Lupa #1

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PUBLICAÇÃO EXPERIMENTAL DO CURSO DE JORNALISMO DA UNISINOS PORTO ALEGRE - EDIÇÃO 1 - JULHO/2013

A efervescência de uma cidade nem tão em baixa

Há comércio na cidade boêmia Considerado um ponto de vendas atraente, o bairro reúne diferentes tipos de estabelecimentos Página 2

União entre comerciantes, moradores e frequentadores renova a vida do bairro

TEXTO: Sergio Trentini FOTO: Vanessa Vargas

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queda de movimento nos últimos dois anos no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, pode ser atribuída a diversos fatores. Um deles é o surgimento de diferentes tipos de bares. Em paralelo, o comércio do local cresceu, e a ampliação trouxe a distância entre frequentadores, comerciantes e moradores. Tiago Faccio, morador e dono de comércios no bairro, decidiu fazer algo a respeito da segunda prerrogativa: criou o projeto Cidade Baixa em Alta. O nome fala por si. Para Faccio, a responsabilidade sobre o bairro deve ser tanto do Estado quanto de um comerciante ou frequentador. A associação se propôs a encurtar os espaços entre todos aqueles que vivem o bairro. A Cidade Baixa foi, cada vez mais, ficando em alta. O local, conhecido por sua cultura noturna da boemia ganhou uma nova cara. Começou a ser valorizado como um todo, não apenas durante o período da noite. Surgiram eventos como teatro a céu aberto, matinês, apresentação

de grupos de diversos países, shows gratuitos, apresentação de bandas renomadas e um carnaval de rua. Foram instalados bicicletários, pontos de coleta de óleo de cozinha e cursos de inglês gratuitos para a comunidade. As iniciativas não partem apenas da associação ou, pelo menos, não devem partir. “O bairro é de todos, não só da prefeitura ou do Estado”, frisa Tiago Faccio. Dando contexto ao velho clichê de quem quer mudar algo, muda, o projeto mostra como é possível unir forças e realizar ações conjuntas com a prefeitura. Busca a liberação da EPTC para eventos de rua, assim como a limpeza do DMLU e a segurança da Brigada Militar. Dessa forma, respeita a hierarquia das partes em que o Estado deve ser atuante e usa a comunicação para fazer um bairro melhor. Hoje, a Cidade Baixa vive um momento de efervescência. Do mais novo bar ao mais antigo estabelecimento, os frequentadores, de diversas tribos, estão por todos os lados. Culturas diversificadas se inserem em um contexto único, em um pedaço da cidade de Porto Alegre que estava em baixa. Estava.

Entre gritos, frutas e verduras Feira que ocorre todos os sábados no Largo da Epatur é uma das mais conhecidas da Capital Página 3

Opinião, o templo do rock A história do bar que completa 30 anos na noite de Porto Alegre Página 4


editorial

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ste é o LUPA, um jornal novo, de um curso novo. Ele chega para dizer que agora existe o curso de Jornalismo da Unisinos em Porto Alegre e para apresentar o trabalho de um grupo de alunos cheios de garra e de vontade de trabalhar. Os textos e as fotos destas quatro páginas são apenas uma parte da produção de futuros jornalistas que estão ajudando a construir a história da capital gaúcha. Eles já registraram os protestos nas ruas da cidade, já debateram em sala de aula sobre os problemas do país, já discordaram uns dos outros e até já organizaram a primeira festa do curso. Para este primeiro número, escolheram falar de um bairro que fervilha como eles: a Cidade Baixa. O nome da publicação foi escolhido em um concurso. Venceu a sugestão do aluno Luís Felipe Matos, mas a publicação é de todos e para todos. Inclusive você. Leia Unisinos Porto Alegre, este é o LUPA. Chegamos e estamos apenas começando.

