TCC arqurbuvv + Arquitetura da diversidade: Centro de Acolhimento para o público LGBTQ+

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ARQUITETURA E URBANISMO LUIZ OTHAVIO MIRANDA MANSUR MOREIRA

ARQUITETURA DA DIVERSIDADE: CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA O PÚBLICO LGBTQ+



UNIVERSIDADE VILA VELHA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

LUIZ OTHAVIO MIRANDA MANSUR MOREIRA

ARQUITETURA DA DIVERSIDADE: CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA O PÚBLICO LGBTQ+

VILA VELHA 2021


LUIZ OTHAVIO MIRANDA MANSUR MOREIRA

ARQUITETURA DA DIVERSIDADE: CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA O PÚBLICO LGBTQ+

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do Prof. Me. Andréia Fernandes Muniz.

VILA VELHA 2021


LUIZ OTHAVIO MIRANDA MANSUR MOREIRA

ARQUITETURA DA DIVERSIDADE: CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA O PÚBLICO LGBTQ+

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do Prof. Me. Andréia Fernandes Muniz. Aprovado em 06 de Dezembro de 2021. COMISSÃO EXAMINADORA _______________________________ Prof. Ma. Andréia Fernandes Muniz Orientador _______________________________ Prof. Me. Clóvis Aquino de Freitas Cunha Examinador interno _______________________________ Deboráh Sabará Examinador externo



Agradecimentos Agradeço primeiramente a mim mesmo por toda resiliência, esforço e comprometimento, os quais me permitiram concluir este grande e desafiador trabalho. A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A minha mãe Neuza que deu forças e me apoiou durante estes 5 anos. A minha avó que não esta mais ao meu lado, mas ficaria orgulhosa com minhas conquistas. Agradeço a minha família que me apoiou. Aos meus amigos, obrigado pela paciência, pelas palavras de conforto e principalmente por estarem sempre ao meu lado. Agradeço a minha amiga Sabrina, por aturar e compartilhar dos meus surtos e desespero. A minha orientadora Andréia por ser a pessoa perfeita para me ajudar a concluir essa pesquisa. Obrigado por dedicar seu tempo , pela confiança e toda sua sabedoria. Agradeço ao professor Clóvis por aceitar o convite de ser parte integrante da banca e por contribuir com sua experiência. Agradeço a Déborah por se disponibilizar tão prontamente em participar da banca colaborando com este trabalho. A todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente neste trabalho, meu muito obrigado.


RESUMO   Os espaços de acolhimento geralmente são criados em um contexto de emergência com a função de proteger um público alvo, desenvolvendo ferramentas para atender suas necessidades, garantindo um acolhimento que propicie a evolução dos acolhidos durante a estadia nas instituições. A comunidade LGBTQ+ necessita de espaços destinados a atender a sua população, seja no espaço público ou privado, que estimule o desenvolvimento profissional e pessoal, dê atenção às questões relacionadas à saúde, e principalmente seja seguro contra a violência encontrada na sociedade e muitas vezes dentro de casa, possibilitando a expressão da diversidade e se caracterize como um espaço sem preconceito. Neste contexto, este trabalho objetiva desenvolver um projeto a nível Estudo Preliminar de um centro de acolhimento para o público LGBTQ+ no Centro de Vitória-ES, aplicando os conceitos de Open Space e autonomia, o primeiro na setorização interna de seus ambientes e o segundo nas tecnologias do edifício e na sua proposta de funcionamento. O centro irá possuir três setores principais, alojamento, clínica social e centro cultural, definidos a partir da pesquisa sobre a vivência e necessidades do público LGBTQ+, através da história do movimento, de suas lutas e mobilizações, e análise de estudos de caso, de centros e organizações de acolhimento do público LGBTQ+ nacionais e internacionais com resultado final de uma instituição que dialogue e se integre com a região o qual está inserida de forma que o centro seja parte do desenvolvimento da comunidade ao entorno e das pessoas acolhidas. PALAVRAS

CHAVE:

Centro

de

acolhimento,

desenvolvimento, diversidade, integração

comunidade

LGBTQ+,


ABSTRACT Resumo   Caring centers are generally created in an emergency context with the purpose of protecting a target audience, developing tools to meet their needs, ensuring a reception that enables the evolution of those cared for during their stay in the institutions. The LGBTQ+ community lacks spaces designed to serve its population, whether in public or private space, that encourage professional and personal development, pay attention to health-related issues, and especially be safe from the violence found in society and often within from home, enabling the expression of diversity and characterized as a space without prejudice.    In this context, this work aims to develop a project at the Preliminary Study level of a Caring center for the LGBTQ+ public in the Center of Vitória-ES, applying the concepts of Open Space and autonomy, the first in the internal sectorization of their spaces and the second in building technologies and in its operating proposal. The center will have three main sectors, accommodation, social clinic and cultural center, defined from the research based on the experience and needs of the LGBTQ+ public, through the history of the movement, its struggles and mobilizations, and analysis of case studies, centers and organizations that welcome national and international LGBTQ+ public, with the final result of an institution that dialogues and integrates with the region which is inserted in such a way that the center is part of the development of the surrounding community and the people welcomed.

KEYWORDS: Caring center, LGBTQ + community, development, diversity, integration.


LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Ciclo de exclusão FIGURA 2 - Ciclo de inclusão FIGURA 3 - Edição de Agosto de 1978 de ‘O Lampião da Esquina’ FIGURA 4 - Parada LGBTQ+ 2015 Belo Horizonte - MG FIGURA 5 - Praia de ipanema, Rio de Janeiro - RJ FIGURA 6 - Parada LGBTQ+ 2019, São Paulo - SP FIGURA 7 - Encontro LGBTQ+, Largo do Arouche - SP FIGURA 8 - 15ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo - SP FIGURA 9 - Logotipo Casa 1 FIGURA 10 - Localização dos edifícios Casa 1 FIGURA 11 - Alojamento Casa 1 FIGURA 12 - Clínica Social Casa 1 FIGURA 13 - Centro Cultural Casa 1 FIGURA 14 - Plantas esquemáticas alojamento Casa 1 FIGURA 15 - Quarto do alojamento Casa 1 FIGURA 16 - Cozinha do alojamento Casa 1 FIGURA 17 - Recepção Clínica social Casa 1


