Usos e Costumes 18
GRANDE-REPOR GRANDE-REPOR GRANDE-REPOR GRANDE-REPOR GRANDE-REPORT T T TA A A AGEM GEM GEM GEM GEM Quaresma e P·scoa recordadas pelos povos
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S„o m S„o m m uitas as tr as tr uitas as tr as tr adiÁıes que mar adiÁıes que mar adiÁıes que mar adiÁıes que mar mar cam esta esta cam esta esta
Època da Quaresma e da P·scoa. Um pouco
Època da Quaresma e da P·scoa. Um pouco
Època da Quaresma e da P·scoa. Um pouco
Època da Quaresma e da P·scoa. Um pouco e P·scoa. Um pouco por todo o lado mistur por todo o lado mistur por todo o lado mistur por todo o lado mistur lado a-se a triste a-se a triste a-se a triste a-se a triste triste za com za com za com za com a ale a ale a ale a ale a g g g g ria na altur ria na ria na altur ria na a de r a de a de r a de ecor ecor ecor ecor ecor dar a Mor dar a Mor dar a Mor dar a Mor te e te e te e te e te R R R R Ressur essur essur essur rr rr eiÁ„o de J de J eiÁ„o de J de J esus Cristo esus Cristo esus Cristo esus Cristo esus Cristo... As cerimÛnias As cerimÛnias As cerimÛnias As cerimÛnias e festas multiplicam-se por todo o Alto e festas por todo o Alto e festas multiplicam-se por todo o Alto e festas por todo o Alto e
Minho Minho Minho ,, ,, , par par par par a que o mila a que o mila a que o mila a que o mila que o g g g g g rr e jamais seja e jamais seja e jamais seja e jamais seja jamais seja esquecido esquecido esquecido esquecido esquecido...
LÈnia RegoSão difíceis de contar as tradições que caracterizam a época da Quaresma e da Páscoa.
São períodos vividos intensamente pelos cristãos, que sentem nesta altura o misto da dor da morte de Cristo, com a alegria da sua Ressurreição.
Não há cidade que não recorde esta época com cerimónias como o Domingo de Ramos, a Missa da Paixão, a Ceia do Senhor, as procissões, a Vigília Pascal e o Domingo de Páscoa.
Em todas elas os rituais têm uma maneira própria de se desenrolarem, mas no final, há a mesma Fé em todas as populações.
E tudo começou no Sábado de Ramos.
Em Ponte da Barca representou-se “A Mui Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Tendo com pano de fundo a freguesia de Bravães com a sua igreja Românica, o Auto baseou-se em testemunhos da literatura popular.
Ligaram-se os cinco palcos onde correu durante duas horas o “último” dia de Jesus Cristo na Terra. Da inveja dos Judeus, à traição de Judas, ao lava-mãos de Pilatos, à morte na cruz depois do milagre que tornou possível a conversão de Longui-
nhos, o soldado romano e a contrição de Dimas o bom ladrão, nada foi esquecido nesta peça de cariz popular, antiga e em verso, quase que ao gosto vicentino, numa antologia de António Manuel Couto Viana.
Encenada por mais de quatro dezenas de actores amadores e sessenta figurantes, conseguiu juntar três gerações em palco.
Na abertura não faltou o tradicional ”Aumentar às Almas”, em muitas terras denominado “encomendar as Almas”.
O Domingo de Ramos é outra data a assinalar nesta época. Nesta altura benzem-se os ramos e em muitos locais realiza-se a Missa da Paixão.
É assim que se assinala a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. É também neste dia que sai para as ruas a Procissão do Senhor dos Passos.
Em Vila Praia de Âncora, Caminha, há a tradição de benzer os ramos feitos de palma, que são oferecidos aos paroquianos pelos Mordomos da Cruz.
Antigamente, os
moços ofereciam-nos às namoradas e os afilhados entregavam-nos aos padrinhos, à espera do folar e das amêndoas. Num domingo diferente, há ainda quem opte por benzer ramos de oliveira, para “cortar o mau-olhado”.
Diz o povo, que pode juntar-se alecrim e rosmaninho, que queimados têm virtudes “defumadeiras”.
Uma tradição que tende a cair em desuso, mas que ainda se mantém na memória de muitos dos que já viveram a Páscoa de outros tempos.