Jornal Praça Local

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Centro de Saúde é o primeira a avançar

DARQUE EM FOCO

O Praça Local foi à freguesia de Darque conhecer as suas gentes, usos e costumes

pág 13-20

CAMINHA

Crianças sensibilizadas para alterações climáticas

PONTE DE LIMA

"Festa de Samiguel" termina com magusto

ESPOSENDE

População quer “correr” com ICN

ARCOS DE VALDEVEZ

Solar do Requeijo de novo envolto em polémica

04 Outubro 2007 publicidade DIRECTORA MÁRCIA POSSACOS 04 OUTUBRO 07 Semanário Ano VIII / Nº 267 Sai às Quintas alternando com a edição Vale do Cávado Vale e Mar Arcos de ValdevezCaminhaEsposendePonte da BarcaPonte de LimaViana do Castelo publicidade 0,60 Euros FUTEBOL
derrota Morais
DESPORTO pág 26 RAGUEBI
perdeu
pág 29
pág 27 publicidade pág 8-9
Vianense
por 8-0
CRAV
frente ao Vigo
CANOAGEM Náutico de Ponte de Lima sagra-se campeão nacional
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E é sempre a pagar...

Pagar ou não pagar, eis a questão! É mesmo a esta pergunta que a oposição gostaria de ter uma resposta. Defensor Moura já disse que o parque da cidade ia ser pago e até lhe arranjou um novo nome: parque biológico. A oposição é que não está para meias medidas e na última Assembleia Municipal mostrou que este é um espaço público e como tal, deve ser aberto a todos, que não deverão ser obrigados a pagar para o frequentar.

Mas o autarca vianense é que não parece ter mudado de ideias. Moura quer que o espaço seja seguro para quem o frequenta e até já disse que este vai ser condicionado. Ou seja, nem todos vão poder

entrar num espaço ao ar livre, que pertence à cidade e que está agora a ser requalificado e quem sabe, a ser pago com dinheiro de todos os contribuintes, daqueles contribuintes que terão que pagar uma quantia, mesmo que módica, quando quiserem entrar no espaço.

Dizia um membro da oposição um dia destes, que qualquer dia até vamos ter que pagar o ar que respiramos! Até é capaz de ter alguma razão.

Não defendo uma sociedade em que tudo seja "à borla". Afinal, há muito dinheiro a circular nos cofres do Governo e cada um que sai, tem que ser substituído por outro, ou então aumenta-se a dívida e isso é que ninguém

quer. Mas pagar um espaço público? Será mesmo que o pagamento de uma entrada e uma préselecção de quem o visita, vão evitar o vandalismo. Mas não é Viana do Castelo uma cidade segura?

É certo que antes desta intervenção, ninguém se lembrava de passear naquele espaço, votado ao abandono. Mas também é certo que já todos aguardávamos ansiosamente a inauguração, para passear e aproveitar o local para passar algumas horas junto da natureza, esquecidos do resto da cidade. Eu não me lembraria de vandalizar um espaço destes. Nem todos serão como eu, é certo e sabido. Mas também acredito que há muitos que também dispensam bem o pagamento de uma tarifa para entrar no parque, quando podem passear por outras zonas da cida-

de, também elas muito bem requalificadas. Será que não era possível canalizar verbas de outros locais e permitir que aquele espaço fosse visitado por pobres e

por ricos, sempre que quisessem fugir ao movimento da cidade? Eu cá não tenho resposta para esta questão. Mas gostaria mesmo de viver num sítio onde não fosse preci-

O facto O facto O facto O facto O facto

so pagar tudo e mais alguma coisa, até mesmo um lugar debaixo de uma árvore onde pudesse apenas e só ler um livro e ouvir o chilrear dos pássaros.

Jovens vianenses contra extrema-direita

Dezenas de jovens de Viana do Castelo juntaram-se no passado dia 29, para se manifestarem contra um "passeio pela liberdade" convocado através de um blog, presumivelmente ligado a grupos de extrema-direita.

Ao lado dos jovens estiveram também as forças de segurança, que acompanharam a situação de perto, para evitar possíveis confrontos.

No final, não houve nada de grave a registar, mas ficou a certeza de que afinal, os jovens vianenses andam atentos às movimentações da cidade.

O blog "fascismo em rede" convocou este "passeio pela liberdade", com encontro marcado na Estação dos caminhos-de-ferro de Viana do Castelo, mesmo sem ter tido autorização

Darque In Foco

por parte do Governo Civil, entidade responsável pelo agendamento deste tipo de acções.

Uns dias antes do encontro, Pita Guerreiro, governador civil do distrito admitiu ter tomado conhecimento da iniciativa, mas garantiu não ter recebido nenhum pedido para a realização de qualquer tipo de manifestação.

"A lei é clara e diz que essas coisas têm de ser comunicadas ao Governo Civil com três dias de antecedência. Vamos aguardar com tranquilidade, na certeza de que, no momento certo, as forças de segurança saberão como agir", acrescentou Pita Guerreiro. No referido "blog" são divulgadas várias iniciativas do Partido Nacional Renovador.

A freguesia de Darque foi a escolhida pelo Jornal Praça Local para dar início aos cadernos que vamos desenvolver quinzenalmente nas freguesias do concelho de Viana do Castelo e nos restantes concelhos da Valimar. Com esta novidade pretendemos estar mais próximos da população, conhecer os seus usos e costumes e perceber quais são os seus problemas e sonhos.

Nos últimos dias andamos por Darque. Sentimos as dificuldades desta freguesia, muitas vezes vista como um lugar onde há muitos problemas sociais e percebemos que há aqui muito orgulho de todos aqueles que aqui vivem. Sente-se nas suas palavras uma grande vontade de mudar esta terra, de a ajudar a evoluir, para que se desvaneça a ideia negativa que paira sobre ela.

Foi aqui que conversamos com os responsáveis pelas associações desportivas e sociais e com artesãos. Foi também aqui que nos inteiramos do trabalho desenvolvido pela Creche Ternura, uma valência do Centro Paroquial e Social, que está a precisar urgentemente de ajuda.

Depois de alguns dias de trabalho ficamos a conhecer as ruas desta vila em movimento e mudança. Agora queremos mostrar a alma, usos e costumes desta gente a todos os leitores do nosso jornal.

Muito obrigado a todos os que nos abriram as portas e nos deram as informações para redigirmos este caderno. A todos os nossos mais sinceros agradecimentos.

04 Outubro 2007 2 CAFÉ CENTRAL
cOM SABOR A SAL cOM SABOR A SAL cOM SABOR A SAL cOM SABOR A SAL cOM A SAL PorLénia Rego

Proposta de alteração da Rede Ecológica Nacional ratificada Moura quer PDM aprovado até final do ano

apreciado e aprovado em Assembleia Municipal. Uma aprovação que o autarca de Viana do Castelo espera que aconteça ainda este ano.

"A revisão do PDM está na fase final. Penso que vamos ter o Plano Director Municipal rapidamente publicado e em vigor", explicou o edil.

R R R R ede Ecológica Nacional ede Ecológica ede Ecológica Nacional ede Ecológica ede Ecológica Nacional alter alter alter alter alter ada ada ada ada

Entretanto, a Comissão Nacional de Reserva Ecológica Nacional emitiu um parecer favorável à proposta de alteração da Rede Ecológica Nacional, (REN) de Viana.

teve em inquérito público entre os meses de Agosto e Outubro de 2006. Depois de apresentadas, por escrito ou em formato digital, as 1700 sugestões, reclamações e propostas de alteração foram analisadas no terreno pela equipa técnica camarária e só depois apreciadas pelos sectores da administração central e pela Comissão Técnica de Acompanhamento de Revisão do PDM. No final, ainda foram sujeitas à avaliação da Comissão Nacional da Rede Ecológica Nacional e da Comissão Regional da Reserva Agrícola Nacional.

énia Rego enia.rego@maisactual.pt

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo acredita que o Plano Director Municipal, (PDM) seja aprovado em Assembleia Municipal até final do ano. "Continuamos à espera que no final deste ano o tenhamos a-

preciado e aprovado na Assembleia Municipal", disse Defensor Moura, no passado dia 28, no final da reunião ordinária do executivo camarário. Para que o Plano Director Municipal possa ser apresentado, falta ainda aprovar o documento relacionado com a Reserva Agrícola, que está neste momento

"a sofrer a tramitação dentro do Ministério da Agricultura". Depois disto, a autarquia deverá reunir com a Comissão Regional de Reserva Agrícola, para que a Comissão Técnica de Acompanhamento possa depois dar o seu parecer. Só então é que o documento estará em condições de ser apresentado,

Defensor Moura e a directora do urbanismo foram até Lisboa reunir com o plenário da comissão, que acabou por emitir um parecer favorável à proposta, "que resultou da apreciação no terreno, das propostas de alteração apresentadas pelas juntas de freguesia e por particulares", esclareceu o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Estas alterações foram efectuadas depois da revisão do plano, que es-

Mais uma grande superfície comercial para a freguesia

AKI é para instalar em Darque

A freguesia de Darque foi a escolhida para acolher mais uma grande superfície comercial, o AKI, que vende materiais de construção e bricolage.

O projecto já está aprovado e em breve deverá arrancar a construção de mais uma superfície comercial nesta localidade. "A novidade é que foi aprovado o projecto e que aquela grande superfície vai pagar cerca de 85 mil euros para que se faça a instalação de equipamentos de lazer na freguesia de Darque", referiu Defensor Moura, presidente

da Câmara Municipal de Viana do Castelo. Os comerciantes da freguesia tiveram que adaptar-se a esta concorrência que vai surgindo cada vez com mais intensidade. Alguns estabelecimentos comerciais já fecharam, mas outros continuam de portas abertas, à espera de melhores dias.

Uma situação que tem vindo a ser acompanhada pelo presidente da Junta de Freguesia, que admite que os comerciantes estão a atravessar momentos complicados.

"É um bocado com-

plicado. Tenho consciência que há pessoas que foram afectadas. Não há margem para dúvidas", referiu Joaquim Perre.

Apesar disto, o autarca socialista considera que o pior já passou, uma vez que, como não há apenas uma superfície comercial, estas acabam por concorrer entre si, o que acaba por trazer benefícios para os consumidores.

"Entendia que as grandes superfícies vinham pôr em causa o pequeno comércio. Vindo a primeira, não se pára mais, mas para o peque-

no comerciante tanto faz ter uma ou duas, ou mais", acrescentou.

Para a localidade está prevista a construção de outras superfícies, mas que ainda estão em estudo. Uma delas é o Carrefour, que, na opinião do autarca de Darque, até poderia trazer benefícios para a freguesia.

"Para nós havia todo o interesse que viesse, porque viria requalificar aquele local, porque melhorava as acessibilidades. Para a comunidade comercial é mais um peso", disse. L.R.

A proposta implica diversos ajustes nos limites da Reserva Ecológica, apresentados pelas Juntas de Freguesia e por particulares. A juntar a isto vai ser ainda analisada a rede-

finição dos limites da zona industrial de Lanheses, para que possa ser possível avançar com a construção das fábricas do cluster eólico da Enerconpor e ainda a instalação de uma torre-observatório na Serra de Santa Luzia "para facilitar não só a vigilância dos fogos florestais, mas também as comunicações com os bombeiros e não só", disse Moura. Com todas estas alterações, reduziu-se a área de REN, que passa a ocupar 55 por cento da área do concelho, ou seja, 17.375 dos 31.400 hectares da área total do município, "o que traduz bem a vontade do executivo camarário de manter este espírito da cidade saudável e de preservação do património natural", sublinhou o autarca.

Autarquia ainda não conseguiu resolver problema

Descargas clandestinas poluem parque da cidade

A Câmara Municipal de Viana do Castelo identificou descargas clandestinas que estão a ser feitas no parque urbano da cidade. O problema não é novo e de acordo com o presidente da autarquia, até já foram eliminados alguns focos de poluição, que foram aparecendo no último ano, mas desta vez, o problema parece ser mais grave, pois ainda não foi possível descobrir qual a origem da poluição.

"Já foram anuladas dezenas de ligações que não eram correctas. Infelizmente, neste momento, só se verificam descargas ocasionais, de fossas, que nós não conseguimos identificar e que estão certamente dentro de logradouros de casas", referiu Defensor Moura, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que acrescentou que "vai ser complicado resolver este problema".

Os técnicos da autarquia vão agora encetar esforços para identificar estes focos de poluição e limpar o parque urbano da cidade, integrado numa das grandes apostas financeiras deste executivo. L.R.

04 Outubro 2007 3 VIANA DO CASTELO
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PDM dependente da aprovação do documento relativo à Reserva Agrícola

Freguesia de Subportela desesperada com fábrica

Maus cheiros e barulho da Portucel denunciados na Assembleia Municipal

O mau cheiro e os ruídos nocturnos provenientes da Portucel, uma fábrica de papel instalada na freguesia de Deocriste estão a incomodar a população da freguesia de Subportela, situada mesmo ao lado da fábrica. O alerta foi lançado no passado dia 26, na última Assembleia Municipal, pelo presidente da Junta de Freguesia. Ilídio Rego já tinha alertado os responsáveis para esta situação, mas até ao momento continua à espera da resposta.

Nos últimos dias, o mau cheiro e os barulhos voltaram a incomodar as pessoas que vivem nesta localidade.

"Não há muitos dias, estava na sede da Junta e tivemos que fugir. O ar tornou-se irrespirável. Ainda hoje de manhã [quarta-feira] quando transportava os miúdos para a escola cheguei a

pensar levá-los directamente para o hospital, tal era o cheiro nauseabundo que se sentia na freguesia", disse o autarca, preocupado com "o regresso

do cheiro nauseabundo e ruído nocturno". O presidente da Junta de Freguesia referiu ainda que há já algum tempo não se sentia este tipo de cheiro, de-

pois de a fábrica ter estado "muitos anos" a emanar este mau odor. Agora, os maus cheiros regressaram e com eles, o ruído, que acaba muitas vezes

Aquisição da obra foi proposta pelo dono de um antiquário

por acordar quem vive perto da fábrica, onde se nota uma maior predominância de barulhos durante a noite. "Outro dia acordei às quatro da manhã e não mais consegui dormir tal era o ruído. Os vizinhos mais próximos queixam-se que são muitas mais noites assim", referiu ainda Ilídio Rego.

O autarca está também preocupado com as consequências para a saúde pública de um aterro com substâncias, possivelmente ácidas, que está a "crescer a olhos vistos" dentro da área da Portucel. Nas redondezas já é possível ver muitas árvores e colheitas queimadas pela poluição. Preocupado com a situação, o autarca gostaria que lhe mostrassem o Estudo de Impacte Ambiental para a implementação deste aterro, onde já se nota uma elevada "movimentação de terras". Este é aliás um assunto que Ilídio Rego já tinha denunciado há três meses, precisamente na

última Assembleia Municipal. Nos últimos tempos, o aterro já chegou aos 20 metros e agora são os campos agrícolas e as casas das redondezas que estão a ser afectados por haver propagação dos materiais que estão a ser depositados.

"Não sei o que se está a passar no interior. Apenas sei que se algum proprietário, no exterior, movimentasse uma milésima parte daquela área provavelmente tinha alguém à perna", acrescentou Ilídio Rego.

O autarca garante agora que vai continuar a acompanhar esta situação e a lutar pelo bem-estar da população. Para além da Assembleia Municipal de Viana do Castelo, o assunto já foi discutido na Assembleia de Freguesia de Subportela e levou mesmo à união de alguns populares que se juntaram e recolheram assinaturas, para tentar alertar para o problema com que são confrontados diariamente.

Autarquia compra quadro por 8 mil euros

A Câmara Municipal de Viana do Castelo vai adquirir um guache sobre pastel pintado em 1854, por oito mil euros. A pintura em guache sobre papel é emoldurada e representa a Casa da Carreira no século XIX, que é hoje a Câmara Municipal. A aquisição da obra foi proposta pelo dono de um antiquário em Caminha e agradou à autarquia vianense que pediu um parecer ao Museu Municipal da cidade.

"Tecnicamente bem

elaborada e muito pormenorizada, esta pintura a guache sobre papel, excepcionalmente forrada com uma fina tela de algodão - técnica muito usada na segunda metade do século XIX, provavelmente para dar mais consistência ao papel - assemelhase a quatro obras de autores anónimos, do espólio do Museu Municipal que apresentam uma técnica de execução muito próxima deste trabalho, a referir: tipo de papel, tonalidade das cores, representação humana, o desenho dos edifícios, entre outros", disse Ricardo Perei-

ra, Técnico de Museologia.

Emitido o parecer, a autarquia vai avançar agora para a compra da obra, que vai integrar o património municipal.

Esta foi uma das decisões tomadas na última reunião do executivo, realizada no passado dia 28. A juntar a isto, foi também deliberado que um grupo de quatro jovens vianenses, com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos vai estar presente no primeiro encontro de jovens das cidades geminadas, a realizar entre os próximos dias 19

e 22 de Outubro, altura em que a cidade de Riom comemora o 25º aniversário da sua geminação com Viana do Castelo.

O encontro envolve 50 jovens de vários países, que vão falar sobre experiências, contextos e participação em geminações e ainda sobre os cinquenta anos do Tratado de Roma e a mobilidade dos jovens na União Europeia.

V V Viana ader iana iana ader iana iana e a associação a associação e a associação a associação e a associação de vilas no vilas no de vilas no vilas no nov v v as medie medie as medie medie v v ais ais

A Câmara de Viana acaba de aderir à Associação Portuguesa de Vilas

Novas Medievais. Formada pelo Instituto de Estudos Regionais e Urbanos da Universidade de Coimbra, a autarquia integra o projecto "Vilas Novas Medievais do Sudoeste Europeu", ao lado de países como França e Espanha.

Em Portugal foram seleccionadas 48 localidades para participar no projecto, mas Viana do Castelo é a única capital de distrito. A associação privada sem fins lucrativos tem por objectivo "estudar e colocar em prática acções destinadas a conservar e a divulgar o

património das vilas medievais portuguesas", "desenvolver um sistema de cooperação permanente entre as vilas novas medievais planeadas através do intercâmbio de experiências e da execução de acções comuns", "promover um turismo de qualidade que contribua para o desenvolvimento sustentável dos municípios membros e para a prosperidade dos seus habitantes" e "dinamizar acções culturais e outras iniciativas direccionadas para a valorização do património", referiu fonte autárquica.

