PORTFÓLIO
LUÍSA ALBUQUERQUE
CV
Formação
• Pós-graduação em Planejamento Urbano –PUC PR (2024 a 2025)
• Arquitetura e Urbanismo – PUC Rio (2017 a 2022)
• Ensino Médio – Colégio PH (2014 a 2016)
Cursos
• Microsoft Office - Kriptum (2017)
• Autocad - Deskgraphics (2018)
• Revit - Instituto Bramante (2020)
• Photoshop - Infnet (2019)
• Gerenciamento de Projetos - IAB (2019)
• Liderança climática - Climate Reality (2022)
• Introdução à Botânica - Escola de Botânica (2022)
• Oratória para negócios - Domestika (2024)
• Fundamentos de liderança - Domestika (2024)
• Técnicas de produtividade - Domestika (2024)
Línguas
• Inglês – Fluente - IBEU -2011 a 2015
• Francês – Fluente (aprovada no DALF C1)
• Espanhol – Intermediário (nível B1.3)
• Alemão – Básico (nível A1.2 - cursando)
Softwares
• Pacote office
• AutoCad
• Revit
• Sketchup e Vray (Power Point, Word,
• Archicad
• Rhinoceros
• Photoshop
• Indesign
• QGis Excel)
• Earth
Experiências Acadêmicas
• Monitora de Desenho de Arquitetura III
• Monitora no Laboratório de Fabricação Digital da Puc-Rio
• Membro assinante do Centro Acadêmico
• Monitora de Paisagismo
• Workshop - Arquitetura Humanitária
• Eletiva FAVLAB na Favela da Maré
Prêmios
• Segundo lugar no Grande Prêmio Grandjean de Montigny na 8º edição (CAU-RJ)
• Pêmio Arquitetos do Amanhã com destaque
Carmem Portinho na categoria Urbanismo
- Instituto Brasileiro de Arquitetos (IAB)
• 3º lugar - concurso “Cozinha compartilhada em uma moradia estudantil”- empresa
Uliving
Experiências de Trabalho
• Estágio em acompanhamento de obras
-Habitte Engenharia (2020-2021)
• Estágio em arquitetura
-Amanda Pimenta Arquitetura (2021-2022)
• Estágio em Paisagismo:
-Embyá (2022)
• Freelancer - Projetos:
(em colaboração com Paola Dargone e João Vitor Ximenes)
- Consultório de Psicologia
- Cobertura acessível sobre garagem
- Studio de Maquiagem
• Trabalho em arquitetura:
-Flavio Berredo Arquitetura (2023)
Experiência Internacional
• Intercâmbio com duração de 35 dias em Buenos Aires - 2017
PORTFÓLIO ACADÊMICO
Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para
área do Fim do Mundo
Trabalho de conclusão de graduação - Orientação Pedro Lobão
Na Sub-bacia hidrográfica Pavuna-Meriti está o Rio Acari, nas margens do qual se situa, no bairro de Acari, uma massa verde remanescente em meio ao crescimento urbano ao longo dos anos.
Diante das constantes enchentes que impactam os bairros que ao longo do curso do rio, buscou-se neste trabalho a proposição da recuperação desta massa verde degradada (e das áreas lindeiras), transformando-a num parque alagável que acomode as águas do Rio Acari em momentos de cheia, mitigando os riscos para a população, e que traga novos usos, partindo das necessidades dos moradores.
Utilizou-se a metodologia ABC¹ para a análise e respostas projetuais com seus três pilares principais: o abiótico (sistemas não vivos), o biótico (sistemas vivos), e o sociocultural (tange ao ser humano).
Entrevistas realizadas com os moradores também foram
Bacia hidrográfica da Baía de Guanabara
Sub-bacia Pavuna-Meriti 3,7% da área total da Bacia da Baía de Guanabara Massa verde Rio Acari Limites do município A
Caracterização Projeto
Educação Ambiental
Produção de alimentos
ANTES 20m
Rio Acari
Recuperação da Flora
Renaturalização das margens do Rio Acari
Cheia do Rio Acari em dia chuvoso no Rio de Janeiro (problemática associada ao aspecto abiótico).
