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Um projecto com rumo, uma política com aprumo

Um projecto com rumo, uma política com aprumo

A AAFDL, arredada como tem estado ao longo dos últimos anos no tocante à política externa, tem-se votado ao passivismo de reduzir o seu papel nesse domínio à subscrição de moções em sede de ENDA. Ora, os ENDA, ainda que sejam importantes fóruns de discussão inter-institucional com vista à coordenação de agendas políticas entre associações académicas, não substituem o papel essencial da organização e criação de luta junto dos estudantes e do combate político nas ruas. Vivemos tempos conturbados em que milhares de estudantes são forçados a desistir dos seus estudos por não terem meios para os custear. Vivemos em tempos em que a carestia da vida agrava as desigualdades sociais, a cada dia se aumentando o fosso entre quem tudo tem e aqueles a quem tudo falta. As desigualdades sociais no Ensino Superior não são um mero instrumento retórico mas antes uma desagradável realidade que cumpre combater. O Ensino Superior hodierno apresenta-se como um meio progressivamente elitizado e com uma gestão anti-democrática ao arrepio da Constituição de Abril. A própria democracia associativa tem vindo a ser consumida por uma longa vaga de pessoalização das funções e de individualização do poder. Contra esses fenómenos insurge-se a Lista Q. A Lista Q quer mais e melhor Acção Social e um Ensino Superior com um financiamento condigno. Quer uma faculdade que se assuma como uma instituição pública e não como uma fundação de direito privado. A Lista Q é contra a imposição corporativista e elitista da Ordem dos Advogados de exigir a conclusão de mestrado para a inscrição no estágio, antes querendo uma advocacia democratizada e livre de estágios não remunerados.

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A Lista Q é contra o processo de Bolonha pela degradação na qualidade do ensino que este produziu, procurando a reversão do curso jurídico para a duração de 5 anos.

Propõe, em suma, a Lista Q o seguinte: 1. Lutar pela abolição das propinas em todos os ciclos de estudos; 2. Assegurar a instituição de um apoio financeiro para todos os estudantes do ensino superior visando subsidiar as despesas decorrentes da frequência de cursos superiores; 3. Garantir um financiamento condigno para as Instituições de Ensino Superior que possibilite a realização da sua função da forma devida; 4. Lutar pela revogação do RJIES e pela sua substituição por um modelo gestionário de cariz público e que garantia a democracia interna nas

Instituições de Ensino Superior; 5. Alargar a Acção Social Escolar a mais estudantes; 6. Aumentar a oferta de Alojamento Estudantil e diminuir o seu custo; 7. Mobilizar os estudantes para a luta académica.

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