04 Outubro 2007 4 VIANA DO CASTELO
Fábrica provoca transtorno em população de Subportela
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énia Rego enia.rego@maisactual.pt

Espaço vai ser pago e a entrada limitada

Parque da cidade não é para todos

O pagamento de uma tarifa para entrar no parque da cidade foi um dos temas mais focados na última Assembleia Municipal de Viana do Castelo. A Câmara decidiu que a entrada no parque vai ser paga, logo que este abra ao público, mas a oposição é que não concordou com a ideia.

Das bancadas levantaram-se as mais variadas vozes contra esta intenção da autarquia, com o CDSPP a tecer as críticas mais duras. Um assunto que o partido já tinha abordado antes em conferência de imprensa e que os levou a apelidar a cerca que circunda o parque como "muro da vergonha".

Aristides Sousa, do agrupamento político do CDSPP na Assembleia Municipal referiu que "temos um parque da cidade que

é uma cerca e estabelecemos esta analogia entre este muro e o muro de Berlim". Por entre palavras duras e fortes críticas, o político garantiu que estão a ser "criados sectores, com aqueles que podem pagar a entrada no parque e aqueles que não o podem fazer".

Na opinião do representante do partido, este é um parque público e por isso, "não deve ser taxado à entrada", até porque este é para "usufruto de todos". "Isto não é nenhuma reserva natural, não é nenhum parque de diversões", disse e acrescentou ainda que "só nos faltava pagar o parque e quem sabe, até o ar que respiramos".

Para mostrar discordância com a intenção da autarquia, o CDS-PP decidiu colocar cartazes com imagens do muro de Berlim e ainda um ramo de flores, símbolo da "mor-

te" da "equidade e solidariedade social no concelho".

Entr Entr Entr Entr ada v ada v ada v ada v ada v ai ser ai ai ser ai pa pa pa pa pa g g g g a e limitada a e limitada a e limitada a e limitada

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo já respondeu à oposição e reafirmou que a entrada no parque vai ser paga e mais do que isso, vai ser também limitada. Quem quiser frequentar o espaço, terá que obedecer a certas normas e regras, para que este possa ser seguro.

"Além de ser paga, a entrada vai ser limitada. Não se vai poder entrar em grandes grupos. Há questões de segurança ali dentro. As pessoas não poderem entrar lá à vontade", assegurou Defensor Moura, que acabou por dizer que este local tem que ser visto como "um parque ecológico, porque está numa zona que devia

ser reserva ecológica, se não estivesse num espaço urbano e que não é um jardim, não é uma ciclovia, não é um sítio para piqueniques, nem é um sitio para ir só passear".

Com 23 hectares, o parque vai permitir a observação de aves e fauna, através de espaços como uma horta pedagógica, por exemplo. Para além disto, estará ainda equipado com zonas de leitura e

lazer. Para entrar no espaço vai ser preciso pagar uma tarifa, cujo valor ainda não está estipulado, mas já está definido que os utilizadores regulares do parque vão poder adquirir, por um preço simbólico, um cartão de identificação para aceder ao parque.

"Ao contrário do que dizem alguns opositores, há muitos locais

semelhantes noutros municípios com pagamento efectivo. Os visitantes ocasionais pagarão naturalmente um valor mais alto para serem acompanhados e informados sobre como utilizarem um espaço com estas características", defendeu o autarca vianense.

O parque está orçado em cerca de dois milhões de euros e deverá abrir na Primavera.

Moura diz que não havia agentes "ao monte" durante assaltos de Setembro

Cidade não estava "super-protegida"

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo afirmou no passado dia 26, em Assembleia Municipal, que durante o assalto ocorrido em Setembro à Ouriversaria Freitas e ao Museu de Ouriversaria Tradicional, ainda não estavam muitos polícias na cidade, para garantir a segurança dos Ministros dos Negócios Estrangeiros.

Apenas a um dia da cimeira, o autarca de Viana garante que estava apenas a polícia da cidade e o responsável pela segurança dos ministros. O restante dispositivo policial chegou mais tarde, ao contrário do que foi dado a entender na altura pelas forças de segurança.

"Não é de facto dizer que estava a cidade super-protegida por causa

dos ministros, que havia a monte, não havia e que os policias não fizeram nada e que não houve organização nenhuma", disse o autarca vianense, em resposta às críticas lançadas pela oposição, que contestou a forma como este reagiu na altura dos assaltos e a postura que manteve em todo o processo. "Aquilo aconteceu mais de um dia antes, de

haver qualquer reforço de segurança em Viana do Castelo", garantiu o edil.

Durante largos minutos, Moura recordou outro assalto perpetrado naquela ouriversaria, em 2003, altura em que também foi roubada uma grande quantidade de peças de ouro, que nunca apareceram e os assaltantes nunca foram identificados.

"Tanto quanto eu sei, ninguém foi preso, ninguém sabe o que aconteceu, nem ninguém viu os assaltantes. Se havia segurança e agora não há, eu prefiro esta segurança, pois os assaltantes foram baleados", disse, comparando este assalto com o ocorrido em 2003.

O autarca aproveitou ainda para relembrar que situações deste género

acontecem um pouco por todo o país e no estrangeiro e acrescentou que não sentiu qualquer tipo de insegurança durante a cimeiria, apesar destes assaltos.

A exposição daqela maneira de ouro, atrás de um vidro é uma atracção para os amigos do alheio. Eu próprio dizia para mim mesmo: aquilo é um local perigoso.

04 Outubro 2007 5 VIANA DO CASTELO
Parque da Cidade comparado ao muro de Berlim énia Rego enia.rego@maisactual.pt L

Eiffel aberta ao trânsito ainda este mês

A partir do próximo dia 30, já deverá ser possível circular na ponte Eiffel, encerrada para obras desde 01 de Fevereiro de 2006.

A data de reabertura do tabuleiro rodoviário foi adiantada pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, no passado dia 24, durante uma visita à estrutura metálica.

"Conto vir cá assinalar a reabertura ao tráfego no dia 30 de Outubro", disse Mário Lino.

A obra custou cerca de 8,6 milhões de euros e tem sido alvo de diversas manifestações por parte das forças políticas e sociais, por se ter prolongado durante mais de ano e meio.

Desde manifestações, passando por entrega de documentos à população e até mesmo as mais diversas intervenções na Assembleia Municipal, tudo foi utilizado para alertar o Governo para um problema que afectou cen-

tenas de pessoas e levou mesmo ao encerramento de algumas superfícies comerciais na freguesia de Darque, segundo dados adiantados pela Associação Empresarial de Viana do Castelo e pelo autarca da freguesia.

Os atrasos acabaram por ser explicados pelo ministro, que aproveitou para ver como estavam a decorrer as obras.

"Quando se começou a fazer a restauração deste tabuleiro e ao pôrse a descoberto o que estava por baixo, foram detectados alguns problemas de alguma gravidade, de deterioração dos materiais", disse, acrescentando que esta é uma estrutura em ferro "sujeita a este ambiente marítimo", o que leva a uma maior rapidez no desgaste dos materiais.

Factores que dificultaram o trabalho dos engenheiros do Laboratório de Engenharia Civil (LNEC), que tiveram que recuperar uma estrutura com 129 anos.

Um trabalho, que foi bem desenvolvido e que

vai permitir que a estrutura ainda possa manterse aberta ao trânsito durante muito mais tempo.

"Foi um bom trabalho de projecto e de construção. Vamos cumprir o prazo que tínhamos previsto", garantiu.

A ponte deverá reabrir a 30 de Outubro.

Paralelamente, decorre a empreitada de reabilitação e reforço das infra-estruturas como os pilares, num investimen-

Desafio foi lançado por Defensor Moura Presidentes

to de 3,8 milhões de euros, mas essa só deverá ser dada como concluída no final do primeiro trimestre do próximo ano.

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A ponte Eiffel está encerrada ao trânsito desde Fevereiro de 2006.

Na altura previa-se que reabrisse em Julho desse ano, mas depois de

terem sido identificados problemas de corrosão, os trabalhos foram suspensos.

Procedeu-se a novos estudos, análises e ensaios e só depois é que se avançou com a substituição do tabuleiro rodoviário, onde já foram gastos 252 mil quilogramas de aço.

Mais de ano e meio depois, anuncia-se a reabertura da estrutura, para descanso da Comissão de Utentes da Ponte Eiffel e da Comissão de Acompanhamento das Obras, ambas constituídas depois do encerramento da estrutura. "Ainda bem que o senhor ministro consegue manter a promessa dele. Eu já estava aliviado, não tenho peso na consciência. Não tenho culpa nenhuma no atraso", referiu Defensor Moura, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, durante a visita à estrutura.

Comer ciantes de Dar de Dar ciantes de Dar de Dar que que ansiosos pela r pela r ansiosos pela r pela r ansiosos pela r ea ea ber ber tutututurr r a a

Os comerciantes da

freguesia de Darque estão ansiosos pela reabertura da estrutura.

Ao longo destes meses já foram alguns os estabelecimentos comerciais da freguesia que fecharam e muitos dos que continuam com as portas abertas, queixam-se de prejuízos elevados.

Motivos que fazem com que, ao lado do resto da população e junta de freguesia, esperem ansiosamente a reabertura da estrutura centenária.

"O fecho da ponte foi complicado em termos económicos, houve casas que fecharam. O aparecimento de grandes superfícies comerciais também veio ajudar ao fecho de alguns comércios", disse o presidente da Junta de Freguesia de Darque. Joaquim Perre acredita que com a reabertura da estrutura, poderão ainda surgir outros comerciantes interessados em investir nesta localidade, com o objectivo de ajudar a colmatar a falha sentida com o encerramento de alguns estabelecimentos comerciais.

de Junta convidados a inventariar

Os presidentes das 40 freguesias do concelho de Viana do Castelo foram convidados pelo presidente da autarquia, para contribuírem para a realização de um inquérito e consequente levantamento fotográfico de todo o património material e imaterial de

cada uma das suas freguesias. Esta é mais uma iniciativa que se integra nas Comemorações dos 750 anos do Foral do Município.

O pedido foi formulado durante uma visita guiada ao espaço da futura Biblioteca Municipal e

foi aceite pelos autarcas presentes. Por isso, já está a ser desenvolvido um inquérito, que vai circular nas freguesias e onde vai ser possível registar a sua história, as personalidades, as empresas, as obras, as habitações, os órgãos autárquicos, as in-

dústrias, associações culturais e desportivas e todo o seu movimento.

Para o autarca vianense, a publicação vai servir como "memória futura do concelho", uma vez que vai juntar-se a um conjunto de edições que a Câmara Municipal está a preparar, nomeadamente a inventariação de todos os movimentos associativos e das personalidades e História de Viana do Castelo. L.R.

04 Outubro 2007 6 VIANA DO CASTELO
Ministro garantiu reabertura no próximo dia 30
A partir de Outubro ponte reabre ao trânsito
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énia Rego enia.rego@maisactual.pt

Rede já deveria estar a funcionar Rede de urgências sem unidades móveis

A entrada em funcionamento da "nova" rede de urgências do distrito de Viana do Castelo deveria ter acontecido no início deste mês, mas foi adiada em devido ao atraso na entrega das unidades móveis de saúde.

Em comunicado enviado à Lusa, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) explica que a empresa responsável ainda não entregou a totalidade das viaturas que estavam previstas para o distrito de Viana do Castelo.

O comunicado sublinha que aquelas unidades constituem "um passo essencial para melhorar a prestação de cuidados de saúde de proximidade à população idosa e com limitação na sua mobilidade".

Segundo a ARSN, os protocolos assinados com as câmaras do Alto Minho com vista à reorganização da rede de urgências tinham como

pressuposto que as novas soluções "só seriam implementadas após estarem no terreno novas iniciativas e recursos que proporcionem mais e melhores cuidados de saúde, até aqui inexistentes".

Outro pressuposto da mudança era o de que as novas soluções seriam incrementadas em simultâneo em todos os concelhos. Por isso, e face ao atraso na entrega das unidades móveis de saúde, os centros de saúde do Alto Minho vão manter os serviços de atendimento permanente (SAP) a funcionar como até aqui, enquanto não estiverem criadas as condições de cumprir os pressupostos que nortearam a redacção dos protocolos.

Para o Alto Minho estão previstas oito unidades móveis de saúde, ficando apenas de fora os concelhos de Viana do Castelo e Ponte de Lima, que têm hospitais. Até à data, apenas receberam

aquelas viaturas, orçadas em 47 mil euros cada uma, os concelhos de Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.

Segundo o protocolo, cabe às autarquias a cedência de um motorista e de toda a logística de cada viatura, cuja gestão será assegurada por equipas de enfermeiros e paramédicos, a cargo da ARSN. A viaturas percorrerão as freguesias, prestando apoio clínico domiciliário às camadas mais necessitadas da população, sobretudo idosos, que assim deixam de ter que se deslocar ao centro de saúde para actos tão simples como a medição da tensão ou da diabetes ou a administração de uma injecção.

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O coordenador da Sub-Região de Saúde de Viana do Castelo, João

Carneiro, admitiu dificuldades em arranjar médicos suficientes para assegurar o "regime de chamada", previsto para a implementação da nova rede de urgências no distrito.

João Carneiro disse à Lusa que um dos casos mais complicados é o de Paredes de Coura, uma vez que dos nove médicos que lá prestam serviço seis são espanhóis e vivem "do outro lado da fronteira", o que dificulta o cumprimento do tempo estipulado por lei (meia hora) para se apresentarem no Centro de Saúde para atender algum doente.

"Teremos que arranjar uma forma de encurtar distâncias, seja pelo alojamento do médico no concelho, seja mesmo pela disponibilização de um espaço no centro de saúde para ele pernoitar", admitiu o responsável.

Além da distância, João Carneiro aludiu ao

facto de alguns médicos se mostrarem renitentes em aceitar o regime de chamada, sobretudo porque vão ganhar apenas metade do que ganhariam caso estivessem efectivamente de serviço, toda a noite, no centro de saúde.

"Apesar de tudo isto, estou convencido de que vamos conseguir ultrapassar estas dificuldades e arranjar os médicos necessários, até porque o regime de chamada só vigo-

Honório Novo apresenta requerimento na Assembleia da República

rará enquanto não estiverem disponíveis todos os meios de emergência e transporte pré-hospitalar previstos para o distrito", acrescentou.

Com o regime de chamada, a implementar no período nocturno, o médico passa a noite em casa, mas sempre de prevenção, tendo que estar sempre disponível para se deslocar ao centro de saúde, em menos de meia hora, para acudir a algum doente que lá dê entrada.

PCP responsabiliza Governo por dívidas dos Estaleiros

O deputado do PCP

Honório Novo responsabilizou no passado dia 27, o Governo pelo "buraco" financeiro de oito milhões de euros nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e exigiu explicações ao ministro da Economia.

Em requerimento entregue na Assembleia da República, o deputado Honório Novo questionou

o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, sobre os "apoios públicos devidos aos ENVC" no valor de cerca de oito milhões de euros, que não foram entregues por "inacção do Governo".

Honório Novo referiu que os ENVC subscreveram alguns contratos importantes de construção naval, relativos a sete porta-contentores e de um

navio químico, durante a vigência de um regulamento que previa a atribuição de apoios públicos.

Só que, para os ENVC receberem esses apoios, o Governo deveria ter notificado a Comissão Europeia dentro dos prazos, o que não aconteceu, acrescentou o deputado, frisando que num caso o "atraso" foi de nove meses e noutro, de 16 me-

ses.

Considerando que houve "desleixo ou inépcia" do Governo, o deputado sustentou ainda que o Executivo terá agido com intencionalidade ao "notificar tardiamente a comissão europeia".

"De maneira intencional, o Governo notificou tardiamente a CE porque esperava, desta forma, ser impedido de transferir 8

milhões para os ENVC e assim poupar mais esta verba para conter o défice orçamental", acusou.

"Importa que o Governo assuma e reconheça de forma explícita as suas responsabilidades e, igualmente, que diga quais as soluções que apontou, ou irá apontar, para ressarcir os ENVC do buraco financeiro de 8 milhões de euros criado

pela inacção governamental", defendeu o deputado, no requerimento.

Honório Novo pediu ao Governo que esclareça as razões dos atrasos "de nove e dezasseis meses" "no envio para a CE das notificações relativas aos apoios financeiros aos contratos de construção" e perguntou quem "assume a responsabilidade política" por esses atrasos.

04 Outubro 2007 7 VIANA DO CASTELO
Empresa ainda não entregou totalidade das viaturas

O Centro de Saúde de Viana do Castelo é o primeiro do país

IVG por via medicamentosa já está a funcionar

O Centro de Saúde de Viana do Castelo, é o primeiro do país, preparado para iniciar a partir desta semana, as primeiras interrupções voluntárias da gravidez (IVG), por via medicamentosa.

"Está tudo preparado para a realização de abortos químicos", garantiu o coordenador da Sub-Região de Saúde Viana do Castelo, João Carneiro.

No primeiro dia da entrada em vigor da medida o Praça Local foi constatar como estava a decorrer o serviço.

Para tal fez-se passar por uma utente com uma possível gravidez, solicitando desta forma informações sobre como actuar neste processo À entrada, pouco ou nada se sabia sobre o assunto mas fomos encaminhados para a enfermaria onde aí foi possível esclarecer, como actuar numa situação destas.

Segundo a enfermeira de serviço," as utentes necessitam numa primeira fase de ter a certeza de que estão grávidas e de verificar que ainda não ultrapassaram as 10 semanas de gestação", o que será feito durante uma consulta prévia.

Posteriormente, caso se detecte gravidez, será atribuído à paciente uma psicóloga para "ajudar a reflectir sobre a decisão que irá ser tomada". São dados três dias para reflexão.

Findo esse prazo, e se decidir mesmo avançar para a IVG, volta ao médico e é-lhe dada a primeira medicação, ficando o tratamento concluído dois dias depois, com a administração da restante dose.

Quinze dias depois,

regressa ao centro de saúde, para verificar se a IVG correu normalmente e para completar o ciclo de planeamento familiar.

Durante a reportagem no terreno, foi possível detectar que estas situações são feitas com alguma rapidez, sendo que teria sido possível marcar uma consulta imediatamente para o dia seguinte, sem ter de recorrer ao Centro Hospitalar do Alto Minho, que segundo a enfermeira que forneceu as informações. "Encontrem-se já utentes à espera para serem atendidas".

Para as mulheres que se encontram "fora do

centro de saúde, estas apenas terão de fazer a ecografia para detectar o tempo de gestação" explicou João Carneiro.

A implementação deste serviço segue-se à realização de abortos no Centro Hospitalar do Alto Minho, após a entrada em vigor da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez até às 10 semanas.

