Revista Lubvap - O universo das graxas | 10ª Edição

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06 | Editorial

09 | 4 Maiores tendências para a Indústria em 2023

15 | Indústria marítima cresce em todo o mundo

20 | Lubrificação Industrial: guia para iniciantes

26 | Diferença entre Graxa Automotiva e Industrial

31 | Lubrificante alimentício na indústria de ração animal

37 | O papel da Indústria nas mudanças climáticas

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ÍNDICE

Uma revista impressa é feita de uma tecnologia milenar, baseada em árvores e pigmentos, sem interação, customização ou Google Analytics. Ou seja, nada de métricas.

É o pesadelo de qualquer profissional de marketing, por isso lançamos uma revista digital e estamos muito orgulhosos de chegar à décima edição da “REVISTA LUBVAP” - O UNIVERSO DAS GRAXAS, que traz um novo layout.

O redesign vem renovar e coroar esse marco da décima edição, uma decisão baseada, por incrível que pareça, em nossa estratégia de marketing digital, e, antes de mais nada, é importante lembrar que o marketing tradicional e o digital não estão separados por um grande muro.

vários canais e formatos, on-line ou não, e é papel do marketing estar presente onde o público estiver.

A REVISTA LUBVAP , começou com a iniciativa de oferecer conteúdo relevante, estratégia implantada para ajudar a educar o mercado Industrial nas pequenas, médias e grandes empresas. Com o lançamento da revista, nasceu também o canal LUBVAP ACADEMY no youtube.

No final das contas, a jornada do cliente passa por

Uma revista Digital chega em todos os pontos do mundo, democratizando as informações que eram restritas aos grandes conglomerados empresariais, já que dependia de visitas técnicas presencias, e para a informação de qualidade chegar, precisaria de um exército de ótimos profissionais para levar conhecimento técnico de qualidade.

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EDITORIAL

Fizemos um estudo e identificamos que poderíamos utilizar o meio digital para publicar uma Revista e contribuir de verdade com as Industrias, seus profissionais e com o nosso planeta .

Essa décima edição traz alguns detalhes invisíveis ao público final, mas que possuem um objetivo: entregar o melhor conteúdo no momento ideal para esse público especial, e não importa se esse conteúdo é uma experiência virtual ou, simplesmente, uma revista técnica.

Temos muito orgulho de estar lançando a décima edição da Revista Lubvap, pois tudo começou com um sonho, que foi transformado em objetivo e aliado ao propósito da contribuição.

Nesse período aprendemos que o sucesso está na ação, e que sonhar grande ou sonhar pequeno dá

o mesmo trabalho, então vamos sempre SONHAR

GRANDE, e que:

Sempre vamos mirar na Lua, porque se errarmos, estaremos nas estrelas.

Boa leitura!

Luiz Carlos Maldonado CEO Lubvap

EXPEDIENTE

10ª Edição | 01/2023

Realização: LubVap

Textos: Inova G

Diagramação: Inova G

Periodicidade: Quadrimestral

Contato: contato@lubvap.com.br

(12) 3204-7567 | 3933-6851

WhatsApp (11) 94393-0393

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4 Maiores tendências para a Indústria em 2023

2022 foi um ano para “contornar ou minimizar” os efeitos da pandemia na indústria, como as dificuldades de fornecimento de insumos e matérias primas, a recuperação do emprego, rendimentos e utilização da capacidade, entretanto, o que observou-se foi um crescimento abaixo do esperado no primeiro semestre do ano.

Se a minimização dos efeitos dos últimos eventos globais não foi suficiente elevar os números, em 2023 a indústria brasileira precisa ir além de remediar, assumindo a liderança e mudando o foco do passado para o futuro.

Com base em várias previsões mundiais sobre as tendências da indústria e negócios para 2023, separamos as 4 maiores, capa-

zes de elevar a indústria a um novo patamar.