LISTA DE FIGURAS FIGURA 18 - Consultório Clínica social Casa 1 FIGURA 19 - Logotipo Los Angeles LGBT Center FIGURA 20 - The McDonald/Wright building Center FIGURA 21 - Anita May Rosenstein Campus FIGURA 22 - Anita May Rosenstein Campus FIGURA 23 - Mapa de localização Vitória-ES FIGURA 24 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 25 - Localização da área de intervenção FIGURA 26 - Avenida Princesa Isabel FIGURA 27 - Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes FIGURA 28 - Rua Governador José Sette FIGURA 29 - Mapa de Mobilidade FIGURA 30 - Mapa de Uso do Solo FIGURA 31 - Mapa de Atrativos Turísticos FIGURA 32 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 33 - Esquema de Setorização FIGURA 34 - Esquema de Setorização


LISTA DE FIGURAS FIGURA 35 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 36 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 37 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 38 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 39 - Planta Baixa Térreo FIGURA 40 - Planta Baixa 2º Pavimento FIGURA 41 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 42 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 43 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 44 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 45 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 46 - Planta Baixa 3º Pavimento FIGURA 47 - Planta Baixa Paisagismo FIGURA 48 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 49 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+ (Autor do projeto) FIGURA 50 - Corte Esquemático AA FIGURA 51 - Corte Esquemático BB


LISTA DE FIGURAS FIGURA 52 - Fachada Frontal Centro Cultural FIGURA 53 - Fachada Lateral Esquerda Centro Cultural FIGURA 54 - Fachada Lateral Direita Centro Cultural FIGURA 55 - Fachada Fundos Centro Cultural FIGURA 56 - Fachada Frontal Centro de Acolhimento FIGURA 57 - Fachada Lateral Direita Centro de Acolhimento FIGURA 58 - Fachada Lateral Esquerda Centro de Acolhimento FIGURA 59 - Fachada Fundos Centro de Acolhimento FIGURA 60 - Bandeira LGBTQ+ FIGURA 61 - Jardim Vertical FIGURA 62 - Pintura por Eduardo Kobra FIGURA 63 - Brise Horizontal FIGURA 64 - Publicidade em Painéis de Led

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Índices Urbanísticos TABELA 2 - Programa de necessidades


S U M Á R I O

20

16

2. A comunidade LGBTQ+

1. Introdução 1.1. Justificativa 18 1.2. Objetivo Geral 18 1.3. Objetivo Específico 18 1.4. Metodologia 19 1.5. Organização dos Capítulos 19

26

3. ESTUDO DE CASO 3.1. Casa 1 27 3.2. Los Angeles LGBT Center 31


34

42

5. PROPOSTA PROJETUAL

4. O PROJETO 4.1. Diretrizes do projeto 35 4.2. Conceito 35 4.3. Programa de Necessidades 36 4.4. Área de intervenção 37

52

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 6.1. Conclusão 52 7. Referências bibliográficas 54


01

I N T R O D U Ç Ã O

1.1. Justificativa 22 1.2. Objetivo Geral 23 1.3. Objetivo Específico 23 1.4. Metodologia 23 1.5. Organização dos Capítulos 23


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1. Introdução   Nas últimas décadas a comunidade LGBTQ+ obteve uma série de conquistas, como o reconhecimento jurídico da identidade de gênero, o uso do nome social por pessoas transgênero e a doação de sangue por pessoas LGBTQ+, e percebe-se que tais conquistas são provenientes do fortalecimento do ativismo social e inserção da comunidade em ambientes políticos do país. Atualmente é possível perceber que a luta da comunidade LGBTQ+ está ganhando cada vez mais força e número, além de possuir mais ferramentas de auxílio, como as mídias sociais e personalidades públicas no movimento , mas é necessário destacar que o caminho que falta percorrer é ainda mais longo do que já foi percorrido, e que ainda existem dificuldades a serem vencidas, apesar da necessidade de celebrar as conquistas já adquiridas.   Existe uma grande necessidade de criar espaços voltados à população LGBTQ+ na cidade, lugares de vivência e encontros, que promovam o fortalecimento e troca de experiências dentro "Precisamos lembrar que nossa maior força está no nosso amor pela vida e pelas cores, pela beleza e pela música, pela dança e pela alegria. Essa é a nossa arma secreta. É algo que a oposição não tem. Mantenham essas coisas perto de seus corações, porque em tempos de guerra, isso irá sustentá-los." Rupaul

da comunidade, os quais possuam a identidade e resistência dessas pessoas e que transmitam segurança e acolhimento para quem os procura.


1.1. Justificativa

1.2. Objetivo Geral

A construção desse tema nasce da inquietação em razão

Este trabalho tem por objetivo elaborar um projeto

da ausência de espaços de acolhimento, lazer, cultura e

arquitetônico, a nível de Estudo Preliminar, de um Centro de

trabalho para a comunidade LGBTQ+ na região da Grande

Acolhimento para atender as necessidades da

Vitória- ES, que desenvolvam e promovam experiências para

LGBTQ+ localizado no Centro de Vitória-ES, sendo um espaço

essa população. A forma de acolhimento institucional é uma

que irá atuar desde questões clínicas a questões sociais,

importante medida para a proteção do público LGBTQ+, os

formando um lugar de vivência, amparo e proteção através

quais tiveram de alguma forma seus direitos violados. O centro

dos seus 3 eixos de sua composição espacial: Alojamento,

ou instituição de acolhimento procura suprir as necessidades de

Atendimento clínico e Espaço cultural, atendendo jovens, adultos

moradia, cultura, trabalho e lazer, de modo a auxiliar no ganho

e idosos. A partir disso, o conceito principal de formação do

de conquistas desta comunidade dentro da sociedade, o qual

projeto é a autonomia, implementando tecnologias sustentáveis

será realizado por 3 linhas de atuação traduzidas em setores

para a autossuficiência da edificação, e também o conceito

principais para a edificação.

de Open Space para os espaços internos, através da menor

O espaço procura desenvolver a autonomia e empoderamento

segmentação entre ambientes, promovendo espaços amplos

em jovens e adultos LGBTQ+ de diversas idades, a partir de

população

e inclusivos, mas ainda sim proporcionando privacidade aos

ações dentro dos seus eixos principais, Alojamento, Atendimento

acolhidos pelo centro, promovendo coletividade e a formação

clínico e Centro cultural, buscando gerar capacitações

1.3. Objetivos Específicos

profissionais e impulsionamento de carreiras, tratamento

de comunidade.

clínico e psicológico para os acolhidos e comunidade do

•Identificar o Público LGBTQ+;

entorno, programações culturais e atrações de lazer difundindo

•Apresentar um breve panorama histórico da comunidade

informação e conhecimento e garantir qualidade de vida aos

LGBTQ+;

acolhidos.