Segundo fonte da ARS, o hospital vianense terá efectuado apenas um pouco mais de "uma dezena" de abortos durante o primeiro mês da nova Lei, intervenções essas realizadas com recurso a dois médicos tarefeiros,

contratados pela Administração Regional de Saúde para o efeito - uma vez que os oito obstetras que prestam serviço no hospital invocaram objecção de consciência para a não realização das intervenções..

Segundo Paulo Sarmento, coordenador da área de saúde materna da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), também alguns médicos de família dos centros de saúde de Penafiel, Paredes e Amarante começarão a fazer, ainda este ano, interrupção voluntária da gravidez (IVG) quimicamente.

"Só que nestes três

casos, numa primeira fase, os médicos de família farão a IVG no Centro Hospitalar do Vale do Sousa, uma vez que ainda não estão criadas todas as condições logísticas para o fazerem nos centros de saúde", disse.

O responsável estima que dentro de um máximo de três meses a IVG já será possível naqueles três centros de saúde.

Paulo Sarmento explicou que o arranque no Centro de Saúde de Viana do Castelo, que chegou a estar previsto para Setembro, ocorrerá logo no início de Outubro.

Acrescentou que a

escolha desta unidade se ficou a dever à circunstância de reunir todas as condições necessárias, começando pelo facto de "ter bem perto" o Centro Hospitalar do Alto Minho.

"Esta proximidade, por um lado, permite a realização da necessária ecografia sem obrigar a paciente a grandes deslocações, e, por outro, é garantia de uma intervenção imediata em caso de se registar qualquer complicação na IVG", frisou.

Além disso, disse, o Centro de Saúde de Viana do Castelo beneficiou ainda do facto de ter no seu quadro médicos e enfer-

04 Outubro 2007 8 GRANDE REPORTAGEM
ilena Matos/Lusa praca.local@maisactual.pt
M
Outros centros de saúde do pais podem juntar-se em breve ao de Viana

meiros não objectores de consciência, a quem entretanto já foi ministrada a respectiva formação.

Naquele centro, a IVG medicamentosa será assegurada por uma equipa constituída por dois médicos, dois enfermeiros, uma assistente social e uma psicóloga.

O processo é simples: a mulher vai ao centro de saúde, para a consulta prévia, e são-lhe dados três dias para reflexão.

Findo esse prazo, e se decidir mesmo avançar para a IVG, volta ao médico e é-lhe dada a primeira medicação, ficando o tratamento concluído dois dias depois, com a administração da restante dose.

Quinze dias depois, regressa ao centro de saúde, para verificar se a IVG correu normalmente e para completar o ciclo de planeamento familiar.

"Para evitar que tenha que recorrer novamente ao aborto", disse.

O arranque da IVG no Centro de Saúde de Viana do Castelo vai aliviar o Centro Hospitalar do Alto Minho, que se viu na contingência de contratar dois obstetras, em regime de tarefeiros, uma vez que os oito especialistas de que dispunha eram todos objectores de consciência.

A realização de abortos com medicamentos nos centros de saúde está prevista na nova legislação sobre a IVG.

Paulo Sarmento garante que 95 por cento das IVG nos hospitais é feita quimicamente, pelo que, acrescenta, os médicos de família "estão perfeitamente aptos" para a fazer, deixando para os hospitais os casos que necessitam de intervenção cirúrgica.

O presidente da Comissão de Saúde Materna e Neonatal, Jorge

Branco, já disse à Lusa que o panorama da realização de IVG em Portugal vai "mudar progressivamente até ao final do ano", deixando de constituir um exclusivo dos hospitais para passar a ser feito em vários centros de saúde.

Jorge Branco considerou que a IVG nos centros de saúde "vai aliviar um pouco a pressão dos hospitais e será muito vantajosa", sublinhando que há médicos de clínica ge-

ximo de três meses a IVG já será possível naqueles três centros de saúde.

O arranque da IVG no Centro de Saúde de Viana do Castelo vai aliviar o Centro Hospitalar do Alto Minho, que se viu na contingência de contratar dois obstetras, em regime de tarefeiros, uma vez que os oito especialistas de que dispunha eram todos objec-tores de consciência.

A realização de abortos com medicamentos

e Neonatal, Jorge Branco, disse à Lusa que o panorama da realização de IVG em Portugal vai "mudar progressivamente até ao final do ano", deixando de constituir um exclusivo dos hospitais para passar a ser feito em vários centros de saúde.

nheceu.

Segundo Paulo Sarmento, a escolha da unidade de Viana para lançar o programa deveu-se à "grande proximidade" ao Centro Hospitalar do Alto-Minho.

dita que "é apenas uma questão de dias.

Consultas Prévias às ter Prévias às ter Prévias ---ças e quintas ças ças e quintas ças ças e quintas

ral e familiar aptos a realizarem abortos.

"Há médicos que já têm alguma experiência em saúde materna, que seguem alguns passos normais e que podem fazer perfeitamente este trabalho. Não é nada transcendente que os médicos de família, com experiência e interesse, possam fazer estas intervenções", sustentou.

O responsável estima que dentro de um má-

nos centros de saúde está prevista na nova legislação sobre a IVG.

Paulo Sarmento garante que 95 por cento das IVG nos hospitais é feita quimicamente, pelo que, acrescenta, os médicos de família "estão perfeitamente aptos" para as fazer, deixando para os hospitais os casos que necessitam de intervenção cirúrgica.

O presidente da Comissão de Saúde Materna

Jorge Branco considerou que a IVG nos centros de saúde "vai aliviar um pouco a pressão dos hospitais e será muito vantajosa", sublinhando que há médicos de clínica geral e familiar aptos a realizar abortos.

"Há médicos que já têm alguma experiência em saúde materna, que seguem alguns passos normais e que podem fazer perfeitamente este trabalho", sustentou.

"Prevíamos o início destas consultas para 15 de Setembro, mas gerouse algum atraso no processo de articulação entre o Centro de Saúde e o Hospital de Viana", reco-

No início de 2008 será feita uma "avaliação no terreno", de forma a definir o alargamento destas consultas a outros centros de saúde do País.

A IVG nos centros de saúde envolve o primeiro contacto com um

As consultas prévias para a interrupção voluntária da gravidez (IVG) medicamentosa no Centro de Saúde de Viana do Castelo arrancam terça-feira e terão lugar às terças e quintas-feiras, informou a Sub-Região de Saúde. Estando abertos ao público entre as 09:00 e as 13:00 e as das quintasfeiras entre as 14:00 e as 18:00.

Estas consultas serão asseguradas por duas equipas, cada uma delas constituída por um médico, uma enfermeira e uma técnica de serviço social.

Da equipa da IVG medicamentosa também faz parte uma psicóloga, que dará consultas às sextas-feiras, das 09:00 às 13:00.

"Esta consulta com a psicóloga será marcada a todas as grávidas que fizerem a IVG", explicou João Carneiro.Todas estas consultas terão lugar no edifício onde anteriormente funcionou o Serviço de Luta Anti-Tuberculose (SLAT).

Em Espanha, hospitais Espanha, Em Espanha, hospitais Espanha, são a e a são a e a x x xce ce ce ce pção pção

enfermeiro, onde fica agendada a consulta prévia.

Pedro Silva, director do Centro de Saúde de Arcos de Valdevez, salientou sobretudo que "sendo agora possível actuar nos centros de saúde por via medicamentosa, torna-se necessário que haja um hospital de referência para estar nas nossas costas".

Apesar do Centro de Arcos de Valdevez ainda não estar a exercer esta pratica, Pedro Silva acre-

À semelhança do que sucede em Espanha, Portugal quer implementar a IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) por via medicamentosa nos centros de saúde em todo o país.

Em Espanha esta é já prática habitual. Apenas três por cento das mulheres recorre aos hospitais para fazer uma IVG, as restantes dirigem-se aos centros de saúde, com excepção das mulheres de Navarra, que têm que deslocar-se a Madrid.

04 Outubro 2007 9 GRANDE REPORTAGEM
CORREIO DO LEITOR (Poemas e textos até 280 palavras):praca.local@maisactual.pt DENÚNCIAS E FOTOS (Devidamente identificadas): praca.local@maisactual.pt
Grávidas têm a partir de agora uma nova alternativa

Moradores do Centro Histórico satisfeitos com fecho de bar

Mais um bar fechado em Caminha

Redacção praca.local@maisactual.pt

O centro histórico de Caminha ficou com menos um bar, o "Vermelho e Amarelo". O fim da sua actividade vinha sendo reclamado insistentemente, há meses, junto da Câmara Municipal de Caminha, por incumprimento de diversas normas urbanísticas e disposições legais, designadamente, a Lei do Ruído. Os moradores do Centro Histórico de Caminha mostramse assim satisfeitos com o desfecho do conflito exis-

tente com um dos bares da rua Direita.

Após várias peripécias com a não utilização do sonómetro (medidor de ruídos) que ninguém sabia pôr a funcionar e pelo facto de a Câmara alegar que após as cinco e meia da tarde não possuía fiscalização camarária que pudesse comprovar as reclamações dos moradores, a autarquia foi levada a suspender o alvará de licenciamento "até avaliação adequada do estabelecimento".

A presidente da Câmara, Júlia Paula, exigin-

do projectos de especialidade e proibindo a utilização da via pública, foi dando conhecimento ao Governo Civil e GNR,

Novas medidas podem ser implementadas no Rio Minho

através de um despacho, acabando a própria sociedade do dito bar por dar por findo o arrendamento deste estabelecimento.

Pesca e Caça no Rio Minho podem sofrer alterações

No seguimento de uma reunião mantida entre os comandantes das capitanias dos portos de Caminha e Tui, foram decididas algumas medidas a introduzir na pesca e caça do rio Minho.

A interdição da pesca aos domingos e a utilização de redes de sediela, serão duas das

propostas a apresentar junto da Comissão Internacional de Limites, de modo a contribuir para a diminuição do esforço de pesca e a protecção das espécies.

Exceptua-se a pesca do meixão, dependente das fases da lua, pelo que no caso de coincidirem com um domingo, a sua captura manter-se-á. No

entanto, o número de meses da safra deste alevim da enguia deverá passar de cinco para quatro (Novembro-Fevereiro).

Outra medida a implementar no rio Minho, será a uniformização do calendário da pesca da lampreia, desde a foz até Melgaço, dado não fazer sentido que este ciclóstomo continue a ser apa-

nhado nas pesqueiras em Maio e Junho, quando se encontra a desovar e a safra já terminou de Lapela para baixo.

Quanto a modificações na arte da caça, os comandantes das capitanias entendem ser mais seguro proibir o abate de aves já a partir de Outubro na zona da Morraceira, uma vez que o asso-

Perante esta situação, os moradores alertaram a Câmara para que informe a proprietária do referido prédio onde o bar funcionou, no gaveto da rua Direita com a Travessa de S. João, da situação em que o mesmo se achará, se voltar a ser arrendado, sem que sejam reavaliadas as condições de funcionamento, pedindo mesmo ao Executivo camarário para "cancelar" o alvará do estabelecimento.

É solicitado também à autarquia que "altere a sua atitude política, técni-

ca e de rigor adoptada no licenciamento destes estabelecimentos de venda de bebidas no período nocturno", fazendo valer o Regulamento Geral do Ruído".

O encerramento da discoteca "Prozac", localizada junto ao Hotel de Caminha, igualmente serviu aos moradores para insistirem na necessidade de mudança da autarquia, no que se refere à sua "atitude política e de exigência técnica" perante os licenciamentos que lhe forem solicitados em zonas habitacionais

Propostas apresentadas à Comissão de Limites

reamento progressivo desta zona, permite a travessia de pessoas na ma-ré

Município de Caminha concebe blogue à comunidade escolar

baixa, podendo vir a ser atingidas pelos chumbos dos pescadores.

Câmara de Caminha cria blogue para as escolas

A Câmara Municipal de Caminha irá conceber um novo blogue para a comunidade escolar de forma a proporcionar um vínculo mais forte entre esta e entre professores, alunos e encarregados de educação. Um

canal interactivo singular de comunicação, que já se encontra em funcionamento (caminhaescola. blogspot.com), para a colectividade escolar do concelho.

Para além de informações de âmbito escolar

poderão também contemplar notícias da Câmara, que rege este canal, e as múltiplas instituições escolares.

O concelho de Caminha vai arrancar este ano lectivo com 11 Escolas Primárias, 8 Jardins de

Infância Públicos, 4 Jardins de Infância Privados, 1 Escola Secundária Pública, 1 Escola Secundária Privada e 1 Escola Profissional.

A Câmara Municipal de Caminha estima investir, em custo directo,

na área da Educação, 735 mil euros. Designadamente nas actividades de enriquecimento curricular, em fornecimento de refeições, nos transportes escolares, no prolongamento de horário, e na autonomia dos agrupamentos e outras

actividades. Este valor ascende até 1 milhão de euros, ao incluir os custos com funcionários relativos a este ramo, contratados pela Câmara Municipal, e tendo em conta as despesas com o parque automóvel escolar.

04 Outubro 2007 10 CAMINHA

Câmara Municipal de Caminha promove actividade de educação ambiental

Crianças sensibilizadas para alterações climáticas

Para uma maior sensibilização populacional, a Câmara Municipal de Caminha promoveu, no Posto de Turismo de Moledo, mais uma actividade de educação ambiental. O evento insere-se na campanha "Bandeira Azul 2007", cujo tema é "Alterações Climáticas".

"O objectivo neste caso é esclarecer as pessoas, sobretudo sobre um dos principais fenómenos que se chama efeito de estufa, que causa estas alterações climáticas", explicou Elisabete Cerqueira, bióloga. Esta é uma forma de sensibilizar as populações como actuar, sendo que essa actuação "é urgente para se minimizarem os efeitos negativos que o Homem tem provocado no planeta", referiu.

Para além da sensi-

bilização, os presentes, essencialmente crianças, puderam por entre cartolina, fotocópias, palhinhas de refresco e fios de pesca criar relógios solares assim como observar o sol através de dois telescópios com filtros H-alfa. "É uma temática extremamente importante, alias, nota-se que as pessoas estão extremamente interessada" salientou Carla Pereira, astrónoma, enquanto ajudava os mais pequenos nas suas criações.

Flameano Martins, Vereador da Educação considera que "é importante sensibilizar as crianças, sendo que estas são principal veículos de transmissão para as famílias". Para além desta iniciativa, Flameano Martins, revelou ainda que a autarquia está empenhada em desenvolver outras actividades desta envergadura, ligadas essencialmente às ecoescolas e aos pro-

jectos educativos. "Pensamos que desta forma podemos contribuir para um mundo melhor", salientou.

Elisabete Cerqueira procurou salientar a importância deste tipo de iniciativas, referindo por exemplo que " daqui a 10 ou 15 anos, será impossível fazer praia em Moledo". Dai a "prioridade é incutir estas noções nas crianças desde o pré-escolar, sendo que eles são o futuro e devem estar sensibilizados com estas situações".

José Carlos Codeço, representante da Associação Cientifica presente no Posto de Turismo de Moledo, salientou o interesse das crianças por esta temática, e revelou alguns dos projectos que tem vindo a ser desenvolvidos pelos técnicos da Sociedade Científica de Astronomia do Minho (ORION), neste sentido.

A ORION é uma Associação sem fins lucrativos. Nasceu, no dia 19 de Abril de 2005, da fusão de alguns grupos de Astronomia da região do Minho permitindo aglutinar, de um modo mais concretizador, o trabalho de divulgação da Astronomia e das ciências a ela associadas como a Mate-

mática, a Física, a Química, a Biologia, a Geologia, a Geografia, a Geometria e a História entre muitas outras. O nosso raio de acção é alargado, envolvendo o país e o estrangeiro, mas pretende centra-se sobretudo na região norte de Portugal.

Os objectivos directos da ORION passam por

diversos planos de acção que vão desde, a divulgação científica, o apoio a projectos de investigação, divulgação na área da astronomia, a observação e registo de eventos astronómicos, a dinamização de clubes escolares de ciência até à promoção de palestras, conferências e informação ao público.

Câmara com acordo com a Direcção Regional de Agricultura do Norte Serviço de proximidade aos agricultores

A Câmara Municipal de Caminha efectuou recentemente um acordo com a Direcção Regional de Agricultura do Norte com o intuito de participar na formulação e na execução das políticas nas áreas da agricultura de produção agro-alimentar, de desenvolvimento rural e das pescas. Uma das competências atribuídas às Delegações Regionais da Direcção Regional de

Agricultura do Norte baseia-se no apoio técnico e informativo às populações do meio rural e aos agricultores, bem como às suas organizações representativas, certificando um serviço de contiguidade, de carácter variável, com a finalidade de garantir uma relação personalizada com todos os intervenientes do espaço rural.

O actual pacto irá ter a duração de 12 meses, a

contar da data da assinatura, renovável automaticamente por igual período. Neste âmbito, a Câmara de Caminha disponibiliza gratuitamente dois espaços: um, nas instalações da Câmara, constituído por um gabinete, e o outro, no Centro Coordenador de Transportes, em Vila Praia de Âncora.

Aqui será realizado o atendimento ambulatório a cargo da Equipa Téc-

nica de Apoio Local da Delegação Regional do Minho Lima da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

No que diz respeito a esta Equipa Técnica, é formada por um técnico e um funcionário administrativo, de maneira a garantir um serviço de proximidade aos agricultores, às suas organizações e às pessoas do meio rural, em geral. O atendimento de-

corre das 09.30h às 12.30h e das 14.00h às 17.00h, em ambos os sítios. Tendo em conta a realização da feira semanal, em Caminha este serviço tem lugar à quarta-feira. Em Vila Praia de Âncora, o dia de atendimento será à quinta-feira.

Este acordo vem reforçar a política seguida pelo Município de Caminha, que considera de elevada importância a reali-

zação de iniciativas alusivas ao bem-estar de toda a população, bem como a promoção e o progresso no acesso à informação e aos serviços.

É também de relevo para a Câmara o acréscimo da eficácia da administração pública central e local, a consolidação do crescimento sustentado e a contribuição para a igualdade de oportunidades de todos os munícipes.