1 - Mitigação de riscos da cadeia de suprimentos

A cadeia de suprimentos este ano sofreu com persistentes problemas nas cadeias de suprimentos globais, causando aumento das taxas de fretes marítimos. Segundo a Maersk, uma das maiores transportadoras de contêineres do mundo, é improvável que o custo de transporte baixe em breve.

Os problemas que as indústrias enfrentaram, como: congestionamento nos portos, altos custos de frete, escassez de material e inflação precisam servir como aprendizado para que em 2023 elas sofra o mínimo possível com estes obstáculos.

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Para isso, a indústria precisa melhorar sua resiliência, reduzindo sua exposição à volatilidade de mercado e criando estratégias para lidar com a escassez e aumento de custos logísticos. É preciso mapear a cadeia de suprimentos para identificar os riscos e criar oportunidades.

Um exemplo de ação é trabalhar diretamente com seus fornecedores, eliminando o máximo possível intermediários, de forma a deixar o fornecimento mais eficiente e criando uma cadeia mais conectada.

2 - Transformação digital acelerada Transformação digital não é assunto novo, mas se torna cada dia mais preponderante, visto que muitas indústrias adotaram apenas uma transformação digital superficial. Mais do que uma necessidade emergencial da pandemia, a digitalização é o futuro a indústria querendo ou não.

Criar uma indústria inteligente deve ser a sua meta. Isso quer dizer utilizar todos os recursos tecnológicos pertinentes, como inteligência artificial, internet das coisas, computação

em nuvem, trabalho híbrido e remoto, automação e todas as demais inovações que reduzam a burocracia, as tarefas rotineiras e otimizem o trabalho.

3 – Sustentabilidade

Sustentabilidade é outro ponto que há muito vem integrando timidamente as estratégias industriais. Mas com a intensificação do debate sobre as mudanças climáticas e o compromisso recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), as indústrias deve tomar ações mais efetivas, não como ações pontuais, mas como uma mudança de mentalidade.

O primeiro passo neste sentido é o uso de lubrificantes especiais biodegradáveis, que causam menos impactos ao meio ambiente e reduzem as emissões de carbono devido sua capacidade de aumentar a eficiência energética e tempo de vida das máquinas.

4 - Próxima geração da manutenção preditiva

A manutenção é um fator de grande impacto na produtividade de uma fábrica. Para manter os equipamentos de produção operando como o esperado, sem paralisações inesperadas, é preciso ir além da manutenção preditiva, é preciso avançar para a resolução preditiva.

A diferença entre manutenção preditiva e resolução preditiva é que a manutenção preditiva busca identificar a causa raiz, enquanto a resolução preditiva oferece insights de resolução para que o problema seja corrigido logo na primeira tentativa, um modelo de gestão de manutenção com foco na solução e não no problema.

O resultado desta abordagem são menores custos de manutenção, menos horas de maquinário parado e mais eficiência.

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Por onde começar

Sua indústria pode começar o plano de melhorias a partir da adoção de 2 ações de significativo impacto:

- Lubrificantes biodegradáveis: ecologicamente corretos e de alta performance, mantendo a sua fábrica na meta de sustentabilidade e baixo carbono.

- Lubrificação automática: permite sua fábrica instalar sistemas inteligentes

de monitoramento e proporciona uma lubrificação precisa e eficiente.

A Lubvap pode ajudar sua fábrica a assumir a dianteira, com soluções em lubrificação de alta tecnologia, ecologicamente corretas e de alta performance. Além disso, possuímos uma expertise logística, onde reduzimos ao mínimo a burocracia, tornando sua cadeia de fornecimento de lubrificantes mais otimizada, tudo para que você comece 2023 com pé no sucesso.■

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Indústria Marítima cresce em todo o mundo

Não há mais mercados parados para a Indústria Marítima! 2023 inicia um período de crescimento no Mercado Marítimo mundial, que vai, segundos estudos, até 2030.

