Resenha 30 11 2016

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A tarifa de energia da indústria no Brasil é hoje a sétima mais alta na comparação com os 28 países-membros da AIE. Em dólar, a tarifa média da indústria brasileira é de US$ 119 MWh. A tarifa no País perde para a de países como Itália, Japão, Irlanda, Eslováquia, Portugal e Suíça, e ficou mais alta que a de Chile, Turquia, França, Áustria, Bélgica e Hungria. Dessa tarifa, 7% são impostos. Com base em dados do IPCA, a Abradee informou que a tarifa de energia elétrica residencial acumula alta de 775% de janeiro de 1994 a maio de 2016, considerando a bandeira vermelha. Atualmente, vigora a bandeira verde. O porcentual é menor que o do salário mínimo, gás de cozinha, aluguel e transporte público. No período, a conta de luz subiu mais que a variação de plano de saúde, comunicação, serviços pessoais, alimentação fora do domicílio e gasolina.

Igualdade de gênero no trabalho traria mais de US$ 2 trilhões à América Latina Fonte Amcham Brasil 30 Novembro 2016 às 13h31 Na América Latina, a promoção da igualdade de condições de trabalho para as mulheres aumentaria o Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2,6 trilhões de dólares até 2025. A um dólar médio de 3,3 reais, o valor superaria 8,5 trilhões de reais. De acordo com a consultoria McKinsey, autora do estudo, isso representaria um salto de 34% no PIB latino-americano. Para Regina Madalozzo, professora associada do Insper, abrir as portas para a igualdade de gêneros significa aumentar o poder de compra da população. “Temos pesquisas que indicam que as mulheres tomam a maior parte das decisões de compras, sejam pequenas ou grandes. Pelo menos 60% dos gastos familiares são decididos pela mulher. Além disso, a inclusão financeira e social de públicos de diversidade no mercado consumidor vai refletir melhor o perfil da sociedade”. Enquanto boa parte das empresas começa a aplicar políticas de diversidade e inclusão, outras saem na frente e desenvolvem projetos de capacitação profissional e empreendedorismo voltados ao público feminino, como forma de gerar negócios e independência econômica. Conforme pesquisa da McKinsey, o incentivo financeiro e apoio técnico é um dos fatores necessários à criação de oportunidades econômicas. “A mulher precisa de respaldo para se capacitar, já que quase sempre as atribuições do lar ficam com ela. Iniciativas empresariais bem sucedidas têm esse quesito”, detalha Regina. No Brasil, o público feminino representa pouco mais de 50% da população, mas sua participação em cargos de alto escalão é de 14%. Nas gerências médias, as mulheres ocupam 22% dos postos, de acordo com o Instituto Ethos. De acordo com Deborah Vieitas, CEO da Amcham, empresas que respeitam a diversidade garantem acesso a vários mercados. “Se queremos atingir a todos os potenciais consumidores e fornecedores, temos que incorporar a diversidade nos negócios.” Em abril, a Amcham lançou uma cartilha sobre a criação de políticas de diversidade, que pode ser baixado clicando aqui. Mas ainda há muito a caminhar na questão da igualdade de gênero. Pesquisa da Amcham com 350 executivos de ambos os sexos revelou que 76% deles não acreditam que as empresas tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional. Segundo os executivos, para equiparar as condições de trabalho entre ambos os sexos é necessário igualar salários e benefícios, aumentar o número de mulheres no quadro de gestores e dar os mesmos direitos e benefícios a todos. Na Whirlpool, o foco no empreendedorismo feminino surgiu em 2002, com a criação do Instituto Consulado da Mulher. A ideia de estimular a formação de empreendedoras de 31


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