Jennifer Echols - Love Story

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ponta da fita métrica para mantê-la firme no meio da estrada. Depois começou a subir a colina. A fita métrica tinha apenas trinta metros de comprimento, o que o obrigava a marcar seu lugar na estrada e começar de novo para continuar progredindo. Após setenta e sete metros, ele parou e olhou ao re dor. Estava parado ao lado de um enorme carvalho antigo. Se o sol tinha duzentos centímetros de largura e ficava bem na frente de sua casa, este era o lugar onde Mercúrio estaria, uma borracha quase invisível. Ele não tinha certeza se seus colegas entenderiam a analogia, mas ele entendeu e pela primeira vez admirou a vastidão do espaço, do vazio, do vácuo. Caminhou mais cinquenta e oito metros subindo a estrada e sentindo o cascalho sob suas botas de trabalho. O céu estava totalmente rosa e ele poderia ter se preocupado em ser atropelado por um carro que não o veria na escuridão, mas não havia ninguém aqui, apenas o patrão e as pessoas que trabalhavam na fazenda, a maioria das quais já tinha ido para casa ou vivia aqui, como seu pai, em uma antiga casa construída na época em que era aceitável que os trabalhadores morassem na terra de seus empregadores. Ele parou e olhou em volta. Estava parado ao lado de uma grande pedra coberta de musgo que se projetava no capim, talvez um símbolo de algo que desapareceu há muito tempo, talvez fosse uma lápide, talvez apenas uma pedra. Ele se perguntava isso desde que chegou na fazenda. Colocou a fita métrica na estrada e caminhou até a pedra. O musgo era macio, com flores brancas de aparência estranha que brilhavam como uma espécie alienígena sob a luz que já começava a desaparecer. Ele olhou de novo para sua casa. Agora estava a uma distância de um campo de futebol e meio, e se o sol tinha duzentos

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