O desejo de criar um mundo à parte demonstra que os deuses absorvem as emoções decorrentes da dramaturgia existencial. Há uma atração impetuosa pela trama imprevisível da vida, que estimula os deuses a compor o grandioso enredo do sistema representativo, onde o cômico e o trágico contracenam juntos e sobrevivem sobe as leis fenomenais que regem o mundo. Nesse mundo simbólico, há estrelas que brilham; mas, ainda assim, é um mundo simbólico.
A obra dos deuses se manifesta. O pensamento é longo, o plano é detalhado, a experiência é enriquecedora, a ideia é concretizada, o desejo é realizado, o drama é vivido. A percepção dessa grandiosa obra vai depender da tendência natural da criatura para assimilar os fenômenos da experiência e reconhecer, no íntimo do seu próprio ser, a beleza sublime da arte.