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compreensão. Surge, então, o terceiro elemento do marco, focado por uma interrogação: O que realmente queremos que o estudante compreenda? 3.1.3. As metas de compreensão A partir dessas questões que foram colocadas, podemos interpretar que o docente, ao elaborar os fios condutores e os tópicos produtivos, começa a delinear O quê? Quando? e Como? compreender, além de perguntar-se se seus estudantes irão compartilhar tal compreensão durante um curso, um semestre ou um ano letivo. Vale salientar que, para esses aspectos serem delineados, necessita-se, além de um esforço intelectual importante, um conhecimento profundo da disciplina, que se torna possível a partir de experiências anteriores. Além disso, não podemos deixar de citar a importância em conhecer as características do grupo com o qual se vai trabalhar, para que o docente possa definir quais aspectos os estudantes necessitam aprender. Para Pogré (2004), é nesse momento que começam a perfilar as primeiras respostas: os conceitos, os processos e as habilidades que o professor quer que seus estudantes desenvolvam, tanto em relação ao fio condutor como com o tópico produtivo. Segundo Wiske (1999), as metas de compreensão constituem os aspectos do tópico produtivo que o docente quer que seus estudantes compreendam. Pogré (2004) complementa que essas metas mostram-nos o alcance e a profundidade que o docente pretende alcançar ao trabalhar o tópico. Concretamente, é o que se deseja que eles compreendam daquele tema. Outro aspecto interessante é que, ao iniciar um trabalho, o docente deve permitir que os alunos explorem o “território” do tópico produtivo. A partir do momento em que o professor detecta muitos aspectos interessantes para serem explorados deve deixar que eles sigam seus interesses e definam suas rotas ao objetivo principal. O tempo para determinada aprendizagem é sempre limitado, mas é interesse do professor que seus alunos conheçam diferentes aspectos, ou seja, pontos relevantes em relação ao objetivo do conteúdo, que não seriam alcançados sem orientação. Portanto, em algumas partes do desenvolvimento do trabalho, os professores deixam os alunos em uma exploração independente, que possa conduzi-los a destinações que devem ser atingidas. Essas destinações são chamadas de metas de compreensão e, segundo Blythe (1998), definem-se como conceitos, processos e habilidades que os professores querem que seus alunos compreendam.


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