para diminuir os índices de acidentes

A Petrobras busca que todos os conceitos de QSMS e Responsabilidade Social permeiem toda a cadeia produtiva. Acompanhando as tendências de mercado, a companhia petrolífera brasileira começou a estimular e incentivar as empresas e fornecedores a adotar essas normas. O objetivo foi mostrar o quanto elas podem auxiliar na estrutura e amadurecimento do seu modelo de gestão. Para promover essa disseminação, a Petrobras investiu na realização de palestras, treinamentos, eventos, visitas técnicas e levou os fornecedores para dentro da empresa, o que Cyro caracteriza como um primeiro momento de sensibilização. No segundo momento, colocou esses requisitos dentro dos seus contratos, e isso fez com que as empresas buscassem se diferenciar de seus concorrentes. “Selecionamos aquele que nos oferece garantia de gerenciamento de seus processos de forma mais segura. Esse é um critério diferenciador e, por isso, hoje temos muitas empresas certificadas”, sinaliza. Para o gerente, este é um modelo integrado de gestão de uma empresa de projeção mundial. A melhor demonstração de compromisso que a empresa pode ter com relação a esse

discurso de QSMS e Responsabilidade Social é investir. Os resultados, segundo ele, são conseqüências da prática, e por esta razão, a Petrobras é excelente. “Nosso incentivo também está focado na participação em programas como o Promimp, no qual investimos maciçamente, garantindo pessoas qualificadas para atender a toda a cadeia produtiva de petróleo nacional, e no Programa Qualidade Rio, com a oferta de cursos e palestras para capacitação dos fornecedores e da comunidade”, ressalta Cyro.

Certificações confirmam resultados positivos para contratadas Determinadas em atender às solicitações da Petrobras no que diz respeito aos aspectos de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde ocupacional, as empresas do setor estão incorporando à sua política de trabalho melhorias em seus sistemas de gestão. Seguindo este caminho, a Multitek Engenharia possui como princípio a execução de atividades pautadas no atendimento aos requisitos de QSMS, principalmente na promoção da segurança e saúde dos funcionários. “Nosso foco é a gestão de pessoas, objetivando valorizar, capacitar e desenvolver nossos profissionais”, declara o diretor da empresa, Rodrigo Mendonça. Tendo em vista esse modelo de gestão, a Multitek implantou o Sistema de Gestão Integrado (SGI) e desenvolveu suas ações através de uma política contínua baseada no mapeamento dos processos, na análise crítica e no monitoramento das metas. O resultado desse investi-

José Ribamar Aguiar, gerente da Multitek em Macaé

36

MACAÉ OFFSHORE


mento foi a conquista, através do órgão certificador DNV, da certificação trinorma: ISO 9001:2000, ISO 14001:1996 e a OHSAS 18001:2007. “Estes investimentos funcionam como pré-requisitos de seleção para a empresa ser convidada a participar de licitações na Petrobras”, afirma José Ribamar Aguiar, gerente da Multitek em Macaé.

Pequenas empresas de olho nas oportunidades No grupo das pequenas empresas que já adotaram esse comportamento em busca da excelência, podemos citar a Real Job, que atua no mercado há um ano, com a fabricação de uniformes antichamas. O diretor Eduardo Antônio da Mota Dias, que atua neste ramo há 11anos, relata que sua empresa busca atender às exigências do mercado no que se refere às normas de segurança, qualidade e responsabilidade social, tendo em vista que as oportunidades estão votadas para aqueles que possuem esse diferencial. “Nossos macacões RF são testados e aprovados pelas normas internacionais NFPA 2112 – Exposição às Chamas e NFPA 70 E – Risco Elétrico. Também atendemos às Normas Regulamentadoras NR 6 - Equipamento de Proteção Individual e NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade”, relata. Seus produtos são homologados pela Santista Têxtil, e a Real Job é parceira da 3M do Brasil, empresa global de

Eduardo Antônio da Mota Dias, diretor da Real Job

tecnologia diversificada e que tem o compromisso de atuar ativamente para o desenvolvimento sustentável por meio de ações de proteção ambiental, responsabilidade social e progresso econômico. “Buscamos atender a todas as normas de SMS e viemos para Macaé com o objetivo de trazer recursos para a própria cidade”, ressalta Eduardo, lembrando que a Real Job valoriza a mão-de-obra local e encaminha os retalhos da sua matériaprima e papelão para reciclagem e reaproveitamento.

MACAÉ OFFSHORE

37


Best Quality: moving towards excellence Foto Agência Petrobras

Companies update their management system according to new QHSE concepts

Petrobras UN-BC has several goals for its HSE (Health, Safety and Environment) Management System. One of them is to ensure that the work is carried out in a safe manner, protecting the environment, as well as people’s health. This System was established in 1998 with the introduction of HSE guidelines. It has helped to turn the working place into a safer and healthier environment.

P

etrobras UN-BC has several goals for its HSE (Health, Safety and Environment) Management System. One of them is to ensure that the work is carried out in a safe manner, protecting the environment, as well as people’s health. This System was established in 1998 with the intro-

duction of HSE guidelines. It has helped to turn the working place into a safer and healthier environment.

38

MACAÉ OFFSHORE


Cyro Barreto, Management and Organization Support Manager of Petrobras E&P business unit in Campos Basin, has declared that this state-controlled company is one of the first oil companies to have all its business units certified according to international standards. “Petrobras has been continuously improving its methods and has decided to take the lead and adopt all certification standards. Every year, the company is audited by agencies that check the conformity of the processes”, said Cyro. According to the manager, the most important standards dealing with the management system are NBR ISO 9001 – Quality Management; NBR ISO 14001 – Environment Management; OHSAS – 18001 – Safety and Health Management and ISO 16001 – Social Responsibility Management. “Companies must follow the legislation and observe other standards regulating other fields”, he added. Petrobras intends to permeate the production chain with all QHSE concepts and Social Responsibility. Following the market trend, the Brazilian oil company began to stimulate and encourage companies and suppliers to adopt these standards, showing how they may contribute to the structure and advancement of their management system. In order to spread this new view, Petrobras has provided lectures, training courses, events and technical visits. It has also taken suppliers into the company, which Cyro sees as a

Cyro Barreto, Administration and Organization Support Manager of the E&P business unit of Petrobras in the Campos Basin

first step to a future advanced level. Additionally, Petrobras has begun to demand its contractors to meet these requirements. Such attitude has made them try to find ways of standing out among the competition.

MACAÉ OFFSHORE

39


Foto Agência Petrobras

Concerning offshore activities, safety standards and equipments are essential to decrease accidents

“We only work with those which can guarantee us a safer process management. This is one of the criteria that make us contract a company. That is why we have many certified companies nowadays”, he stated.

certificate agency. They are: ISO 9001:2000, ISO 14001:1996 and OHSAS 18001:2007. “These investments work as selection requirements to be invited to take part in bids in Petrobras”, says José Ribamar Aguiar, manager of Multitek in Macaé.