O estudo, realizado pela Coherent Market Insights, prevê um período de crescimento de 7 anos, levando em consideração as tendências de mercado, cenário competitivo e a velocidade das mudanças.

A partir deste cenário otimista, apresentamos as perspectivas de mercado, oportunidades e desafios que as empresas do segmento precisam ficar de olho para aprimorarem sua capacidade de liderança e tomar decisões que as levem para o progresso e lucratividade.

O QUE HÁ DE NOVO PARA 2023

Em uma retrospectiva de 2022, tivemos por um lado um mundo em plena recuperação dos efeitos da pandemia, e por outro, uma guerra entra a Rússia e Ucrânia que acrescentou uma nova dimensão à crise energética no mundo.

O resultado para a indústria foi um ano com interrupção na cadeia de suprimentos e altos preços de energia.

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Para muitos mercados esse panorama é preocupante, mas a Indústria Marítima ao contrário de muitos, se beneficia financeiramente de tempos de alta incerteza, o que é um indício de um ano bom para o segmento.

Olhando para 2023 algumas tendências são claras:

• Atendendo às metas de redução de emissões em todo o mundo, a indústria marítima vai intensificar a busca de soluções sustentáveis. Alguns exemplos são os barcos elétricos e células de combustível de hidrogênio. Desenvolver navios, equipamentos e soluções ecologicamente corretas e de alta eficiência vai ser imperativo em 2023.

• O segmento de guindastes crescerá significativamente entre 2023 e 2027. Isso se deve ao desenvolvimento das megacidades, crescimento populacional e rápida urbanização, que

demanda uma infraestrutura mais robusta.

• No Brasil a previsão é de um aumento no número de embarcações comissionadas, navios de grande porte ou capacidade operacional. Devido a isso, empresas do segmento já iniciaram um processo de renovação e expansão de frota, além de ampliação da área de atuação, dando suporte às usinas eólicas e a própria cabotagem.

LUBRIFICANTES MARÍTIMOS

Um elemento crucial para o bom resultado da Indústria Marítima é o lubrificante, que impacta na performance, disponibilidade e consequentemente lucratividade do setor.

Os lubrificantes marítimos são utilizados pela indústria offshore para proteger e melhorar a eficiência dos equipamentos e motores e por isso fundamentais no dia a dia.

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São utilizados em engrenagens, freios, equipamentos hidráulicos, motor, turbina, eletrônicos, correntes e muitas outras aplicações.

A Shell Marine, marca líder mundial em lubrificação no segmento marítimo e offshore, recentemente obteve aprovação de uma fórmula proprietária e exclusiva, de um lubrificante CAT II, para motores que operam com combustíveis com menos de 0,5% de enxofre. Segundo o Dr. Luis Garcia, gerente de tecnologia da Shell Marine:

“Com a indústria focada na redução de emissões, a tecnologia de motores está evoluindo continuamente para oferecer maior eficiência ao operar com combustíveis com níveis de enxofre de muito baixo a zero. Os projetos de motores mais recentes operam em condições desafiadoras em termos de pressão e temperatura, exigindo uma lubrificação de alto desempenho, principalmente em termos de limpeza do motor, tornando essencial o desenvolvimento de um óleo de cilindro CAT II 40BN.”■

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Lubrificação Industrial:

Guia para iniciantes

O sucesso na carreira depende de sua vontade de aprender. Se você é uma pessoa determinada a vencer na profissão e na vida, este artigo foi escrito para você.

Uma das qualidades que os empregadores mais valorizam é a vontade de aprender novas habilidades. O potencial de crescimento é uma qualidade essencial em um profissional, e é a sua capacidade de aprender que vai determinar até onde você pode chegar.

O capital intelectual é de extrema importância para as empresas, mas ele só tem valor quando reverte conhecimento em benefício da empresa, fazendo-a crescer. Existem profissionais que fazem estritamente o que seu cargo exige e

existem profissionais que agregam valor na empresa. São estes últimos que recebem promoções e chegam aos cargos mais altos. Qual deles você é?