B C
Metodologia ABC (sistemas abiótico, biótico e sociocultural que compõem a paisagem local)
Vegetação rasteira mostra o desmatamento da área do “Fim do mundo”, a massa verde remanscente em Acari (problemática associada ao aspecto biótico).
Parque Urbano de Acari
Vulnerabilidade de moradia e condições de vida dos habitantes nas margens do Rio Acari (problemática associada ao aspecto sociocultural).
Infraestruturas de saúde Moradias seguras Construção coletiva
Espaços de cultura e memória
Áreas públicas de lazer
Geração de empregos Recuperação da Fauna aquática e terrestre
Afluente do Rio Acari
1-Acessos
2-Comércio
3-Parquinho infantil
4-Quadras esportivas
5-ATI
6-Espelho d’água
7-Duchas
8-Anfiteatro
9- Bosque e área de piquenique
10-Observatório de aves
11-Escola
12-Escola de capacitação para funcionários do parque
13-Espaço cultural e museu da memória de Acari
14-Santuário da fauna da Mata Atlântica
15-Borboletário
16-Hotel para insetos
17-Estufas
18-Hortas
19- Composteiras
20-Tanques de filtragem das águas do Rio Acari
21-Área alagável
22-Ilhas filtrantes
23-Posto de Saúde
24-Habitações de interesse social
25-Administração do parque
26-Lotes verdes
27-Pontes DEPOIS
Água do Rio Acari filtrada
Afluente do Rio Acari Conjunto habitacional
Posto de saúde
Passarela com teto verde Anfiteatro
Rio Acari
Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para área do Fim do Mundo
Trabalho de conclusão de graduação - Orientação Pedro Lobão
(Socio)Cultural - Análise
Rod.PresidenteDutra
Residencial
Usos do solo
Saúde e educação
Institucional
Áreas não edificadas Comércio e serviços
Comunidades
Fora do Município
Contorno do recorte
Contorno do objeto
Renda (salário mínimo): 0-0,5
1 a 5 (demais áreas no recorte ) 0,5-1
Dentro do perímetro da bacia, estão trechos de vias importantes, tais como a Rodovia Pres. Dutra, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, além da presença da linha 2 do metrô. Assim, os corpos hídricos coexistem com a urbanização de forma desarmônica. O Rio Acari, em destaque, recebe poluição tanto da atividade industrial em suas margens, quanto das residências sem saneamento básico pelos bairros onde passa.
Renda e Densidade demográfica
Densidade demográfica (hab/km²): 5-25
500-1000 50-150
Vias
Contorno do objeto Hidrografia
Vias
Hidrografia
Contorno do objeto
Mapa de calor (concentração de atividades):
No recorte, a densidade demográfica ilustra que os locais com menor densidade são os que receberam algum planejamento (quadras, lotes e vias), e onde está a população mais abastada. A renda por salários mínimos indica uma predominância de famílias de baixa renda na área, principalmente nas proximidades do Rio Acari e da Avenida Brasil.
Amenidades
O levantamento de amenidades traçado num raio de 1km em relação a massa verde, demonstrou uma carência de áreas de lazer, de instituições de saúde e uma grande efervescência do comércio de pequeno porte na região, principalmente na Feira de Acari e no CEASA-RJ.
(Socio)Cultural - Proposições projetuais
Traçou-se três eixos principais, em diálogo com a estrutura viária existente, a partir dos quais se deu a distribuição do programa. Priorizou-se o posicionamento de atividades de alto fluxo nas margens da massa verde para eliminar do cenário atual de desmatamento, tais como as quadras esportivas, habitação de interesse social, para abrigar as famílias que encontravam-se antes em áreas de risco, e as hortas. Foram sugeridos, também, equipamentos com foco na educação ambiental, como a escola, o centro cultural, o borboletário, o santuário da fauna e o observatório de aves.
Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para área do Fim do Mundo
Trabalho de conclusão de graduação - Orientação Pedro Lobão
Abiótico - Análise
Risco de inundações:
Baixo
Médio
Alto
Vias
Hidrografia
Rio Acari
Contorno do recorte
Contorno do objeto
Hipsometria (m): 1020
0 500
1.Nascente do Rio Acari, situada na Serra do Gericinó
2.Foz do Rio Acari, no Rio Meriti
3.Bacia hidrográfica Pavuna/Meriti
Hidrografia
Densidade demográfica (hab/km²):
Riscos
5-25
Conclui-se, assim , que a presença da vegetação e do solo permeável da massa verde em Acari, devem ser mantidos e preservados, uma vez que sua presença auxilia na proteção dos moradores absorvendo as águas pluviais e dos rios em momentos de cheia.
1.Nascente do Rio Acari, na Serra do Gericinó
2.Foz do Rio Acari, no Rio Meriti
3.Bacia hidrográfica do Pavuna/Meriti (sub-bacia da Bacia da Baía de Guanabara)
50-150
150-300
300-500
500-1000
25-50 >1000
Risco de Inundações:
Alto risco
Médio risco
Médio risco
Baixo risco
Vias
Hidrografia
Contorno do objeto
Os rios da Sub-bacia Pavuna-Meriti, conformados pelo desenho da ocupação urbana, respondem com seus movimentos naturais em dias chuvosos de forma intensificada, sob influência das infraestruturas cinzas. Destacam-se, os maiores riscos de inundação ao longo do curso do Rio Acari, com foco principal no bairro de Acari e em suas redondezas imediatas, onde relevo é mais baixo e há diversas comunidades de baixa renda. No mapa de riscos ilustra-se que as regiões mais impactadas possuem maior quantidade de habitantes. A área da massa verde, porém, recebe uma parte das águas do Rio Acari com o solo permeável, mantendo o baixo risco em seus arredores. O relevo, mais elevado na Av.Brasil e mais baixo nas proximidades do rio, também atua no acúmulo das águas pluviais.
A vegetação implantada deve auxiliar na absorção de matéria orgânica no Rio Acari
Abiótico - Proposições projetuais
Criou-se como solução, um alargamento na calha do Rio Acari, no qual foram posicionadas ilhas, para reduzir a velocidade do fluxo, reter e ampliar a superfície de contato da água com as margens.
Oito ilhas foram desenhadas para atuarem como pentes, tornando a filtragem e a desaceleração mais efetivas com alturas variando em até 7 metros, com base na altura original da calha do rio de 5 metros.
O relevo retirado no alargamento foi redistribuído no parque, assim, parte das águas do rio é filtrada num sistema de fitorremediação por gravidade, para serem devolvidas limpas ao seu curso natural no final do processo.
Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para área do Fim do Mundo
Trabalho de conclusão de graduação - Orientação Pedro Lobão
Biótico - Análise
Maciço do Gericinó
Vegetação gramínea Áreas verdes com potencial para abrigar cheias do rio
Flora na Bacia
Maciço da Tijuca
A flora nativa era a Floresta Ombrófila densa, e a mata ciliar nas margens dos rios. Atualmente, há espécies invasoras, e da fauna apenas o jacaré é raramente visto, devido a intensa poluição e ao desmatamento.
Vegetação densa
Contorno do objeto
Contorno do recorte Fora do Município
As massas verdes na Bacia são em maioria pertencentes aos Maciços do Gericinó e da Tijuca, e as demais, com menor área, estão isoladas, sem interconexão umas com as outras. Nas margens do Rio Acari, no entanto, foram identificadas áreas verdes com potencial em tamanho para abrigar as cheias, mitigando os riscos para os moradores. A maior delas está no bairro de Acari, remanescente em meio ao crescimento urbano, escolhida como objeto de estudo neste trabalho.
Flora no Recorte
A massa verde apresenta-se, atualmente, como remanescente da Mata Atlântica, e segue sendo degradada. Percebe-se no gráfico ao lado, a diferença entre a área ocupada por infraestruturas cinzas, verdes e corpos hídricos. A constante redução de sua extensão deriva da busca por locais para a construção de novas moradias, mas sob o alto custo de se perder os serviços ecossistêmicos por ela fornecidos.