•Entender as necessidades de acolhimento (Médicas, Sociais, Trabalho e cultural) do público LGBTQ+;

INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

19| 48 98

•Apresentar e analisar referências projetuais de instituições de

•Seguidamente concepção do projeto arquitetônico resultando

acolhimento nacionais e internacionais com foco na comunidade

em um conjunto de plantas baixas e imagens digitais.

LGBTQ+, compreendendo e avaliando o funcionamentos dos mesmos;

1.5. Organização dos Capítulos

•Definir a localização do centro de acolhimento, com a escolha

O primeiro capítulo consiste na contextualização do tema,

e análise da área de intervenção;

justificativa, e metodologias a serem utilizadas para alcance

•Elaborar o projeto arquitetônico a nível de Estudo Preliminar

dos objetivos gerais e específicos.

para o centro de acolhimento para comunidade LGBTQ+ no

O segundo consiste na apresentação geral da história da

Centro de Vitória-ES.

comunidade LGBTQ+, seus marcos na trajetória de luta dessa

1.4. Metodologia e Estrutura do Trabalho

população e suas necessidades.

A metodologia utilizada é composta por quatro etapas:

localizada em São Paulo-SP e o Los Angeles LGBT community

•A primeira etapa para o desenvolvimento do tema é a pesquisa

center em Los Angeles, ONGS de apoio e acolhimento do

e embasamento teórico sobre a vivência e necessidades do

O terceiro capítulo abordará um estudo de caso da Casa 1,

público LGBTQ+, analisando suas principais características e

público LGBTQ+, a partir da história do movimento, de suas lutas

formas de atuação.

e mobilizações, por meio de textos científicos e bibliografias;

O quarto capítulo compreende informações sobre o projeto,

•Pesquisa e análise de estudos de caso, de centros e

o programa de necessidades com pré-dimensionamento dos

organizações de acolhimento do público LGBTQ+ nacionais e internacionais, observando como foi traduzido as necessidades

ambientes do centro de acolhimento, a apresentação dos conceitos escolhidos para a composição do projeto e a definição

da comunidade para as decisões de projeto;

e análises da área de intervenção.

•Em seguida é feita a definição do local de intervenção a

No quinto capítulo foram feitas as considerações finas,

partir da análise crítica das etapas anteriores e análise das condicionantes físicas e naturais do terreno escolhido;

apresentando a conclusão sobre o projeto. No sexto e último capítulo foram apresentadas todas as referências bibliográficas que compõe o projeto.


02

A L G C B O T M Q U + N I D A D E


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2. A comunidade LGBTQ+   Ao longo dos anos a comunidade LGBTQ+ obteve muitas conquistas por meio de lutas e manifestações sociais que provém da trajetória de muitas gerações e pessoas que se tornaram símbolo de resistência, desde Marsha P. Johnson a Pabllo Vittar atualmente, as quais de alguma forma contribuíram e contribuem para a construção dos direitos e o empoderamento demonstrados hodiernamente.   Existem ainda muitos feitos e conquistas que a comunidade almeja alcançar com sua luta e movimento, como: criminalização da LGBTfobia; Fim da criminalização da homossexualidade (e consequentemente das punições previstas pelas leis que criminalizam a prática); Despatologização das identidades transexuais; entre outros. Apesar das dificuldades encontradas ao longo do tempo, é notável a construção de uma comunidade forte e representativa, e que possui uma história significativa de lutas e conquistas, que demonstra hoje todo o empoderamento construído a partir dessa trajetória.   É preciso salientar que hoje no brasil a população LGBTQ+ sofre com a ausência de pesquisas e estatísticas sobre a sua comunidade. Como exemplo, o Instituto brasieleiro de "Consideramos justa toda forma de amor." Lulu Santos

geografia e estatística (IBGE), maior censo demográfico da


Figura 2 - Ciclo de inclusão

A COMUNIDADE LGBTQ+

geografia e estatística (IBGE), maior censo demográfico da américa latina, ainda não possui perguntas voltadas ao público LGBTQ+, como questões sobre perfil social, geográfico, cultural e econômico, o que implica na dificuldade futura da elaboração de políticas públicas voltadas especificamente para a comunidade.   Apesar da dificuldade na captação de dados sobre o perfil da

Fonte: Think with Google

comunidade LGBTQ+, segundo uma pesquisa do Google e Box

Um marco na luta dos direitos LGBTQ+, aconteceu no

1824, foi possível traçar um ciclo de exclusão da população

meio século passado. A rebelião de Stonewall, no dia 28 de

LGBTQ+. A exclusão, segundo o estudo, geralmente, começa

junho de 1969, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos,

no âmbito familiar, e reflete no acesso à educação, nas

em um tempo em que não ser heterossexual era ilegal. Foi

chances de inserção no mercado de trabalho e na falta de

quando a repressão policial contra pessoas LGBTQ+ se

representatividade política, por fim culminando na violência

deparou com a resistência do movimento no bar Stonewall

encontrada na sociedade. Além da exclusão, o estudo ainda

Inn, que desencadeou ações contra essas repressões em

aponta para um ciclo de inclusão, que indica que a partir da

um período de seis dias, e devido a esse acontecimento, 8

oportunidade profissional é possível reverter ou eliminar todo

de junho é considerado o Dia Internacional do Orgulho LGBT.

esse ciclo destrutivo. (ENGLERT E MARINHO, 2019)

(CARTER,2004)

Figura 1 - Ciclo de exclusão

A partir da década de 70, no período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), a luta LGBTQ+ começa a demonstrar seus primeiros sinais. Através de publicações alternativas LGBTQs que abordavam questões sociais, começou-se a denunciar atos violentos e discriminatórios contra a comunidade, o que foi fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento da Fonte: Think with Google

população LGBTQ+, as quais se destacam: os jornais


A COMUNIDADE LGBTQ+

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Lampião da Esquina e ChanacomChana que eram veiculados

Bissexuais e Transsexuais) e atualmente as organizações

em bares e clubes de encontro LGBTQ+, chamados na época

políticas internacionais como a ONU, adotam a sigla “LGBT”

de ́ ́Guetos ́ ́.(FERRAZ, 2017).

(lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e a adição do

Figura 3 - Edição de Agosto de 1978 de ‘O Lampião da Esquina'

símbolo ‘‘+’’, utilizado para incluir pessoas que não se sintam representadas por nenhuma dessas letras.(FERRAZ, 2017).A   A partir da história e alguns marcos do movimento é possível identificar algumas necessidades desse público. As pessoas que por motivos de rejeição familiar, e que se encontram na situação de rua, carecem de espaços de acolhimento e que tragam segurança, e gerem oportunidades para o crescimento profissional e pessoal desse público específico. Pessoas que vivem com HIV, ou desenvolveram AIDS, necessitam de espaços de atendimento

Fonte: IBDSEX

médico regular, e que forneça medicação necessária para o

Na década de 80, a comunidade LGBTQ+ teve um grande

tratamento. Transexuais e travestis que encontram na prostituição

choque, a epidemia do vírus HIV matou muitos LGBTQ’s no

o único meio de ganho renda, necessitam de espaços que

mundo todo e gerou um grande impacto na base do movimento.

impulsionam o conhecimento e aperfeiçoamento profissional,

Toda essa epidemia trouxe um estigma para a comunidade,

e que geram oportunidades de trabalho. Pessoas dentro da

que até nos dias atuais é vista como portadora e disseminadora

comunidade, que de alguma forma possuem traumas, em razão

de uma doença incurável, que não apenas essa parcela da

da violência psicológica e física sofrida em decorrência da sua

população está sujeita, mas que foi chamada de “câncer gay”

sexualidade, necessitam de atendimento psicoterapêutico para

na época.(BARBARÁ, SACHETTI E CREPALDI, 2015).

tratamento emocional.

A sigla de identificação da comunidade já passou por

Além das necessidades específicas citadas anteriormente,

algumas atualizações, a princípio “GLS” (Gays, lésbicas e

existem necessidades e problemas comuns a todo público dentro

simpatizantes), se transformou em ‘‘GLBT’’ (Gays, lésbicas,

da comunidade LGBTQ+. O problema principal na relação da


24 | 48 98 Figura 6 - Parada LGBTQ+ 2019, São Paulo-SP

A COMUNIDADE LGBTQ+

comunidade com espaços públicos, é a resistência de uma grande parcela da população com o direito de ir e vir de pessoas LGBTQ+ no dia a dia das cidades, transmitindo o sentimento de negação em relação ao direito à cidade para a comunidade LGBTQ+, e além disso, gerando segregação social dentro do espaço urbano. Figura 4 - Parada LGBTQ+ 2015 Belo Horizonte-MG

Fonte: G1 São Paulo Figura 7 - Encontro LGBTQ+, Largo do Arouche-SP

Fonte: Site Fundação Doimo Fonte: Jornal da

Figura 5 - Praia de ipanema, Rio de Janeiro-RJ

Figura 8 - 15ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo - SP

Fonte: Veja Rio

Fonte: Site CTB


A COMUNIDADE LGBTQ+

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A arquitetura inclusiva pode garantir ambientes adequados para a sociedade, através da apropriação e criação de espaços mais seguros, onde as pessoas apoiam as vivências umas das outras e geram espaços de segurança comuns. Ferramentas como a implantação de áreas abertas e livres, por exemplo, geram espaços mais permeáveis com maior possibilidade de apropriação e convivências, são estratégias para que as cidades e a sociedade desenvolvam espaços que propiciem o encontro das diferenças de forma espontânea, onde as pessoas possam conviver de forma orgânica com a diversidade.


03

E S T U D O S

C A S O S

D E

3.1. Casa 1 22 3.2. Los Angeles LGBT Center 23


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3. Estudos de casos 3.1. Casa 1 Figura 9 - Logotipo Casa 1

Fonte: Site Casa 1

Casa 1 é uma ONG localizada em São Paulo-SP, iniciada em 2017, que já abrigou mais de 380 jovens LGBTQ+ expulsos de casa. O projeto contempla jovens de 18 a 25 anos residentes da cidade de São Paulo, com o objetivo de ser uma casa temporária, realizando um trabalho multidisciplinar para que os jovens acolhidos desenvolvam autonomia para estabelecerem suas trajetórias a partir da estadia no programa. Além da moradia, alimentação e transporte, as pessoas acolhidas pela ONG recebem todo um suporte de assistência social “Todos os jovens, independentemente da sua orientação sexual ou identidade, merecem um ambiente seguro e solidário para que possa atingir todo o seu potencial” Harvey Milk

para organização de documentações, apoio nos processos de continuidade ou retomada dos estudos, empregabilidade, atendimentos de saúde clínica e mental, bem como acesso à


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toda programação do centro cultural. O projeto da Casa 1 é

Figura 11 - Alojamento Casa 1

ESTUDOS DE CASOS

definido como uma “infraestrutura de cuidado”, cujo principal objetivo é oferecer condições para que pessoas LGBTQ+ alcancem autonomia financeira e consigam alavancar sua própria vida. (DUARTE, 2020)  Atualmente o projeto contempla três edifícios, todos localizados no bairro Bixiga em São Paulo - SP, cada um com linha de atuação: Alojamento, clínica social que provém atendimento médico, psicológico, psiquiátrico e nutricional para

Fonte: Site Casa 1 Figura 12 - Clínica social Casa 1

a comunidade LGBTQ+ e o centro cultural, com programações de cultura e lazer para os acolhimentos e comunidade do bairro. Figura 10 - Localização dos edifícios Casa 1

Fonte: Site Casa 1 Figura 13 - Centro cultural Casa 1

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Site Casa 1


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ESTUDOS DE CASOS

Inicialmente com apenas o centro de acolhimento, implantado

Figura 15- Quarto do alojamento Casa 1

em uma estrutura antiga e adaptada em um sobrado, o espaço já passou por algumas reformas por meio da mobilização e doações de pessoas da comunidade e que se identificam com a causa, visando melhoria da segurança e qualidade para seus frequentadores. O alojamento possui um sistema de rotatividade devido a limitação do espaço existente, o qual fornece 20 vagas no período de 4 meses, para que os jovens acolhidos desenvolvam autonomia. O edifício possui dois pavimentos, no térreo á três espaços comerciais adaptados para uma estrutura

Fonte: Site Casa 1 Figura 16 - Cozinha do alojamento Casa 1

cultural e assistencial, um espaço de convivência e um coletivo de costura. No pavimento superior fica o espaço de dormitório com dez camas beliches, armários, lockers, sapateiras, cozinha, banheiro e área de serviço.(DUARTE, 2020) Figura 14 - Plantas esquemáticas alojamento Casa 1 Fonte: Site Casa 1

A clínica social, localizada próxima ao alojamento, foi inaugurada em maio de 2019 e possui 10 salas de atendimento individual, onde atende cerca de 120 pacientes por mês e realiza 40 plantões de escuta. Os serviços ofertados são o

atendimento

psicoterápico

continuado,

atendimento

psiquiátrico, acompanhamento com nutricionistas, plantão de Fonte: Site Casa 1

escuta e diversas modalidades de terapias complementares, todos oferecidos gratuitamente ou com valores sociais.