The manager says this is an integrated management system of a world class company. The best way of showing its commitment with the QHSE and Social Responsibility is making investments. He also states the results are consequences of this practice, and that is why Petrobras is excellent.

Small business companies have got their eyes on opportunities

“We also encourage people to take part in our programs, such as Promimp, in which we have put a lot of effort to guarantee that we have qualified professionals to work in all of our national oil production chain; and Programa Qualidade Rio [Rio Quality Program], which offers courses and seminars to qualify suppliers and the community”, Cyro highlighted.

Certifications bring positive results to contractors Companies that deal with aspects related to quality, safety, environment and occupational health are determined to meet the requests from Petrobras. In order to do that, they are incorporating the improvement carried out in their management systems to their work policy. According to this practice, Multitek Engenharia carries activities based on QHSE requirements, mainly those which promote safety and health for their employees. “Our focus is managing people, seeking to value, qualify and develop our professionals’ skills”, Rodrigo Mendonca, director of the company, declares. Bearing this management system in mind, Multitek has introduced the Integrated Management System (SGI) and developed its actions through a continuous policy based on mapping processes, critical analysis and monitoring goals. The result of this investment was the three-standard certification, by the DNV 40

MACAÉ OFFSHORE

Some small business companies have already adopted this practice to achieve excellence. Real Job, which has been in the market for one year, producing anti-flame uniforms, can be mentioned in this group. Director Eduardo Antonio da Mota Dias, who has been working in this field for 11 years, says his company seeks to meet the market requirements related to social responsibility, safety and quality standards, understanding that opportunities are directed to those which have this characteristic. “Our RF overalls are tested and approved by international standards NFPA 2112 – Exposure to Flames and NFPA 70 E – Electrical Risk. We also comply with Regulatory Standards NR 6 – Personal Protective Equipment and NR 10 – Safety in Electrical Facilities and Services”, he reports. Their products are recognized by Santista Textil. Real Job is also partner of the Brazilian 3M – global technology company committed to actively work for sustainable development by means of environmental protection, social responsibility and economical advancement actions. “We try to meet all HSE standards. In addition to that, we have established in Macae in order to bring resources to the city”, Eduardo highlights, reminding that Real Job uses local manpower and forwards leftovers of its raw material and cardboard to be recycled and reused.


MACAÉ OFFSHORE

41


Especial

Huet:

questão da obrigatoriedade esquenta o mercado

42

MACAÉ OFFSHORE


Atualmente, uma das maiores discussões no mercado da Bacia de Campos gira em torno da política de segurança aérea e nela, a obrigatoriedade do Huet (Treinamento de Escape de Helicóptero Submerso) é um dos assuntos em evidência. Outras mudanças discutidas na área de segurança são: melhorias na infra-estrutura aeroportuária, nos equipamentos de segurança e adequação das aeronaves em atividade

S

ão mais de 30 anos da Bacia de Campos e, para que se alcançasse a auto-suficiência, houve avanço da produção de petróleo com a entrada de novas unidades perfuradoras e, conseqüentemente, necessidade de aumento na demanda de trabalhadores embarcados. Mas o sistema de logística não acompanhou este desenvolvimento, evidenciando problemas na área de segurança aérea. Há alguns anos, os transportes eram feitos em catamarãs e helicópteros e, desde 2005, passaram a ser efetuados apenas por via aérea, resultando na sobrecarga de passageiros no Aeroporto de Macaé. Alguns embarques são efetuados no Heliponto do Farol de São Thomé, em Campos, mas ainda não foi o suficiente para aliviar o fluxo de passageiros da unidade aeroportuária de Macaé. Dados apresentados pelo superintendente da Infraero em Macaé, Hélio Batista dos Santos Filho, revelam que a unidade aérea está com sua capacidade saturada. Somente em 2007, o movimento foi de 400 mil passageiros para um terminal previsto para atender a uma demanda de 135 mil por ano. Deste volume, 98% correspondem à movimentação offshore. Segundo informações da Gerência de Comunicação e Segurança da Informação da Petrobras, somente da estatal são 51mil passageiros/ mês saindo de Macaé e Farol de São Thomé para as plataformas. MACAÉ OFFSHORE

43


Especial

Com a falta de infraestrutura no aeroporto de Macaé, trabalhadores sofrem com o desconforto, estresse e dificuldade de acesso às informações sobre embarque

Como um órgão que tem por missão atender às necessidades da sociedade relativas à infra-estrutura aeroportuária e aeronáutica, a Infraero prima pela eficiência, segurança e qualidade dos serviços. “Nesta nova administração, temos como meta a segurança e o conforto. Existe um projeto pronto há dois anos, mas que necessita ser adaptado à realidade para que seja funcional para o atendimento a essa grande demanda offshore. Este ano, recebemos a visita do diretor de operações da Infraero que ficou abis-

44

MACAÉ OFFSHORE

mado com a situação. E decidimos que, enquanto não sai o projeto, vamos reformar o aeroporto, pois não dá pra esperar mais”, garante o superintendente. A respeito da segurança, o quadro de acidentes aéreos ocorridos nos últimos anos na Bacia é o que mais preocupa. A situação mostra que é importante que haja mudanças emergenciais na segurança aérea da atividade offshore. Para Hélio Batista, o primeiro passo a ser tomado é a criação de um órgão legislador específico para o setor. “Aqui nós temos dois or-

ganismos: a Marinha e a Aeronáutica que opinam para uma mesma situação, mas cada uma com legislação voltada para sua própria área. Não é que elas sejam conflitantes, mas precisam ser interligadas”, enfatiza. O superintendente informou que está prevista para este ano, em Macaé, a realização de um grande Seminário de Segurança de Vôo, em que serão abordados temas importantes sobre o assunto e no qual vê uma oportunidade para as pessoas tirarem suas dúvidas e, inclusive, apre-


sentar sugestões. “O trabalhador precisa de um local onde ele possa ter voz e obter respostas objetivas e de mudanças. Esta pode ser a oportunidade”, argumenta.