veja mais

lupajornal. sobre aS UNICOS.cC matérias no informações

O jeito charmoso da Travessa dos Venezianos

Local tombado na década de 80 traz diversidade, unindo história e entretenimento

TEXTO: Graziela Busatta FOTO: STEPHANY FRANCO

H

á 90 anos, a família de Flávia Augusta da Costa é proprietária de uma das casas que compõem a pitoresca Travessa dos Venezianos, no bairro Cidade Baixa. Segundo a moradora, o tombamento histórico na década de 80 foi a salvação do lugar. “Algumas residências já estavam perdendo as características originais, como a troca de janelas. Por medida de preservação, os moradores tiveram que readequá-las”. Flávia é técnica de enfermagem, tem 40 anos e mora no local pelo mesmo tempo. No princípio, a travessa chamava-se Joaquim Nabuco – Rua dos Venezianos. Primeiramente, o lugar servia como refúgio para escravos. Depois, as habitações construídas sem requintes arquitetônicos, no início do século XX, foram ocupadas por famílias de baixa renda em regime de aluguel. Com o tempo, os inquilinos foram comprando os imóveis. Hoje, 15 casas geminadas compõem a travessa. Além do valor histórico, a viela possui duas opções de entretenimento que misturam gastronomia, lazer e cultura. Uma delas é a chamada “pizzaria escondida”. O

Onde o comércio tem mais vida

Beatriz (E), Carlos, Luiza e Laerso (D) trabalham na floricultura

casal Diogo Timm, 32 anos, e Thais Sperotto, 28 anos, é dono do restaurante Bistrô da Travessa, que existe há quatro anos. Ele faz as pizzas e ela atende os fregueses. “Nós nunca achamos que haveria necessidade de pôr algum tipo de identificação aqui em frente”, comenta Thais sobre a peculiaridade do estabelecimento, que recebe fregueses a partir da indicação dos que descobrem o local. O restaurante funciona de terça a sábado, a partir das 19h. O charme fica por conta do jantar à luz de velas. Quem procura diversidade deve conhecer o Venezianos Pub Café. Inaugurada em 2000, a casa é inteiramente decorada com obras de artistas. Além de embelezar o local, a ideia é que as obras sejam vendidas. “A agenda de reserva do espaço para exposição já está lotada até agosto de 2014”, conta a proprietária, Clarice Decker. O funcionamento é de terça a sábado, das 20h às 3h. A travessa possui inclusive uma casa de religião africana, remanescente do tempo em que os escravos habitavam a região. Dentre tantas cores, rostos, sons, aromas, sabores, cultura e religião, a antiga e, ao mesmo tempo, tão contemporânea Travessa dos Venezianos é um ponto belíssimo que atrai turistas e gente das redondezas diariamente.

TEXTO: Tainá Rios FOTOS: DÉBORA WASZELEWSKI A Cidade Baixa mais conhecida por suas noites agitadas, seus bares populares e casas noturnas, esconde outra realidade no turno inverso. O bairro é considerado o melhor ponto para comércio da capital gaúcha pelos próprios comerciantes. Muito conhecida pelos frequentadores e moradores do bairro, a Sorveteria Jóia, fica na esquina da Rua José do Patrocínio com a República. O comércio abre às 11h30 e permanece aberto até a meia-noite. Para o sorveteiro João Klein Saraiva, a clientela é bem variada, vai desde o “povão” até a classe mais fina, afirma. A produção não para mesmo nas estações mais frias. No verão, produz em torno de 160 litros por dia e, no inverno, a produção cai para quatro vezes menos. “Venho diariamente, bem cedo, para preparar as massas com as principais matérias-primas: leite, açúcar e os sabores”. A floricultura São Paulo Sul Flores fica na esquina da Rua República com a Lima Silva. Com 35 anos de experiência, Carlos Luiz Soares da Rocha trabalha com a venda de flores. Depois de um convite do cunhado, ele resolveu fundar o seu pequeno comércio que conta com a ajuda de três funcionários, segundo ele, mais do que isso, amigos. Um bom exemplo é a ajudante Beatriz Bonfim Garciáz, que trabalha desde a inauguração

da pequena floricultura e já perdeu as contas do tempo que está lá, devido a tantas idas e vindas. Junto com ela trabalham sua irmã Luiza Bonfim e o colega Laerso Volp Sobrinho. Todos relataram haver bastante movimento tanto nas datas comemorativas como em dias comuns. No bairro são encontradas casas de consertos de eletrodomésticos, lojas de presentes e de alimentos. Apesar de serem lojas de varejos comuns, todos os estabelecimentos permanecem abertos até o término do dia para também atender o público jovem do local.