04 Outubro 2007 11 CAMINHA pub
Milena Matos praca.local@maisactual.pt Ambiente em destaque no Posto de Turismo

Festival de Jardins espera

70 mil visitantes

O Festival de Jardins de Ponte de Lima, inaugurado a 25 de Maio deste ano, está prestes a encerrar as suas portas. Até 30 de Outubro, Vítor Mendes, vice presidente da autarquia de Ponte de Lima, espera que a iniciativa receba a visita de 70 mil visitantes que este anovão conhecer os 11 jardins inspirados no tema "O Lixo na Arte dos Jardins". "É difícil contabilizarmos um número exacto" justificou Vítor Mendes, dando como exemplo o facto dos idosos não pagarem bilhete para poderem visitar os Jardins. Dos que visita-

Lagoas de

ram as instalações, Vítor Mendes salienta que "no livro de sugestões disponível aos visitantes, as opiniões destas têm sido muito positivas".

Os 11 jardins para

além do lixo reciclado, de vários tipos, a que se soma o vencedor da edição de 2006, misturam os mais variados tipos de plantas, em grande parte aromáticas, desde petúnias a ro-

sas, assim como a "vulgar" relva. "O próximo tema está também relacionado com o lixo nos jardins" revelou Vítor Mendes. Sendo que "já existem bastantes contactos

com eventuais candidatos, sobretudo estrangeiros", disse ainda o vice-presidente da autarquia limiense perspectivando a próxima edição que já tem data marcada para 30 de Maio de 2008.

Com estas temáticas o Festival de Jardins pretende "apelar à sensibilidade de cada um, sobretudo no que se refere ao lixo", chamando assim a atenção para os problemas ambientais e para questões como a reciclagem.

Mas o objectivo agora é "preparar a saída dos jardins que se encontram expostos e saber onde vão ser colocados", explicou o vice-presidente. Durante este ano, alguns dos jardins vão ficar instalados

em Vigo - Espanha, Porto, Braga e Serpa e outros em Ponte de Lima, a embelezar locais estratégicos, a exemplo dos que já se encontram instalados na Vila e arredores.

"Quando os jardins têm uma função pedagógica, optamos por ficar com eles" explicou Vítor Mendes, isto porque "os jardins nem sempre são fáceis de serem colocados em determinados espaços. Por exemplo, em espaços abertos podem estar expostos a vandalismos, nessas situações tentamos readaptá-los". Apesar das condições climatéricas não terem sido as mais favoráveis a autarquia espera que o balanço seja positivo.

Outubro será dedicado à temática da água

As Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos irão dedicar o mês de Outubro à temática da água.

Ao longo deste mês várias são as actividades previstas de forma a relacionar a água e a saúde.

"O objectivo é alargar o nosso público-alvo, por isso o dia da água será direccionado para os seniores", explicou Vera Henriques, uma das técnicas responsáveis pelos projectos exercidos nas Lagoas de Bertiandos.

Os projectos inserem-se no âmbito da área escola mas o objectivo para o próximo ano "é ampliar as temáticas existentes aos alunos de segundo ciclo", referenciou Vera Henriques, isto porque durante o Verão foram criadas oficinas para jovens entre os oito e os doze anos em que "todas

as vagas foram preenchidas". Ainda durante o mês de Outubro haverá o "Dia dos Animais", onde várias escolas do concelho irá participar de forma a que "cada uma apadrinhe um dos animais".

Durante o dia as crianças poderão apreender a alimentar os animais assim como a tratar deles e para os mais corajosos haverá ainda a possibilidade de "andar de burro".

As Lagoas constituem uma escola ambiental, um espaço natural de excepção e um refúgio extraordinário para um descanso merecido.

Passear pelos seus trilhos permite o contacto com a natureza no seu mais puro estado, permitindo um exercício descontraído, longe do bulício urbano do quotidiano. A pé ou de bicicleta fica a escolha do visitante.

As estruturas de apoio são de alta qualidade: o Centro de Interpretação Ambiental está bem integrado na paisagem e permite um conhecimento prévio daquilo que o visitante poderá encontrar da Paisagem Protegida.

A Quinta de Penteeiros, é um complemento às Lagoas. Cada vez mais afastados das lides rurais, a Quinta, de uma forma simples mas eficaz, permite uma abordagem à vida rural, tanto da cultura vegetal como animal; o parque de campismo integra no espaço rural e natural aqueles que desejem alguns dias de tranquilidade e uma proximidade às Lagoas. As três casas (Cabração, S. Pedro e Cuco-junto à recta de Bertiandos) têm como público-alvo famílias à procura de espaços distintos e tranquilos; o albergue

procura satisfazer as necessidades de grupos e, por fim, os bungalows dão um toque distinto à oferta de alojamento das Lagoas.

Tudo isto complementado com a piscina e o restaurante. As Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos (LBSPA) localiza-se nas freguesias de Bertiandos, S. Pedro de Arcos, Estorãos, Moreira do Lima, Sá e Fontão, a 4 Km da sede de concelho de Ponte de Lima e a 19 Km da sede de distrito de Viana do Castelo, entre o Rio Lima (Sul) e as Serras de Arga e Cabração (Norte), com acesso pela EN 202. Em termos naturais, a área enquadra-se no terço médio inferior do curso e bacia hidrográfica do Rio Estorãos, a cerca de 2 Km da foz na margem direita do Rio Lima.

04 Outubro 2007 12 PONTE DE LIMA Próximo
evento começa a 30 de Maio de 2008
Jardins inspiram-se no lixo para fazer arte
Bertiandos pretende alargar os seus projectos a alunos de segundo ciclo
M.M. Água e saúde em destaque

Autarca em foco

Joaquim Perre é o Presidente da Junta de Freguesia de Darque. Com o Partido Socialista no coração já teve que suportar eleições intercalares que acabou por vencer e hoje diz estar ao lado de pessoas que o apoiam e que o ajudam a desenvolver esta freguesia, que está muito perto dos 10 mil habitantes.

A meio do mandato orgulha-se de já ter desenvolvido algumas obras, mas ainda há uma que gostaria de ver concretizada o mais rapidamente possível: a mudança da feira da freguesia, que ainda chama muitas pessoas, que aos domingos, de quinze em quinze dias, procuram esta localidade para comprar e vender produtos a preços mais acessíveis.

O Praça Local foi conversar com este autarca para saber quais são os seus sonhos e projectos para esta freguesia que diz ter no coração.

1. O que o motivou a candidatar-se a Presidente da Junta de Darque?

Um amigo de infância convidou-me uma altura para fazer parte destas andanças, mas eu não queria. Já tinha sido convidado pelo Partido Socialista, queriam que me inscrevesse e eu nunca aceitei. Acabei de aceitar depois o convite do meu amigo, com a intenção de ser independente. Mas isto não aconteceu, aliaram-me a um partido que não era o meu e então fiz intenção de me inscrever no Partido Socialista, que foi um partido que sempre gostei. Este partido fascinou-me, tinha eu 18

anos. Não sei se foi pelo símbolo, pela cor ou pelas pessoas que me convidaram. E foi aí que começou a minha história política.

2. Como é que tem sido a sua relação, enquanto autarca, com a oposição?

No início foi complicado. Achávamos que Darque não podia andar em guerras, tinha que desenvolver e apoiamos uma lista para fazer Governo. Correu tudo às mil e uma maravilhas. Havia estabilidade. Quando ganhamos a junta no mandato seguinte, não tivemos essa sorte. Não sei o que os levou a tomar essas atitudes.

A junta não era Socialista. Os quatro membros que estavam cá eram de outro partido. Então, o que se fizesse de bem, era sempre deles e o que se fizesse de mal era atribuído ao Partido Socialista.

Não podia ser. Por essa razão reunimos forças e acabamos com isto, com a realização de eleições intercalares. Ganhamos e as coisas começaram a correr bem, porque a Lei mudou e pudemos escolher o executivo. Nas últimas eleições ganhamos com maioria absoluta e está tudo a correr bem.

Quais foram aquelas obras mais importantes que realizou na freguesia de Darque?

A obra do meu sonho, a obra que eu queria e que quero fazer, que tudo farei para o conseguir, é requalificar a feira de Darque, tirar do sítio onde está, porque não tem condições nem para os comerciantes nem para

quem vem comprar. Não tem casas de banho, é preciso recorrer aos cafés. É muito complicado saber quem está legal e ilegal e a junta não consegue cobrar todos os espaços. Não podemos pactuar com isto.

Tem uma mais valia económica, até porque parte do dinheiro que vem daqui é que para ajudar as associações de Dar-que, uma parte fundamental da freguesia.

Tudo farei para que os Darquenses fiquem com uma feira de qualidade, um espaço que seja multi-funcional e possa acolher outras actividades.

Desde que estamos cá, fizemos uma obra muito importante, que foi arranjar uma sede de junta estavamos num espaço alugado, sem condições nenhumas, o que não era um bom cartão de visitas. Conseguimos recuperar este espaço, onde não pagamos renda, o que nos fez poupar algum dinheiro. É um espaço com dignidade, onde fazemos alguns cursos, o que também é importante, tal como a requalificação do espaço envolvente, que acabou com alguns focos de marginalidade. Ficou mais aberto, mais airoso e as pessoas ficaram a perceber que não era tão mal assim.

Temos também o alargamento de algumas ruas, que permitem maior acessibilidade.

Havia locais onde não passavam dois carros em simultâneo. Ainda temos algumas ruas assim, mas são difíceis de recuperar, porque gastávamos muito dinheiro.

Depois temos este forte investimento da

Águas do Minho e Lima e da Câmara Municipal, que veio melhorar muito a nossa freguesia, a construção do viaduto também foi importante, porque eram passagens fatais. É uma escapatória muito utilizada.

As obras emblemáticas não passam por nós, porque não temos dinheiro.

Está a decorrer também a discussão dos Planos de Pormenor para Darque, que se se vier a concretizar, Darque não vai ficar nada a trás do que se está a fazer em Viana.

Com esta obra, a ci-

tar o terreno atrás das Bombas da Galp, que também ia acabar com um acampamento clandestino que existe ali. Tudo faremos para que assim seja, mas não vai depender só de mim, porque é muito dinheiro. Vamos continuar a encetar diligências, para que isto avance. Se não conseguir, isto será uma frustração, porque eu prometi que o faria. Mas mais do que prometer, é também uma vontade, porque também está aqui a parte humana a funcionar e eu tenho a consciência que as pessoas não estão bem servidas.

gem de qualidade, o que não tem sido fácil com o acampamento ilegal.

Toda a gente olha para a gente de etnia cigana como uns malfeitores, mas as pessoas que vivem neste acampamento, vivem sem condições.

Eu entro lá muitas vezes. Já colocamos lá água e uns tanques para lavar a roupa, para que as pessoas possam ter um pouco mais de qualidade de vida.

Tentamos fazer isto para que as pessoas não vejam isto como uma favela.

Eu recuso-me a pen-

dade é capaz de passar para o lado de cá.

Em relação à feira, já há algum local pensado, onde esta possa ser instalada?

Queríamos aprovei-

Esta é uma freguesia que surge muitas vezes associada a uma certa insegurança a nível social. Esta tem sido uma luta da autarquia?

Sim. A junta tem procurado dar uma ima-

sar que as pessoas pensam isto de Darque, que é uma terra de muita qualidade. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, para mudar essa ideia. Só não gosta de Darque, quem nunca cá entrou.

04 Outubro 2007 ESPOSENDE 14 2
- Joaquim PerrePresidente da Junta de Darque
“Só não gosta de Darque, quem nunca cá entrou. “
“A obra do meu sonho, a obra que eu queria e que quero fazer, que tudo farei para o conseguir, é requalificar a feira de Darque.”

A Sociedade do Teatro, do Atletismo e da Música

A Sociedade de Instrução e Recreio Darquense, (SIRD) já faz parte da história de Darque. Noutros tempos ganhou prestígio e fama com o teatro e atletismo, mas hoje é na música que "dá cartas".

Os novos tempos e uma direcção constituída por muitos jovens, trouxeram outros gostos e uma nova forma de encarar o associativismo.

Com Escola de Música, Grupo de Bombos, Teatro, Danças de Salão ou Judo, a sociedade continua a desenvolver as

mais diversificadas actividades que passam pela promoção de simples passeios de bicicletas, até espectáculos organizados que integram cada uma das secções que aqui existem. Um trabalho que a direcção pretende que seja "pautado pela diversidade", até para cativar a atenção dos mais jovens, muitas vezes afastados de áreas como o teatro ou as tradições. "Quando a iniciativa é enquadrada para eles, aderem. Se fizermos uma noite folclórica, já não é bem assim", comen-

tou Amadeu Palhares, presidente da Sociedade de Instrução e Recreio Darquense, que decidiu agora aderir às novas tecnologias e apostar numa sensibilização "via digital", com a divulgação das iniciativas através da Internet e dos tele-móveis.

E quando o tempo E o tempo escasseia... escasseia... escasseia... escasseia...

Ideias é o que não falta à actual direcção da Sociedade. O grande problema é mesmo a falta de

O voo dos pombos

tempo. Com família e emprego, estes jovens debatem-se com algumas dificuldades na altura de conseguirem algum tempo livre para avançar com todas as ideias que têm.

"O grande problema é falta de tempo, ideias há muitas, mas falta tempo", acrescentou Amadeu Palhares, que espera em

breve conseguir organizar alguns espectáculos com "prata da casa", ou seja, com os jovens que estão a desenvolver alguma actividade na SIRD. A par disto, a direcção quer ainda apostar no desporto e um dia mais tarde, tentar colmatar uma falha que sente a nível do teatro, já que é cada vez mais com-

plicado encontrar gente interessada em participar em peças deste género. Por outro lado, está também nos planos manter a Escola de Música a funcionar, uma vez que esta já é frequentada por mais de uma centena de alunos, "o que já é muito bom", na opinião do presidente da Sociedade.

A Associação Columbófila de Darque foi fundada em Março de 1952 por um grupo de pessoas, de entre as quais Augusto Sousa, que ainda vive na vila. Com 38 sócios, dos quais 14 mantêm a actividade, dedica-se todos os anos ao desenvolvimento de diversas provas e outras acções.

Logo no início do ano começa a campanha, que se prolonga até Junho e que se divide em quatro treinos e 18 concursos. É aqui que cada um dos columbófilos mostra os seus pombos, todos eles treinados durante meses a fio. Cada um dos columbófilos tem no mínimo uma centena de pombos, mas nem todos entram nas provas. E são estes o maior orgulho de quem ainda se dedica a esta modalidade, cada vez mais esquecida no nosso país.

Terminada a fase de campanha e apurados os vencedores, entra-se na época de criação, que vai de Junho até Setembro. É nesta altura que nascem os borrachos, que serão utilizados nas provas dos anos que se seguem, de forma a permitir que o columbófilo tenha sempre uma determinada quantidade de animais. "Todos os criadores fazem isto", referiu José David Pereira, presidente da Assembleia-Geral da Associação

Columbófila de Darque.

Uma modalidade em vias de e Uma modalidade em vias e extinção xtinção xtinção

São cada vez menos os que se dedicam à columbofilia. Com a introdução dos relógios electrónicos, os rapazes que corriam com as anilhas deixaram de participar nas corridas e perdeu-se o gosto pelos pombos. É que eram estes jovens que muitas vezes se tornavam columbófilos.

Hoje é tudo diferente e são poucos os que ainda continuam a tratar destes animais, que nem sequer exigem muitos cuidados, já que comem apenas entre 30 a 40 gramas de ração por dia e alguns suplementos de vitaminas e depois precisam apenas de ter o pombal limpo e de ser tratados duas vezes ao ano.

"Esta modalidade não traz quase ninguém, quase não existe", disse este homem que já dedicou mais de 40 anos à columbofilia.

Os pombos podem viver 15 anos, mas só conseguem competir durante cinco. José David Pereira já viu morrer muitos dos seus animais e sente a falta de cada um deles. Em casa já tem um filho que partilha o mesmo gosto pela columbofilia, que este homem quer continuar a desenvolver durante muitos mais anos.

04 Outubro 2007 15 ESPOSENDE 3

A Ternura de uma Creche

São sete da manhã. Ainda há poucas pessoas na rua, mas já há quem circule com passos acelerados pelas estradas de Darque. Algumas janelas e portas abrem-se e sente-se um pequeno burburinho de pessoas que entram e saem dos prédios alinhados em fila.

Apesar de ser muito cedo, já há pais que transportam os filhos.

Há pouco amanheceu, mas para estas crianças, pais e funcionárias do espaço, o dia começa mesmo a esta hora, muito antes de começar para muitas outras pessoas da freguesia.

As lojas de um centro comercial são hoje a segunda casa de trinta bebés e crianças, provenientes de famílias carenciadas e desfavorecidas.

Os espaços que noutros tempos acolheram produtos alimentares e outros, hoje estão cheios de sorrisos, correrias e brincadeiras de meninos e meninas com idades compreendidas entre os três meses e os três anos.

São eles os "habitantes" da Creche Ternura. É aqui que passam o dia, brincam, comem, aprendem e dormem, sempre sob olhar atento das funcionárias e das educadoras.

A este espaço chegam crianças das mais diversas nacionalidades e com as mais distintas necessidades. É aqui que sentem que são todas diferentes, mas depressa se tornam todas iguais, sem se importarem com a cor, raça ou etnia.

Nestas salas já entraram crianças chinesas e romenas, que depressa aprenderam a conviver com os meninos e meninas portugueses. Com idades muito diferentes, estão divididos por salas, onde cantam, brincam e aprendem a ler e a desenvolver as capacidades motoras.

Actividades pensadas ao mínimo pormenor para cada uma destas crianças, que se juntam no refeitório na altura de sa-

borear as refeições, ou no corredor, apenas e só para brincar, que é aquilo que melhor sabem fazer.

Sabem brincar, mas os maiorzitos também já sabem qual é a sua cadeira no refeitório, qual a sua escova de dentes e a sua

apesar de serem pequenos, já conhecem as normas e regras de uma creche onde pode faltar muita coisa, mas nunca falta amor, um abraço, um beijo e comida. Coisas simples que acabam por ser muito importantes para

vezes aparecem com poucos cuidados de higiene. Há crianças que chegam a trazer roupa sem passar a ferro, do avesso e a cheirar mal", disse Micaela Malheiro, uma das educadoras da creche. Na Ternura são desenvolvidas

aqui passa muito tempo a fazer contas, para que nada falte a estas crianças, muitas delas cheias de problemas familiares.

"Temos situações dramáticas, pessoas que não podem pagar para ter cá as crianças. vão para casa, a pobreza aumenta, não diminui", referiu o padre Manuel Fraga, responsável pelo espaço.

chupeta, objectos alinhados em espaços improvisados pelas mãos habilidosas de quem cuida deles todos os dias. É que

muitas destas crianças, que nem sempre são "premiadas" com estes pequenos cuidados em casa.