Trabalhadores reivindicam melhorias O Sindipetro-NF ostenta o papel de defensor de que medidas emergenciais devem ser adotadas pela Petrobras para que os trabalhadores possam embarcar com mais segurança. O órgão, que há anos denuncia problemas de falta de segurança nas operações, ressalta que os dois últimos acidentes (em 2004 e 2008 com aeronaves), além de outros incidentes, mostram que a Estatal deve realizar mudanças na gestão da segurança dos trabalhadores embarcados. O sindicato lançou uma nova campanha sobre segurança de vôo no início deste ano. O diretor de comunicação do Sindipetro, Marcos Breda, enfatiza a necessidade de soluções pertinentes, como a criação de um órgão legislador e uma legislação específica para atividades offshore, além de investimentos por parte das empresas em equipamentos eficazes de segurança e conforto, treinamentos indispensáveis como o Huet (Escape de Helicóptero Submerso) e programas de natação para todos os trabalhadores. “Entendemos que as normas e os custos não podem se sobrepor à segurança. No próprio discurso da Petrobras, que é a maior empregadora na área de petróleo, afirma-se que a segurança está acima de qualquer coisa e, na nossa visão, isso tem que se tornar prático”, ressalta Breda. Ele lembra que os sindicatos dos petroleiros são reunidos na Federação Única dos Petroleiros (FUP) e que através dela tentam exercer pressão sobre os parlamentares e influir nas legislações que têm relação com a atividade petrolífera. Mas, segundo o diretor, nem sempre isso gera frutos. “A atividade política hoje no Brasil está um pouco marcada por denúncias, pela corrupção e por embates entre governo e oposição, o que torna difícil o avanço dos projetos no congresso, principalmente aqueles de interesse do trabalhador”, lamenta.

Com as reivindicações do SindipetroNF iniciadas em 2004, algumas mudanças foram conquistadas, como a retirada dos bancos laterais da fileira central das aeronaves S76 que dificultavam a saída do passageiro em caso de acidente; criação de uma janela de emergência para os bancos laterais nas novas aeronaves, mas que ainda não é adequada; e a decisão por parte da Petrobras de colocar novamente uma comissária nas aeronaves Super Puma. Breda defende que o sindicato tem uma visão de segurança aérea na Bacia de Campos, que é a mesma concepção dos trabalhadores, independentemente das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Segundo ele, existe uma cláusula no Acordo Coletivo que lhes dá direito de se recusar a embarcar numa aeronave quando entendem que aquela atividade oferece risco ao trabalhador. Essa análise inicial que realizam é submetida a um gerente imediato e caso este entenda que ela proceda, mantém a interrupção da atividade. Entre as soluções sugeridas pela classe é de que haja uma mudança no Programa de Excelência Operacional Aéreo (PEOAR), implantado pela Petrobras depois do acidente aéreo de 2004, gerando a criação de uma gerência específica para a área de segurança aérea na empresa. “O que constatamos é que aconteceu uma nova tragédia que matou pessoas. O programa pode ser considerado excelente, mas não conseguiu evitar o acidente, portanto, precisa de modificações”, enfatiza o diretor.

Petrobras está atenta às necessidades e apresenta melhorias A Petrobras vem implantando diversas ações e mudanças na área de segurança aérea para que haja uma adequação com a demanda e com as necessidades dos empregados. Segundo o gerente e coordenador de SMS da Petrobras UN-BC, Cremilson da Silva Rangel, o transporte dos trabalhadores para as plataformas passou a ser efetuado somente por via aérea, devido às condições adversas de mar, que resultavam no cancelamento das programações de embarcações marítimas, transferindo os passageiros das lanchas para helicópteros. MACAÉ OFFSHORE

45


Especial “Era um transtorno grande, porque tínhamos uma frota delimitada para passageiros aéreos. Muitos acharam que a mudança era por conta de custos, mas era pela questão do tempo e saúde do funcionário. Por uma decisão dos gerentes da Bacia de Campos, optaremos por amenizar este transtorno, aumentando em 50% o número de aeronaves para atender à demanda e não haver superlotação”, esclarece o gerente. Dentre as melhorias, a Petrobras também construiu um heliponto no Farol de São Thomé, em Campos, que tem capacidade reduzida e onde ocorrem as trocas de turno para pessoas fixas nas plataformas, deixando os vôos eventuais, de emergência, extras e de comitiva para Macaé. Mas as mudanças vão além e está prevista para 2009/2010 a construção de um aeroporto, também no Farol de São Thomé, que será de uso privativo da Petrobras e voltado para operações com helicópteros. Este novo aeródromo terá capacidade de movimentação de 750 mil passageiros por ano. Já em Macaé, a estatal iniciou a construção de um terminal de embarque no Aeroporto, visando a melhorias nas condições estruturais.

Cremilson Rangel, gerente e coordenador de SMS da Petrobras UN-BC

46

MACAÉ OFFSHORE

Os avanços nesta área estão incluídos no Programa de Excelência Operacional em Transporte Aéreo e Marítimo - PEOTRAM, da Petrobras, criado em 2001, com curtas, médias e longas ações. Muitas das reivindicações pleiteadas pelos trabalhadores já foram implementadas pela empresa, como a inserção de uma comissária de bordo na aeronave modelo Super Puma com 19 assentos, apesar da legislação exigir apenas nas aeronaves acima de 20 passageiros. Também está exigindo das empresas contratadas que coloquem cinto de três pontas e um modelo mais atual e adequado de colete salva-vidas nas aeronaves para substituir os de pochete.


MACAÉ OFFSHORE

47


Especial

Nas multinacionais, o Huet é um treinamento indispensável para a segurança do trabahador offshore

“São poucas as aeronaves que ainda utilizam o colete mais antigo. Também iremos comprar mais de 50 mil coletes contrastantes, que na verdade são uma roupa de uso pessoal do trabalhador, que facilita na localização de uma vítima no mar em caso de acidente. Temos um prazo de três meses para implementar essas ações”, garante o gerente. Quanto à exigência do Huet, o gerente informou que recentemente um grupo da Bacia de Campos estudou assuntos relacionados ao treinamento, analisando principalmente como ele ocorre na área internacional. Foi observado que no Golfo do México são poucas as empresas que o exigem e que, no Mar do Norte, há apenas uma porcentagem maior. Em alguns casos, somente há obrigatoriedade para embarque superior a três dias. “No Brasil, a legislação marítima não exige esse treinamento e a própria Marinha afirma que também estuda essa obrigatoriedade. Segundo eles, por ser um treinamento puxado, de risco e com reciclagem e mercado indiferente à demanda de trabalhadores, é improvável que seja acatado”, explica. Na observação de Cremilson, a obrigatoriedade pode ocasionar um problema social, uma vez que poderá haver alguma resistência por parte dos trabalhadores. Ainda sem definição, a companhia está analisando a melhor forma de implementá-lo, seja garantindo o direito de recusa do empregado ou mesmo separando o Huet em módulos teóricos e mais práticos, com filmes instrutivos, numa forma de amenizar o impacto do treinamento. 48

