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A HISTÓRIA POR TRÁS DA praia de Braslia

LORD: A tarefa de empreender é geralmente avaliada como difícil no Brasil. Os empresários reclamam muito da burocracia. O que é mais complicado?

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EDUARDO AZAMBUJA: O mais complicado, na minha avaliação, é que o tempo nas empresas privadas é muito diferente do tempo nos órgãos públicos. A gente trabalha em uma velocidade muito mais rápida, é muito mais ágil. Às vezes, precisamos de uma autorização e essa autorização fica travada em uma Secretaria, porque tem que passar por muita gente. Isso atrapalha. Na maioria das vezes, é necessário ter uma resposta rápida, mas temos que esperar, por exemplo, 30 dias para que um e-mail seja respondido.

LORD: Como foi a decisão de abrir a R2? Qual era a ideia de vocês?

EDUARDO: A R2 começou lá atrás, com o Rick e o Rafa. Por isso, é R2: de

Ricardo e Rafael. Eles faziam festas informais – churrasco na casa de amigos, festas pequenas. O negócio deu certo e cresceu. Essa organização que a gente tem hoje foi com o tempo, mas com a mentalidade que os dois já tinham desde o início, de pensar não em uma produtora, mas em uma empresa. Muitas vezes, as pessoas pensam em uma produtora como algo informal, e o grande diferencial da R2, e isso está no DNA da empresa, é pensar em longo prazo. Lucramos aqui? Sim. Então, vamos dividir uma porcentagem pequena e investir para a próxima festa, vamos montar um escritório e contratar bons profissionais. Foi essa mentalidade que nos trouxe até aqui.

LORD: A R2 faz hoje alguns dos maiores eventos de entretenimento de Brasília. Que novidades a empresa trouxe para a capital?

EDUARDO: A grande novidade, o divisor de águas, foi o “Na praia”. Além disso, teve o modelo de complexo para eventos. A gente tinha feito um ano antes, na “Santa Copa”, durante a Copa do Mundo de 2014, um modelo de complexo que é muito diferente do que é organizado para uma festa de um dia. Ficava muito caro fazer uma festa pontual em uma estrutura grande. Foi então que a gente criou um modelo de um mês de festa, durante a Copa. Montamos essa estrutura e todo fim de semana teve festa. Foi o embrião do “Na Praia”. Eu lembro que houve um risco enorme para a gente. Hoje, o evento é um sucesso! Mas, no início, era assim: ou a gente quebrava a empresa ou daria certo. Ainda bem que deu muito certo! Foi o nosso projeto mais inovador: trazer uma praia para Brasília. Hoje, são mais de 250 mil pessoas por edição, com gente do Brasil inteiro.

LORD: Ocupar áreas tradicionais da cidade é uma das metas?

EDUARDO: Sim. A gente busca os espaços a partir do perfil dos nossos eventos. O “Na Praia” é uma festa de praia, então tem que ser perto do Lago. O “Carnaval no Parque” precisa de espaço amplo, seguro e central, já que a gente quer competir com carnavais do Brasil inteiro. Já com a “Surreal”, que é uma festa inusitada, a Torre de TV Digital. A busca dos locais depende do perfil de cada uma das festas.

LORD: Eventos sustentáveis são a cara do entretenimento atual?

EDUARDO: Os eventos sustentáveis estão começando a ganhar espaço agora. Esse tema é muito novo ainda. Dez ou quinze anos atrás, as pessoas falavam que sustentabilidade era proteger o mico-leão-dourado, a onça pintada. É muito mais do que isso. E é o que a gente procura demonstrar. Só no “Na Praia”, são 250 mil pessoas por edição. No “Carnaval no Parque”, mais 100 mil pessoas. A gente tem um público de quase 400 mil pessoas por ano. Então, por que não passar para essas pessoas um recado além da música e da curtição? A gente promove sustentabilidade de forma lúdica, criativa. E isso é um desafio. Por quê? Porque é com a criatividade que a gente consegue o engajamento do público. Quando a causa é boa, todo mundo quer participar, quer ajudar. Essa área de sustentabilidade é da minha responsabilidade, e todos os dias eu me pergunto: “como a gente pode melhorar a vida de pessoas menos assistidas por meio dos nossos eventos? Como passar bons recados?”. Como ainda não temos muitas referências de eventos sustentáveis no Brasil, é preciso viajar para pegar bons exemplos. Mas, sem dúvida, essa é uma tendência. Quem não estiver atento, vai ficar fora do mercado.