"As crianças muitas

muitas activi-dades ao longo do ano. Comemoram o Natal, as estações do ano e outras datas. Os pequeninos assimilam o

significado destas comemorações e aprendem a desenvolver actividades em grupo. É assim que as educadoras os preparam para o dia da partida, o dia que sabem que chegará, mas que querem sempre adiar. As crianças crescem e saem da creche. Um momento doloroso para quem trabalha aqui, que não consegue evitar as lágrimas em cada despedida. "Quem me dera a mim acompanhar as crianças desde bebezinhos até irem para a escola primária. No último dia chora-se sempre. Isto funciona muito como uma família. Custa sempre", comentou.

Cr Cr ec ec he luta contr he contr a f a f a f a f alta alta de dinheir dinheir de dinheir dinheir o o o o

A creche Ternura está a ultrapassar grandes problemas financeiros. Sem fins lucrativos, mantém as portas abertas graças ao apoio de amigos. Os pais da maior parte destas crianças não têm dinheiro para pagar a estadia dos filhos no local e por isso, o Centro Paroquial e Social é que tem estado a "equilibrar as contas". Quem trabalha

A ajuda acaba por chegar um pouco de todo o lado, mas mesmo assim, ainda há necessidade de pequenas coisas. O material didáctico e lúdico que existe no espaço já está a ficar estragado e por isso, é preciso renová-lo. Aqui faltam objectos simples como livros, cartolinas, tintas, uma mesa para as crianças brincarem, mobiliário para casa de bonecas e cozinha, material para motricidade ou até mesmo brinquedos, que podem ser adquiridos a um preço reduzido e que acabarão por fazer sorrir estas crianças, a quem falta quase tudo.

"Precisamos de renovar os brinquedos, material didáctico, pedagógico, de tudo. Precisamos de tudo", acrescentou o pároco. A juntar a isto, a creche precisava ainda de contratar mais uma funcionária. Uma barreira que ainda não é possível ultrapassar, por falta de verbas.

O sonho de um padr O sonho de padr e e e e

Pároco há quase 25 anos nesta freguesia, Manuel Fraga já conhece muito bem os problemas desta localidade. A pobreza, o álcool, a droga e a prostituição "são males muito grandes que existem cá" e que não vão ser fáceis de resolver. Para tentar atenuar as falhas, o padre gostaria de construir uma Jardim-de-Infância, que pudesse complementar o trabalho que é desenvolvido na Creche e na ocupação de tempos livres.

Um projecto que ainda não passa de que uma ideia, mas que ainda poderá concretizar-se nos próximos anos.

04 Outubro 2007 16 PUBLICIDADE 4

A oficina do senhor Malheiro

O espaço onde trabalha é pequeno, com dezenas de peças de madeira empilhadas, à espera de serem recuperadas. Muitas delas já têm grandes quantidades de pó acumulado, como a dar a sensação que já estão naquele canto há muito tempo. E algumas delas estão mesmo. Ficaram esquecidas pelos donos que um dia decidiram ir à oficina do senhor Manuel Malheiro para que ele fizesse verdadeiros milagres e recuperasse os móveis e as peças de arte sacra que possuíam. Cadeiras, mesas, oratórios e um sem número de objectos acumulam-se agora pelos cantos da oficina deste homem com uma mãos calejadas pelo trabalho duro de trabalhar a madeira. Com um olhar sorridente e sempre com receio de falar para o gravador conta-nos uma história de vida cheia de momentos bons e outros menos bons, mas vividos todos com muita intensidade. Afinal, já lá vão quase 80 anos de vida, 60 deles passados nesta arte de marceneiro.

Hoje, há mais materiais e mais ferramentas para facilitar o trabalho de quem ainda se dedica a esta arte. Com a mecanização, tudo parece ter-se tornado muito simples, mas não para este homem, que continua a preferir os métodos tradicionais, que parecem convencer os clientes, que já vêm de todos os cantos do país e até mesmo do estrangeiro, apenas para entregar as suas relíquias ao senhor Malheiro.

"Os materiais são diferentes. Aqui é tudo manual, é tudo feito à mão. Não mete máquina nenhuma. Nem plaina tenho. Até torneio à mão", disse, cheio de

orgulho. Há dias em que se limita a recuperar as peças que lhe vão chegando. Mas noutros, é ele que cria os objectos. Com paciência junta os pedaços de madeira e depois de longas horas a trabalhar consegue construir peças únicas. Tudo feito ao mínimo pormenor, para que os clientes acabem sempre por ser bem servidos. "Isto ficou um espectáculo. Está a ser uma criação minha. Estou a contar tê-la pronta só para o Natal".

É numa sala pequena, sem luz, que vai arranjando e criando.

Passa longas horas a pé e tem apenas a companhia da esposa e de alguns amigos que lá vão entrando para "dar dois dedos de conversa". É assim que engana a solidão e ganha mais algumas forças para aguentar um trabalho que quer continuar a fazer até ao último dos seus dias.

As histórias da Empresa de Pesca

A Empresa de Pesca de Viana vai ficar para sempre na memória de muitos dos habitantes de Darque. Foi neste local, hoje votado ao abandono, que passaram longas horas, que viveram alegrias e tristezas e partilharam sonhos e desejos. Fundada em 1920, como Companhia Marítima de Transportes e Pesca, ficou conhecida por todo o mundo, pela seca do bacalhau, principalmente pela cura amarela, que a distinguia de todas as empresas do género que existiam no país.

"O bacalhau de cura amarela era conhecido em toda a parte. Era mais caro, mas tinha fama, tinha boa imagem", confessou José Nicolau, que entrou nesta empresa como aprendiz de electricista, para prestar apoio aos navios e depois tornou-se responsável pela parte eléctrica. A empresa, conhece-a como as palmas das mãos, até porque trabalhou aqui mais de 30 anos. Sabe de cor e salteado dezenas de histó-

rias de pescadores e conhece como ninguém cada canto desta que diz ter sido "uma empresa de sucesso, devido à quantidade de bacalhau que havia".

Com o espaço fechado, dedica-se à leitura e à pesquisa de dados e fotografias relacionadas com a seca e pesca do bacalhau. Já tem alguns livros e até já falou com algumas pessoas que trabalharam na empresa e que têm algumas fotografias, pequeninas e em pouca quantidade, porque na altura ainda não havia tanta tecnologia para fotografar. São estas imagens que quer compilar, para mais tarde mostrar ao mundo como era esta vida dura de quem trabalhava na pesca e na seca, que tinha de enfrentar dias de tempestade e temperaturas baixas. Os homens habituaram-se a esquecer os medos e a enfrentar o mar.

"É preciso ter um estômago duro para aquela vida. O pescador trabalha muito. Nas situações de mau tempo é complica-

do", confessou ao recordar os dias em que também ele se aventurou pelo alto mar, não porque era obrigado, mas apenas porque se deixava levar pela curiosidade.

Quanto às mulheres, essas habituaram-se a esquecer as manhãs frias e aprenderam os segredos do bacalhau.

"Não era muito fácil lavar o peixe no Inverno, porque a água estava muito fria. Estendiam o bacalhau na latada e muitas vezes estava um manto branco de neve. Não era fácil", comentou.

Do sucesso ao f Do Do sucesso ao f Do ec ho ho ho ho

Com o aparecimento de novos navios, melhoraram as condições de pesca do bacalhau, que passou a ser salgado nas embarcações e depois congelado. As novas técnicas facilitaram o trabalho dos homens do mar, mas acabaram com a seca. Com a entrada na União Europeia, tudo se complicou ainda mais com a diminuição da quantidade

de peixe que era permitido pescar. E bastou isto para a empresa começar a despedir trabalhadores, até acabar por fechar as portas.

Hoje podem ser vistas as latadas, mas já não se vê o bacalhau que ali era colocado de manhã cedo, sempre a fugir do sol, para que este não queimasse o peixe. Também já não funciona a seca artificial, que acabou

por substituir o trabalho das mulheres que colocavam o bacalhau nas latadas. Até mesmo as seis câmaras do armazém de frio estão paradas, à espera de melhores dias, que José Nicolau não acredita que cheguem.

Na capela já não se reza, no posto de saúde já não se fazem curativos e a creche já não recebe crianças. Está tudo parado.

Os proprietários da

empresa, que também funcionava na cidade, residem no Porto e não parecem estar interessados na sua recuperação. Até já há planos para o espaço, integrado em parte no Plano de Pormenor de Darque.

Só ainda ninguém parece saber ao certo qual será o futuro desta empresa que já chegou a ter 11 navios e a empregar seis centenas de pessoas.

04 Outubro 2007 17 PUBLICIDADE 5

Darquense à espera de um campo de futebol

A Associação Desportiva Darquense precisa de mais um campo de futebol. Com quase 200 atletas, a associação já encontra muitas dificuldades para conseguir gerir o espaço que tem disponível e que precisa de ser utilizado para o atletismo e para o futebol.

Sem verbas suficientes para avançar com este projecto, resta-lhe esperar que avance o projecto do Plano de Pormenor da vila.

"Temos que começar a trabalhar às seis da tarde e acabar às dez da noite. Se tivéssemos outro campo, podíamos dividir os tempos de treino. Temos sete escalões mais atletismo, no campo durante toda a semana", referiu Salvador Miranda, membro há dois anos, da Comissão Administrativa.

O sonho de conseguir um campo novo ainda não está colocado de

parte, até porque há cada vez mais jovens que procuram a associação. Por isso, os responsáveis pelo grupo continuam à espera de melhores dias, para conseguirem concretizar esta vontade, que parece ser cada vez mais urgente.

"O darquense está a ficar abafado. Precisa urgentemente de outro campo. É uma das nossas vontades há muito tempo ter o campo número dois e ter o campo sintético, que para nós era fundamental", acrescentou Salvador Miranda.

Um tr tr a a a a balho despor balho despor despor ti v v v v o o o o e social e

Com trinta anos de existência, a associação manteve sempre as portas abertas. Todos os anos procura atingir determinados objectivos desportivos, mas também sociais, uma vez que aposta na

integração dos seus jovens na sociedade. Todos os dias chegam aqui jovens provenientes de famílias carenciadas, à procura de uma nova oportunidade. Encontram no desporto uma forma de mostrarem

o seu valor e as suas capacidades.

"Nós temos o desporto como uma arma. Utilizamo-lo para que a solidariedade cresça. Temos miúdos que vêm de famílias com vários pro-

blemas, mas estamos aqui para ajudar".

E é por isso, que a associação já é procurada, muitas vezes, pelas escolas da vila, para que se tornar num "complemento saudável da escola e

PONTE DE LIMA Um passeio pelas ondas

Sentem-se bem na água, no ar ou na terra. Tudo depende da modalidade. Os praticantes de Windsurf e Kitesurf procuram cada vez mais a praia do Cabedelo, em Viana do Castelo, considerada por muitos como "uma das melhores da Europa para praticar Windsurf e Kitesurf". "Não é tão conhecida como outras, com menos condições, porque não é divulgada, mas é um dos melhores spots da Europa. Vem gente de todas as partes do mundo", referiu Rui Rodrigues da Vianalocals, instalada muito perto da praia e uma das responsáveis pela divulgação destas duas modalidades.

Nos últimos anos têm sido muitos os que têm procurado esta praia para praticarem Windsurf, Surf e Kitesurf. Vêm de todas as zonas do país e procuram nas águas frias que banham a praia do Cabedelo, ondas que permitam desfrutar da adrenalina que caracteriza estas modalidades. Hoje são cada vez mais as mulheres que também se aventuram nestes meios, porque depressa percebem como é fácil e divertido praticar Wind e Kitesurf.

"Nos últimos anos, nomeadamente no último ano, tivemos uma grande adesão de raparigas. Verificam que não é um desporto difícil, tem uma evolução rápida e não requer muita força", acrescentou.

A curiosidade acaba por ser um dos motivos que leva a que as pessoas procurem estas modalidades. Mas estas não estão ao alcance de todas as bolsas. Os materiais são caros e por isso, nem todos os podem adquirir. A pensar nisto, as lojas que os vendem decidiram vender material usado a preços bem mais acessíveis, para que todos possam experimentar o Wind e o Kitesurf. "São duas modalidades que requerem um poder económico médio - alto. O investimento é mais alto que no Surf. É três vezes mais, mas não está a ser

num elemento de motivação para que estes tenham sucesso escolar".

"Nós vendemos sonhos, Tentamos ao longo destes anos ajudar qualquer miúdo a crescer", comentou.

A Associação Desportiva Darquense conta para já com apoios da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da Junta de Freguesia de Darque e consegue mais algumas verbas com iniciativas que desenvolve no Natal, na Páscoa e até mesmo com algumas bilheteiras. Dinheiro que parece ser sempre pouco, uma vez que precisa de 60 mil euros por ano para conseguir manter o futebol e o atletismo a funcionar.

O futuro permanece numa incógnita. Para já, há apenas vontade de viver cada dia com tranquilidade, para que os atletas possam praticar as modalidades que apreciam.

impedimento para a grande adesão que o Kitesurf está a ter. Podem conjugar material usado", referiu o proprietário da Vianalocals, que quer continuar a trazer grandes provas destas modalidades, como por exemplo, a primeira prova oficial de Kitesuf, na modalidade de RACE, inserida no Campeonato Nacional ou a final do Campeonato Nacional na modalidade de Freestyle.

Campeão Nacional de Kitesurf Campeão de Kitesurf pr pr ef ef efer er er er er e pr e aia do Ca aia do Ca aia do Ca aia do Ca Ca bedelo bedelo bedelo bedelo

João Fontainhas tem 28 anos e há três apaixonou-se pelo Kitesurf. Depois de ver a modalidade na televisão, decidiu entrar nesta aventura e avançou para um curso que o levasse a saber tudo sobre o Kite. Hoje é ele que dá aulas e até já se tornou campeão nacional, em provas disputadas na Costa da Caparica, em Faro e no Cabedelo. "Foi uma modalidade que me viciou e como é um vício, estou sempre na praia. Tento sempre evoluir. Este ano tive a recompensa", referiu.

Se lhe perguntarem o que prefere na modalidade, não consegue retirar apenas um factor. É esta a sua paixão e é por isso que passa muitas horas por dia na praia. A adrenalina continua a fasciná-lo, mas acima de tudo, gosta deste desporto pela versatilidade.

"O kite é um desporto que pode ser praticado no mar, em rio e até mesmo em terra. Tem uma grande dose de adrenalina. Adoro isso. A minha vida é um Kite", acrescentou por entre um sorriso.

Quanto ao futuro, João não tem dúvidas: quer criar uma escola que ensine todas as técnicas da modalidade, para que possa transmitir esta paixão a todos os que a queiram partilhar com ele.

04 Outubro 2007 18 PONTE DE
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LIMA

Quem percorre a estrada em terra batida e vê um pavilhão verde, junto a alguns barcos e mais alguns barracões, está longe de imaginar que é ali que funciona o Darque Kayak Clube. Lá dentro tudo parece pequeno, com dezenas de canoas e kayakes empilhados até ao tecto, muitos deles à espera do dia em que serão levados para a fábrica, para reparar, outros apenas a aguardar o momento em que serão retirados do plástico que os envolve, porque ainda são novos.

Foi com estas embarcações que 30 atletas competiram, 20 aprenderam a remar na escola de canoagem e oito centenas divertiram-se a atravessar o rio, enquanto participavam em actividades de lazer. Foi também com estas que o clube aumentou o número de atletas, elevou o número de canoeiros, conseguiu medalhados nacionais, chegou ao trigésimo lugar, foram vice-campeões nacionais de pista de K2, 500 metros, alcançaram o terceiro lugar na Taça de Portugal maratonas, K2 feminino, sénior e o quarto lugar no Campeonato nacional maratonas, K2, seniores, femininos.

Agora, esperam chegar aos lugares cimeiros da III Divisão, aumentar

o número de atletas e a frota, pois agora têm 90 barcos espalhados por 190 m2. A funcionar durante todo o ano, o clube acolhe pessoas entre os 6 e os 30 anos que optam pela competição, mas tem também espaço para outras pessoas que pretendam apenas dedicar-se ao turismo e percorrer alguns quilómetros de rio. É uma "canoagem ao longo da vida", sem limites, referiu Américo Castro, presidente do Darque Kayak Clube, que já está a preparar a competição, o turismo, o kayake pólo e mar e a escola do próximo ano. O turismo continua a ser uma das gran-

des apostas do clube, até porque é a que chama mais pessoas, provenientes de todo o país. "Há muitos grupos que querem fazer passeios e vêm de locais como Lisboa. Marcam e participam", disse. Mesmo assim, a competição continua a ser a vertente que o clube quer desenvolver mais afincadamente, principalmente agora que tem um atleta que é vice-campeão nacional.

O K K a ay yak ak e e os dar e e dar quenquenses ses

Para além desta vertente competitiva e da turística, o clube também

que ajuda jovens carenciados. No campo do Ambiente, destacam-se acções de sensibilização e intervenções ambientais, como a promoção de campos de trabalho para recolha de lixo e o alerta para a necessidade da reciclagem, que já é feita dentro do clube.

À pr pr ocur ocur ocur ocur a a a a de uma sede no de sede de uma sede no de sede v a a Um dos maiores sonhos deste clube é construir uma sede mais ampla, com melhores condições para acolher todos os amantes da modalidade. Já há um projecto e o espaço até já foi consignado, mas ainda nada avançou. Américo Castro já se contentava com um pavilhão colocado ao lado do actual, apenas para permitir a colocação do material que está agora empilhado nas actuais instalações.

Um vice-campeão nacional nacional nacional nacional

André Correia só tem 16 anos, mas já conseguiu o título de vicecampeão nacional e garante que esta é a sua grande paixão. Apesar de já ter jogado futebol, confessa que é na canoagem que se sente realizado.

desenvolve um trabalho muito acentuado a nível social. O responsável pela colectividade conhece de perto as assimetrias que existem na vila e por isso, luta para que elas diminuam. Ao longo do ano, há crianças que visitam o local e experimentam esta modalidade, sempre sob o olhar atento dos monitores.

A este trabalho desenvolvido em parceria com a paróquia, o clube tem ainda condições especiais para as famílias carenciadas, até porque este "não é um desporto elitista". A juntar a isto, está ainda associado ao projecto "Dar que Falar",

A residir em Darque, este jovem divide o tempo livre a remar e a estudar e diz que o consegue fazer com alguma facilidade. "Venho da escola e venho treinar, mas treino mais ao fim-de-semana".