MACAÉ OFFSHORE

Nas multinacionais o Huet é obrigatório A Pride do Brasil, uma das maiores empresas de perfuração contratantes do mundo, atua com foco na segurança e, segundo Alex Oliveira, supervisor de treinamento e desenvolvimento, a empresa investe no funcionário, valorizando sua vida e profissão. Em relação à Segurança de Vôo na Bacia de Campos, a empresa vai além do treinamento de Huet oferecido aos seus funcionários. O trabalhador contratado pela Pride, antes de embarcar, primeiramente passa por um curso de indução, com treinamentos voltados para segurança, procedimentos e regras da empresa. Num segundo momento, passa pelos treinamentos de BST (salvatagem) e de Huet, que são indispensáveis. “Posteriormente, conforme calendário de nossa empresa, estes mesmos funcionários, quando disponíveis, participam de treinamentos periódicos adicionais, em que reforçamos os conceitos de segurança, como utilizar os equipamentos de segurança e sua importância, bem como se comportar diante de uma situação de risco ou de acidente”, explica o supervisor. Para Alex, a cultura de segurança no mercado offshore brasileiro mudou e as palavras redução de risco, segurança,

Alex Oliveira, supervisor de treinamento e desenvolvimento da Pride do Brasil


bem-estar e qualidade significam prioridade para as empresas, apesar de se ter total consciência de que é improvável alcançar 100% de resultado. Neste mercado, as multinacionais deram seus primeiros passos, o que vem contagiando outras empresas e mudando o olhar a respeito do “custo-benefício”. “Acredito que em breve o Huet, por exemplo, será um treinamento mandatório”, afirma.

Importância do Huet e equipamentos de segurança Com a regulamentação dos treinamentos offshore feita pela Marinha através da Normam 24, as empresas de treinamento devem oferecer requisitos fundamentais para realizar seus cursos, como construir cenários de forma que possam treinar pessoas dentro de uma situação bem próxima da realidade a bordo nos casos de emergência. A Falck Nutec é uma das empresas que oferecem esse treinamento no mercado. Possui no seu centro de treinamento, o maior da América Latina, uma piscina equipada com máquinas de ondas e simuladores que controlam vento, chuva, som e luminosidade, reproduzindo ao máximo situações de risco do ambiente offshore, realizando o treinamento de Huet desde 2005. A empresa possui um moderno simulador que segue padrões europeus, moldado de acordo com normas do OPITO (Offshore Petroleum

Industry Training Organization). Ao longo desses três anos no Brasil, foram treinadas mais de 5.600 pessoas. A diversidade de equipamentos de segurança de vôo e sua funcionalidade também são apresentadas aos alunos, como é o caso dos coletes salva-vidas. O supervisor Paulo César Carvalho diz que este é um equipamento fundamental para sobrevivência no mar, mas que na Bacia de Campos é diferente do que ocorre no cenário internacional, pois aqui ainda se utiliza coletes considerados inadequados para uma situação de emergência. “Comumente, as empresas de táxis aéreos utilizam aquele que chamamos de “pochete”, que o passageiro tem que retirar de uma bolsa e vestir. O ideal é aquele com o qual a pessoa já sai vestida da base de embarque e no caso de emergência é só inflar, assim que abandonar a aeronave”, explica. Alguns coletes modernos vêm com um respirador, eficazes em águas frias, permitindo ao passageiro respirar embaixo d’água e ter mais chances de escapar de uma aeronave submersa. O colete MK 28, segundo Paulo César, exigido pela Shell, é o mais recomendado e adequado ao clima desta região. O tratamento dado ao treinando também é um diferencial. “Nosso treinamento tem foco offshore. Mas como quem trouxe o Huet para o Brasil foram as Forças Armadas, outras institui-

MACAÉ OFFSHORE

49


Especial ções do mercado conduzem o curso de forma rígida, o que cria uma repulsa muito grande por parte dos alunos. Nossa empresa lida com pessoas de forma bem cordial, trabalhando principalmente o emocional”, ressalta o supervisor. Quem fez o curso, seja pela primeira vez ou mais, garante a afirmativa do supervisor. João Márcio da Silva Cortês, 32 anos e plataformista da Pride do Brasil, diz que não sabe nadar e que tem medo de águas profundas. Ele passou pelo curso três vezes em cinco anos e apesar de ter ouvido coisas negativas a respeito do treinamento, disse que a realidade é outra. “Quando cheguei ao curso, a aula teórica me tranqüilizou para realizar a prática. A equipe técnica da Falck é excelente e nos dá total segurança, eliminando nosso medo. Quando saio do curso, levo para meus companheiros a

eficiência e a tranqüilidade do que vi. Tenho um amigo que fez o curso e sobreviveu a um acidente graças ao Huet, pois na hora da situação real, independentemente do pânico, ele disse que tudo o que aprendeu veio a sua mente”, relata João. Apesar de ser do “sexo frágil”, Ana Gimol do Espírito Santo, 28 anos, radioperadora da Transocean, disse que estava fazendo o Huet porque iria embarcar pela primeira vez para uma plataforma. A aluna ressaltou que esse treinamento é indispensável e isso ela pôde perceber durante a realização do curso na Falck, que para ela se aproxima bastante da realidade. “Fui bem recebida e tranqüilizada pela equipe na aula teórica e a imagem dramática se desfez. Na aula prática foi muito melhor e fiquei mais confiante e segura. Sem o Huet, você não tem praticamente nenhuma possibilidade de sobreviver. Preparada, sei que terei condições de me salvar. Agora, acho um absurdo não haver obrigatoriedade por parte de todas as empresas, pois uma pessoa sem noção alguma pode colocar em risco a vida de outros passageiros”, sinaliza Ana. Lá fora, a operação offshore tem mais tradição que no Brasil, são mais de 20 anos à frente. Anualmente, mais de 80 mil pessoas em todo o mundo são treinados dentro dos padrões OPITO. “Criar uma norma para o Brasil demanda muito estudo e experiência. Então por que não utilizar a base da norma internacional e adaptá-la a nossa realidade?”, sugere Alexandre Reis, diretor operacional da Falck.

Alexandre Reis, diretor operacional da Falck Nutec

50

MACAÉ OFFSHORE

Em processo de homologação internacional, a empresa também estuda a viabilidade de construção de novas unidades de treinamento em áreas como Santos, Vitória e talvez no Sul do país.


MACAÉ OFFSHORE

51


Special

Huet:

the requirement issue warms up the market

52

MACAÉ OFFSHORE


At this moment, one of the greatest discussions in the Campos Basin market is about the aviation safety policy, and the requirement for the Huet (Helicopter Underwater Escape Training) is one of the subjects in evidence. Other changes discussed in the safety area are: improvements in airport infrastructure, in safety equipments and adaptation of active aircrafts

T

he Campos Basin is more than 30 years old and to achieve self-sufficiency, oil production has been enhanced, with new drilling units and the resulting need to increase the demand for personnel to work onboard these units. However, the logistics system did not follow this development, showing problems in the aviation safety area.

MACAÉ OFFSHORE

53


Special The superintendent informed that this year a great Flight Safety Seminar will be held in Macaé. In this seminar, important topics about the subject will be addressed, providing an opportunity for people to clear doubts and, and in addition, provide suggestions. “The worker must find a way to be listened and get objective answers, and changes. This might be the opportunity”, he argues.