É dia de feira, freguesia FERNANDA DUARTE

TEXTO: Luana Schranck FOTOS: FERNANDA DUARTE E PEDRO NUNES O sol ainda não nasceu. Muitas pessoas permanecem na cama quente. Uma Porto Alegre sonolenta acorda aos poucos. As estrelas ainda brilham no céu, e as primeiras bancas são erguidas para montar a Feira do Largo do Zumbi dos Palmares, Largo Epatur. As bancas sempre abrem aos sábado, às 7h, e permanecem por lá até às 13h, na Avenida Loureiro Silva. Com os primeiros raios de sol, a feira está completamente pronta, e os clientes vão chegando. O barulho das rodas dos carrinhos das pessoas se perde junto aos gritos dos feirantes oferecendo preços baixos da mercadoria. Legumes, doces, lanches, frutas. Tudo é exposto nas bancas feitas de madeira, ferro e lonas. Os feirantes estão sempre atentos aos clientes, mostrando os melhores produtos. Justo. Afinal de contas, a confiança da clientela é o mais importante. Coordenador da feira há três anos, Lairton Gayer calcula que no local há 50 vendedores divididos em 240 bancas. Cada um tem seu lugar marcado no Largo do Epatur e deve ter autorização da Smic (Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio).

PEDRO NUNES

O amor está no ar e nas flores

CURIOSIDADES TEXTO: GUILHERME MOSCOVICH

• Charmoso e vibrante, o bairro tem população diversificada e é de fácil acesso para qualquer região, devido à sua localização, perto do centro da cidade. O traçado das ruas e avenidas é ao estilo tabuleiro, que permite a caminhada sem riscos de se perder. O comércio é caracterizado por ambientes autênticos, com decoração e atendimento personalizados, que o torna ideal para quem gosta de um pouco de originalidade. • Popular entre os boêmios, o bairro não decepciona no quesito diversão. Além de bares, conta com boas opções gastronômicas. Um exemplo é o tradicional restaurante Tudo pelo Social, na João Alfredo, 448, que oferece refeições a preços baixos. Apesar das atrações, a Cidade Baixa já registrou problemas como buracos nas ruas, esgoto a céu aberto e brigas envolvendo grupos neonazistas – fazendo com que os bares fiquem cada vez mais rígidos no combate contra o preconceito.

PEDRO NUNES

• Na década de 80, a Cidade Baixa já era considerada reduto de universitários, principalmente da UFRGS. Durante anos, o bairro viu crescer bares, botecos, lojas e, ultimamente, novíssimos prédios comerciais. Com variadas opções de entretenimento, a vida noturna é agitada e o mix de lojinhas e ateliês faz com que o bairro assemelhe-se a San Telmo, em Buenos Aires, ou à Lapa carioca.

O casal de feirantes mais simpáticos da feira é Eduardo (E) e Dulce Perillo (C). Ele, um uruguaio, ela, brasileira. Casados há 42 anos, o feirante conta que a esposa o trouxe para o Brasil. Juntos, eles têm um casal de filhos. A banca deles é de flores, localizada quase ao lado da barraca de doces dos Crochemore. Com muito orgulho do que faz, Eduardo revela o motivo de estar ali vendendo na feira. “Tudo tem vida. Tenho muito orgulho dessas flores. Gosto do contato com o público e de conhecer pessoas.” O casal ainda trabalha no Brique na Redenção.

Caminho longo, fim de semana cheio

De pai para filho desde o início

Diversos feirantes vêm de muito longe para vender na feira, como é o caso da banca de doces Crochemore. Michael Crochemore e Nilberto Pepino são de Pelotas. Eles chegam à feira na sexta-feira à noite, depois de uma viagem de quatro horas e meia, e montam acampamento ali mesmo. Preferem assim a dirigir durante a madrugada. Por volta das 4h, os dois começam a organizar a banca de doces. Ambos trabalham durante a semana na indústria que leva o nome dos doces, que fica em uma colônia com cerca de 15 equitares, nas redondezas de Pelotas. Segundo Nilberto, trabalham na fábrica 15 funcionários. Entretanto, durante o período de safra da matéria-prima, contam com cerca de 60 pessoas. “É uma indústria que gera empregos,” confirma. Participando da feira há 20 anos, Nilberto e Michael ainda trabalham em mais duas durante o final de semana, em Porto Alegre. Só na feira no Largo do Epatur, atendem a mais ou menos 200 pessoas. “A tradição dos doces começou na feira,” finaliza Nilberto.