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casa1.   É importante observar que a construção e desenvolvimento do projeto possui grande apoio e mobilização da população do entorno em que está inserido e da comunidade atendida, os seus 3 edifícios traduzem toda a característica dos eixos de acolhimento, saúde e cultura propostos pelo projeto. Apesar da Fonte: Site Casa 1

forte movimentação social, o projeto dos edifícios, principalmente o prédio inicial, não possuíram planejamento ou projeto primário,

Figura 18- Consultório Clínica social Casa 1

por demandar de uma ação rápida e improvisada para atender os objetivos da ONG, em virtude disso os edifícios precisaram passar por algumas reformas por estarem localizados em prédios com estruturas antigas, utilizando a técnica de retrofit buscando melhoria de instalações antigas atualizando o espaço, corrigindo problemas e tornando-o mais seguro e confortável Fonte: Site Casa 1

Como uma organização sem fins lucrativos, o projeto se viabiliza por meio de trabalhos voluntários e principalmente doações da comunidade. O projeto possui uma plataforma de financiamento coletivo, o qual pessoas interessadas a contribuir com a organização possam realizar doações em dinheiro de valores únicos e valores mensais de R$10,00 a R$150,00 por meio de uma assinatura que realiza as cobranças via cartão de crédito. Atualmente a Casa 1 possui cerca

para os acolhidos.

ESTUDOS DE CASOS

de 1719 assinantes, consultados no site https://benfeitoria.com/

Figura 17- Recepção Clínica social Casa 1


ESTUDOS DE CASOS

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3.2. Los Angeles LGBT Center

a representar toda a diversidade de membros; Inovação,

Figura 19 - Logotipo Los Angeles LGBT Center

coletivo para promover a missão do Centro.

construção de programas pioneiros; Integridade, trabalho   O

Los Angeles LGBT Center é um dos maiores e mais

experientes provedores de saúde LGBT e saúde mental, promovendo atendimento e tratamento a lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, proporcionando uma Fonte: Site Los Angeles LGBT Center

vida mais

saudável e segura, onde pessoas de todas as idades encontram

Desde 1969, o Los Angeles LGBT Center tem cuidado,

ajuda.

defendido e celebrado indivíduos e famílias LGBT em Los

O centro possui diversas frentes de atuação, desde abrigar

Angeles nos Estados Unidos. Hoje, os quase 800 funcionários

jovens sem-teto, oferecer moradia acessível para idosos até

do Centro prestam serviços para mais pessoas LGBT do que

ajudar pessoas transexuais a encontrar emprego e fornecer apoio

qualquer outra organização no mundo, oferecendo programas,

jurídico para requerentes de asilo. O caráter cultural também é

serviços e defesa global que abrangem quatro grandes

marcante no centro, existe produção de performances ao vivo e

categorias: Saúde, Serviços Sociais e Habitação, Cultura e

exibições que mostram e celebram experiências da comunidade

Educação, Liderança e Defesa. O objetivo principal da instituição

LGBT, difundindo conhecimento e informação e ao mesmo

é construir um mundo onde as pessoas LGBT prosperem como

tempo ajudando pessoas a se conectarem umas com as outras.

membros saudáveis, iguais e completos da sociedade.

O Los Angeles LGBT Center apresenta uma escala

O centro possui cinco valores principais na sua concepção:

maior comparada aos centros de acolhimentos do Brasil,

Respeito, oferecendo um ambiente em que a individualidade

o centro em suas 4 áreas principais de atuação, citadas

é vista como força e todas as pessoas são tratadas de forma

anteriormente,

justa e digna; Excelência, dedicação à mais alta qualidade em

um público maior dentro da comunidade LGBTQ+ desde

todos os programas e serviços oferecidos; Inclusão, a crença

jovens a adultos, e com necessidades distintas, desde

na necessidade de diferentes perspectivas e comprometimento

resolução de problemas jurídicos a atendimentos clínicos.

realiza

atividades

diversas

abrangendo


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Devido a sua abrangência e tempo de atuação, recentemente

Figura 21- Anita May Rosenstein Campus

ESTUDOS DE CASOS

o centro inaugurou mais um campus de atuação, totalizando 9 campus, todos localizados em Los Angeles, o Anita May Rosenstein Campus, com um conceito de imponência e empoderamento trazidos para o edifícios, e utilizações de materiais marcados na arquitetura contemporânea, como Vidro e concreto, exercendo o papel de ícone para a comunidade em meio ao espaço urbano.

Fonte: Site Los Angeles LGBT Center Figura 22- Anita May Rosenstein Campus

Figura 20- The McDonald/Wright building Center

Fonte: Site Los Angeles LGBT Center

Fonte: Site Los Angeles LGBT Center


ESTUDOS DE CASOS


04

P R O P O S T A

P R O J E T U A L


ARQUITETURA DA DIVERSIDADE:

CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA O PÚBLICO LGBTQ+

Figura 23 - Mapa de localização de Vitória-ES

Os espaços de acolhimento geralmente são criados em um contexto de emergência com a função de proteger um público alvo, desenvolvendo ferramentas para atender suas necessidades, garantindo um acolhimento que

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propicie a evolução dos acolhidos durante a estadia nas instituições. A comunidade LGBTQ+ necessita de espaços destinados a atender a sua população, seja no espaço público ou privado, que estimule o desenvolvimento profissional e pessoal, dê atenção às questões relacionadas à saúde, e principalmente seja seguro contra a violência encontrada na sociedade e muitas vezes dentro de casa, possibilitando a expressão da diversidade, e se caracterize como um espaço sem preconceito.