Workers require improvements

Hélio Batista dos Santos Filho, superintendent of Infraero in Macaé

A few years ago, transport was made by catamarans and helicopters, and since 2005, people are transported only by air, which makes the Macaé Airport to be overcrowded. Some passengers go onboard at the Farol de São Thomé Heliport, in Campos, but it is still not sufficient to decrease the flow of passengers at the Macaé airport. Data presented by the Infraero’s superintendent in Macaé, Hélio Batista dos Santos Filho, reveal that the air unit has exceeded its capacity. In 2007 alone, 400 thousand passengers were served in a terminal designed to serve a demand of 135 thousand per year. Ninety eight percent of this volume corresponds to the offshore activity. According to information from the Petrobras Communication and Information Security Management (Gerência de Comunicação e Segurança da Informação da Petrobras), 51 thousand passengers/month from Petrobras leave Macaé and Farol de São Thomé heading to the platforms. As an entity focused on meeting the needs of the society in relation to airport and aeronautic infrastructure, Infraero works for service efficiency, safety and quality. “In this new administration, our goal is to deliver safety and comfort. Two years ago, we designed a project; however, it needs to be adapted to reality to be functional to meet this large offshore demand. This year, Infraeros’s Operations Director visited us, and he was shocked about the situation. So we decided to reform the airport while the project is not deployed because it is impossible to wait any longer”, asserts the superintendent. Regarding safety, the history of air accidents in the last years at the Basin is what most concerns us. The situation shows that it is important to make immediate changes in the air safety of the offshore activity. For Hélio Batista, the first step is the setup of a regulatory agency specific for the air sector. “Here we have two entities: Navy and Aeronautics. These entities also consider this step must be taken, but each of them is ruled by laws concerning their relevant areas. They are not conflicting, however they must be connected”, he says. 54

MACAÉ OFFSHORE

Sindipetro-NF (Oil Workers Union – North of the state of Rio de Janeiro) defends that emergency measures must be adopted by Petrobras, so that the workers can safely perform their duties on platforms. This union, that for years has been reporting problems due to lack of safety in the operations, points out that the last two accidents (in 2004 and 2008 with BHS aircrafts), besides other incidents, indicates that the state company must make changes in safety management for those working on platforms. The union launched a new campaign about flight safety in the beginning of this year. The communications director of Sindipetro, Marcos Breda, emphasizes the need for proper solutions, such as the setup of a regulatory agency and specific legislation for the offshore activity, besides companies’ investments in efficient safety and comfort equipment, indispensable trainings such as the Huet (Helicopter Underwater Escape Training) and swimming program for all workers. “We understand that the standards and the costs may not overlay safety. Petrobras, the biggest employer in the oil industry, says that safety is above everything and, in our point of view, this has to be practical”, Breda affirms. He reminds that the oil workers unions are gathered in the Federação Única dos Petroleiros (Sole Federation of Oil Workers - FUP), through which they try to put pressure on parliament members and influence the oil legislation. According to the director, this is hardly ever fruitful. “Today, the political activity in Brazil is slightly marked by accusations, corruption and conflicts between the government and the opposition, making it difficult to pass projects in the congress, mainly those concerning the

workers”, he complains. Marcos Breda, communication director of Sindipetro-NF


MACAÉ OFFSHORE

55


Special

The new airport, which will be built in the São Thomé’s lighthouse, will be able to receive 750 thousand passengers yearly

As Sindipetro-NF started making claims in 2004, some changes took effect, such as the removal of the side seats from the central row of S76 aircrafts, which used to make it difficult for passengers to leave the aircraft in case of accidents; emergency windows for the side seats of the new aircrafts, but these are still not proper; and Petrobras’ decision to assign a flight attendant to Super Puma aircrafts again. Breda says that the union hold a position concerning air safety in Campos Basin, also held by the workers, regardless of the Civil Aviation National Agency (Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC) regulations. According to him, a clause in the Collective Agreement gives them the right to refuse boarding to an aircraft if they understand the activity may offer them risk. If an intermediate manager understands that this initial analysis proceeds, he maintains the interruption of the activity. Among solutions suggested by the class is the change in the Programa de Excelência Operacional Aéreo - PEO-AR (Aerial Operational Excellence Program), introduced by Petrobras after the air accident of 2004, which resulted in the creation of a specific air safety management.. “We assumed that a new tragedy had occurred where people were killed. So, although excellent, the program was not sufficient to avoid the accident, it needs modifications”, emphasizes the director.

Petrobras is aware of the necessities and presents improvements Petrobras has been implementing several actions and changes in the safety area, to meet employees’ demands and necessities. According to the SMS (Safety Management System) manager and the SMS coordinator of Petrobras UN-BC (Campos Basin Business Unity), Cremilson da Silva Rangel, transportation of workers to the platforms is now made only by air. Adverse sea conditions often resulted in cancellation of scheduled boats and transfer of passengers from motorboats to helicopters. 56

MACAÉ OFFSHORE

“It was an annoyance for the fleet was delimited to air passengers. More than a matter of costs, it was a matter of employees time and health. After a decision by the Campos Basin managers, we decided to ease the matter and increase the number of aircrafts in 50% to attend the increasing demand”, the manager said. Among the improvements, Petrobras built a heliport at Farol São Thomé, in Campos, with reduced capacity and where the shift changes occur for the people staying on the platforms, leaving eventual, emergency, extra, and visitation flights to be done in Macaé. For 2009/2010, it is expected the construction of an airport in Farol de São Thomé, which will be of private use for Petrobras and their helicopter operations. The new airport will have capacity for 750 thousand passengers per year. The state company has launched the construction of an airport boarding station in Macaé, for better structural conditions. Dynamic improvements in this area are included in the Excelência Operacional em Transporte Aéreo e Marítimo – PEOTRAM (Maritime and Air Transportation Excellence Operation Program) of Petrobras, created in 2001. Claims from workers were already fulfilled such as the flight attendant working in the aircraft model Super Puma with 19 seats, although regulations require flight attendants only in aircrafts for more than 20 passengers. In addition, third party companies are pleading modern and adequate life jackets for the aircrafts to replace the pouch type, and installation of the three-point seat belts. “A few aircrafts still offer the older jacket. We are going to buy more than 50 thousand bright jackets, the perfect worker personal clothing, and will render salvage in the sea easier in case of accident. We have three months to implement these actions”, the manager guarantees.


