E-Book V Jornadas de Obstetrícia

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53,8%). Os estudantes procuram preferencialmente os Centros de Saúde (83,3%) e o Centro de Atendimento de Jovens (14,6%) e apenas 6,3% recorreu aos serviços de SSR da Universidade / Escola. Os motivos apontados pelos estudantes para procurar os serviços de SSR disponíveis, relacionam-se com a aquisição de métodos contracetivos (71,4%), vigilância de saúde (44,9%) e aconselhamento sobre métodos de contraceção (38,8%). Martins e colaboradores (2008), numa amostra de jovens universitários (portugueses e espanhóis), observaram que os profissionais de saúde são procurados, essencialmente pelas raparigas (20,7%) e sobretudo as de idade superior a 23 anos (13,2%), pressupondo que o fazem por serem sexualmente mais ativas e com necessidade de métodos contracetivos de prescrição médica. Granja (2009), afirma que para muitos jovens, os horários, localização ou os custos dos serviços tornam-nos inacessíveis, além de que as atitudes dos profissionais de saúde são desencorajadoras, e dificultar o aceso dos jovens aos serviços, para obterem informação, aconselhamento ou tratamento em saúde sexual e reprodutiva. As questões relacionadas com a vigilância de saúde também parecem preocupantes se considerarmos que os participantes são estudantes de um curso de saúde onde estas questões são abordadas. Os dados revelam que apenas 58,6% das raparigas foi vacinada contra o HPV, apesar da vacina contra o HPV estar preconizada no plano nacional de vacinação desde 2008, e 4% das estudantes referem desconhecer a necessidade de vacinação. Adicionalmente uma grande maioria das estudantes (71,4%) nunca realizou citologia vaginal apesar de uma elevada percentagem já ter vida sexual ativa e 19,7% refere ter realizado citologia anualmente.

Conclusões Os resultados evidenciam que a primeira relação sexual acontece em média aos 17 anos e que a grande maioria dos estudantes utiliza o preservativo como método contracetivo, passando a utilizar a pilula nas relações amorosas de “longa” duração, pelo que consideramos importante refletir a importância da dupla contraceção mesmo que no contexto de relações consideradas de “longa duração “. Referem poucos comportamentos de risco, relacionados com as relações sexuais sob o efeito de álcool, drogas e parceiros ocasionais e elevada perceção da capacidade de negociação de sexo seguro. Mais de metade dos estudantes (60%) dos estudantes tiveram algum tipo de informação sobre SSR, contudo os profissionais de saúde tem um papel pouco relevante na

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