Tanques de evapotranspiração
Biótico - Proposições projetuais
1.Fase inicial 2.Fase intermediária 3.Clímax
Pioneiras: Secundárias: Clímax:
O foco principal foi a recuperação do bioma da Mata Atlântica, partindo-se de espécies remanescentes pioneiras encontradas no método de sucessão ecológica. A vegetação foi posicionada em diálogo com os usos do parque para evitar o desmatamento.
Logo, nas margens da área indicam-se plantas de crescimento rápido. Externamente, corredores verdes conectam o parque, as praças e demais áreas verdes existentes. Além disso, sugere-se manter os lotes ainda não construídos como “quintais coletivos” com a presença de árvores e equipamentos de lazer.
Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para área do Fim do Mundo
Trabalho de conclusão de graduação - Orientação Pedro Lobão
1.Acesso ao parque
Edifício Campo de São Cristóvão 81 - São Cristóvão
Rua Campo de São Cristóvão
O edifício São Cristóvão 81 foi projetado de maneira sustentável para funcionar como um organismo vivo.
Assim, soluções verdes foram pensadas desde sua implantação, que mantém afastamentos com a lateral do terreno onde há edificações mais baixas, nos fundos preservando a vegetação existente, e na frente, abrindo espaço para a passagem de pedestres na calçada de acesso.
Internamente no edifício, criou-se um prisma central onde está a circulação vertical, visando garantir boa ventilação interna nos corredores de cada andar.
Os três elementos principais de materialidade escolhidos no projeto ressaltam a ideia do edifício como organismo vivo, sendo a estrutura seu esqueleto, as instalações suas veias e os habitantes em suas atividades, as células que mantém o conjunto vivo.
Concreto Aparente
O concreto aparente foi uma das materialidades escolhidas para compor a identidade do projeto, criando uma leitura clara sobre os elementos estruturais do edifício
Tijolos de adobe
Os tijolos em adobe proporcionaram a criação de uma ligação com o método construtivo utilizado nas casas antigas existentes no bairro, além da composição na fachada dialogar visualmente com o pavilhão da feira de São Cristóvão.
Vegetação
A presença de vegetação no edifício contribui para o conforto térmico internamente, conversa com a carência de massas verdes do bairro e gera uma proximidade dos moradores com a natureza.
4 pavimentos residenciais, com 3 apartamentos em cada, térreo e garagem para 12 carros no subsolo.
Detalhamento do Telhado Verde
Área de drenagem com espuma de polietileno Laje da cobertura
Membrana de impermeabilização à prova d’água Argila
Na planta de situação é possível perceber o posicionamento do edifício em relação ao entorno, além da busca por manter soluções baseadas na natureza sempre presentes. Na cobertura foi projetado um telhado verde para absorver e filtrar a água da chuva que escoa para quatro extremidades da laje, a qual abriga também o maquinário dos elevadores e a caixa d’água do prédio. Pode-se perceber no detalhamento do telhado acima, como funcionam as camadas componentes deste tipo de solução.
1m
Sobre a laje de cobertura, fica uma membrana de impermeabilização que impede a ocorrência de infiltrações na estrutura. Logo acima, está a região de drenagem com espuma de polietireno, da qual escoa a água filtrada para a grelha hemisférica. Entre a espuma e a manta antireosiva, encontra-se uma camada de substrato e, por fim, a vegetação. Pretende-se que neste projeto o telhado verde ocupe toda a extensão da cobertura, e que a água absorvida e filtrada seja utilizada nas áreas comuns e no térreo para atividades como regar os jardins, por exemplo.
Detalhamento do reservatório de água
Manta de Impermeabilização
Tubulação de chegada
Água
limpa após o processo de filtragem
Piso em cimento queimado
atividades de lazer e importantes pontos de instalações prediais.
Espaços integrados como lavanderia, área de jogos e jardim criam uma ambiência rica para o perfil dos moradores, visualizado na região como predominantemente jovem.