As for the Huet, a group of Campos Basin recently studied subjects related to the training assessing its implementation in the international area. It was possible to observe that in the Gulf of Mexico there are just few companies requiring the training and, in the Northern Sea, a slightly higher percentage. In some cases, there is only requirement to those that embark for more than three days. “ The maritime legislation in Brazil does not require this training and Navy itself assumes a vague position saying the issue is under studies.. Being an intensive and risky task which faces an indifferent market and the lack of recycling required before workers demand, it is unlikely to be adopted”, he explains. In Cremilson’s opinion, it might also cause a social problem, since there might be some resistance on workers’ side. Still unsure, the company is analyzing the best way to implement it, securing employees the right of refusal, or dividing the Huet in theory-based and practical modules filled with educational movies to soften the impact of the real training.

The Huet is required in multinational companies Pride do Brasil, one of the largest contracting drilling companies in the world, focuses on safety and, according to Alex Oliveira, training and development supervisor, the company invests in the employee, valorizing his life and profession. Compared to the Campos Basin Flight Safety (Segurança de Vôo na Bacia de Campos), it goes beyond the Huet training offered to its employees. Workers contracted by Pride, before embarking, attend a safety training course to familiarize with , with the company rules and procedures, and in the sequence, the BST (life saving) and Huet trainings, which are indispensable.

Huet is an important training for safety of offshore employees in transnational companies

“Later, according to our company schedule and opportunity, they also attend periodical trainings, when we reinforce safety concepts, importance and use of safety equipments, and the appropriate behavior in risky situations or accidents”, the supervisor explains. To Alex, the safety culture of the Brazilian offshore market has changed and the words risk reduction, safety, comfort and quality mean that people are priority to companies, in spite of the surety that it is impossible to attain a 100% result. After the multinational corporations first steps in this direction other companies will be changing their minds in what

MACAÉ OFFSHORE

57


Special concerns the “cost-benefit” relation. “I believe that the Huet, for example, will be a required training very soon”, he affirms.

The importance of the Huet and the safety equipments With the regulation of offshore trainings by the Navy, expressed in Normam 24 standard, the training companies are required to offer essential advantages such as the building of scenarios where people can be trained in situations similar to the onboard reality of emergency cases.

underwater and thus have more chances of saving themselves from a submersed aircraft. The MK 28 jacket, according to Paulo César, required by Shell, is the most recommended and appropriate to the region climate. The treatment given to the trainee is also distinct.. “Our training is concentrated offshore. The Huet was introduced in Brazil by the Armed Forces and so, other institutions in the market conduct the course in a rigid way, what makes participants loathe it. Our company is friendlier, working essentially the emotional aspect”, the supervisor reinforces. People who have attended the course more than once confirm It.. João Márcio da Silva Cortês, 32 years-old, a platform worker in Pride do Brasil, says he cannot swim and is afraid of deep waters. He attended the course three times in five years and, despite the negative things he heard about the training, felt no disappointment. “When I first started in the course, theoretical classes gave me security to face the the practical ones. Falck’s technical team is excellent and makes us feel secure and fearless. As I finished the course, I could a pass trust to my colleagues. I have who attended the course and has survived an accident due to the Huet, for in the actual situation, regardless of the panic, everything he had learned came to mind”, João explains.

João Márcio and Ana Gimol point out Huet’s importance

Falck Nutec is one of the companies in the market that offer such training, In its training center, the largest of Latin America, there is a pool equipped with wave machines and simulators to control wind, rain, sound and light, and real-life risk situations of the offshore environment. Reg Offering this training since 2005,the company owns a modern simulator that follows European standards adapted in accordance with the OPITO (Offshore Petroleum Industry Training Organization) rules. Along three years in Brazil, they have trained more than 5,600 people. The variety of flight safety equipments and their functionality are introduced to the participants, as the case of life jackets. The supervisor Paulo César Carvalho says these are main equipments to survive in the sea, but on Campos Basin, differently from displayed in the international scenario, jackets considered improper for an emergency situation are still worn “Taxi companies use jackets called “pouch”, which the passenger has to remove from a bag and don it. The ideal guideline says one should be already wearing from it the base and, in case of emergency, should only inflate it as soon as one leaves the aircraft”, he explains. Some modern jackets bear respirators, adequate devices for cold waters, once they allow passengers to breath 58

MACAÉ OFFSHORE

Although belonging to the “weaker sex”, Ana Gimol from Espírito Santo, 28 years old, radio operator for Transocean, said she has attended the Huet because she was going onboard platform for the first time. The student reinforced that the training at Falck, is indispensable and really emulates reality. “I felt comfortable and welcome by the team from the start in the theoretical classes; as I moved on to the practical classes, I felt more confident and secure. Huet is fundamental for survival. I will be able to save myself as long as I am prepared. It seems absurd for me now the fact it is not required in every company; an inexperienced person might jeopardize the lives of other passengers”, Ana indicates. In other countries, offshore operations are more traditional than in Brazil, more than 20 years in advance. More than 80 thousand people around the world are annually trained to attend the OPITO standards. “A brand new standard would require a lot of research and experience; therefore, why not use international standards and just adapt it to Brazil reality?”, suggests Alexandre Reis, Falck operational director. Waiting for an international legal ratification, the company also is also studying the possibility of building new training unities in places such as Santos, Vitória and maybe, in southern Brazil.


MACAÉ OFFSHORE

59


Foto montagem sobre foto de Lico Santos e arquivo Petrobras (FPSO P-37)

A mancha negra da má administração dos royalties em Macaé

60

MACAÉ OFFSHORE


Na primeira etapa da luta contra alterações na lei dos royalties do petróleo, os municípios produtores da Bacia de Campos estão perdendo em disparada. O motivo é óbvio e mancha a reputação das atuais administrações públicas Por Roberto Barbosa

N

a lista negra das cidades que lideram maus exemplos na aplicação desta compensação financeira está Macaé, que, em quatro anos, teve um aumento de 88% no número de servidores e 196% na despesa de pessoal. Investimentos esses que deveriam ser empregados em obras na infra-estrutura, saúde, educação e segurança. O governo do Estado do Rio e os 12 municípios fluminenses localizados na zona produtora de petróleo devem se preparar para uma guerra árdua durante as discussões que irão nortear a proposta de reforma tributária. Um tema já em debate está diretamente ligado a uma importante fonte de arrecadação tanto do Estado quanto desses municípios: royalties do petróleo e participação especial que são repassados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em forma de compensação pela produção petróleo. A região responde por 82% de todo petróleo extraído em território nacional. A proposta do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, senador Aluízio Mercadante (PT) é alterar as regras de distribuição desses recursos, dividindo a fatia do bolo. Até aqui, Mercadante tem conseguido generosos espaços na mídia nacional. Por enquanto, este é o único efeito prático de sua cruzada. Mas, nesta trincheira, Mercadante não é uma voz solitária. A mesma bandeira é empunhada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), cujos dirigentes têm realizado périplos pelos gabinetes de deputados e senadores buscando adesões. Os motivos são óbvios. Do outro lado desta cruzada, o deputado Federal Sílvio Lopes e o deputado estadual e presidente da Comissão de Minas e Energia da Alerj, Glauco Lopes, defendem que os recursos dos royalties, destinados ao Rio de Janeiro, não sejam redistribuídos.

