Calendário de histórias de Natal - 14 de dezembro de 2020

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NOVO

Dicionário do Pai Natal Luísa Ducla Soares


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NOVO Dicionário do Pai

Natal

Árvore de Natal: O Pai Natal não dá prendas a quem corta pinheirinhos. É essa a razão por que há agora árvores de Natal de plástico, de cartão, de vidro, de metal. De todos os tamanhos, cores e feitios. Mas a que o Pai Natal prefere é a que está no meio da Praça e tem passarinhos a cantar entre as luzes que acendem e apagam.

Brinquedos:

O Pai Natal gosta tanto de brinquedos como as crianças. Tira-os das caixas com muito cuidado e farta-se de brincar. É doido por pistas de corrida, troca os vestidos às bonecas, adormece sempre agarrado a um urso de peluche. Depois volta a embrulhar tudo para ninguém desconfiar. E diz para os seus botões: - Que sorte têm hoje osmiúdos. Quando eu era pequeno não havia Pai Natal.

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Computador: Desde que arranjou um computador, o Pai Natal nunca mais o largou. Recebe quase todos os pedidos por correio eletrónico. Já não junta montanhas de envelopes na sala, no quarto, no corredor. Mas, se quiserem escrever-lhe uma cartinha, ele ainda a recebe, embora com uma condição: que as letras não sejam gatafunhos.

Descalçar: Descalçar as botas altas não é tarefa fácil para o Pai Natal. Por mas que puxe, elas teimam em não sair. Por isso é que, muitas noites, ele dorme calçado ou tem de acordar os gnomos da floresta a pedir ajuda. Não se admirem se, qualquer dia, ele aparecer de pantufas.

Exaustor: O exaustor é aquela maquineta que chupa o fumo do fogão e acabou com as chaminés nas cozinhas modernas. Quem o inventou decerto se esqueceu do Pai Natal, que assim não tem por onde descer. Os gatos, que andam em cima dos telhados, avisam sempre o Pai Natal quando não há chaminés, para ele não subir em vão.

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Foguetão: O Pai Natal vai comprar um foguetão para levar presentes aos pequenos extraterrestres que moram noutros planetas. Também têm direito!

Guloso: O Pai Natal é mesmo guloso. A sua perdição é o bolo rei mas não resiste a doces de ovos, baba de camelo, pudins e bombons de chocolate. Mesmo no inverno não dispensa gelados. Por isso é que ele está gordo, gordo, gordo. O médico bem lhe diz para comer fruta à sobremesa.

Hora: A hora de chegada do Pai Natal é a meia-noite. Para não se atrasar, carrega um relógio despertador mas, como se esquece de lhe mudar as pilhas, às vezes não funciona. Quantas vezes não fica aflito ao ouvir as doze badaladas, vendo que ainda tem o saco quase cheio! Para que os meninos não desatem a chorar por não encontrarem as prendas à hora certa, combinou com os Reis Magos que estas se podem dar até ao dia 6 de janeiro. 4


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Indústria: O Pai Natal, para poupar dinheiro, montou uma indústria. Tem uma grande fábrica, toda automática, onde se fazem os presentes. Carrega num botão e saem uns patins em linha, carrega noutro e aparece uma guitarra azul, carrega num terceiro e salta um palhaço a rir à gargalhada. De tanto carregar nos botões, já lhe doem os dedos.

Excerto do texto original Ilustrações de Rita Madeira

In: "Novo dicionário do Pai Natal", Luísa Ducla Soares, Ed. Calendário, 2008.

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