Seguindo a intenção projetual, o térreo também abriga um sistema de tratamento de águas cinzas, a serem usadas nas áreas comuns no edifício.
Diagrama do sistema de biorremediação
Tanques de filtragem
Chegada da água cinza dos apartamentos Chegada da água cinza da lavanderia Reservatório
Chegando dos apartamentos e da lavanderia, a água passa por uma caixa de gordura e em seguida é designada para as etapas do sistema de biorremediação. Inicialmente, a filtragem passa pelos dois tanques iniciais com filtro de areia e, em seguida, parte para o último tanque com filtro de carvão. Após a filtragem, a água fica armazenada num reservatório aberto, no qual pode haver vegetação e peixes. A água pode ser utilizada em atividades das áreas comuns, tais como a rega das plantas do jardim, para a limpeza das áreas comuns, entre outras atividades, de maneira a evitar desperdícios.
Detalhamento dos tanques de biorremediação
Tanque com filtro de carvão
Chegada da água cinza após passar pela caixa de gordura
Edifício Campo de São Cristóvão 81 - São Cristóvão Rua Campo de São Cristóvão
Planta Baixa do Primeiro Pavimento
12-Medidores de elétrica+caixa de dados
13-Depósito
14-Incêndio
15-Quadro elétrico
O apartamento tipo marcado acima, com área de 31 metros quadrados, teve seu espaço interno potencializado com a criação de um layout integrado entre sala e cozinha, reservando a privacidade do banheiro e do quarto, sendo ambos voltados para a fachada leste.
Um espaço externo foi reservado para o acesso à jardineira, detalhada ao lado, a qual foi preenchida com diferentes espécies de plantas com foco no conforto interno dos moradores.
Foi desenhada, também, uma possibilidade das configurações de hidráulica e elétrica deste apartamento, para ter-se uma projeção dos posicionamentos destas instalações, numa busca pela melhor configuração possível para o morar.
A jardineira foi projetada, em conjunto com o edifício, como uma extensão da laje de cada pavimento para moldar os canteiros. Seu desenho foi feito intercalado entre os quatro pavimentos, fazendo com que em cada um as jardineiras possuam um comprimento diferente.
Planta Baixa de Layout
Detalhamento das Jardineiras
Manta asfáltica
Piso e contrapiso Laje
Manta drenante Grelha hemisférica Guarda corpo Viga
Planta Baixa de pontos elétricos Planta Baixa de pontos hidráulicos
Substrato Argila expandida
Legenda planta de pontos elétricos:
Interruptor
Tomada baixa
Tomada média
Tomada alta
Legenda planta de pontos hidráulicos:
G
Ponto de água fria e quente
Ponto de esgoto
Ponto de gás G
Mapa-análise de áreas verdes e ação humana - Recorte dentro da Zona Oeste do Rio de Janeiro
A análise aqui apresentada busca pontuar os elementos que promovem a segregação das principais massas verdes dentro do recorte.
Ilustra-se, também, como a degradação pela ação humana afeta diretamente as áreas urbanas, onde se concentra maior parte da população no local.
Observa-se, portanto, que as áreas de floresta densa são as que possuem temperaturas mais agradáveis, e conclui-se, assim, que a ausência de massas vegetadas consideráveis na parte urbanizada, acarreta um aumento considerável na temperatura.
Sugere-se, dessa forma, o reestabelecimento das conexões quebradas entre as principais áreas verdes sinalizadas, visando o benefício mútuo tanto das comunidades humanas quanto da fauna e da flora ali presentes.
Elementos segregadores das massas verdes e biomas:
Linha férrea
Vias expressas
Vias secundárias
Áreas urbanizadas
Conexões quebradas
Panorama atual da vegetação na área:
Referências:
Vegetação - SIG data rio
Vias - OMS
Climatologia - site climatologia RJ
Percentuais - autoral
Conexões quebradas - autoral
Principais áreas:
1 Maciço de Gericinó
2 Floresta do Camboatá
3 Maciço da Pedra Branca
4 Maciço da Tijuca
Climatologia 2018
Antigas áreas de floresta densa que sofreram interferência humana
Vegetação rasteira
Arborização não florestal
Áreas reflorestadas
Floresta densa
Percentuais da vegetação e das áreas urbanizadas:
Menor presença de vegetação
Maior presença de vegetação
TransOlímpica
RodoviaGovernadorMárioCovas
Mapa-análise de riscos ambientais na ausência de vegetação - Recorte dentro da Zona Oeste do Rio de Janeiro
A análise aqui apresentada busca associar as áreas de risco com a ausência de vegetação. Demonstra-se, assim, que quanto mais degradado o solo, menor sua capacidade de absorção, o que torna mais drásticos os riscos ambientais na região.