Os royalties são uma compensação financeira pela exploração de recursos minerais estabelecida pelo Art. 20 da Constituição de 1988, porém o que se vê atualmente em nada lembra tal definição. O senador conta com a simpatia de segmentos acadêmicos, como os técnicos da Universidade Cândido Mendes, que, por meio de um estudo, revelaram a má utilização dessa receita por parte dos municípios produtores, com destaque para a utilização como fonte para a contratação, aos milhares, de pessoal pelas prefeituras. No bojo desta batalha em curso, está em jogo uma receita anual de cerca de R$ 7,5 bilhões, que contempla o Estado do Rio e os municípios produtores, segundo relatórios da ANP de 2007. Os municípios ficam com apenas 23% do volume global. Muito embora o Estado e os municípios produtores carreguem a fama de desperdiçador, é o governo Federal que fica com mais da metade das participações governamentais (royalties, participação especial e bônus de assinatura), algo estimado em R$ 20 bilhões para este ano.

Foto Lico Santos

Enquanto a cidade afunda em esgoto e alagamentos, a obra da estação de tratamento continua paralisada e equipamentos abandonados

MACAÉ OFFSHORE

61


Foto Lico Santos

Gastos milionários em reformas de espaços pequenos, enquanto prioridades são esquecidas, como projetos de infra-estrutura

Aliás, petróleo tornou-se a palavra mágica para a equipe econômica do Palácio do Planalto. É de onde o governo Lula extrai os superávits festejados com todas as pompas.

Dinheiro na mão é vendaval Não há como o Estado do Rio e alguns governos municipais negarem a fama de gastadores. O histórico da “gastança” é extenso. Na administração estadual, na gestão de Anthony Garotinho, por exemplo, foram comprometidos R$ 13,5 bilhões de antecipação futura de royalties para abater uma dívida de R$ 26 bilhões do governo do Rio com a União. Esta antecipação de royalties foi comprometida por um período de 20 anos. A pesquisa da UCAM revela que, em Macaé, cidade sede da Petrobras e das empresas offshore, este mau exemplo é evidente. Isso ficou claro em audiência pública realizada em Brasília, quando Mercadante citou nominalmente prefeituras do Norte Fluminense e da Região dos Lagos como vidraças da má aplicação desses recursos. O constrangimento foi inevitável, porque o prefeito da cidade, Riverton Mussi (PMDB), participava da audiência. A cidade, popularmente conhecida como a “Capital Nacional do Petróleo”, também foi destaque na citação dos técnicos da UCAM, numa entrevista ao jornal Estado de São Paulo. Ano passado, o município investiu apenas 8% do que arrecadou com os royalties do petróleo, um percentual ínfimo diante de uma arrecadação de R$ 420 milhões. O número de servidores cresceu 88% em quatro anos e a despesa de pessoal subiu 196%. Em 2007, foram R$ 369.913 milhões para despesas com pessoal, 62

MACAÉ OFFSHORE

segundo o relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal do Tribunal de Contas do Estado. O prefeito Riverton criou em sua reforma administrativa mais de 950 cargos em comissão. A metade dos funcionários do município, aproximadamente oito mil, é composta de assessores e contratados, cuja despesa supera o valor de pagamento dos servidores efetivos. Já no Senado Federal, recentemente, Macaé foi criticada pelo seu inchaço populacional e crescente índice de favelização. O caos não acontece apenas nos bairros periféricos. No Centro e nos bairros da Zona Sul e Oeste, a população sofre com a falta de infra-estrutura, que se agrava nos períodos de chuva. Numa corrida contra o tempo no ano de eleições, o governo, que se encontra em “saia-justa”, tenta medidas corriqueiras para sanar os problemas que, na verdade, necessitam de projetos eficazes. Outra parte visível são os problemas decorrentes da má gestão. É o descompasso existente entre o desenvolvimento da indústria do petróleo não seguido pelo planejamento urbano. Assim como os demais municípios da Bacia de Campos, Macaé recebe diariamente dezenas de trabalhadores de diferentes regiões do país, atraídos por melhores oportunidades. Aliando-se à falta de planejamento e investimentos, cria-se uma demanda incontrolável na área de saúde, educação, infraestrutura, transporte, habitação e segurança. Os danos ao meio ambiente são fatos incontestáveis. A lagoa de Imboassica está morrendo e o rio Macaé se transforma cada vez mais em es-


MACAÉ OFFSHORE

63


Foto Lico Santos

Bairros periféricos, como Nova Esperança, são esquecidos pelo governo municipal, que investe recursos dos royalties em despesas de pessoal

Segundo o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros divulgado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, em fevereiro de 2007, a violência em Macaé aumenta numa velocidade assustadora. Na pesquisa, é apontada como a 10ª cidade com maior taxa de homicídios do país e a 5ª colocada em assassinato de jovens entre 15 e 24 anos.

Foto Lico Santos

goto a céu aberto. A pesca está comprometida e os pescadores sem trabalho, atingindo, aproximadamente, 15 mil pessoas.

Nos demais municípios da zona produtora, também não faltam críticas de má aplicação de recursos. No entanto, as mazelas e as críticas sobre Macaé estão mais expostas por se tratar da cidade sede da operação offshore na Bacia de Campos. Para quem está olhando de fora, os municípios produtores são cidades ricas, administradas por prefeitos gastadores e sem problemas na esfera estrutural e administrativa.

A grande batalha Os royalties e participações especiais têm, entre seus objetivos, justamente, compensar as cidades por esses danos causados. Só que, neste momento, o argumento mais convincente para a opinião pública do país tem sido os discursos contundentes de Mercadante e seus aliados. Neste quesito, os municípios produtores estão perdendo feio. 64

MACAÉ OFFSHORE

Parte da população macaense vive em condições desumanas nas favelas


Até agora, não conseguiram mostrar que representam a parte que menos recebe esses recursos. Estado e União embolsam a maior fatia do bolo. A Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), que reúne os prefeitos das cidades produtoras, e que deveria liderar uma reação, não incorporou poder político. A grande batalha, que será definitiva mesmo, deve acontecer durante as discussões da reforma tributária. Neste momento, estará em teste o prestígio do governador Sérgio Cabral junto ao governo Lula e seu poder de articulação junto às bancadas de deputados do Rio. Colaboração: jornalista Juliana Vieira Fontes: Jornal do Commercio; Jornal do Brasil; Jornal Expresso Regional; Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Departamento de Recursos Minerais - DRM-RJ

MACAÉ OFFSHORE

65


Photo Lico Santos

Even the beach region does not get away with the flood in rainy days

Black spot of the royalties bad administration in Macaé In the first step of the struggle against amendment of oil royalty law, city producers in Campos Basin are losing ridiculously. The reason is obvious and it spots the prestige of current public administrations

M

acaé is within the black list of cities that lead bad examples when applying this financial clearing, which in four years increased 88% the number of employees and 196% in personnel expenses. These investments shall be applied to infrastructure, health, education and safety works.