LORD: Eventos como “Carnaval no Parque”, “Na praia” e “Surreal” são planejados com qual antecedência? Como é o processo de organização?

EDUARDO: O planejamento é feito com bastante antecedência. O “Na Praia” requer pelo menos um ano. A edição 2019 ainda nem começou, mas a gente já está pesquisando para o “Na Praia” de 2020! Já a “Surreal” e o “Carnaval no Parque” exigem sete ou oito meses. Mas a parte artística tem que ser fechada com mais antecedência, principalmente no período de Carnaval, porque todos esses artistas que a gente está trazendo, como Léo Santana e Wesley Safadão, tem agenda cheia.

LORD: Quantos empregos, em média, esses eventos geram por edição?

EDUARDO: Vou dar o exemplo do “Na Praia”: são 2.500 pessoas trabalhando por fim de semana. É bem significativo. Nós temos as pessoas que trabalham com a gente no dia a dia, a R2 Produções tem mais de 100 funcionários hoje. Mas, nos eventos, a necessidade é muito maior. A gente contrata de segurança à equipe de limpeza e de especialistas em montagem de palco ao pessoal que instala o som.

LORD: Seguir inovando é um dos objetivos? O que muda de uma edição para a outra?

EDUARDO: Inovação, pra gente, é tudo. Nós somos uma empresa de inovação. Até porque quem não inovar está fora do mercado. E isso serve para todas as áreas. Antigamente, você fazia planejamento de 10 anos nas empresas. Hoje, com a tecnologia, é preciso refazer esse planejamento constantemente. Por exemplo: agora está todo mundo em aplicativo de celular. Então, tem que vender por aplicativo. É preciso inovar o tempo todo. A gente viaja bastante para o exterior também por isso, para saber o que está sendo feito lá fora e ver como a gente pode melhorar os nossos eventos.

LORD: Falando nisso, este ano marca a 5º edição do “Na praia” em Brasília. Que novidades os brasilienses podem esperar?

EDUARDO: No ano passado, a gente homenageou praias do sudeste asiático, em especial Tailândia e Indonésia. Neste ano, será o México. É uma cultura próxima da nossa: muito rica em gastronomia, tem aquele calor, cores fortes. Então, a galera pode esperar a melhor edição de todas do “Na Praia”! Até porque, a cada ano, a gente aprende um pouco mais, faz pesquisa pós-evento. Tudo com o objetivo de sempre melhorar.

Somos viciados em feedback, porque é a opinião do cliente que nos faz aprimorar. A gente pergunta, inclusive, quais são as praias que o público gostaria de ver, os artistas que querem no ano seguinte. Na minha opinião, o “Na Praia 2019” vai ser a edição mais fantástica de todas por todo know how que a gente conquistou nesses últimos anos. Além disso, o México tem uma cultura incrível, muito rica em todos os aspectos. Eu tenho certeza que este ano vai ser mais um sucesso incrível!

LORD: O público pode esperar artistas de outros países?

EDUARDO: Com o dólar a esse preço, e para o nosso perfil de evento, a conta não fecha. O “Rock in Rio”, por exemplo, tem 100 mil pessoas por dia. É outro estilo, tem outra proposta. O “Na Praia” reúne 10, 12 mil pessoas por dia. É muito menos gente que o “Rock in Rio”, mas a duração é bem maior. A gente faz o “Na Praia” ao longo de dois meses e meio. O Rock in Rio dura duas semanas. O festival deles é gigante, mas não tem o mesmo cuidado que nós temos com cenografia e atendimento ao público. Outro ponto importante é que a gente faz pesquisa com os clientes e pergunta quem eles querem: Ivete Sangalo ou uma atração internacional? A galera vota na Ivete, no Jorge & Mateus, no Wesley Safadão, no Alok. É claro que trazer os Rolling Stones seria um sonho para a gente, mas com o dólar a esse preço, a conta realmente não fecha!

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