A paixão pela modalidade surgiu devido a um apelo lançado por um amigo, que o incentivou a vir "dar umas voltas" de canoa. Experimentou e gostou. Hoje, não troca a modalidade por nada no mundo, apesar de querer continuar os estudos para um dia ser um informático de sucesso.

Enquanto esse dia não chega, o adolescente aproveita o tempo livre para treinar, até porque o seu grande sonho é subir de escalão.

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PONTE DE LIMA
Sempre a remar...
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Tema do próximo ano será dedicado à vida de S. Paulo

"Festa de Samiguel" termina com magusto

Os 90 anos das aparições de Fátima e o centenário do nascimento da Irmã Lúcia são dois dos temas retratados com recurso a sementes e cereais pela "Festa de Samiguel", que animaram a freguesia de Cabaços, em Ponte de Lima.

Esta festividade tem oito anos e uma vez por ano, o povo da freguesia, dedica-se a fazer a festa.

"Esta festa é diferente, porque é o tempo em que o povo rural, pela época da festa de S. Miguel, recolhia as colheitas", contou o Padre Agostinho Barros, pároco da freguesia de Cabaços.

Uma das particularidades da festa é a ornamentação dos altares da Igreja Paroquial, feita apenas com produtos agrícolas, como milho, maçãs, limões, alhos, cebolas e uvas, ou não fosse a festividade evocativa das boas colheitas.

" Este povo tem muito jeito, muita capacidade para ornamentar a igreja, é um povo que gosta do que faz, de fazer bem e com rigor", salientou o pároco.

"Aqui prova-se que as pessoas podem fazer coisas belas simplesmente com produtos da terra", valorizou Padre Agostinho Barros.

No total são duas dezenas de quadros "agrícolas", onde a população retrata outros temas, como os quarenta anos da visita do Papa Paulo VI a Fátima e o centenário de escutismo.

Na sua confecção são gastos mais de cinquenta mil palitos, para segurar grãos de milho, feijões, favas e outras se-

mentes.

Já os quatro cestos deste ano foram enfeitados, nos últimos três meses, com sementes e cereais, num "trabalho de amor" a cargo de dezenas de populares e desfilaram no fim-de-semana pelas ruas de Cabaços, como "oferenda" a Samiguel, como as gentes da freguesia pronunciam o nome do padroeiro.

A festa, diferente de qual qualquer outra do País, começa com a tradicional "cortada do milho", em que se prepara a desfolhada minhota, à noite, ao som da concertina e acompanhada das sardinha assadas e vinho verde.

Para terminar, faz-se um magusto para "agradecer às pessoas que nos vêm visitar às que estiveram a trabalhar, para que estas sejam recompensadas", explicou Padre A-

gostinho Barros.

Durante décadas realizou-se em Cabaços a Romaria em honra de Santo António, que acabou por desaparecer.

"Cada vez mais as pessoas estão a ficar distanciadas do mundo rural, e aqui as pessoas empenham-se de ano para ano, cultivando tudo aquilo que faz falta para ornamentar os cestos que vão para a igreja, assim como decorar o altar. O mais importante desta festa é que é o povo que a faz", disse Padre Agostinho Barros.

Face a este cenário, aliado à vontade da paróquia e da população, em 1999, surgiu a Festa de "Samiguel" que a cada ano regista um incremento no número de visitantes.

"Este nome nasce devido ao padroeiro da paróquia fazendo assim uma ligação aos produtos da

terra", explicou Padre Agostinho Barros. Finalizado mais um ano de trabalho, projectase outro, que será dedicado à vida de S.Paulo, novamente através de uma ornamentação específica feita com cereais e produtos do campo.

"Se Deus permitir, para o próximo ano iremos celebrar o ano Paulista, onde iremos ler as epístolas de S.Paulo", revelou Padre Agostinho Barros, considerando que o mais importante é o facto de "esta ser a tradição dos nossos antepassados

Guias de Ca de Ca baços baços

Numa terra com cerca de mil habitantes, existe um grupo de guias, "onde apenas entram raparigas", contou Susana, uma das jovens guias de Cabaços.

"Cresci aqui, entrei com cerca de 15 anos, hoje não me consigo imaginar sem ser guia", contava a jovem, revelando com entusiasmo que o ultimo projecto desenvolvido pelas guias tinha permitido a um jovem obter uma cadeira de rodas, isto porque criaram o projecto saca rolhas, que entregaram a Resulima de forma a ajudarem na beneficiação de "tão importante oferta para o jovem".

Este grupo de vinte e oito raparigas, são formadas de forma a crescerem pessoalmente, espiritualmente, podendo assim criar o seu próprio espaço na sociedade onde se inserem e trabalhampara a comunidade e para o desenvolvimento de projectos de serviço de ajuda ao próximo.

04 Outubro 2007 21 PONTE DE LIMA
Milena Matos praca.local@maisactual.pt
e por isso não a vamos perder".
Centenário do nascimento da Irmã Lúcia é um dos temas retratados

Mais

População de Esposende quer "correr" com ICN

O documento que será responsável pela gestão do litoral de Esposende esteve em debate público, promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN) e participado maioritariamente pela comunidade piscatória do concelho, que chegou a tecer duras críticas ao ICN sobre o procedimento do mesmo.

Após apresentação do plano para o litoral de Esposende, e várias horas de discussão pública, o ICN predispôs-se a "marcar reunião com todos as instituições abrangidas por este novo plano" mas, no auditório Municipal de Esposende, apenas se ouvia a população proferindo frases como:"vão se embora, estão aqui a mais". A posição era unânime por parte de mais de meia centena dos presentes. "Vamos nos juntar todos e correr com o ICN daqui para fora, porque Esposende é nosso", diziam. "Nós vamos até as últimas consequências".

Iniciada no auditório do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), espaço que se mostrou demasiadamente acanhado para acolher todos os interessados em tomar parte no debate, a sessão ficou assim marcada pelas calorosas intervenções dos homens do mar, que afirmaram temer pelo futuro da

profissão no concelho, caso o documento em questão venha a ser aprovado.

Afirmando que a Associação dos Pescadores de Esposende pondera constituir advogado para "se inteirar, com rigor, da proposta e defender os interesses dos associados", o presidente daquela estrutura, David Eiras, assinalou "o conteúdo desta proposta deve ser explicado de uma forma simples aos pescadores. Se o projecto for avante, amanhã poderemos não ter com que sustentar as nossas famílias".

David Eiras disse ainda que se sente enganado po-

is sente que "tudo foi feito não costas da população".

Também o presidente da Câmara Municipal de Esposende, João Cepa, esteve presente, tendo pedido a palavra para testemunhar a sua insatisfação perante o plano apresentado. " É inadmissível que se queira rectificar agora este plano, depois de este estar feito", afirmou João Cepa, lamentando o facto de "tudo isto ter sido feito com demasiada pressa".

O presidente da autarquia salientou essencialmente o facto de este plano vir a criar condicionantes à pesca pois "será esta a actividade que vai ser mais prejudicada com este plano". João Cepa deixou, assim o apelo ao ICN, para que este "se sente ou à mesa com as principais instituições abrangidas" e sobretudo que demonstre "boa vontade" tentado "atrasar este processo de forma a po-

der ouvir a população". "É uma questão de principio, o ICN roubou um território que é nosso" disse indignado como cidadão Penteado Meira, reprovando o facto do ICN não ter ouvido os órgãos representativos do concelho. "Antes do plano estar em discussão teria sido importante ouvir-nos, agora vem tarde" retorquiu ainda.

Este Plano Espacial de Ordenamento de Território apresenta várias propostas de forma a conservar a área protegida existente em Esposende. Com este plano o concelho esposendense veria interditado as culturas marinhas, os exercícios militares, a pesca e a circulação de determinadas embarcações em cinco por cento da área abrangida

pelo parque natural. Um responsável por uma associação ambientalista do concelho, a Assobio, assinalou que "em terra também há problemas por resolver", dando também conta que "o património natural do concelho diminuiu drásticamente nos últimos vinte anos". Em resposta, Duarte Figueiredo, ex-director do PNLN e actual director-adjunto das Áreas Classificadas do Norte, do ICN, vincou que a proposta tem por fim assegurar os habitats de modo a dar continuidade à actividade piscatória no concelho, salvaguardando os stocks de peixe. Uma das responsáveis pela proposta, que estará em discussão pública até ao próximo dia 17, afirmou tratar-se de um plano "que não está fechado, está em discussão pública".

Garantindo ainda que o objectivo do ICN não é o de dificultar a vida aos pescadores".

A sessão viria também a ser marcada por depoimentos das diversas bancadas políticas, que teceram duras críticas ao documento, que esteve em debate na Assembleia Municipal.

04 Outubro 2007 22 ESPOSENDE
de meia centena de pessoas quiseram ouvir o plano que o ICN apresentou
Pub
Milena Matos praca.local@maisactual.pt Actividade piscatória é a mais lesada pelo plano do ICN

Esposende recolheu seis toneladas de plásticos agrícolas

Seis toneladas de plásticos agrícolas recolhidos desde 2005

O município de Esposende recolheu desde 2005, em colaboração com os agricultores, 19 contentores e seis toneladas de plásticos agrícolas, que foram encaminhados para reciclagem, revelou o gabinete da presidência.

Segundo Alda Viana, do gabinete de imprensa da autarquia, o Programa de Agricultura e Ambiente da Câmara permitiu ainda a reciclagem de 18 toneladas de resíduos verdes, no Parque de Compostagem para Resíduos Sólidos Hortícolas, e 9,5 toneladas de excedentes hortícolas, no Centro Hortícola de Belinho.

"Os agricultores têm vindo a adoptar atitudes mais amigas do ambiente e que contribuem para o desenvolvimento sustentável do concelho", sublinhou. A responsável do gabinete de imprensa adiantou que o projecto envolveu a distribuição, no Centro de Recepção da Cooperativa Agrícola de Esposende, de 80 sacos de armazenamento, garantindo um destino adequado às embalagens de fitofarmacêuticos, de acordo com a legislação em vigor.

Por outro lado, acrescentou, no âmbito do Programa deu-se continuidade à distribuição pe-

riódica de folhetos informativos sobre temas de índole agro-ambiental, medida que tem contribuído para a mudança de alguns hábitos de trabalho menos amigos do ambiente, bem como da "newsletter" semestral "Esposende Agrícola". Foi também prestado apoio técnico no âmbito da Protecção Integrada, Boas Práticas Ambientais e da Zona Vulnerável n.º 1 do Aquífero Livre entre Esposende e Vila de Conde, iniciativas que contaram com cerca de 1.060 participantes.

O Programa de Agricultura e Ambiente da Câmara Municipal é uma

parceria com instituições e entidades do concelho, entre as quais a Cooperativa Agrícola de Esposende, a Esposende Ambien-

te e as Juntas de Freguesia. Ao longo dos últimos dois anos - acentua a autarquia - "tem sido continuamente melhorado e

Autarquia vai continuar a desenvolver programa no próximo ano

reestruturado, por forma a minimizar os efeitos negativos da agricultura intensiva nos recursos naturais".

Horticultura Terapêutica de volta

A Câmara Municipal de Esposende pretende, durante o próximo ano lectivo, continuar a desenvolver, o Programa de Horticultura Terapêutica (PHT), um programa de intervenção que valoriza as competências humanas dos públicos a quem se destina, no sentido de contribuir para o desenvolvimento sustentável do

concelho e pa-ra a qualidade de vida de todos.

Durante o ano lectivo 2006/2007, foi possível registar mais de 3000 participações, entre comunidade sénior, jovens portadores de deficiência mental, alunos inseridos nos currículos alternativos dos agrupamentos de escolas do concelho e utentes da Comunidade de In-

serção Social de Esposende (CISE).

Tendo como objectivo principal contribuir para a construção de valores que conduzam a uma sociedade sustentável e mais justa para todos, o PHT tem vindo a desenvolver programas ambientais que visam a integração de diversos grupos populacionais e com ne-

Invetimento ronda os 7500 euros

cessidades especiais na sociedade.

Assim, foram desenvolvidas mais de 180 actividades, entre as quais jardinagem na Quinta do Paiva (Marinhas), lares e escolas, oficinas de propagação vegetal, construção de hortas pedagógicas e realização de diversas visitas de carácter ambiental. Destaque para a ence-

nação, com a comunidade sénior, de uma peça de teatro intitulada "Um dia na floresta" e para a colaboração na ilustração do livro "Contos em tons de verde". Caracterizando-se como um conjunto de programas de terapia e reabilitação, a Horticultura Terapêutica usa o trabalho com as plantas e com a natureza para melhorar as

Jornais antigos digitalizados

edacção praca.local@maisactual.pt

A Câmara Municipal vai proceder à digitalização de jornais antigos de Esposende, num investimento estimado em cerca de 7 500 euros.

A Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura possui um espólio

valioso de jornais antigos de Esposende, nomeadamente "O Povo Esposendense" (1892-1906) e "O Esposendense" (19061962).

Estes jornais constituem uma das melhores fontes de informação sobre o concelho no período em questão, sendo também uma colecção

extremamente rara.

Pela intensa procura e consequente manuseamento, a que acresce uma qualidade de papel longe da desejável, estes documentos só são disponibilizados à consulta em casos de interesse comprovado, sendo a sua reprodução, por fotocópia, interdita.

Assim, pensando na salvaguarda de tão importantes documentos e na necessidade de os facultar ao público, a autarquia decidiu proceder à sua digitalização, possibilitando assim um maior conhecimento da história local, sobretudo junto das gerações mais novas. Esta digitalização vai permitir

a consulta e impressão, na Biblioteca Municipal, a partir de suporte digital, bem como o fornecimento de software de pesquisa para o uti-lizador, havendo também a possibilidade de colocar on-line essas publicações, abrindo assim a Biblioteca Digital da Biblioteca Municipal Manuel de Boaven-

capacidades sociais, cognitivas e psicológicas de cada sujeito.

Estes programas assentam numa linha de acção onde se privilegia a componente inter-ventiva com vista à preservação e valorização do património natural local e valorização das competências humanas e sociais dos diversos participantes.

04 Outubro 2007 23 ESPOSENDE
tura. Para além da digitalização dos jornais "O Povo Esposendense" e "O Esposendense" existentes na Biblioteca Municipal, este processo incluiu também a digitalização de 294 números de "O Esposendense", da Biblioteca Pública Municipal do Porto, que não existem na Biblioteca de Esposende. R

Solar do Requeijo de novo envolto em polémica

As obras que estão a ser efectuadas no Solar do Requeijo estão a levantar alguma polémica.

O semanário local, Notícias dos Arcos faz disso mesmo eco em duas edições, uma delas com o alerta a ser dado pelo próprio editorial.

O presidente da Câmara Municipal, Francisco Araújo considera que as críticas "não têm pés nem cabeça", garantindo que toda a intervenção está devidamente autorizada pela autarquia e pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).

Em causa está o alerta lançado para a intervenção que está a ser efectuada no edifício, onde "surgiu uma estrutura de betão armado acoplado a uma parede posterior da casa", algo que considerado estranho visto que aquele é um edifício, "que apesar da sua feição seiscentista, se estima que seja datado do Séc. XVIII".

Ou seja a intervenção poderá estar a afectar a estrutura original e a fachada do edifício.

As dúvidas levantam-se ainda sobre o paradeiro das "pedras graníticas, incluindo as colunas, que compunham a varanda comprida e alpendrada das traseiras". Dúvidas que poderiam ser desfeitas com algum esclarecimento que "não existe nem por parte da Câmara Municipal, nem por parte do IPPAR", já que "não é visível o aviso obrigatório com o nome do dono da obra e do número de alvará da licença".

Em reacção a estes factos, o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, considera que está perante críticas e dúvidas que "não têm pés nem cabeça".

O autarca recorda que "a obra está numa fase muito inicial, não tendo chegado sequer a metade do que está previsto ser feito, e por isso torna-se necessário aguardar para ver os resultados, visto

que as técnicas de construção nos dias de hoje são distintas das do passado".

Francisco Araújo garante que a intervenção que está a ser efectuada no Solar do Requeijo teve os respectivos projectos com pareceres favoráveis, tanto da Câmara Municipal como do próprio IPPAR". E é "este projecto que foi aprovado que terá que ser respeitado, estando as duas entidades a acompanhar todo o processo".

Francisco Araújo considera ainda descabidas as dúvidas pelo facto de "ser a própria Câmara Municipal um dos principais interessados em manter e preservar o património edificado do concelho de Arcos de Valdevez".

De salientar que o Solar do Requeijo foi comprado em 2000 pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), com o intuito de ali construir um centro de formação residencial.

O característico solar, tipicamente minhoto, de planta rectangular, provavelmente do século

XVIII, apresenta duas torres, ligadas por um corpo mais baixo, compostas por três pisos e coroadas de cubos e esferas, possuindo a do lado esquerdo um passadiço comunicante com a capela lateral de São Francisco.

A loggia assenta em arcos, percorrendo toda a fachada. O piso térreo, elemento típico nestas construções, é destinado a arrecadações.

O andar nobre integra vergas elaboradas em cantaria ao nível das portas, num conjunto global de grande simplicidade.

Marcava presença ainda um balcão com grades de ferro para o qual abrem nove janelas, mesmo ao lado da capela de decoração "rocaille" (séc.

XVIII).

Mais de 450 r 450 r Mais de 450 r 450 r ec ec ec ec lamalamalamalamações na r ções na r e e e e visão do PDM visão do PDM visão do PDM visão do PDM

A discussão pública da revisão do Plano Director Municipal de Arcos de Valdevez registou um total de 454 sugestões e reclamações, revelou a autarquia arcuense. Num edital publicado no passado dia 26 de Setembro, a autarquia apresenta os resultados da discussão pública do documento, que decorreu entre Setembro do ano passado e Abril deste ano.

Segundo a autarquia foram apresentadas 454 sugestões e reclamações, das quais 230 sugestões foram atendidas.

Das reclamações

apresentadas e consideradas válidas 46 eram relativas a questões de ordenamento do território e 184 diziam respeito a questões no âmbito do regulamento.

Ainda segundo a autarquia as restantes 224 reclamações não foram atendidas por comportarem situações que não se enquadram nas competências do Município, uma vez que corresponde a restrições e servidões da exclusiva responsabilidade das entidades com tutela.

No edital camarário a autarquia considera que o "Município deu provimento à generalidade das sugestões e reclamações que dependiam exclusivamente da sua esfera de competências".