VITÓRIA

O bairro Centro de Vitória-ES destaca-se pela importância e referência na cena cultural do município e do estado, constituindo um espaço democrático e de encontro da diversidade, propiciando eventos culturais, espaços de lazer e trabalho, reforçando sua importância econômica e histórica para a região. Além disso, o centro possui forte

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

CIDADE DE VITÓRIA

CENTRO DE VITÓRIA

característica arquitetônica, detendo grandes marcos do patrimônio histórico do estado, como o palácio Anchieta e a catedral de Vitoria.   Logo a escolha pela área de intervenção veio por sua localização estratégica, por toda sua característica cultural, social, turística, econômica e pela diversidade de públicos que se encontra na região.

01/09-- 5. PROPOSTA PROJETUAL 01/09

Figura 31-

Figura 24 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor


02/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

Figura Isabel

LOCALIZAÇÃO

26- Av.

PrincesaFigura 29 - Mapa de Mobilidade

MOBILIDADE

36| 98

Fonte: Google Maps Figura 27- Av. Marechal Mascarenhas de Moraes

ec Av. Mar

Av. M

ha

renhas l Masca

de Mora

es

Figura 30 - Mapa de Uso do Solo

USO DO SOLO

Fonte: Google Maps

Masca arechal

renhas

d

s e Morae

Figura 25 - Localização da área de intervenção

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 28- R. Governador José Sette

Fonte: Google Maps

O terreno escolhido está localizado no litoral da baía de Vitória, se

presente no bairro também é um grande atrativo turístico, a área

caracterizando atualmente como um vazio urbano, contemplando

abriga diversos edifícios da história da arquitetura capixaba

uma área total de aproximadamente 2994 m², sendo delimitado

como a Catedral Metropolitana de Vitória e o Palácio Anchieta

pela rua Dr. Aristides Campos, rua Alda Maria Lyra Vicentini, Rua

Além de ser um grande marco cultural, o centro de Vitória

Governador José Sette com características coletoras, de menor

possui forte característica histórica que impacta no traçado

fluxo de veículos, e Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes

urbano, o bairro possui uma divisão de cidade alta e cidade

com característica arterial apresentando maior fluxo de veículos,

baixa devido a característica urbana do período colonial, a

ao lado da praça Princesa Isabel, possuindo grande cobertura de

primeira possuindo caráter residencial e a segunda com caráter

pontos de ônibus coletivos .

comercial. O terreno escolhido está localizado na cidade baixa,

A área abrange grande parte das concentrações e eventos de

o qual possui forte característica comercial como se pode

cunho cultural da região da Grande Vitória, como o carnaval de

observar na maioria de lotes com uso comercial ao entorno da

Vitória, além de espaços com apresentações artísticas como a

área de intervenção, sendo de diversas tipologias como lojas,

galeria Homero Massena, o Teatro Carlos Gomes e o Museu de

restaurantes, padarias, bares, edifícios corporativos e comércios

Arte do Espírito Santo, e espaços da vida noturna, como o popular

informais

Bar da Zilda conhecido por suas rodas de samba e a rua sete,

além de uma pequena parcela de lotes residenciais e de uso

que atrai um público diverso. A característica patrimonial histórico

misto, como indicado no mapa de uso do solo na figura 30 .

demonstrando

forte

característica

Figura 31 - Mapa de Atrativos Turístico

Fonte: Elaborado pelo autor

ATRATIVOS TURÍSTICO

econômica, Fonte: Elaborado pelo autor


Figura 32- Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor

03/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

DIRETRIZES PROJETUAIS

O PROJETO

37 | 98

INTEGRAÇÃO

AUTONOMIA

Promover a integração da população

Desenvolver

local

Edificação

acolhida com o entorno onde será

população acolhida através de atividades

nas

desenvolvidas

pela

resistência e segurança para a população,

inserido

de cultura, lazer e capacitação;

instituição, de forma a contribuir para o

abrigando uma estrutura com serviços

conexão do espaço sociourbano com a

desenvolvimento e evolução das pessoas

para atender a comunidade, agindo

edificação;

acolhidas e do centro de acolhimento;

também como espaço de difusão cultural.

forma

a

promover

a

autonomia

da

Participação

da

SÍMBOLO

população

de

a

PARTICIPAÇÃO atividades

como

um

símbolo

de

Tabela 01- Índices Urbanísticos

Segundo o Plano Diretor Urbano de Vitória (PDU), Lei nº 9271/2018, a

USOS PERMITIDOS

área de intervenção está localizada na Zona de ocupação prioritária (ZOP

ATIVIDADES NÃO RESIDENCIAIS G1, G2, G3

GABARITO: 37,5M

37.5m

C.A.

2.8

C.A. min.

0.2

residências classificadas como G1, G2 e G3, e empreendimentos especiais

TAXA DE OCUP.

60%

G1, G2 e G3 (atividades comerciais e de serviços de vários ramos), na Lei

AFAST. FRONTAL

5m

também é possível identificar os seguintes índices urbanísticos.

AFAST. LATERAL

3m

5), composta por áreas em transformações urbanas ou com necessidade

CONDICIONANTES LEGAIS

ÍNDICES PERMITIDOS

de ocupação. O PDU tambem indica que nessa área é permitida apenas usos não

EMPREENDIMENTOS ESPECIAIS G1, G2, G3

Fonte: Prefeitura de Vitória


04/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

PROGRAMA DE NECESSIDADES

CONCEITO/PARTIDO/SETORIZAÇÃO

O programa de necessidade foi definido a partir da análise de edificações com programa

O Conceito e partido do projeto do Centro de acolhimento para o público LGBTQ+, surgiu

e atuação semelhantes, além das necessidades identificadas da comunidade LGBTQ+ e as demandas da área de intervenção.   A área estudada, por ser um terreno sem uso, não apresenta atributos representativos, apesar do seu entorno, a praça Princesa Isabel e a orla Beira mar apresentar característica pública, e os empreendimentos apresentarem grande fluxo de público.   O aspecto levado em consideração na elaboração do programa, foi gerar integração do centro de acolhimento com a comunidade local e o espaço público, de forma cultural, econômica e social, contendo atividades de vários usos e que possam acontecer em horários diferentes, tornando o espaço vivo e diverso.

