ANALISE GEOAMBIENTAL E PROCESSOS DE DEGRADAÇAO

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ANÁLISE GEOAMBIENTAL E PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO

Prof. Dr. Lucivânio Jatobá Profa. Dra. Alineaurea Florentino Silva Recife- UFPE- PRODEMA 2020




DISCIPLINA- ANÁLISE GEOAMBIENTAL E PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO Mestrado e Doutorado PRODEMA-UFPE, 2020

• CONTEÚDO:

• Processos morfoclimáticos e pedogenéticos da Dinâmica Ambiental e dos Domínios Naturais Intertropicais


Bibliografia Básica • JATOBÁ, L. ; LINS, R. C; SILVA, A. F. Tópicos Especiais de Geografia Física. Petrolina: editora Progresso, 2016. • JATOBÁ, L. LINS, R. C. Introdução à Geomorfologia. Recife: Edições Bagaço, 2001.


REVISÃO CONCEITUAL • 1. A Geomorfologia: conceitos e participação nos estudos integrados da paisagem. A) Geociência – Estudo da gênese e evolução do relevo terrestre. Estudo da compartimentação do relevo terrestre.


REVISÃO CONCEITUAL • A análise geomorfológica das paisagens sintetiza as conexões dialéticas entre a litomassa, a geotectônica e as condições climáticas atuais e pretéritas. • As unidades de relevo servem para o planejamento ambiental pois permitem a interpretação da distribuição de núcleos urbanos, do uso dos solos e das limitações impostas pelos compartimentos e feições de relevo


REVISÃO CONCEITUAL • Geomorfologia: importante para elaboração de trabalhos voltados a obras de engenharia, ao planejamento ambiental, ao desenvolvimento agrícola, etc.


CONEXÕES ENTRE UNIDADE DE RELEVO E O MEIO AMBIENTE ( EXEMPLOS) UNIDADE DE RELEVO PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO

PEDIPLANO CRISTALINO

RELEVO ESCARPADO

PROCESSOS OPERANTES

TIPO DE SOLO

DESTINAÇÃO

0° A 5°

DEPOSIÇÃO FLUVIAL

NEOSSOLOS FLÚVICOS

CULTIVO DE CANA DE AÇÚCAR

5° a 10°

EROSÃO LATERAL/ DEPOSIÇÃO DE COLÚVIO

15 a 50°

MOVIMENTOS DE MASSA/ ENTALHE FLUVIAL

DECLIVIDADE

PLANOSSOLOS

NEOSSOLOS LITÓLICOS/ AUSÊNCIA DE SOLOS

CULTIVOS DIVERSOS/ PECUÁRIA

ÁREA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL



Estrutura e dinâmica atual de paisagens [livro eletrônico]- JATOBÁ e SILVA, 2017


REVISÃO CONCEITUAL • B) COMPARTIMENTOS E FEIÇÕES DE RELEVO • Compartimento de Relevo: • Unidade de relevo ( unidade de paisagem) com características mais ou menos similares e apresentando uma gênese comum. • GÊNESE DOS COMPARTIMENTOS DE RELEVO Estrutural ( litológica e/ou morfoestrutural) Morfoclimática ( morfoesculturas)



REVISÃO CONCEITUAL • COMPARTIMENTO DE RELEVO: É UM SISTEMA

• Sistema sujeito a transformações diversas: – Sedimentação – Transporte de detritos – Deposição ( sedimentação) – Meteorização – Oscilação do nível freático.


COMPARTIMENTOS DE RELEVO ( UNIDADES DE PAISAGEM) Fonte: Estrutura e dinâmica atual de paisagens [livro eletrônico]- JATOBÁ e SILVA, 2017

https://editoraitacaiunas.com.br/produto/estrutura-e-dinamica-atual-de-paisagens/


COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO

PLANÍCIE ALUVIAL


MORFOESCULTURAS EM AMBIENTES TROPICAIS ÚMIDOS


COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO


REVISÃO CONCEITUAL • FEIÇÕES DE RELEVO • Porções esculturadas de um compartimento de relevo terrestre. • Exs. Terraços fluviais • Colinas • Escarpas de planalto • Facetas trapezoidais e triangulares em escarpas etc.


REVISÃO CONCEITUAL • COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO = ESTRUTURA GEOLÓGICA + CONDIÇÕES CLIMÁTICAS ATUAIS E PALEOCLIMÁTICAS. • Que significado tem a estrutura geológica para a análise geoambiental e em especial para a Geomorfologia?


REVISÃO CONCEITUAL A ANÁLISE MORFOESTRUTURAL TRÊS ORDENS DE FATORES São os fatores geotectônicos, litológicos (fatores estruturais) e morfoclimáticos. Esses fatores estão inter-relacionados e se materializam nas porções emersas da crosta terrestre, podendo predominar uns sobre os outros, em decorrência das particularidades regionais.