POR QUE É IMPORTANTE

APRENDER SOBRE

LUBRIFICAÇÃO?

Para deixar clara a importância da lubrificação, tenha em mente que: SEM LUBRIFICAÇÃO O MUNDO PARARIA!

Acredite, não é exagero. É a verdade oculta por trás de todos os motores, máquinas e equipamentos em movimento. A lubrificação executa seu trabalho essencial de forma in-

visível para a maioria dos usuários e profissionais. A não ser que você trabalhe em algum aspecto da produção ou manutenção de

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uma fábrica, você dificilmente pensou muito sobre lubrificação.

A lubrificação é responsável por reduzir o atrito entre dois materiais, permitindo que estes se movimentem sem dificuldade, evitando desgaste e mantendo o bom funcionamento. Se o mundo ficasse sem lubrificantes, as fábricas parariam, a comida se tornaria escassa, os transportes marítimo e aéreo não poderiam operar por falta de segurança, os portos fechariam... seria catastrófico para a economia e vida das pessoas.

Se para o mundo a Lubrificação é essencial, imagine para uma fábrica. Além de manter os equipamentos e máquinas funcionando, o lubrificante também reduz os custos de manutenção e aumenta a produtividade, dois termos mágicos para qualquer

empresa: MENOS CUSTO e MAIS LUCRO.

FUNÇÃO DOS LUBRIFICANTES

A função básica do lubrificante é reduzir o atrito entre dois materiais.

Atrito é a força que atua entre corpos que estão em contato. Sem atrito nada poderia se mover. Mas em alguns casos é preciso controlar essa força de atrito, controlando também o desgaste desses materiais.

Os lubrificantes de hoje são fruto de extensas pesquisas tribológicas (ciência que estuda a interação superfícies em movimento), que resultou em soluções tecnoló-

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gicas que oferecem muito mais que a função básica do lubrificante, entre elas:

- Arrefecimento: Controle da temperatura;

- Vedação: Preenchimento de superfícies irregulares;

- Limpeza: Manter os contaminantes em suspensão;

- Amortecimento: Para componentes sob altas tensões;

- Proteção contra oxidação e corrosão.

FILME LUBRIFICANTE

Filme lubrificante é o que separa as duas superfícies, impedindo contato metal com metal e protegendo contra desgaste e corrosão. O que determina o filme lubrificante são os aditivos utilizados em sua composição química.

A espessura do filme deve ser suficiente para manter as superfícies separadas, sem pontos de contato limite, ou pontos sem filme lubrificante, que levam a solda e adesão.

A espessura insuficiente do filme causa aumento do desgaste, corrosão, temperatura, contaminação excessiva, entre outros.

Uma boa graxa ou óleo lubrificante, assim como os procedimentos de lubrificação adequados mantém as propriedades de lubrificação e resistência de filme.

APLICAÇÃO MANUAL X AUTOMÁTICA

A aplicação do lubrificante pode ser manual ou automática. Na aplicação manual, um operador aplica o lubrificante, enquanto na automática, o processo é comandado por um sistema de lubrificação, sem intervenção manual.

A lubrificação manual pode ser facilitada utilizando-se ferramentas como pistolas e bombas de graxa, que ajudam no fornecimento da quantidade correta de graxa e reduzindo a contaminação. A quanti-

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dade errada de graxa, para tanto para mais ou para menos são comprometem o desempenho da lubrificação e consequentemente do equipamento.

A lubrificação automática é aplicada por um sistema, nas quantidades, pressões e frequência corretas, a partir de um reservatório e uma unidade de bombeamento. Ela garante uma lubrificação mais precisa, além de ser indicada também para locais de difícil acesso, onde não é possível fazer a lubrificação manual.

ONDE POSSO CONTINUAR APRENDENDO?