Um dos feirantes mais antigos é o agricultor Lauro Gayer, que há 31 anos vende no Largo. Vindo de Osório, ele atende de 500 a 600 pessoas por sábado na banca de legumes que ele mesmo produz. Seu filho, Lairton, cresceu na feira e, com isso, fez com que instalasse também uma banca ao lado do pai. Lauro explica que a feira ocorre desde outubro de 1982 e foi fundada pela Ceasa, junto à prefeitura de Porto Alegre e o governo, com o intuito de oferecer produtos mais baratos e de ótima qualidade ao consumidor. E os motivos para o agricultor continuar vendendo ali, depois de 31 anos? Ele gosta de ganhar um troco a mais. Lauro vende em Osório para um mercado da região.


GABRIEL POZZOBOM

MATHEUS MARTINS

O bar na década de 90

Um símbolo que completa 30 Anos Opinião é um dos principais bares de Porto Alegre

TEXTO: Maurício Trilha FOTO: GABRIEL POZZOBOM E MATHEUS MARTINS

I

mpossível contar a história da cidade baixa sem falar dele. Fundado em 18 de Outubro de 1983, o Opinião surgiu a partir da ideia de dois amigos estudantes de engenharia: Alexandre Lopes, o “Alemão”, e Cláudio Favero, o “Magrão”. O que era para ser apenas um “negócio para se divertir” se tornou referência e está prestes a completar 30 anos. Conhecido como o “templo do rock”, o bar faz parte da lembrança de pelo menos três gerações de porto-alegrenses. O nome do bar é uma homenagem ao grupo de teatro Opinião, um dos principais movimentos de resistência político-cultural dos anos 60 e 70 do Rio de Janeiro. A primeira versão da casa foi aberta na Rua Joaquim Nabuco, 563. O

local comportava 700 pessoas. Um personagem importante do início desta história foi Nando Gross, o músico e jornalista detém um título, é até hoje o campeão de shows no Opinião. Foram mais de 100 apresentações. “Eu lembro que o bar da Joaquim era um corredor grande, tinha um palco pequeno. Eu fazia voz e violão, tocava rock, pouca gente fazia isso. O pessoal era mais ligado em MPB, Chico, Caetano, Milton... Eu cheguei tocando rock e deu certo” , conta. Aos poucos, o espaço foi ficando pequeno. O bar lotava aos finais de semana e o público tomava conta das calçadas. Em 1986, após uma série de problemas com a vizinhança – o lugar não tinha isolamento acústico –, o negócio se mudou para a José do Patrocínio, onde está até hoje. “O único espaço que tinha disponível era bem menor, para 400 pessoas, mesmo assim, a gente foi. Precisávamos

de um lugar próximo e não podíamos sair de onde estávamos”, explica Alexandre, o Alemão, fundador do Opinião. Dez anos depois, em 1996, surgiu a oportunidade de comprar uma casa ao lado do bar. Da ampliação, se definiu a estrutura que conhecemos hoje. Em três décadas de existência foram mais de 5 mil noites de festa. A casa tornou-se referência não só para o público, mas também para os artistas. Hoje é difícil apontar uma banda nacional de expressão que não tenha passado pelo Opinião. Trinta anos depois, Alemão tenta explicar o sucesso do seu negócio: “O cara que frequenta o Opinião vira fã do bar, cria uma identificação. Nós não temos preconceitos. Todas as tribos frequentam, todo mundo se dá bem, ele reflete a Cidade Baixa. É um centro de cultura, muita coisa aconteceu ali. Nós envelhecemos, ele não, esse é o segredo”, finaliza.

CURIOSIDADES l No início, dois sócios eram os únicos funcionários da Opinião. Hoje, a empresa tem 150 colaboradores. l O gaúcho Antonio Villeroy foi o primeiro músico a se apresentar do Opinião, em 1986. l Em 1992 os proprietários criaram a Opinião Produtora, focada em shows internacionais: Iron Maiden, R.E.M, Kiss, Metallica e Mark Knopfler. l Em 1998, Bob Dylan se apresentou no Opinião. O show é lembrado até hoje como a apresentação mais memorável da história do bar. l Também em 98, durante a Copa do Mundo da França, o Opinião abriu uma filial na região da Côte d Azur, na beira da praia. l Em 2006, a produtora construiu o Pepsi On Stage, com capacidade para 7 mil pessoas. Já o Opinião pode receber 1.800. l Em Outubro deste ano, um evento no Anfiteatro Por do Sol vai marcar as comemorações de 30 anos do Opinião.