38| 98

a partir da construção das diretrizes projetuais e condicionantes legais em conjunto com o programa e vocação do local. O projeto pretende criar um espaço público que reconheça e incentive a diversidade, a cultura e a segurança, de forma a promover o encontro de diferentes tipos de pessoas para diversos tipos de atividades.   Os edifícios trazem em sua constituição os conceitos de Autonomia e Open Space. O primeiro se refere ao edifício de forma a contemplar ferramentas sustentáveis e estratégias de conforto ambiental para o funcionamento da edificação de forma mais otimizada e autossuficiente, possibilitando a redução de custos para a instituição. Se refere também à comunidade atendida, de forma que o programa adotado e a operação do centro estimule e desenvolva a autonomia das pessoas acolhidas para que elas se aperfeiçoem no âmbito pessoal, educacional e profissional, através dos setores empregados, Alojamento, clinica social e Centro Cultural.

Tabela 02- Programa de Necessidades

O segundo conceito é pensado para organização dos ambientes da instituição, o conceito

SETOR 01 -

SETOR 02 -

SETOR 03 -

ADMINISTRATIVO/

ALOJAMENTO

CLÍNICA SOCIAL

ESPAÇO CULTURAL

SERVIÇOS

Open Space, também conhecido como Open Plan, muito empregado em ambientes corporativos, tem por finalidade promover a organização dos espaços de forma livre e fluida, ou seja, com menor divisão e segmentação dos ambientes, as chamadas plantas livres, proporcionando maior contato entre pessoas. A adoção deste conceito no centro de acolhimento, propicia a

83m² Recepção 3,34m² W.C. PCD COPA/APOIO SERVIÇO C5,47m² 2,7m² W.C. FUNCIONÁRIOS 117,52m² REFETÓRIO SALAS DE AULA 01 E 04 39,25m² SALAS DE AULA 02 E 05 27,4m² SALAS DE AULA 03 E 06 19,87m² 39,47m² ESPERA SALA DE CONVIVÊNCIA 37,52m² 33,17m² DORMITÓRIO 01 32,8m² DORMITÓRIO 02 32,39m² DORMITÓRIO 03 SALA DE PERTENCES 5,76m² VESTIÁRIO MASCULINO 14,04m² VESTIÁRIO FEMININO 14,04m² 6m² BANHO PCD

RECEPÇÃO W.C. PCD TRIAGEM ESPERA INTERNA W.C. PCD W.C. CONSULTÓRIO MÉDICO CONSULTÓRIO PSICÓLOGO SALA DE TERAPIA EM GRUPO SALA DE TERAPIA INFANTO-JUVENIL TESTAGEM W.C. MASCULINO FUNCIONÁRIOS W.C. FEMININO FUNCIONÁRIOS COPA DML

90,27m² 3,34m² 13,05m² 17,79m² 3,04m² 2,61m² 23,81m² 20,69m² 34,52m² 13,05m² 12,18m² 1,73m² 1,73m² 10,53m² 1,95m²

Recepção APOIO W.C. FUNCIONÁRIOS FOYER SNACK BAR W.C. MASCULINO W.C. FEMININO W.C. PCD AUDITÓRIO PALCO CAMARIM W.C. PCD DML LOJA 01 E 04 LOJA 02 E 03 PUB/BAR COZINHA W.C. MASCULINO W.C. FEMININO W.C. PCD ÁREA EXTERNA PUB

12,61m² 2,53m² 1,44m² 49,07m² 6,23m² 4,75m² 4,75m² 2,85m² 73,68m² 22,26m² 19,22m² 2,64m² 2,45m² 22,12m² 21,10m² 27,90m² 15,38m² 3,04m² 3,04m² 2,85m² 133,09m²

RECEPÇÃO 52,42m² W.C. PCD 3,34m² ATENDIMENTO 12,75m² SALA DE REUNIÕES 17,38m² GERÊNCIA 17,38m² FINANCEIRO 13,28m² ADMINISTRATIVO 13,28m² ARQUIVO 13,28m² COPA 10,63m² VESTIÁRIO FEMININO 14,04m² VESTIÁRIO MASCULINO 15,30m² DML 6,38m² RECEPÇÃO DE SERVIÇO 12,78m² TRIAGEM 6,84m² LIXO INTERNO 3,85m² DESPENSA 16,02m² COZINHA 60,94m² LAVANDERIA 10,80m² LIXO EXTERNO 10,86m² CENTRAL DE GÁS 10,85m² Fonte: Google Maps

comunicação e a socialização entre os diferentes tipos de público atendidos na instituição, atuando de forma a desenvolver a união, confiabilidade e segurança nos mesmos.

Figura 33 - Setorização

Figura 34 - Setorização

Fonte: Elaborado pelo autor CENTRO CULTURAL

CLÍNICA SOCIAL

LOJAS

ALOJAMENTOS

PRIDE PUB

ENSINO

ADM/SERVIÇOS

PASSARELA DE ACESSO

Fonte: Elaborado pelo autor RECEPÇÃO ALOJAMENTOS


05/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

ACESSO DE SERVIÇO/ CARGA E DESCARGA

ESTACIONAMENTO ACESSO ALOJAMENTOS/ 39 | 98 ENSINO ACESSO SERVIÇO CENTRO CULTURAL

1 ACESSO ADMINISTRATIVO/ CLÍNICA SOCIAL

3 O PROJETO

IMPLANTAÇÃO

4

ACESSO LOJAS

ACESSO CENTRO CULTURAL Figura 35 - Acervo do Autor, 2021

ESTACIONAMENTO

2

PRIDE PUB

PRAÇA DA DIVERSIDADE

Fonte: Elaborado pelo autor

1 2 3 4

RUA GOVERNADOR JOSÉ SETTE AVENIDA MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES RUA DR. ARISTIDES CAMPOS RUA ALDA MARIA LYRA VICENTINI

O edifício foi implantado (figura 35) em um terreno com área de total de aproximadamente 2994 m², situado entre a Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes e as ruas Dr. Aristides Campos, rua Alda Maria Lyra Vicentini e rua Governador José Sette no litoral da baía de Vitória, no bairro Centro de Vitória-ES. No terreno de implantação foram criados espaços de permanências e de vivencias com o paisagismo, compondo uma praça chamada ‘’Praça da diversidade’’, que da suporte a todos os setores do centro de acolhimento e complementa a praça Princesa Isabel, localizada ao lado da área, além de possuir um pub, denominado ‘’Pride Pub’’ para apresentações de música e encontro de pessoas.   A implementação do Centro de acolhimento para o público LGBTQ+ auxilia na requalificação do entorno da área, já que ocupa um espaço vazio em meio ao traçado urbano, favorecendo o fluxo de pessoas na região, de forma a permear a praça e utilizar os serviços do centro, garantindo assim a vitalidade da área de intervenção e seu arredor e transformando o visual da paisagem urbana. Os acessos ao terreno foram feitos de forma mais agradáveis e suaves para os veículos e os pedestres, o qual o veículo é indicado a reduzir a velocidade e utilizar as ruas laterais de menor trafego, rua Dr. Aristides Campos e rua Governador José Sette, para acesso e estacionamento no terreno. Figura 36 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 37- Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 38 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor


PLANTA BAIXA - TÉRREO

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 41- '

40| 98

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 42 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor Figura 43 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Figura 40 - Planta Baixa 2º Pavimento

PLANTA BAIXA - 2º PAV.