O universo da lubrificação é vasto e em constante mudança, portanto se você quer ser um profissional de sucesso precisam continuar aprendendo.

A Lubvap Academy cria diariamente novos conteúdos para você aprender e se atualizar. Acese estes conteúdos pelo YoutubeLubvap Academy, aqui no blog oreidasgraxas.com. br , na Revista Lubvap, ou pelo Instagram e LinkedIn da Lubvap.■

Diferença entre Graxa

automotiva e industrial

Graxa é tudo igual?

Essa é a dúvida que muitas pessoas têm: existe diferença entre a graxa automotiva (graxa para caminhão) e a graxa industrial?

A aparência das graxas é igual, graxa não tem glamour, é algo que lambuza, porém as igualdades param por ai.

Graxa pode até ser parecida na aparência, mas é na composição química que reside a diferença. É por causa dessa diferença que existem graxas especiais de alta performance que oferecem um maior intervalo de relubrificacão maior proteção das peças, rolamentos, mancais, fusos.

As graxas são fabricadas a partir da combinação de

três elementos: óleo base, espessante e aditivos, tanto a graxa automotiva, quanto a industrial.

O que faz uma graxa ser difernte da outra são ingredientes utilizados: o tipo de óleo base, que pode ser mineral ou sintético, o tipo e concentração do espessante e pacote de aditivos, oferecendo cada um uma propriedade diferente e por isso, personalizando a graxa para uma determinada aplicação.

Desta maneira, existem graxas apropriadas para cada tipo de aplicação e condições operacionais. Para caminhões por exemplo, temos graxas de complexo de Lítio, graxa de Sulfonato de Cálcio que oferecem uma melhor performance, aumento de intervalo de relubrificação, maior disponibilidade do

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equipamento, menor atrito e redução de custo com manutenção.

A consistência da graxa tem um número de classificação NLGI (estabelecida pelo National Lubricating Grease Institute) que varia de 000 a 6.

A graxa automotiva é geralmente NLGI2, sua consistência em temperatura ambiente é macia, similar à pasta de amendoim. O NLGI mais utilizado pela indústria também é o NLGI2.

As graxas automotivas, di-

ferente das industriais, geralmente tem duas letras usadas frequentemente para indicar sua aplicação:

GC – Graxas de eixo e rolamento de roda.

LB – Graxas de chassi usada em terminais de tirantes, juntas esféricas, juntas em U e eixos de braço de controle.

PROPRIEDADES BÁSICAS

DAS GRAXAS

Independente se é para caminhão ou indústria, as propriedades mínimas que toda graxa deve oferecer

são:

• Reduzir o atrito e o desgaste;

• Proteger contra a corrosão, ferrugem e oxidação;

• Resistir à vazamentos;

• Manter a mobilidade.

O QUE VOCÊ PRECISA

ou seja, a mais básica, que a partir do primeiro aperto perde sua capacidade lubrificante. Em analogia, é como comprar uma Ferrari, e usar nela o óleo mais barato.

Tanto na aplicação indústrial ou automotiva, é importante escolher a graxa com base nas especificidades que o equipamento necessita e de acordo com as condicões ambientais e de operação. Lembrando que a escolha errada da graxa é uma das principais causas de falhas na lubrificação.

No Brasil existe uma cultura onde as empresas compram equipamentos, caminhões, máquinas ou colheitadeiras com valores agregados altos, porém na hora de comprar o lubrificante, escolhem a graxa compram a mais barata,

O custo benefício de uma graxa de alta performance supera de longe o da graxa comum, inclusive na questão financeira, pois é a que proporciona mais produtividade e economia na manutenção.

A expressão “o barato pode sair caro”, se aplica bem à questão das graxas.■

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SABER
NA HORA DE ESCOLHER UMA GRAXA

Lubrificante alimentício na

Indústria de Ração Animal

O segmento de alimentação animal impacta na vida de todas as pessoas, pois neste mercado estão inclusos tanto pet food, que corresponde a 0,27% do PIB brasileiro, quanto alimentação para aves, suinocultura, bovinocultura, piscicultura e todos os outros animais de criação.

