IN THE HEART OF BRAZIL

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CONCEITO — “NO CORAÇÃO DO BRASIL”

tempo homenageie esses mestres da arquitetura brasileira e também represente o desejo de um país convidativo e agregador. As rampas de No decorrer da história das Exposições Mundiais, 1939 e 1958, assim como as sinuosidades do grande o Brasil, muitas vezes, participou com pavilhões vão de 1970, servem de inspiração para o projeto arquitetonicamente representativos perante a proposto para Dubai 2020, reinventadas a partir produção nacional e internacional, que ajudaram de um vetor essencial para edifícios expositivos a divulgar e a criar uma identidade arquitetô- nas Exposições Mundiais atualmente: a ludicidade, nica reconhecida como brasileira. São os exem- já evidenciada como atributo principal do pavilhão plos mais consagrados o pavilhão de 1939 para brasileiro de 2015, em Milão, por meio do disposia Exposição Mundial de Nova Iorque, projeto tivo da rede como elemento simbólico e lúdico”. Assim, o pavilhão proposto para 2020 busca de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, o pavilhão de 1958 para Exposição de Bruxelas, projeto de inspiração nos antecessores, aludindo a uma Sérgio Bernardes e o pavilhão projetado por generosidade latente e necessária ao país que, Paulo Mendes da Rocha em 1970 para Exposição historicamente, foi constituído por diversos de Osaka. Esses pavilhões tornaram-se marcos povos em um eloquente amálgama cultural. Essa na historiografia e figuram no imaginário da diversidade integradora, presente desde as mais arquitetura brasileira. Em comum, ressaltam as remotas imagens utópicas projetadas a partir espacialidades generosas, com espaços amplos do encontro com os povos originários e com a e convidativos, apresentando uma arquitetura natureza exuberante do território, é ao mesmo com promenades architecturales integradoras. tempo aquilo que pode nos definir e o que constiTal recorrência parece representar uma identi- tui nossa maior riqueza. A partir dessas referências, o projeto surge dade arquitetônica desejada. Olhando retrospectivamente para essas como uma experiência reflexiva e estésica: arquiteturas e para a identidade que propõem convida o visitante a uma imersão no coração é inevitável projetar um pavilhão que a um só do Brasil, explorando as origens da diversidade

sociobiocultural do país. Um pavilhão aberto que convida e acolhe os visitantes. O entendimento de que um pavilhão nacional não deve figurar como um monumento estático e espetacular somente para contemplação, resultou em um projeto no qual arquitetura e expografia são indissociáveis, de modo que a experiência do visitante ocorra em todas as instâncias e espaços do pavilhão. Dessa forma, entrar no coração do Brasil significa aprender e se relacionar com suas particularidades por meio de todos os sentidos. Sob essa metáfora e como resultado de um processo de abstração formal, o átrio central recria o ambiente de uma gruta representando o coração do país, evidenciando que no âmago do Brasil fértil encontra-se a água que verte e corre como veias que carregam a diversidade através do país continental, que concentra 12% da água doce do mundo e tem o propósito de proteger e bem utilizar esse recurso. A água converte-se em um fio narrativo para contar histórias, demonstrar tecnologias no manejo sustentável dos recursos e projetos de produção agropecuára demonstrando a preocupação fundamental com a sustentabilidade como fundamento do desenvolvimento.

IMPLANTAÇÃO ESC. 1.500


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IN THE HEART OF BRAZIL by Lucas De Sordi - Issuu