Na área urbanizada, para onde escoam as águas pluviais, é onde predominam os alagamentos e nas áreas vegetadas, no entanto, há uma maior absorção devido a permeabilidade do solo.
Pontua-se, que a região asfaltada, onde há maior concentração de habitantes, configura-se também como o local onde há maior presença de riscos ambientais na região.
Sugere-se, igualmente, que o cenário ilustrado pode ser amenizado com a maior presença de vegetação nos espaços urbanos.
Riscos Ambientais:
Enxurradas
Alagamento
Condições da Hidrografia:
Rios canalizados
Rios a céu aberto
Referências:
Vegetação - SIG data rio
Inundação - CPRM
Enxurradas - CPRM
Hidrografia - MPRJ
Hidrografia canalizada - autoral
Águas pluviais - autoral
Percentuais - autoral
Densidade - IBGE
40% em áreas verdes
20% canalizados
60% em áreas urbanas
Acúmulo de águas pluviais e densidade demográfica
80% a céu aberto
69% em áreas verdes
Direção do escoamento das águas pluviais:
Absorção e permeabilidade do solo:
20% canalizados
51% em áreas urbanas
Percentuais da vegetação e das áreas urbanizadas:
157m
Média de elevação em relação ao nível do mar das áreas verdes
0
0
27m
Média de elevação em relação ao nível do mar das áreas urbanas
+
18%
13% 4%
65%
Arb. não florestal
Veget. rasteira Floresta densa
Áreas urbanizadas
Chafariz da glória - Glória
Rua da Glória
Em parceria com Suzana Bentes e Leonardo Serpa
Visando ressignificar o chafariz da glória, não só como elemento urbano dinâmico, mas também diante dos olhos do carioca, caminhamos para a construção de dois percursos principais no terreno: o da água, que desce na direção da Rua da Glória, e o dos usuários com os fluxos de subida e descida nas escadas e no elevador proposto. Assim, o projeto caminha para a construção de dois percursos principais no terreno, nos quais o chafariz se posiciona na extremidade: o da água, que desce em direção à Rua da Glória, e o dos usuários, nos fluxos de descida e subida.
A união destes dois percursos compõe a riqueza do projeto, com a presença da água de forma sonora, visual e tátil, instigando os sentidos e provocando sensações de formas variadas para quem ali passa.
Chafariz da Glória - Foi instalado no ano de 1772 e sua fonte de captação de água era o Aqueduto Carioca. Seu terreno não foi apropriado ou ocupado ao longo do tempo.
Materiais e texturas:
PEDRA GNAISSE
ÁGUA CORRENTE
CONCRETO
Remetendo a função e memória do chafariz, criaram-se recursos para manter a água sempre presente, tais quais corrimões-calha e reservatórios de água em diversos pontos, mesmo quando não houver chuva.
Posicionamento de reservatórios para a água que descem pelo terreno:
Pedra portuguesa (piso)
Concreto (escadas)
Vegetação (presente no terreno)
Pedra Gnaisse (na estrutura do chafariz)
Chafariz da glória - Glória Rua da Glória
Em parceria com Suzana Bentes e Leonardo Serpa
Fachada na Rua da Glória Escadas dentro do terreno
Parque Linear - Cidade Nova
Avenida Presidente Vargas
Em parceria com João Vitor Ximenes
Trabalhando com uma visão sistêmica, o projeto proposto parte da identificação da segregação entre massas verdes e do atual estado de sufocamento das águas no Canal do Mangue, situado no bairro Cidade Nova.