A BOEMIA CONTINUA TEXTO: Jonathan Oliveira FOTO: SCARLETT SEIXAS A reconhecida Cidade Baixa boêmia mudou. Há alguns anos, contava com grandes aglomerações nas ruas, dificultando ou até impossibilitando a passagem dos carros. Hoje, a situação é diferente. Recentemente, o bairro passou a sofrer com uma nova política implantada pela prefeitura. A nova diretriz inclui o fechamento precoce dos estabelecimentos, com limites de horário para o funcionamento. Os frequentadores alegam que a medida tornou o local mais perigoso devido à falta de circulação nas ruas depois do horário de limite de funcionamento dos bares. “Com a nova lei, os seguranças dos estabelecimentos, que antes ajudavam a quem passa por aqui, não estão nas ruas. A polícia só vem para fechar os bares”, contesta Eduarda Caponelli, estudante, de 20 anos. Mesmo com a falta de segurança e com

as portas dos bares fechando cedo, o público ainda tem motivos para frequentar a região. Os arredores do Bar Opinião e do Bar Garibaldi acumulam bastante público, principalmente nos finais de semana, deixando as calçadas cheias de consumidores. O ambiente menos

formal e mais descontraído é apontado como um dos pontos fortes da região. “A gente se sente à vontade aqui”, afirma a estudante Ariane Silva, 24 anos. “Aqui tem esse pessoal mais despojado e mesas na rua em espaços onde é possível comer

e beber bem e sem gastar muito dinheiro”, completa. Mateus Miranda Ribeiro, estudante de 19 anos, diferencia a Cidade Baixa de outras regiões movimentadas, como o bairro Moinhos de Vento. “Lá o cara tem de se preocupar mais com o que vai vestir do que com qualquer outra coisa.Aqui não tem isso, porque tem cerveja barata para encher a cara”, brinca. Em relação à vida noturna, o bairro está virando a página e ganhando novo fôlego. Campanhas como o Cidade Baixa em Alta e também outros eventos promovidos em espaços públicos renovam as energias de um dos locais mais adorados da Capital. Lucas Melo, estudante e músico, de 20 anos, diz que o bairro ainda guarda a sua efervescência cultural. ”Aqui é onde tudo acontece. A Cidade Baixa é onde a gente se descobre e vive Porto Alegre. Existem festas para outros lados, mas aqui é o pico de tudo, onde as coisas se criam, o epicentro”. Não é o fim para a boemia na nossa Cidade Baixa.

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Av. Luiz Manoel Gonzaga, 744, Bairro Três Figueiras - São Leopoldo/RS. Telefone: (51) 3591 1122. E-mail: unisinos@unisinos.br. Reitor: Marcelo Fernandes de Aquino. Vice-reitor: José Ivo Follmann. Pró-reitor Acadêmico: Pedro Gilberto Gomes. Pró-reitor de Administração: João Zani. Diretor da Unidade de Graduação: Gustavo Borba. Gerente de Bacharelados: Gustavo Fischer. Coordenadora do Curso de Jornalismo: Thaís Furtado — REDAÇÃO — O Lupa é um jornal produzido pelos alunos das disciplinas de Jornalismo Impresso I e Fotojornalismo do Curso de Jornalismo da Unisinos Porto Alegre. REPORTAGENS – Orientação: professora Anelise Zanoni Cardoso. Repórteres: alunos Graziela de Souza Busatta, Guilherme Lemchen Moscovich, Jonathan Oliveira, Luana Schranck, Maurício Trilha de Vargas, Sérgio Trentini Rolim e Tainá Nunes Rios. FOTOGRAFIAS – Orientação: professor Flávio Dutra. Fotógrafos: alunos Caroline Garske Rosa, Débora Maria Perez Vaszelewski, Douglas Dias Demoliner, Erika Santos Ferraz da Silva, Fernanda da Costa Duarte, Guilherme Engelke Gonçalves, João Pedro Mello da Cunha, Laís Souza Albuquerque, Lucas Oliveira dos Santos, Luís Felipe de Souza Matos, Matheus Ferreira Martins, Pedro Henrique Nunes, Scarlett de Seixas Rosa, Stephany Franco Pedroso, Vanessa Vargas dos Santos, Vinícius Nunes Ferrari. ARTE – Agência Experimental de Comunicação (Agexcom). Orientação: jornalista Marcelo Garcia. Projeto gráfico e diagramação: estagiária Amanda Heredia. Logotipo: estagiário Lucas Inhaia.


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