A ANÁLISE MORFOESTRUTURAL: O SIGNIFICADO DE ESTRUTURA GEOLÓGICA Diferenças de litomassa Disposição das rochas Existência de Falhas e Fraturas geológicas Dobramentos e arqueamentos Subsidências estruturais do terreno


MAPA GEOLÓGICO: INSTRUMENTO INDISPENSÁVEL À ANÁLISE GEOMORFOLÓGICA


A ANÁLISE MORFOESTRUTURAL • AS DIFERENÇAS DE LITOMASSA E A “EROSÃO DIFERENCIAL” O que se entende por Erosão Diferencial? • Remoção seletiva promovida pelos processos de erosão. • Mais eficaz em litomassas mais frágeis • Erosão que muda de intensidade de agordo com a qualidade da matéria rochosa ou sedimentar.


MORFOESTRUTURAS NO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO E A EROSÃO DIFERENCIAL


MORFOESTRUTURA NA REGIÃO DE CAICÓ-RN


DISPOSIÇÃO HORIZONTAL DAS CAMADAS ROCHOSAS E O RELEVO


• MORFOESTRUTURA- CHAPADA DO ARARIPE


RELEVO DE PERIFERIA DE BACIA SEDIMENTAR- “CUESTA”


EXPLICAÇÃO ESTRUTURALISTA PARA O RELEVO TERRESTRE A explicação do relevo terrestre reduzia-se a dois princípios básicos ( BIROT, 1953): a) "toda região deprimida é composta de rochas tenras ou rebaixadas por esforços tectônicos, b) toda região elevada se compõe de rochas mais resistentes ou foram levantadas por processos tectônicos".



COMPARTIMENTOS REGIONAIS DE RELEVO

Fonte: EMBRAPA



FEIÇÕES DE RELEVO


A GEOMORFOLOGIA CLIMÁTICA ( A Morfoclimatologia) • Geomorfologia Climática: análise das formas de relevo comandadas pelo clima. • Em que se baseia? • A) Na interpretação das formas de relevo ( perfil de vertentes) • B) Na análise dos paleoclimas • C) No estudo dos depósitos correlativos • ( Muito útil para a interpretação paleoambiental)


A GEOMORFOLOGIA CLIMÁTICA • OS DEPÓSITOS CORRELATIVOS: • -`A toda fase de erosão corresponde uma fase de deposição; são concomitantes mas se verificam em áreas diferentes. • Área fonte e área de deposição: dois aspectos relevantes para a análise morfoclimática e reconstituição paleoambiental. • Ex. “Stone line” ( linha de pedras)


STONE LINE ( LINHA DE PEDRA)

Foto: Alineaurea Florentino Silva


REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE PEQUENO DEPÓSITO CORRELATIVO


A INTERPRETAÇÃO DA PARTE SUBSUPERFICIAL DA PAISAGEM ( Alunos e professores do PRODEMA-UFPE, 2018)


A GEOMORFOLOGIA CLIMÁTICA • - A ação dos climas sobre o relevo manifesta-se pelas interferências sobre a litomassa e pela erosão diferencial. • - A ação dos climas traduz-se nos compartimentos de relevo pela forma das vertentes e pelo tipo predominante de processos erosivos. • AMBIENTES SEMIÁRIDOS- PREDOMÍNIO DE VERTENTES COM PERFIL CÔNCAVO. • AMBIENTES NATURAIS TROPICAIS ÚMIDOS: PREDOMÍNIO DE VERTENTES COM PERFIL CONVEXO


VERTENTES PEDIMENTADAS Município de Pesqueira-PE Agreste.

Foto: Alineaurea Florentino Silva, 2019


FEIÇÕES DE RELEVO EM DOMÍNIOS NATURAIS TROPICAIS ÚMIDOS Colinas com perfil convexo. Planície aluvial embutida entre colinas

Foto: Natalicio


A GEOMORFOLOGIA CLIMÁTICA Feições de relevo de ambientes tropicais úmidos

Fonte: JATOBÁ e SILVA, 2020.


INTERVENÇÕES CLIMÁTICAS SOBRE A MORFOGÊNESE DO RELEVO • A) INTERVENÇÕES DIRETAS ( MEDIANTE A AÇÃO DOS ELEMENTOS CLIMÁTICOS) • -A ação eólica em ambientes desérticos(deflação/ deposição) • - A erosão linear em domínios naturais tropicais úmidos com florestas latifoliadas subperenifólias. • - A degradação lateral em ambientes semiáridos ( Sheet Flood).


DISSECAÇÃO EM DOMÍNIOS NATURAIS TROPICAIS ÚMIDOS


A DISSECAÇÃO LINEAR DA PAISAGEM ( Lagoa de Itaenga, PE)


A AÇÃO EÓLICA: UM EXEMPLO DA INTERFERÊNCIA DIRETA DO CLIMA

Fonte: http://pictures.4ever.eu/nature/landscapes/desert-150214


INTERVENÇÕES INDIRETAS DO CLIMA • COBERTURA VEGETAL

• FORMAÇÕES SUPERFICIAIS ( REGOLITO/ MANTO DE INTEMPERISMO E SOLOS)


“É

uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais e dinâmicos; formados por materiais minerais e orgânicos; e que ocupa a maior parte das extensões continentais do nosso planeta; contém matéria viva, e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem; e eventualmente ter sido modificado por interferências antrópicas” (Santos et al., 2018).







Primeiro passo: Caracterização Geoambiental da área

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Silva, 2014


Silva, 2014


Silva, 2014


Silva, 2014


Silva, 2014





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