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EDITORIAL

A “MARANHAY – REVISTA LAZEIRENTA” é sucessora da “REVISTA DO LÉO”, e continua em seu formato eletrônico, disponibilizada através da plataforma ISSUU – https://issuu.com/home/publisher.

Chegamos ao final de mais um ano de sobrevida! Ou sobrevivência, nestes tempos de pandemia!!! Editada mensalmente, cada vez mais escasseiam as matérias de relevância que poderiam/deveriam aparecer por aqui... dedicada ao LAZER: Esporte + Cultura do/no Maranhão, em especial São Luis... Apareceu como um desafio, denominada de “Revista do Léo”, depois mudada para “MARANHAY”, que na língua geral, significa ‘águas revoltas que correm contra a corrente’, no bom português: Pororoca!!!

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Lembro de um texto de Antonio Maria, em ‘Brasileiro: profissão esperança”, que dizia que o nome de nossa terra deveria ser ‘mandioca’, pau por pau... mandioca seria melhor que Brasil... Continuamos sendo brasileiros, embora sem muitas esperanças: os tempos estão difíceis, para quem – se não faz, tenta – fazer educação e esportes nesta terra dita de Santa Cruz; dançemos, pois, alegreme-nos, pois, devemos carregar essa cruz, como prega o papa comunista argentino; pelo menos a carreguemos com alegria...

Pouca coisa acontecendo com o esporte maranhense, pois as federações estão em maõs erradas, exceto a de basquete, que está ativa e promovendo o esporte por todo o estado; chegamos ao cúmulo de ter uma etapa de um campeonato brasileiro em São Luis, sem nenhum noticia ou divulgação por parte de imprensa dita esportiva, ou por parte da federação – handebol!!!, que foi a glória do esporte maranhense, com vários títulos nacionais – escrevo “das verdades e mitos do handebol maranhense”, em que a maior glória esportiva maranhense é um completo desconhecido fora das fronteiras... A SEDEL –aianda existe?? –virou um gabinete politico, onde o aliado de menor importância vai para lá e, a primeira providencia, é mudar a sede, ficando o Secretário e seu gabinete em um local – acha muito distante ter que ir à sede da Secretaria – bem longe dos funcionários do quadro... assim pode, Arnaldo?

E o que se dirá dos Jogos Escolares – ainda existem? Claro que não... ninguém cumpre os regulamentos, de realizar os Jogos intra-muros da escola, se classificam escolas, e nos esportes individuais, atletas, descarectizando assim o ato de congraçamento esportivo que havia, de representatividade, primeiro, de sua turma, depois, de sua escola, e de seu estado. Individualizaram os jogos, em todos os níveis, do estadual ao nacional, acabando com o espirito esportivo, de pertencimento... melhor forma de acabar com tudo. E depois, reclamam não sermos uma potencia olímpica...

As aulas de educação física passaram a ser... teóricas!!!! Uma vez por semana!!! Para cumprir um programa, apenas; os esportes, realizados como atividade extra-classe, terceirizados, com pagamentos à parte, duas vezes por semana, e a escola assim fatura mais e cumpre as três aulas semanais obrigatórias... e nas escolas públicas,

acontece o mesmo, com as ‘seleções’ formadas, sempre às vespertas dos jogos em suas etapas classificatórias, depois as regionais, e finalmente, a final, apenas com os esportes coletivos... quanta exclusão!!!!

Para que serve o esporte, afinal? Claro que o interesse nos Jogos Eletronicos é bem maior, pois não exige sacritificio e também é eletista!!! Só quem tem uma boa internet, paga caríssima, consegue participar, sempre isolado: costumo me referir ao ‘menino que morta no quarto ao lado’, que sabemos que alí existe um menino, mas não o vemos, não o ouvimos, não sabemos nada dele; está sempre ligado à internet, com seu mundo virtual; e isso piorou, nestes tempos de pandemia, em que por dois anos, ou mais, passaram a ter as aulas online, sem contato físico, presencial, com a sua ‘turma’... viraram ‘o menino que mora no quarto ao lado’...

O que é preciso fazer para mudar esse quadro?

No campo da literatura ludovicense/maranhense se dá a mesma coisa: devido àpandemia, isolamento social, interação física, muita produção, de desespero!!! Introspecção, beirando à depressão!!! A qualidade, duvidosa, as crônicas, de desespero, sempre lembrando dos tempos passados em que se podia frequentar...

Que tempos são esses? Quem viver, verá? Verá o que? A morte em vida? Ou a vida em morte?

Qual o mote?

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

EDITOR

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