Lona 855 - 24/10/2013

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Editorial

Mais uma vez Agora, o caso de espionagem chegou ao país que utilizou a mesma tática, em larga escala, em uma das piores guerras que o mundo já viu. E, infelizmente, quando se prova do próprio veneno é que se percebe o quanto a estratégia é equivocada. Um porta-voz do governo alemão denunciou que o

celular da chanceler Angela Merkel pode ter sido espionado pelos Estados Unidos. Por conta do ocorrido, o embaixador americano em Berlim foi convocado para dar explicações e para ouvir o posicionamento da Alemanha em relação ao assunto. Segundo a própria chanceler alemã, a relação de confiança

com os EUA deve ser “reconstruída”. Mais do que uma repetição da mesma história, a espionagem na Alemanha traz à tona a fragilidade dos EUA cada vez mais evidente em relação ao caso, além da importância que o assunto merece dependendo da nação atingida. Quando descoberta a “bisbilhotice” com o Brasil,

Por Onde Anda?

Dilma Rousseff aproveitou seu discurso na ONU para definir um Marco Regulatório mundial. Os países que se manifestaram (e que, inclusive, assinaram junto termo pedindo regulamentação) foram a Índia e a África do Sul. No entanto, ao perceber que a espionagem não se limita apenas

aos países subdesenvolvidos, mas também aos países da poderosa Europa, fica mais evidente a preocupação. Primeiro com a França, agora com a Alemanha. A ideia de que a espionagem ultrapassa todos os limites do aceitável já é mais do que sabida. Porém, não tinha ficado tão clara essa preocu-

pação individualista com questões que poderiam ser mais bem trabalhadas com união. Se Brasil, Índia e África do Sul tivessem apoio da Europa como um todo, desde o início, a força para derrubar a espionagem sem limites dos EUA seria ainda maior.

Cassia Morghett Logo que me formei, em 2009, eu fui morar fora, na Virgínia (EUA). Fiquei lá por 1 ano e 3 meses para estudar inglês, porque eu não sabia a língua, e para jornalismo é importante. Para tudo, na verdade! Quando voltei, foi difícil entrar na área e apareceu a oportunidade de trabalhar no Escritório Internaciuonal da PUC. Estou gostando bastante. Eu faço

a parte de comunicação do site, matérias sobre o que acontece na área internacional da universidade. Uso bastante as técnicas jornalísticas. Acho que jornalismo me ajudou muito pra vida em geral. De prático, o que me ajudou foi a escrita, inclsuive as técnicas que eu uso. Mas o curso mesmo me mudou muito. Eu era muito tímida, tinha muito problema

com isso. Também nao gostava muito de ler. E com todos os milhares de livros que tínhamos que ler, hoje sou apaixonada. São pequenas coisas, mas que mudaram muito o que sou hoje. Jornalismo é um curso pra alma também, mesmo que a gente acabe nao seguindo a carreira, o que acontece com muita gente.

Com licença senhor, mas chegou o meu ônibus Maximilian Rox Acho extremamente sarcástico um dos sistemas de transporte público mais bem vistos do mundo ser forçado a adotar uma medida de segregação de gêneros. Chega a ser vergonhoso aos curitibanos que tanto se orgulharam de ter um ônibus modelo ver a falta de educação às mulheres serem estampadas nos veículos e biarticulados. Essa separação de ambos os gêneros nos horários de

Expediente

pico só demarca que há um grande problema circulando pelas ruas da cidade: a falta de respeito por parte dos homens. Prefere-se separar a educar. É mais fácil evitar que os dois gêneros se encontrem do que garantir a punição de quem comete assédios sexuais. Não se dá estrutura para que as mulheres se sintam seguras utilizando o próprio transporte público – então será me-

lhor separarmos os homens das mulheres. Não se dá educação suficiente para que os garotos saibam respeitar as garotas – então será melhor separarmos os homens das mulheres. Isso só representa uma medida superficial em meio a um imenso problema de desrespeito já enraizado no subconsciente de alguns representantes do sexo masculino. É preciso garantir a segurança

e os direitos das mulheres do que simplesmente separá-las e manter o problema ainda ocorrendo em outros locais. Isso não resolverá o problema de desrespeito ao sexo feminino, apenas o afastará de uma situação localizada e específica – apenas um ponto de risco entre os vários possíveis. Porque deixá-las vulneráveis nos demais lugares, expostas ao mesmo tipo de assédio? Protegê-la de somente uma

das situações não a deixará segura das outras, e essa medida se esquece desse tão importante detalhe. Enquanto a sociedade não encontrar um meio de solucionar esse problema, a resolução estará na segregação temporária; no vergonhoso “me desculpe senhor, não é por nada não, mas chegou meu ônibus”. O ônibus rosa, cor viva do desrespeito masculino.

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira


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