Foram exploradas, assim, três áreas principais na Av. Presidente Vargas, com a proposição de soluções que possam se expandir para criar, ao longo do curso do Canal do Mangue, um parque linear interconectando o Campo de Santana e a Quinta da Boa Vista.
Foram exploradas, assim, três áreas principais na Av. Presidente Vargas, com a proposição de soluções que
ANTES
DEPOIS
Limites do Bairro Cidade Nova Hidrografia Quinta da Boa Vista
Terrenos com potencial para implantação das soluções propostas Massas verdes
Localização do projeto
Parque Linear - Cidade Nova
Avenida Presidente Vargas
Em parceria com João Vitor Ximenes
A área 1, foi desenvolvida para englobar um espaço de descanso para os que trabalham por ali e lazer para as crianças da escola ao lado, além de propor soluções para os alagamentos comuns no local.
Faseamento Área 1
Fase 1
Análise da situação atual e desenvolvimento projetual
Fase 2
Demarcação dos jardins filtrantes e bacias de retenção, movimentação do relevo
Fase 3
Construção, pavimentação de novos caminhos e plantação da nova vegetação
Fase 4
Fase intermediária de crescimento da vegetação plantada e alagamento das bacias de retenção
Fase 5
Fase final de assentamento da vegetação e conclusão das demais etapas do projeto
Piso intertravado
Planta Baixa Área 1
Madeira reaproveitada
Piso de concreto quebrado reaproveitado
1-Canteiros pluviais
2-Bacias de retenção
3-Piso permeável
4-Biovaletas
Ampliação do corte Área 1
5-Bicicletário
6-Decks de madeira reaproveitada
Redes de atravessamento
Jardins filtrantes
Planta
Baixa Área 2
1-Canteiros pluviais 7-Ciclovia 9-Redes para atravessamento da fauna
6-Decks de madeira reaproveitada
Ampliação
A área 2, foi desenvolvida para trabalhar a despoluição do canal, filtragem de suas águas por meio da vegetação introduzida em suas margens e a reaproximação da população ao local, atualmente pouco frequentado.
Faseamento Área 2
Fase 1
Análise da situação atual e desenvolvimento projetual
Fase 2
Abertura dos canteiros pluviais, redução de uma faixa da caixa de rolamento, remoção da vegetação existente para reaproveitamento
Fase 3
8-Jardins flutuantes
do corte Área 2
Limpeza e tratamento para despoluição de toda a extensão do canal, plantação da nova vegetação, mudança de pavimentação e implementação da ciclovia
Fase 4
Fase intermediária de crescimento da vegetação plantada e construção dos decks de madeira
Fase 5
Fase final de assentamento da vegetação e conclusão das demais etapas do projeto
Parque Linear - Cidade Nova
Avenida Presidente Vargas
Em parceria com João Vitor Ximenes
A área 3, foi trabalhada para funcionar como um espaço de lazer e alimentação, servindo tanto aos que vão e voltam do metrô quanto aos moradores das redondezas.
Faseamento Área 3
Fase 1
Análise da situação atual e desenvolvimento projetual
Fase 2
Remoção das grades existentes, movimentação do relevo
Fase 3
Construção, pavimentação de novos caminhos e plantação da nova vegetação
Fase 4
Fase intermediária de crescimento da vegetação plantada e construção dos decks
Fase 5
Fase final de assentamento da vegetação e conclusão das demais etapas do projeto
Piso intertravado
Planta Baixa Área 3
Madeira reaproveitada
Piso de concreto quebrado reaproveitado
1-Canteiros pluviais 10-Jardins polinizadores 11-Comércio
12-Estrutura pivotante com permeabilidade visual 6-Decks de madeira reaproveitada
PORTFÓLIO
PROFISSIONAL
Praça Mangue - Gávea No Campus da PUC-Rio
Desenvolvido para o Núcleo de Meio Ambiente (NIMA), em parceria com Lauro Logrado
Planta Baixa
CONSTRUÇÕESCOM INSTALAÇÕESDO METRÔ
Canteiros
Cascalho
Calha com água
Telhas
Pojeção dos limites originais
Esculturas para acomodar trepadeiras
A Praça Mangue foi desenvolvida em parceria com o Núcleo de Meio Ambiente da Puc-Rio, buscando resgatar a memória tanto dos aspectos ambientais quanto dos aspectos sociais do local onde está situada. Assim, para remeter ao Rio Rainha, hoje em dia canalizado, foi criada uma calha que percorre de um 42
ponto a outro da praça, mantendo a água sempre presente; para remeter aos manguezais anteriormente presentes ali, foram feitas esculturas no formato da vegetação desse ecossistema; por fim, para remeter ao Parque Proletário da Gávea, foram realizadas pinturas em Grafite nos muros do perímetro da praça. 0 5m
No local já havia um ponto hidráulico, que permitiu a criação de um ciclo contínuo para a água na praça, além de pontos elétricos que foram transformados em tomadas baixas.