66

MACAÉ OFFSHORE

By Roberto Barbosa

The government of the state of Rio and 12 Fluminense city halls located in the oil producing zone shall get prepared for a tough battle when carrying out discussions that will guide the tax reform proposal. Such topic has already been discussed and directly related to an important source of collection as much as in the State as in these cities: Oil royalties and


Photo Lico Santos

social participation that are addressed to National Petroleum Agency, Natural Gas and Biofuels (ANP), as compensation for the oil production. The region produces 82% of all oil extracted from the national territory. The proposal presented by the president of the Economic Matters Commission of the Brazilian Senate, senator Aluizio Mercadante (PT) is to change rules for distribution of these resources, dividing the piece of cake. So far, Mercadante has marked the national media. At the moment, this is the only practical effect of crusade. Yet, within this trench, Mercadante is not a lonely voice. The same flag is hoisted by Confederação Nacional dos Municípios (CNM - National City Confederation), whose leaders have had long working journeys in the office of representatives and senators are seeking for support. The purpose is obvious. On the other hand of this crusade, the federal representative Silvio Lopes and the State representative and president of the Mining and Energy Commission of Alerj, Glauco Lopes, defends that royalties resources to be employed in Rio de Janeiro shall not be reallocated.

Social problems, such as homeless people, became common

Royalties are a financial clearance for exploration of mining resources established by the Art. 20 of 1988 Constitution. Yet, it seems that such definition is different from what one can see nowadays. Senator counts on academic segments, such as technicians from Universidade Cândido Mendes, who, by means of a study, revealed a bad use of the revenue by city producers, particularly the use, as a source for contracting millions of people by city halls.

MACAÉ OFFSHORE

67


Photo Lico Santos

Sanitation services shortage, such as garbage collection, is a proof of negligence from authorities and lack of respect towards the environment and the population

At the heard of this ongoing battle, there is a yearly revenue of around R$ 7.5 billions, which comprises the state of Rio and city producers, according to 2007 ANP reports. The cities have only 23% of the overall volume. Even if the State and the city producers are famous in wasting, it is the federal government that gathers more than half the governmental participations (royalties, social participation and subscription bonus), an estimate of R$ 20 billions for this year. Moreover, oil became the magic word for the economic staff of Palácio do Planalto (“Palace of the Plateau”, where the president’s office is located). There Lula extracts surpluses celebrated luxurily.

Money: easy come and easy go There is no way for the State of Rio and some city governors to deny the spenders’ fame. The expense excess history is extensive. In the state administration of Anthony Garotinho, for instance, R$ 13.5 billions due to future royalties anticipation were used to reduce a debt of R$ 26 billions of Rio government with the Federal Union. An anticipation of royalties was established for a period of 20 years. The research of UCAM reveals that such example is expressive in Macaé, headquarters of Petrobras and offshore companies. It was clear in public audience taken place in Brasília, when Mercadante mentioned names of city halls of norte fluminense and região dos lagos as places where these resources are not well applied. The embarrassment was 68

MACAÉ OFFSHORE

inevitable because the city mayor, Riverton Mussi (PMDB), took part in the audience. The city, popularly known as “Oil National Capital”, was also a focus in the reference of technicians of UCAM in an interview for Estado de São Paulo News. Last year, the city invested only 8% of what it collected with oil royalties, a very tiny percentage before a collection of R$ 420 millions. The number of employees grew 88% in four years and personnel expenses increased 196% In 2007, R$ 369.913 millions for personnel expenses were spent, according to the report of the Law of Fiscal Responsibility of the State Court of Account. The city mayor of Riverton came up with an administrative reform more than 950 titles in commission. Half of the city employees, approximately eight thousand people, are assessors and contracted people, in which the expenses surpass the payment amount of effective servers. In the Senate, Macaé was criticized by its population growth and growth of slums recently. The chaos does not happen only in suburbs. Downtown and in districts on the south and west of Rio de Janeiro, the population undergoes lack of infrastructure, which increases with rain periods. Running against time in the election year, the government, which is in a tight spot, seeks for trite measures to solve problems that, indeed, need effective projects.


MACAÉ OFFSHORE

69


Photo Lico Santos

While the city gets lost in sewage and flood, the treatment station works are still stagnant and equipments have been abandoned

The big battle Royalties and special involvement have their intentions, mainly to even the cities due to the caused damages. Yet, at this very moment, the most convincing argument for the Brazilian public opinion lays on the overwhelming discourses of Mercadante and its associates. Within this issue, the producing cities are losing ridiculously.

On the other hand are the problems caused by bad administration. It is the current lack of harmony between the development of the oil industry without urban planning. As well as in other cities of the Campos Basin, Macaé receives a lot of employees from different regions of the country daily, who are attracted by better opportunities.

The big battle, which will be really ultimate, shall take place during the tax reform discussions. At such moment, the prestige test of the governor Sérgio Cabral together with Lula’s government and his articulation power together with Rio’s board of representatives. Contribution: journalist Juliana Vieira Source: Jornal do Commercio; Jornal do Brasil; Jornal Expresso Regional; Rio de Janeiro’s State Court of Accounts and National Petroleum Agency (ANP), Mineral Resources Department - DRM-RJ Photo Wanderley Gil

Together with the lack of planning and investments, there is an uncontrolled demand in the field of health, education, infrastructure, transport, housing and safety. Damages to the environment are unquestionable facts. Its pond is perishing and Macaé river becomes an uncovered sewage. Fish activities are impaired and fishermen unemployed, a sum nearly 15 thousand people.

So far, they could not show that they represent the part that receives fewer of these resources. State and Union pocket the biggest piece of cake. The Organization of Oil Producing Municipalities (Ompetro) gathers mayors of the producing cities and that should lead a reaction, did not have political power.

According to the Violence Map of Brazilian cities disclosed by Organization of Ibero-American States for the Education, Science and Culture (OEI) in February, 2007, the violence increases in an astounding speed in Macaé. In the research, it is pointed out as the 10th Brazilian city with bigger rate of murder and the 5th city of murder of youngsters between 15 and 24 years. In the other cities of the producing zone, critiques are also made on the bad application of resources. However, wounds and critiques about Macaé are more obvious due to the fact that it is the headquarters of offshore operation in Campos Basin. The producing cities are rich and managed by spending mayors, without problems in the structural and administrative realm, for whom looks shallowly. 70

MACAÉ OFFSHORE

Suburbs are forgotten by the city government, which invests royalties resources in personal expenses


MACAÉ OFFSHORE

71


72

MACAÉ OFFSHORE


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.