Então se você possui um animal de estimação, ou consome carne, este é um assunto do seu interesse.

Existem dois tipos de qualidade relacionadas à ração animal: qualidade nutricional e sanitária. Qualidade nutricional é quando o alimento atende às necessidades nutricionais do animal. Qualidade sanitária se refere à segurança do alimento, garantindo que não represente qualquer perigo para

a saúde animal, humana, ou prejudique o meio ambiente.

Para garantir a qualidade sanitária do alimento, o setor conta com a instrução normativa: “Regulamento técnico sobre as condições higiênicosanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos fabricantes de produtos destinados à alimentação animal”.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 4/2007

Segundo o regulamento, considera-se:

• Boas Práticas de Fabricação aplicadas em todo o fluxo de produção, desde a obtenção dos ingredientes e matérias-primas até a distribuição do produto final.

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• Contaminação: presença de substâncias ou agentes estranhos de origem biológica, química ou física que sejam considerados nocivos para a saúde animal.

• Contaminação cruzada: contaminação de produto destinado à alimentação animal com outro produto, durante o processo de produção ou contaminação gerada pelo contato indevido de ingrediente, insumo, superfície, ambiente, pessoas ou produtos contaminados, que

possam afetar a inocuidade do produto.

Para evitar riscos de contaminação, a instrução normativa define que:

Os lubrificantes que entram em contato direto ou indireto com os produtos destinados à alimentação animal devem ser de grau alimentício.

A Instrução Normativa 4/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aplica-se a todo estabelecimento fa-

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bricante ou fracionador de produtos destinados a alimentação animal do Brasil.

LUBRIFICANTE GRAU ALIMENTÍCIO

O lubrificante grau alimentício é um lubrificante especial, produzido com ingredientes aprovados pela FDA (Food and Drug Administration) e certificado pela NSF - ISO 21.469, que garante a conformidade do lubrificante com os requisitos de higiene.

É utilizado pelas indústrias de ração animal, alimentação, farmacêutica, cosmética e embalagens por não gerarem riscos à saúde.

Existem 3 categorias de lubrificante grau alimentício:

• NSF H1 – Para usos onde o contato acidental com alimentos pode ocorrer.

• NSF H2 – Para usos onde não há contato do lubrifi-

cante com os alimentos. Ex.: engrenagens de ventilador de forno.

• NSF H3 – Para usos onde o lubrificante estará em contato direto com o alimento e potencialmente estará no produto acabado. Ex.: desmoldantes.

Frutos de extensa pesquisa e desenvolvimento, os lubrificantes grau alimentício apresentam também vantagens significativas no desempenho dos equipamentos, como resistência à lavagem por água, maior tempo de vida das peças e proteção contra corrosão, item obrigatório segundo a Instrução Normativa 4/2007.

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PELETIZADORA

Segundo a norma, todos os equipamentos utilizados no processamento da ração animal devem utilizar lubrificante grau alimentício. Um destes equipamentos é a peletizadora.

O lubrificante grau alimentício para peletizadora deve ser do tipo NSF H1, no qual pode ocorrer o contato acidental do lubrificante com o alimento. Nesta aplicação o uso do lubrificante deve ser mínimo.

Para evitar o desgaste prematura e obter vida útil L10 dos rolamentos de

rolos e espigas de sua peletizadora, a graxa certa faz uma enorme diferença. Além de ser do tipo NSF H1, ela deve manter alta performance mesmo sob condições difíceis, como:

• Contaminação por partículas,

• Altas temperaturas;

• Alta pressão;

• Umidade elevada.