PLANTAS BAIXAS

06/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

Figura 39 - Planta Baixa Térreo

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Elaborado pelo autor Figura 44 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor Figura 45 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor


PLANTA BAIXA - 3º PAV.

41 | 98

Fonte: Elaborado pelo autor Figura 49 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 47 - Planta Baixa Paisagismo

2

PAISAGISMO

PLANTAS BAIXAS

07/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

Figura 48 - Centro de Acolhimento para o Público LGBTQ+

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 46 - Planta Baixa 3º Pavimento

9

4

3

3

6

8 1

10 5

7

4

3 1

2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BICICLETÁRIO ESTACIONAMENTO ESPAÇOS COM PERGOLADO ESPAÇO DE INTERAÇÃO PALCO DE ATRAÇÕES MUSICAIS PRIDE PUB ACESSO CENTRO CULTURAL ACESSO ADMINISTRATIVO/ CLÍNICA SOCIAL ACESSO ALOJAMENTO/ENSINO LOJAS


CORTE ESQUEMÁTICO   O Centro de acolhimento buscou ser um equipamento estimulador da cultura e diversidade, de forma a ajudar na requalificação da área onde está inserido, sendo um espaço acolhedor e que 42| 98

potencializa as relações pessoais de forma democrática e orgânica, através de seu paisagismo e características aplicadas na praça da diversidade e seus edifícios, como as áreas de vivencias, os murais artísticos e o contato com a natureza, proporcionando áreas convidativas e essências para a vitalidade urbana.a evolução dos acolhidos na instituição, garantindo conforto e segurança, e a participação da população no funcionamento do edifício. Figura 50 - Corte Esquemático AA

08/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

CORTE AA

Figura 51- Corte Esquemático BB

Fonte: Elaborado pelo autor

CORTE BB

Fonte: Elaborado pelo autor


09/09 - 5. PROPOSTA PROJETUAL

ENVOLTÓRIA

A proposta para a envoltória do Centro de acolhimento para o público LGBTQ+, é a combinação de elementos naturais, elementos de proteção e sombreamento, e elementos que expressam a cultura e representatividade, de forma a potencializar a simbologia do edifício.   Os elementos naturais tem função de aproximar o edifício da natureza, a partir de suas massas de vegetação alocadas

Figura 52 - Fachada Frontal Centro Cultural 43 | 98

nas paredes e lajes, auxiliando na proteção térmica e conectando a edificação com a praça que está inserida. Os brises móveis e fixos atuam como controle da luz solar, favorecendo a eficiência energética do edifício, além de ser um elemento de proteção, visto que o edifício está localizado em uma área pública. De forma a justificar a expressão do edifício como símbolo no meio urbano, foi implementado murais artísticos em algumas fachadas, os quais poderão ser alterados para expor pinturas de artistas capixabas e nacionais. Além disso também implementado no edifico as cores da bandeira Fonte: Elaborado pelo autor

do movimento LGBTQ+, por meio das vidraças coloridas, de forma a colaborar para com o significado de resistência e representatividade buscado na proposta projetual, e alocados na cobertura do setor cultural painéis de led voltados para as vias, de modo que as atividades do centro sejam expostas para as pessoas e veículos transeuntes no entorno.

Figura 53 - Fachada Lateral Direita Centro Cultural

Figura 60 - Bandeira LGBTQ+

Figura 56 - Fachada Frontal Centro de Acolhimento

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 57 - Fachada Lateral Direita Centro de Acolhimento

Figura 61 - Jardim Vertical

Fonte: Elaborado pelo autor Fonte: Revista Galileu

Figura 54 - Fachada Lateral Esquerda Centro Cultural Figura 62 - Pintura Eduardo Kobra Figura 58 - Fachada Lateral Esquerda Centro de Acolhimento

por

Fonte: Elaborado pelo autor Fonte: Gazeta do Povo

Figura 63 - Brises Horizontal

Fonte: Elaborado pelo autor Figura 55 - Fachada Fundos Centro Cultural

Fonte: Ampr Figura 64 - Publicidade em painéis de led Figura 59- Fachada Fundos Centro de Acolhimento

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Portal Steel Frame

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Elaborado pelo autor

Fonte: Acontece aqui


05

C O N S I D E R A Ç Õ E S

F I N A I S


45| 48 98

6. Considerações Finais Nesse estudo é possível compreender um pouco da história e necessidades da comunidade LGBTQ+ e como o espaço urbano carece de locais públicos e privados, definidos como espaços democráticos, que atendam a diversidade social presente na sociedade. Espaços democráticos promovem a conexão e integração de diversos públicos de várias faixas etárias, sexualidade, raça, entre outros, promovendo a dinamização do uso do espaço público. O Centro de Vitória atualmente é conhecido pela sua forte característica histórica e cultural, mas que com o tempo sofreu um abandono da população, promovendo a insegurança para quem transita no bairro. A implementação de um centro de acolhimento para a população LGBTQ+ almeja ser uma ferramenta que contribuirá para o movimento de reocupação da região, o qual impulsionará a cena cultural e democrática da área, favorecendo novos tipos de uso e ocupação no bairro. Em suma, a implantação da instituição de acolhimento será promotora ao estímulo de práticas sociais democráticas, contribuindo para a vitalidade urbana, e tendo o edifício como “Quantos anos as pessoas levarão para perceberem que somos todos irmãos e irmãs e seres humanos na raça humana?” Marsha P. Johnson

expoente da região, além de promover a conectividade e integração entre a população atendida com a comunidade do entorno.


06

R E F E R Ê N C I A S

B I B L I O G R Á F I C A S


47| 48 98

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48 | 48 98

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