04 Outubro 2007 24 ARCOS DE VALDEVEZ
Autarca considera que “críticas não têm pés nem cabeça"
Intervenção no Solar novamente algo de críticas

Câmara consigna obras de abastecimento de água

Abastecimento de agua vai ser ampliado

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez consignou a empreitada de ampliação do abastecimento de água ao sector nascente de Arcos de Valdevez adjudicada por quatrocentos mil euros.Esta obra tem um prazo de execução de cento e vinte dias e abrange as freguesias de Ázere, Grade e Vale, e inclui o reforço do sistema de abastecimento nas freguesias de Oliveira e de S. Jorge.

Numa primeira fase foram edificados um re-

servatório, duas estações elevatórias, oito quilómetros de condutas de distribuição e cinco de adução.

Agora, a autarquia consignou os trabalhos relativos a dezassete quilómetros de condutas distribuidoras, uma estação de pressurização, duzentos ramais domiciliários, sete redutores de pressão e câmaras de perda de carga, seis marcos de incêndio e outros acessórios e órgãos diversos.

Em fase de concurso está agora a empreitada relativa ao sistema que diz respeito aos lugares de Mezio, em Carralcova, e

Centro Português de Caracas irá receber Festa Minhota

Vilarinho das Quartas e Vilar Suente, em Soajo. De acordo com o líder do município arcuense, Francisco Araújo, estas empreitadas inseremse num conjunto mais vasto de investimentos que a autarquia tem feito no que concerne ao abastecimento de água e ao saneamento básico , investimentos estes que rondam os seis milhões de euros. O principal objectivo destes trabalhos é aumentar a taxa de atendimento aos munícipes e assegurar a qualidade do serviço prestado quer na distribuição de água quer de saneamento.

Festa Minhota na Venezuela

Uma vez mais a comunidade minhota vai realizar a Festa do Minho na Venezuela. Este será já o terceiro convívio que será realizado no salão nobre do Centro Português de Caracas, em terras de Simon Bolívar, no dia 24

de Novembro de 2007.

A festa do Minho é um jantar-convívio com espectáculo de artistas ao vivo. O objectivo é procurar lembrar as tradições minhotas aos filhos lusovenezulanos e também ser um ponto de encon-

tro e união da comunidade Portuguesa radicada na Venezuela que pretenda estar presente neste evento. Na festa do Minho, a comissão organizadora procura sempre que, no final do evento, haja saldo positivo para ser doa-

do a uma instituição de beneficência na Venezuela, dedicada aos portugueses.

O ano anterior foi escolhido o lar da terceira idade padre Joaquim Ferreira dos Teques. Este ano, novamente, a comis-

são irá escolher uma instituição a ser beneficiada.

Estarão presentes artistas convidados, tais como o cantor internacional da diáspora portuguesa, o Chico Avila residente na CalifórniaUSA. Actuará também o

PCP diz que habitantes dos parques naturais é discriminada

Populações devem ser compensadas

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa defendeu no Soajo, Arcos de Valdevez, que "as populações dos parques e reservas naturais devem ser compensados pela discri-

minação a que estão sujeitos"."Tenho ouvido aqui muitas queixas dos residentes nesta zona do Parque nacional da Peneda-Gerês, que se sentem discriminados em relação

a outros concelhos e regiões, por viverem numa reserva sem que o Estado lhes dê contrapartidas visíveis", afirmou. O dirigente partidário falava aos jornalistas no âmbito de

uma deslocação que hoje fez à vila do Soajo, concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo para auscultar o sentir das populações que vivem no interior do Parque Nacional da PenedaGerês, o único do país. Acompanhado dos responsáveis da junta de freguesia e de militantes da Organização regional de

Viana do Castelo do partido, Jerónimo deslocouse quer à vila quer a aldeias vizinhas.O líder dos comunistas portugueses disse que a manutenção das áreas protegidas é de interesse vital para o país, dados os valores ambientais e humanos que preserva, mas acentuou que as reservas não podem ser mantidas à custa do sacri-

grupo folclórico Os Lusíadas, a orquestra Klasse, Celeste Moreira Y Sílvio Show.

Na ementa haverá rojões à minhota com bufette variado, vinho verde Aveleda e Whisky 12 anos.

fício exclusivo dos residentes. "Seja nas indemnizações dos ataques dos lobos, seja na implantação de estruturas de energia eólica, seja, ainda, nas restrições ao uso do solo e da floresta ou de tipo urbanístico, as populações têm de ser compensadas", afirmou. Jerónimo Sousa disse que a visita à região - que faz fronteira com a Galiza - servirá, ainda, para recolher opiniões e propostas para a próxima Conferência Nacional do PCP. Lusa

04 Outubro 2007 25 ARCOS DE VALDEVEZ
Oliveira, S. Jorge são duas das localidades contempladas Redacção praca.local@maisactual.pt

Equipa vence por 8-0

Vianense goleia Morais

quipa minhota.

A equipa de Viana do Castelo está agora no segundo lugar da tabela classificativa, com oito pontos, logo abaixo do Vieira, com 12. Seguemse o Mirandela, com oito pontos, o Marinhas, com sete, o Joane e o Vidago, com seis, o Mondinense e o Macedo de Cavaleiros,

com cinco, o Prado e o Amares, com quatro, o Morais Futebol Clube, o Brito e o Valenciano, com três e o Bragança, com dois. A equipa vianense vai agora jogar fora, contra o Vieira, num jogo marcado para o próximo dia 07.

Ainda na terceira divisão, mas série B, 4ª Jor-

nada, o Nogueirense bateu o Rebordosa, por uma bola a zero, num jogo disputado também no passado domingo, dia 30.

A equipa fica assim em oitavo lugar na tabela, liderada pelo Amarante. O próximo jogo, está agendado para dia 07 e é contra o terceiro classificado, o Padroense.

O Vianense voltou às vitórias. No passado dia 30, a equipa de Viana do Castelo bateu o Morais Futebol Clube, estreante na III Divisão, por oito bolas a zero e parece ter esquecido assim a derrota sofrida na Taça de Por-

tugal, frente ao Moreirense.

O marcador foi inaugurado com um auto-golo aos 44 minutos, é Marco Alexandre que aumenta a vantagem através da marcação de uma grande penalidade.

Mas a segunda parte do jogo é que seria ainda mais favorável para a e-

quipa vianense. Com a expulsão directa de Stigas, no primeiro minuto da segunda parte, o Vianense conseguiu o domínio total da partida, arbitrado por Rui Torres, que não teve uma tarefa muito complicada.

O homem do jogo foi Tchide, que marcou três dos oito golos da e-

Espaço do IPVC quer cativar mais público

Centro Desportivo aposta em novas modalidades

O Centro Desportivo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, (IPVC) já organizou o calendário de actividades para este ano lectivo. Com iniciativas voltadas cada vez mais para a sociedade, o centro decidiu apresentar algumas acções que vão ser desenvolvidas pela primeira vez.

Assim, prevê-se a concretização de uma "Taça de Paintball", da "I Corrida de Karting", do "I Norte Cup7", do "I Torneio de Futebol de Praia", do "Caloirão de Praia", da "V Taça do IPVC", da "descida do Rio em Canoagem", do "V Dia Des-

portivo" e ainda do "II Torneio de Voleibol de Praia".

Estas são actividades dirigidas aos estudantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, mas acima de tudo pretende chamar a atenção da população em geral.

"Este é um objectivo do Centro Desportivo, pois pretendemos cada vez mais abrir as nossas portas à comunidade", referiu Joel Pereira, coordenador do espaço. Para alcançar este objectivo, o centro assinou diversos protocolos com associações desportivas e culturais, que permitem o in-

tercâmbio de actividades.

Ginásio muito procurado

O Centro Desportivo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo está instalado no edifício dos Serviços Académicos e permite a prática de diversas actividades físicas, tanto pelos estudantes como pela população em geral.

Nos últimos tempos tem vindo a apostar numa campanha de divulgação do espaço, para que este possa ser cada vez mais frequentado. A pensar nisso, lançou agora uma campanha de abertura do

ano lectivo, onde oferece 50 por cento de desconto para uma anuidade no acto da inscrição.

O ginásio é a parte mais frequentada do espaço, com ais de uma centena de pessoas por mês. Números que agradam aos responsáveis, que já começam a pensar na implementação de modalidades novas como a capoeira, por exemplo.

"A aceitação tem sido bastante boa. Mensalmente temos uma centena de pessoas, muito embora o número possa oscilar, dependendo da época do ano", acrescentou Joel Pereira.

O centro desportivo foi criado com o intuito de dar resposta a um tipo de solicitações, "nomeadamente elevar os níveis de qualidade de vida dos alunos e da comunidade académica", disse ainda o

responsável pelo espaço.

"Ao longo dos anos tem vindo a reforçar a sua actividade, com um ginásio, onde estudantes e comunidade podem ter acesso a diversas actividades", concluiu.

04 Outubro 2007 26 DESPORTO
L
énia Rego enia.rego@maisactual.pt IPVC aumenta oferta desportiva

Bicicletas todo-o-terreno participam em prova de Downhill

Monte de Carreço descido a alta velocidade

Meia centena de amantes do BTT - Downhill juntaram-se nos passados dias 29 e 30 na freguesia de Carreço, Viana do Castelo, para participar numa prova a contar para o Campeonato Regional da Associação de Ciclismo do Minho. Os atletas passaram um dia a treinar e depois participaram em duas mangas, todas elas cheias de descidas que conseguiram dar um maior interesse à prova, que decorreu na baixa vertente do monte de Carreço.

Num percurso de 1400 metros, os amantes da modalidade mostraram acrobacias que encheram os olhos dos espectadores,

que conseguiram apreciar a velocidade vertiginosa e saltos magníficos efectuados pelos participantes.

As bicicletas todo-oterreno desceram o monte a toda a velocidade e em pouco mais de três minutos completaram a etapa, em pistas usadas para o efeito, sem ter sido feita qualquer intervenção para modificar o terreno.

"Durante o percurso as pessoas não se aperceberam muito do que se passava. Mas foi dado especial relevo à parte final, com uma série de saltos e a terminar num salto vistoso", referiu António Moreira, presidente da Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço. Nesta freguesia ainda são poucos os pratican-

tes desta modalidade. Mesmo assim, este não foi motivo suficiente para que esta prova não tivesse conseguido todo o interesse associado a este tipo de competições.

"Os praticantes de Carreço são poucos, mas estão presentes os melhores praticantes a nível nacional, pois o Campeonato Nacional já terminou e os praticantes estão mais libertos", acrescentou.

O mau tempo acabou por fazer com que a prova perdesse um pouco o interesse e as participações ficassem aquém das expectativas. Eram esperados 150 participantes, mas participaram apenas 50.

"O S. Pedro não esteve connosco. Em termos

Equipa disputou provas com mais de 60 clubes

de prova correu tudo muito bem, mas houveram equipas que chegaram ao local da prova e não participaram porque a noite de sábado para domingo foi terrível e ficaram raí-

zes à vista pelos trilhos onde os atletas iam passar", referiu António Moreira.

No final da prova foram atribuídos prémios aos três primeiros classi-

ficados de cada escalão, às três equipas melhor classificadas e foram ainda atribuídas placas personalizadas da associação para os 100 melhores classificados.

Náutico de Ponte de Lima sagrou-se campeão nacional

O Clube Náutico de Ponte de Lima sagrou-se campeão nacional por clubes.

Depois de ter realizado a última prova do Campeonato Nacional de Clubes, o Náutico sagrouse Campeão Nacional, "um feito histórico, já que o melhor resultado até então conseguido por este clube, foi o terceiro lugar neste ranking", disse fonte do clube. O campeonato é constituído por 20 provas, distribuídas entre Campeonatos Nacionais e Taças de Portugal, mas interessavam apenas as pontuações das 14 melhores.

A equipa de Ponte de Lima nem sequer participou nestas 14 provas, pois conseguiu bons resultados

e sagrou-se campeão com 13 provas, num total de 618 pontos. O segundo lugar foi ocupado pelo Clube Náutico de Prado, com 539 pontos e o terceiro, pelo Clube Náutico de Crestuma, com 461 pontos. A equipa limiana te-ve que medir forças com 65 clubes provenientes de todas as regiões do país.

Clube vence cinco campeonatos

Este foi um bom ano para o Náutico de Ponte de Lima, que venceu quatro dos cinco campeonatos nacionais em que participou. A primeira vitória deu-se no campeonato Nacional de Fundo, onde

participaram 15 atletas. A equipa limiana venceu com 1751 pontos, seguida do GCDR Gemeses, por 103 pontos e pelo Liga Dura-Cec, com 1371 pontos. No Campeonato Nacional de Maratonas, em Prado, a equipa não conseguiu o primeiro lugar, mas ainda chegou ao terceiro. Quanto aos resultados do Campeonato Nacional de Esperanças, constituído por três provas, o Náutico venceu colectivamente as três provas e sagrou-se Campeão nacional por equipas. Em termos individuais, teve Campeões Nacionais em quase todas as categorias. No Campeonato Nacional de Velocidade, em Montemor-o-

Velho, a equipa ganhou títulos em todas as categorias e teve um brilhante triunfo Colectivo.

No Campeonato Nacional dos Torneios Abertos, venceu pelo dobro dos pontos, as três fases zonais pontuáveis para a final, pelo dobro dos pontos do segundo classificado.

Náutico vence três

Taças de Portugal

O Clube Náutico de Ponte de Lima venceu as sete provas a pontuar para as Taças de Portugal de três especialidades, como Taça de Pista, Taça de Maratona e Taça de Portugal de Tripulações.

Na Taça de Pistas venceu com 1592 pontos, enquanto que na Taça de Portugal de Tripulações conseguiu 806. De resto, lidera o ranking de medalhas, ao ter alcançado 19 medalhas de ouro, mais uma que a Associação Naval Amorense e mais duas que o Clube Náutico de Prado.

04 Outubro 2007 27 DESPORTO
Amantes do BTT juntaram-se em Carreço

Uma vida ligada ao desporto em Vila Praia de Âncora

A paixão pelo futebol surgiu cedo, quando jovem começou a jogar.

Apesar de meio triste com o futebol que se pratica actualmente, Humberto Presa Gomes, presidente do Centro Cultural e Desportivo Ancorensis, garante que essa paixão que convive com ele no seu dia a dia só morrerá quando ele próprio partir.

Um percurso de vida que sempre o manteve ligado à prática desportiva, quer como atleta, quer como dirigente, em Vila Praia de Âncora.

Com 60 anos e agora ocupando um cargo que o coloca fora do campo de jogo para jogar nos "relvados" da politica, como presidente de Junta de Freguesia, Humberto Presa Gomes admite: "esta paixão já vem de família. O meu pai já estava ligado ao desporto". Tudo começou "no tempo da escola primária e do liceu, em que como desporto, só se jogava à bola, que nesses tempos era de farrapos", relembra.

Depois o "vício" do futebol cresceu com ele. Foi jogador fundador do Ancora Praia, clube que tinha o seu pai como dirigente. A importância do futebol era de tal forma evidente na família que foi ela própria que construiu o campo. "Lembro-me de ter ficado a trabalhar com o meu pai até à meia-noite". Depois quis o destino que a separação da família com o clube viesse a acontecer. Nessa altura Humberto Presa Gomes acabaria por fundar o Ancorensis. "Começamos pelo atletismo e fomos o

primeiro clube a ter hóquei em patins e chegámos a ter judo", recorda os primeiros passos do novo clube. Com o passar dos anos "não foi possível manter todas as modalidades e algumas foram substituídas por outras, porque nunca ficamos parados". Neste momento existem secções de ciclismo, atletismo, futebol de salão, pesca desportiva e motociclismo.

Apesar da variedade de modalidades praticadas, o futebol continua a ser alvo das maiores atenções, sendo a formação das crianças e jovens, actualmente, a principal prioridade.

"Temos cerca de 130 jogadores nos vários escalões de formação", revela Humberto Presa Gomes.

"A aposta na formação é fundamental, em termos de futuro e dado a situação do país, em que cada vez mais as pequenas colectividades têm di-

ficuldade de obtenção de apoios, não há outra hipótese".

"Ainda há boa vontade, mas há cada vez mais a ideia de quem pratica gosta de ser retribuído de alguma forma", considera o dirigente apontando assim uma das dificuldades dos clubes, pois nem "sempre a obtenção de re-

ceitas é fácil".

Tendo em conta essa perspectiva, Humberto Presa Gomes, tem um projecto para o clube: "formar jovens que admitam a hipótese de jogar por amor à causa, ao clube e à terra. É essa a meta. A ver se conseguimos".

Para isso conta com uma equipa composta por

um "coordenador e cerca de meia dúzia de técnicos, professores de educação física que estão a orientar os miúdos".

São estes os responsáveis pela criação da harmonia que tem de existir entre os jovens jogadores e os formadores, o que nem sempre é tarefa fácil pois "os miúdos agora são muito reguilas, imitam os tiques dos grandes jogadores e vêm muito influenciados", diz com ar sorridente o dirigente desportivo.

Mas não são só os miúdos que mudaram, na perspectiva de Humberto Presa Gomes. Também o próprio futebol mudou.

"O futebol agora é completamente diferente, com muita táctica, jogando-se para o resultado e defendendo muito. Antigamente jogava-se futebol pelo futebol" analisa reconhecendo que "actualmente o futebol o entristece".

Mas nada que faça ensombrar a sua paixão ou que o faça hesitar nas suas convicções e objectivos. Exemplo disso é a "garra" que coloca naquilo que

considera ser uma empreitada fundamental para o clube: a colocação de relva sintética no campo de jogos.

"Fizemos o projecto, arranjamos uma empresa, um estudo com números, dados, condições e até financiamentos, se for necessário, de bancos.

Entregámos esse projecto à Câmara Municipal de Caminha e estamos a aguardar agora uma resposta", anuncia o presidente do Ancorensis mostrando a sua esperança em que "a autarquia esteja agora mais sensibilizada."Abdicamos dos seniores para poder fazer essas obras. O sintético depois de instalado praticamente se irá pagar a ele próprio, pois seria rentabilizado com outras equipas que poderiam vir treinar aqui".

Da mesma forma, a existência do relvado seria mais apelativo para os jovens do concelho, que "assim estariam ocupados saudavelmente, numa actividade desportiva, em vez de andarem por outros caminhos". Quanto ao futuro do futebol no concelho não faz adivinhação mas considera que "na sua maneira de entender o desporto, a existência de dois clubes em Vila Praia de Âncora é benéfico", sem deixar de admitir, no entanto que "se houvesse uma união centralizada entre os dois clubes e outra entidade, possivelmente a câmara municipal, haveria a possibilidade de existir um bom clube em todas as categorias, dada as infra-estruturas que conjuntamente temos".