Você não precisa ser um especialista em lubrificação ou conhecer todos os produtos disponíveis no mercado para achar a graxa ideal, o que você precisa é de um distribuidor que te dê este suporte.■

O papel da Indústria nas

mudanças climáticas

Aconteceu em novembro de 2022 a COP 27 – Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas –, com participação de mais de 190 países, para discutir maneiras para enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.

A indústria é responsável por cerca de 50% de toda as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, devendo por tanto, assumir sua responsabilidade e o compromisso na busca o desenvolvimento sustentável.

O QUE SÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

As mudanças climáticas podem ser vistas nas mudanças de tempo, oceanos e ecossistemas, como: alteração dos padrões de temperatura e precipita-

ção; mudanças na frequência, intensidade e duração de eventos climáticos extremos e mudanças no período de migração das aves.

Outro exemplo do efeito das mudanças climáticas são os rios voadores.

Rios voadores são cursos d´água em forma de vapor que circulam pela atmosfera. As mudanças climáticas impactam nos rios voadores que por sua vez afetam as chuvas, o clima, a agricultura, pecuária e consequentemente na produção de alimentos.

GASES DE EFEITO ESTUFA

Essas mudanças são causadas devido ao acúmulo de gases de efeito estufa em nossa atmosfera, causando o aquecimento do planeta. O efeito estufa em si não é o problema, uma vez que é um processo natural e necessário para a vida na terra, o problema é o acúmulo dos gases que provoca alterações perigosas no planeta.

O principal gás de efeito estufa é o dióxido de carbono, que entra na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis, resíduos sólidos, materiais orgânicos e como resultado

de reações químicas como a fabricação de cimento por exemplo.

A VISÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu um documento oficial com a visão da indústria brasileira sobre a COP 27, onde destaca:

“Com base nesses esforços brasileiros pelo desenvolvimento com baixas emissões e considerando a baixa intensidade de emissão de carbono já alcançada, a indústria brasileira entende a importância do reconhecimento de seus esforços de mitigação no passado, como também a relevância de seu papel no desenvolvimento contínuo da agenda, tanto no âmbito nacional como no internacional.”

Enquanto não surgem novas tecnologias, ou enquanto essas não ficam

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acessíveis à toda as indústrias, é importante não esquecer das tecnologias convencionais que contribuem para o desenvolvimento sustentável da indústria, como o lubrificante especial.

A lubrificação desempenha um papel significativo na economia de baixo carbono, aumentando a eficiência do combustível e prolongando a vida útil das máquinas. Os inúmeros avanços técnicos da indústria de lubrificação, criam lubrificante sintéticos, com nanotecnologia e aditivos de alta performance que reduzem o atrito e desgaste, proporcionando uma lubrificação mais eficiente.

A indústria tem uma grande oportunidade em mãos: aproveitar os lubrificantes especiais já existentes no mercado para que suas máquinas funcionem de forma mais eficiente e com baixo consumo de

energia. Muitas indústrias já adotaram essa abordagem sustentável, trocando os lubrificantes fósseis por lubrificantes ecológicos, biodegradáveis.

LUBRIFICANTES ECOLÓGICOS DE ALTA PERFORMANCE

Os lubrificantes ecológicos são produtos com tecnologia de ponta, alta performance e biodegradáveis. Sua qualidade faz com que o consumo de lubrificante seja menor, as máquinas tenham um tempo de vida maior, melhor desempenho, ao mesmo tempo que consomem menos energia.

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A Lubvap é uma empresa que toma a frente no desenvolvimento sustentável da indústria, com uma história de quase 20 anos no fornecimento de lubrificantes ecológicos.

Nessa busca constante em proporcionar recursos para que as indústrias estejam preparadas para as necessidades futuras, a Lubvap lançou este ano a

Texas Green, uma linha de lubrificantes biodegradáveis que proporciona que as indústrias tenham operações mais sustentáveis.

Se sua empresa quer adotar uma postura mais sustentável e não sabe por onde começar, entre em contato com a Lubvap, nosso time de especialistas pode te ajudar.■

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