




















Desde o segundo semestre de 2023, o estado do Amazonas lidera o ranking do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números assustam, já que desde o início de agosto até o começo de setembro foram registrados cerca de 5 mil focos de calor ocasionados por queimadas.

Nilmar Lage / Greenpeace Nilmar Lage / Greenpeace


E não para por aí! Em relação aos dados anuais de queimadas florestais no Amazonas, do primeiro dia do ano até 10 de outubro, faltando mais de dois meses para o fim de 2023, o Inpe registrou 17.486 focos de fogo.






Entre junho de 2023 e julho de 2024, a região amazônica teve chuvas abaixo da média e calor exacebado. O El Niño, o aquecimento dos oceanos e as mudanças climáticas causadas pelo arquecimento global afetaram o índice de chuvas, sobretudo durante o segundo semestre do ano, que são os meses que registram os maiores focos de fogo.
2024 registrou em agosto (comumente o mês mais seco) cerca de 40.000 queimadas, com este sendo o ano com o pior período de queimadas desde 2010.





















Marizilda Gruppe/ Greenpeace
Marizilda Gruppe/ Greenpeace











Araquém Alcântara / WWF - Brasil
Araquém Alcântara / WWF - Brasil





Nos primeiros meses do último ano (2024), as queimadas atingiram uma área de aproximadamente 2.846 km² na Amazônia, o que é equivalente a cerca de duas vezes a cidade de São Paulo. Este é o maior valor desde 2009, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon (SAD).



“O risco de queimadas aumenta com o estresse hídrico, que tem sido um grande problema em Roraima, onde as várzeas estão ficando mais secas a cada verão”, afirma Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon e responsável técnico pela iniciativa MapBiomas Água.









De acordo com uma análise a partir do estudo realizado pela revista científica “Nature”, cerca de 190 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica
queimaram entre 2001 e 2019.









“O desmatamento é o principal vilão da biodiversidade da Amazônia, com os incêndios florestais logo atrás”, explicou o pesquisador Paulo Brando, do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e da Universidade da Califórnia em Irvine, um dos autores do estudo.








André Borges / EPA-EFE / REX / Shutterstock
André Borges / EPA-EFE / REX / Shutterstock




Greenpeace
Greenpeace



















Mais de 95% das espécies de animais e plantas conhecidos da Amazônia foram atingidos pelos incêndios causados por ações humanas em um período de 18 anos.



Os incêndios florestais já afetaram mais de 85% do hábitat de espécies de plantas e animais que se encontram em extinção. As espécies não ameaçadas tiveram 64% do seu espaço afetado. A tendência é que os números aumentem nos próximos anos.




Corpo de Bombeiros/NotíciasdaHora Corpo de Bombeiros/NotíciasdaHora









Frame do filme publicitário de combate Frame do filme publicitário de combate as queimadas do governo de Rondônia as queimadas do governo de Rondônia

Um fenômeno chamado “corredor de fumaça” é responsável por transportar a fumaça das queimadas por todo o país. Movida por uma corrente de vento que está a cerca de 1.500 metros de altitude, o corredor de ar leva a fumaça do sul da Amazônia até a ponta do Brasil.


Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Para o epidemiologista Jesem Orellana, pesquisador da FioCruz Amazônia, as manifestações clínicas do contato direto com a fumaça e exposição ao calor extremo são
o ressecamento e irritação do nariz, garganta e olhos, o que pode resultar em desconforto, dor, rouquidão, tosse seca, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.

Projeto #COLABORA, Amazônia Real.







Unsplash / Divulgação / ND Unsplash / Divulgação / ND







ALOISIO MAURICIO / FOTOARENA / FOTOARENA / ESTADÃO CONTEÚDO ALOISIO MAURICIO / FOTOARENA / FOTOARENA / ESTADÃO CONTEÚDO
























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MONITOR VITOR SZPIZ E PELO PROFESSOR MICHELE
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