Houve pouca área de demolição e o mobiliário foi desenvolvido reaproveitando troncos de árvore retirados do campus na manutenção dos jardins e bosques.
Entre as preexistências está, também, uma mangueira à qual o desenho da praça se adaptou agregando um balanço nela instalado para criar uma proximidade entre os usuários e a vegetação.
Planta de Instalações
Pontos elétricos:
Tomada baixa
Pontos hidráulicos: G
Ponto de água
Tubulação Ralo
Praça Mangue - Gávea No Campus da PUC-Rio
Desenvolvido para o Núcleo de Meio Ambiente (NIMA), em parceria com Lauro Logrado
ANTES
DEPOIS
Projeto de Sanca Iluminada Sala em Botafogo
0 1m
O Projeto da Sanca iluminada foi desenvolvido sob a demanda de criar uma marca para a separação entre os ambientes da sala entre estar e jantar. Assim, os limites do gesso foram desenhados em conversa com o alinhamento do corredor no apartamento e de
forma paralela ao alinhamento do parapeito da janela. Foram estabelecidos afastamentos em relação às paredes gerando a sensação de flutuação e mantendo uma delicadeza na Sanca, além da proposição de fitas de led perpassando seu perímetro.
No resultado final após a execução, a iluminação encaixou-se perfeitamente, dando ao ambiente da sala de estar uma meia luz em conversa com a ambiência e a proposta de assistir televisão.
O efeito no espaço também foi bem sucedido em manter a integração e amplitude dos espaços, ainda que marcando a separação de funções de maneira delicada e eficiente com a Sanca iluminada.
Cozinha para moradia estudantil
Prêmio - terceiro lugar - empresa Uliving
Em parceria com João Vitor Ximenes, Suzana Bentes e Kevin Leal
1
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Estações independentes que permitem a produção de pratos do início ao fim sem grandes deslocamentos com bancadas paralelas, permitindo a integração entre quem cozinha e quem observa.
Este ambiente centralizado conversa com todos os demais espaços de troca, estando disponível para acolher, de forma aconchegante, com o mobiliário acolchoado quem chega ou caminha pela cozinha.
Próximo ao vidro, encontram-se mesas de 4 a 6 lugares com uma bancada voltada para o café da manhã e/ou consumo de “snaks”.
Mesa comunal de 12 lugares com copa e estação completa. 4
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Área de “lockers” individuais que se propõe a disponibilizar espaço particular de armazenamento de bens pessoais.
Inspirada no espírito dos encontros de jovens pelo Brasil e pelo mundo, nossa cozinha tem como essência a intenção de reunir todos num espaço de variedade cultural e interesses culinários.
Na realidade do estudante universitário, onde o fast-food e a comida congelada são uma opção mais frequente, o ato de cozinhar deixa de ser uma necessidade e passa a se apresentar como uma oportunidade de lazer e descontração, momento perfeito para se estar aberto a novos conhecimentos e amizades.
Por isso enfatizamos nos ambientes a intenção de incluir a cozinha não como um espaço de refeições, mas como um espaço de encontros no cotidiano dos jovens da moradia estudantil.