Do futuro Humberto Presa Gomes apenas tem uma certeza: a paixão pelo futebol só morrerá quando ele próprio partir.

04 Outubro 2007 28 DESPORTO
Uma paixão de família
Percurso profissional de Humberto Gomes esteve sempre ligado à prática desportiva ilena Matos praca.local@maisactual.pt M

Equipa feminina saio derrotada por um ponto

CRAV perde frente ao Vigo

As esquipas sénior e feminina do Clube de Rugby de Arcos de Valdevez (CRAV) estiveram no passado dia 28 de Setembro, no primeiro jogo de preparação para próxima época, frente às congéneres de Vigo, as mais fortes equipas da Galiza e umas das melhores de Espanha.

" Foi o primeiro jogo da Época, serviu mais para fazer uns ajustes ", argumentou Americo Gomes, treinador do CRAV feminio, lamentado por um lado o resultado obtido, de 19-20, e por outro felicitando a sua equipa pelo " bom " trabalho desempenhado.

" O resultado neste momento não é o mais importante" referiu o treinador, sendo que o "fundamental é melhorar o nível técnico da equipa e o aumento do número de jogadoras".

Para tal a equipa feminina CRAV procura maioritariamente jogar

CRAV defronta novamente o Vigo no proximo dia 20 De Outubro

com a vizinha Galiza, estando o próximo jogo agendado para 20 de Outubro, em Vigo e perspectivando-se já encontros com a equipa da Corunha.

Quanto à equipa do CRAV sénior, existe uma

grande expectativa em relação ao trabalho a desenvolver por José Luís Vareta que foi convidado, pela direcção do clube, a reforçar a equipa técnica da equipa sénior do CRAV, já constituída por Pedro Aguilar e João

Pedro Azevedo.

Oriundo do Porto, José Luís Vareta é uma figura incontornável do Rugby português, tendo sido um dos melhores médios de abertura da sua geração.

Enquanto jogador

Arcos de Valdevez recebeu Campeonato Nacional de SuperCross

ele passou, nos primórdios do clube, um par de anos por Arcos de Valdevez, tendo sido peça fundamental na melhoria da qualidade de jogo e ajudando catapultar o CRAV para o patamar do Rugby português.

Público aderiu em massa

O Moto Clube de Ar-cos de Valdevez organizou mais uma grande prova do motociclismo nacional, recebendo a sexta e penúltima temporada do Campeonato Nacional de Supercross na pista do Paço de Giela.

A noite estava agradável e o público aderiu em massa a mais uma fantástica prova com motos a voar naquela que é considerada pelos especialistas uma pista espectacular.

O recinto encheu com visitantes oriundos

um pouco de todas as localidades e fãs da modalidade.

Com 33 pilotos seniores, a prova teve um arranque fulgurante que deixou o público presente de boca aberta.

A perícia dos pilotos associada à espectacularidade da pista fez deste evento um dos mais marcantes de todos os organizados pelo Moto Clube de Arcos de Valdevez.

As motos rasgaram a terra e os céus do Paço de Giela, com a presença do

histórico monumento que tantas batalhas, testemunhou ao longo dos tempos. Mas o melhor das corridas aconteceu por volta das 23:30, com a tão aguardada Super-Final Elite.

Após o arranque, Hugo Santos, campeão nacional em título, mas que este ano ainda não tinha mostrado o seu valor, arrancou na frente para nunca mais largar o comando, alcançando, assim, a sua primeira vitó-

ria da temporada que termina já no próximo dia 25.

Depois de Paulo Gonçalves ter dado espectáculo ao vencer as provas anteriores, eis que sofre uma queda na Super-Final, juntamente com o seu rival no campeonato, Henrique Venda, e ficaram relegados para os últimos lugares.

Mesmo assim conseguiram o 2º e 3º lugares, respectivamente, o que dá uma vantagem de 4 pontos a Paulo Gonçal-

Muitos serão os que se recordam dos grandes jogos de Rugby a que se assistia então em Arcos de Valdevez, com uma equipa que, para além de Vareta, contava com nomes como o de Júlio Faria, Gil Gonçalves, Néné, Alfredo Lago, Armindo, Helder, Luís Menina, entre outros. O clube espera que, enquanto treinador, José Luís Vareta contribua com a sua experiência para a evolução desta geração de jogadores que, na actualidade, formam já uma das melhores equipas do Rugby Português. Devido à participação da Selecção Portuguesa de Rugby no Campeonato do Mundo, o campeonato nacional começa apenas a meados de Novembro. No entanto, o início do campeonato pode ser já decisivo para o desenrolar da prova, uma vez que o CRAV defronta já nas duas primeiras jornadas dois dos favoritos à vitória da competição: Técnico de Lisboa (despromovido da divisão de honra) em casa, e Lousã fora.

ves em relação a Henrique Venda no campeonato nacional, pilotos que ocupam os dois primeiros lugares na classificação Elite.

Conjuntamente com as classes de topo da modalidade (SX) decorreu o Troféu Nacional de SuperCross em iniciados, que nesta jornada de Arcos de Valdevez colocou em prova 9 pilotos da qual Duarte Claro aos comandos da sua KTM 85 cm3 se sagrou campeão nacional do respectivo troféu.

De salientar a participação do jovem piloto arcuense Carlos Moreira que com apenas 7 anos de idade não teve qualquer tipo de receio em participar nesta prova em todos os concorrentes apresentavam idades superiores a 10 anos. A Federação Nacional de Motociclismo no final do evento deu os parabéns ao Moto Clube de Arcos de Valdevez pela excelente organização deste evento de topo do motociclismo nacional.

04 Outubro 2007 29 DESPORTO
M
ilena Matos praca.local@maisactual.pt

Grupo actua a 10 de Outubro

Clã na Casa das Artes

A Casa das Artes, em Arcos de Valdevez, tem vindo a habituar o seu público com grandes nomes da arte e da música. Uma vez mais, para não fugir a regra, o espaço irá receber a 10 de Novembro os Clã. O grupo português irá passar pelo Alto Minho para apresentarem o seu novo álbum intitulado "Cintura". A digressão nacional do grupo inicia-se a 4 de Outubro no Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre passando por Póvoa de Varzim, Aveiro, Torres Novas, Guarda, Barcelos, Vila Real, Alcobaça, Bra-

ga, Faro e Figueira da Foz. "Este álbum é uma consequência do `Rosa Carne´ e é também muito feminino, embora mais afirmativo e solto", descreveu o guitarrista dos Clã, Hélder Gonçalves. Apesar deste novo álbum ter sido composto sobretudo por homens, é a voz de Manuela Azevedo que lhe dá a característica feminina, tal como no álbum anterior "Rosa Carne". "Cintura" apresenta 12 temas, com a maioria das músicas compostas por Hélder Gonçalves a partir de letras escritas por vários convidados, quase todos repetentes de registos discográficos anteriores. Carlos Tê é o que contribui

mais para o álbum, a ele se juntando o brasileiro Arnaldo Antunes, Adolfo Luxúria Canibal e Regina Guimarães, que participaram em "Rosa Carne".Se "Rosa Carne" era mais introspectivo, por culpa de arranjos mais densos e complexos, "Cintura" tem menos orques-trações e mais pormenores sonoros que transmitem mais luminosidade e des-contracção.

"É como se a mulher que existia nas canções de `Rosa Carne´ saísse do quarto e se aventurasse, mas com uma certa maturidade", comparou Hélder Gonçalves.

Manuela Azevedo continua a ser o pilar na

colocar legenda

interpretação das canções, ajudada em dois temas por Fernanda Takai, do grupo brasileiro Pato Fu, e Paulo Furtado, dos

Teatro Sá de Miranda recebe fadista no dia 4 de Outubro

Wraygunn.

"Cintura" é o quinto álbum dos Clã e a música nele contido "reflecte aquilo que os Clã foram

Ana Laíns em Viana do Castelo

A cantora Ana Laíns, irá pisar o palco do Teatro Sá de Miranda, a 4 de Outubro. A sua digressão inicia-se em Pombal, passando assim por cinco palcos nacionais um dos quais o de Viana do Castelo, onde fará a apresentação dos mais recentes temas do seu novo álbum "Sentidos".

Pisou o palco pela primeira vez aos seis anos, mas só mais tarde é que Ana Laíns tomou consciência da importância que a música tem na sua vida.

Em 1999 confirma e revigora o sonho de construir uma carreira ao ser galardoada com o primeiro prémio da Grande Noite do Fado de Lisboa.

"Não sou fadistainsistiu - nem nunca afirmei que o fosse. Comecei por cantar fado no Ribatejo, de onde sou natural mas fui descobrindo outras músicas e é nesse entendimento musical, que passa muito pela música tradicional, que me compreendo".

No decorrer do seu percurso empresta a voz a variados projectos, nas mais diversas áreas, como o jazz ou a bossa nova.

Porém, ainda que considere todas estas experiências determinantes na sua evolução, é com o Fado e com a música tradicional portuguesa que a cantora melhor exprime toda a verdade do seu EU.

Mas 2006 foi o ano de "Sentidos", o álbum de estreia que lhe valeu o apoio da crítica que a considerou uma das maiores revelações desse ano. "Sentidos" foi o passaporte para outros voos e os concertos além fronteiras começaram a acontecer. Aos 22 anos já tinha arrebatado plateias em países como França, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e

Estados Unidos. "Nesta digressão procurarei mostrar aquilo que quero fazer e cuja base de sustento é o fado mas passa pela música tradicional portuguesa", explicou.

O espectáculo é uma viagem que tem como porto seguro o Fado, viajando pelas principais influências da cantora, com especial destaque para a música tradicional portuguesa. Ana não o faz com a pretensão de modernizar o Fado, mas considera esta abordagem como a única forma de ser fiel à sua verdade, aos seus "sentidos"...

aprendendo" ao longo dos últimos três anos, das experiências paralelas de Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves nos Humanos. Registado num ambiente informal e caseiro no estúdio "O nosso gravador", propriedade da banda, "Cintura" apresenta, segundo Hélder Gonçalves, vários níveis de interpretação. "É de facto uma palavra feminina que associamos às mulheres; tudo roda à volta da cintura. Há o jogo de cintura que impele as pessoas a fazerem qualquer coisa. Há muitas leituras", referiu o guitarrista.

A dúzia de temas do novo álbum dominará os próximos concertos da banda, num alinhamento que passará também pelos registos anteriores, mas com arranjos que se ajustem a "Cintura".

Em palco Ana Lains interpreta temas dos seus autores preferidos, como Florbela Espanca e António Ramos Rosa, ou de amigos como é o caso de Tiago Torres da Silva e Helder Moutinho. Faz-se acompanhar por um quinteto de grandes músicos: Paulo Loureiro (acordeão), Eurico Machado (guitarra portuguesa), Marco André (viola), Nuno Oliveira (baixo), Ricardo Mota (violoncelo).

"Sentidos" recolheu elogios da crítica musical, nomeadamente da revista Songlines, que salientou, na sua edição de Janeiro

último, o "exercício" da cantora no domínio da "canção contemporânea" e descreveu o álbum como "absolutamente contemporâneo, sem dúvida um grande e promissor começo". Para esta revista britânica "Sentidos" é um sinal da "pujança da cena musical portuguesa".

A revista espanhola World Music, por seu lado, realçou a "maturidade" do álbum, apesar da juventude da intérprete.

Na Grécia, no Clube Half Note, em Atenas, foi apresentada como "uma diva do fado diferente".

04 Outubro 2007 30 CULTURA
Pub
ilena Matos praca.local@maisactual.pt
M
ilena Matos praca.local@maisactual.pt M

É bom rir...

P: Qual é o quarto mandamento dos alentejanos?

R: Descanse de dia para domir à noite!

O que dizem os astros

CARNEIRO

21 de Março a 20 de Abril

Tente controlar emoções e actuar dentro de parâmetros rígidos e com gestos contidos.

TOURO

21 de Abril a 21 de Maio

Irá estar repleto de afectos e carinhos, passará por emoções intensas em todos os sectores da sua vida, não poderá queixar-se de monotonia.

GÉMEOS

22 de Maio a 21 de Junho

Os familiares poderão agravar uma situação já que darão conselhos pouco adequados.

CARANGUEIJO

22 de Junho a 22 de Julho

Uma nova relação pode iniciar-se mas não deve levar muito a sério, vá com calma em novos conhecimentos.

LEÃO

23 de Julho a 23 de Agosto

Algumas ligações mais recentes não terão grandes desenvolvimentos futuros.

VIRGEM

24 de Agosto a 23 de Setembro

Tudo o que pretender dizer, deve ser falado de forma directa e clara.

BALANÇA

24 de Setembro a 23 de Outubro

Estará serena, terá o controle das suas emoções e não será difícil absorve-se dos acontecimentos.

ESCORPIÃO

24 de Outubro a 22 de Novembro

Vão surgir novas possibilidades de cariz positivo. Dê mais força às demonstrações afectivas.

SAGITÁRIO

23 de Novembro a 21 de Dezembro

A vida sentimental vai deixá-lo agradavelmente surpreendido.

CAPRICÓRNIO

22 de Dezembro a 20 de Janeiro

Nada pode passar em claro ou sem que defina o que se quer. Tome as suas decisões com muita consciência.

AQUÁRIO

21 de Janeiro a 19 de Fevereiro

Terá forte de grande poder de acção, conseguirá reforçar as suas posições pessoais. Uma nova relação está muito favorecida.

PEIXE

20 de Fevereiro a 20 de Março

Deixe que tudo flua, o tempo fará com que tudo se encaixe da melhor forma. Retribua todos os gestos carinhosos.

Livros

Agenda És o meu Segredo

de Tiago Rebelo

Tomás Arruda, o actor português mais famoso da actualidade está de regresso a Lisboa depois de ter conquistado Londres e Hollywood. Em Portugal reencontra duas irmãs: uma, uns anos mais velha que ele, de quem recorda um intenso romance de férias no Algarve, a outra, a irmã mais nova por quem nutre uma afeição especial e inesquecível. Um terrível segredo e um turbilhão de acontecimentos e de sentimentos vão condicionar o seu reencontro e mudar, para o bem e para o mal, as vidas destas três almas unidas por um destino comum."És o meu segredo" é um turbilhão de emoções que se lêem, página a página, com o coração apertado, desejando um final feliz para todas as personagens mas sem se deixar de ter a secreta sensação de que isso nem sempre é possível.

Trata-se de um romance com uma profundidade e uma densidade psicológica impressionante, onde as emoções são levadas ao extremo da racionalidade humana.

Realização: Matthew Vaughn

Apaixonado, o jovem Tristan faz uma promessa à rapariga mais bela da aldeia, cujo coração ele sonha conquistar: promete trazer-lhe uma Estrela Cadente, mesmo que para isso tenha de cruzar os muros proibidos e entrar num reino misterioso e mágico. Em Stormhold, esse mundo fantástico, Tristan percebe que a Estrela Cadente é afinal uma bela jovem que é perseguida por causa dos seus incríveis poderes pelos três filhos vivos (já para não falar nos fantasmas dos quatro filhos mortos) do Rei e pela Bruxa Lamia, que precisa dela para recuperar a juventude e beleza. Decidido a proteger a Estrela, Tristan enfrenta fantásticas aventuras em que descobrirá o sentido do amor.

Sabia? Sabia? Sabia? Sabia? Sabia?

Veneno de aranha pode ser solução para impotência

O veneno de algumas espécies de aranhas, que provoca erecções prolongadas, pode ser usado como tratamento contra a impotência. A informação foi dada nesta quinta-feira pelo hospital Rambam de Haifa, Israel. "Observações empíricas demonstraram que o veneno de três tipos de aranha - a viúva negra, a atrax e a phoneutria nigriventer, originária da América Latina -, provoca sistematicamente erecções prolongadas", disse o chefe do departamento de neuro-urologia do hospital israelense, Yoram Varadi.

Três médicos desse departamento iniciaram, há seis meses, um estudo sobre um possível uso do veneno contra a impotência, destacou. Por enquanto, "estamos em uma fase de reflexão. Será preciso fazer estudos durante pelo menos dois ou três anos antes de sabermos se o tratamento poderá ser comercializado", acrescentou Varadi. O veneno age no sistema nervoso, ao contrário do medicamento contra a impotência Viagra, que provoca a dilatação das artérias. Segundo o especialista, a substância, que pode ser mortal, tem antídotos. Por isso, seria possível utilizá-la em pequenas doses com fins terapêuticos.

Um estudo encomendado pela rede de livrarias britânicas Borders reforçou o ditado "mente sã, corpo são". O ato de ler já gasta algumas calorias, porém o estudo comprovou que ao ler livros de acção, sexo e suspense, a taxa média de calorias que são gastas dobra.

Isso se dá ao fato de que livros ligados a esses temas provocam a produção de adrenalina, uma hormona que prepara o corpo para situações de stress, reduzindo o apetite e queimando calorias.

A pesquisa ainda cita os livros que geram mais adrenalina, ou seja, que mais emagrecem. Encabeçando a lista está "Polo", de Jilly Cooper, que provoca a queima de 1,1 mil calorias (equivalente a um Big Mac), seguido do famoso "Código da Vinci", queimando 855 calorias (uma barra de chocolate). Ainda estão na lista dos mais "diets", títulos como "O Exorcista" de William Blatty e "O Iluminado" de Stephen King.

Telefones Úteis

Caminha Bombeiros Voluntários...................258 719 500 Câmara Municipal...........................258 710 300 Centro de Saúde.............................258 719 300 G.N.R.............................................258 719 370

04 Outubro 2007 31
PARQUE DE DIVERSÕES
Bombeiros Voluntários...................258 484 311 Câmara Municipal...........................258 480 180 Centro de Saúde.............................258 482 134 G.N.R.............................................258 452 141 Bombeiros Voluntários..................258 520 300 Câmara Municipal.........................258 520 500 Centro de Saúde...........................258 520 120 G.N.R.............................................258 521 510 Arcos de Valdevez Ponte da Barca Bombeiros Voluntários....................258 909 200 Câmara Municipal...........................258 900 422 Centro de Saúde.............................258 909 280 G.N.R................................................258 900 240
de Lima Viana do Castelo Bombeiros Voluntários...................258 800 840 Bombeiros Municipais....................258 840 400 Câmara Municipal..........................258 809 300 Centro de Saúde...........................258 806 880
Ponte
Esposende Bombeiros Voluntários...................253 969 110 Câmara Municipal...........................253 960 100 Centro de Saúde.............................253 969 740 G.N.R.............................................253 966 233
Cinema Stardust - O Mistério da Estrela Cadente

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