Jornal MaisGuimarães_60

O novo sítio das notícias de Guimarães www.maisguimaraes.pt

Círculo de Arte e Recreio comemorou 77 anos P.16

Festa de aniversário serviu de homenagem a António Xavier e juntou diversos convidados célebres da cidade-berço.

Iluminações de Natal ligam-se para a noite do Pinheiro

P.11

Ao contrário do que sucedeu nos últimos dois anos, no dia 29 de novembro as principais artérias da cidade estarão iluminadas.

MOREIRENSE / P.26

Pepa deixa comando técnico

Primeira experiência do treinador no escalão principal durou pouco mais de três meses, com apenas três vitórias.

Iniciados querem “fazer o melhor possível” na segunda fase

CONQUISTADO

O minuto 118 trouxe a recompensa aos cerca de 5.000 adeptos que apoiaram o Vitória do primeiro ao último minuto. Hurtado assumiu a pele de herói ao marcar o golo que aporou a equipa para os oitavos de final da Taça de Portugal. P.24 e 25

DE MANHÃ, ANDRÉ COELHO LIMA REIVINDICA. À NOITE, CÂMARA ANUNCIA:

Nicolinas vão ser inscritas no Inventário do Património Cultural

PONTOS DE (DES)INTERESSE #07 FÁBRICA DO CAVALINHO P.09

Marcelo Rebelo de Sousa nos 25 anos do Hospital

É a primeira vez que um Presidente da República visita a unidade hospitalar vimaranense P.04 e 05

15 anos de Multiusos de Guimarães

Espaço celebra aniversário com nova imagem e concerto com casa cheia P.16

Semana Europeia da Prevenção de Resíduos na cidade-berço

Só no centro histórico a quantidade de material reciclável aumentou 80% P.06

Nova escola das Taipas sem data de abertura prevista P.07

Processo arrasta-se há quatro anos deixando encarregados de educação impacientes P.13

MARIZA FADISTA VEM ESTA SEXTA-FEIRA AO MULTIUSOS DE GUIMARÃES P.21

O 12º jogador

Neste espaço é inevitável escrever esta semana sobre a imensa paixão com que os adeptos do Vitória vivem o seu clube.

Este domingo à noite, período da semana propício ao recolhimento e ao descanso, cerca de cinco mil rumaram ao Bessa invadindo aquele estádio com o símbolo do Rei. Partiram de Guimarães durante a tarde, preenchendo comboios e ruas de cânticos. E o Domingo só podia terminar em glória.

A receção do Boavista ao Vitória, dois conjuntos que já venceram a prova rainha do futebol português foi o “jogo grande” da quarta eliminatória da Taça de Portugal.

Frente a frente dois antigos rivais (antigos, porque o Boavista foi perdendo esse estatuto perante o clube de Guimarães durante a ultima década), um jogo de grande

Padre Francisco de Oliveira

Uma dor partilhada…

paixão para as duas massas associativas, que não gostam de perder estes duelos nem a “feijões”, e jogadores que tudo fizeram para vencer.

No Bessa, o Vitória apresentava-se desfalcado do seu avançado maliano Marega - melhor marcador da I Liga, com 10 golos -, cuja popularidade caiu a pique no último encontro, e teve claramente nas bancadas o reforço que lhe permitiu avançar no terreno e conquistar a presença na próxima fase da prova.

Evidentemente que há um grande mérito de Pedro Martins e dos seus jogadores, que dentro do campo têm suado a camisola e demonstrado empenho crescente.

Mas é desta combinação de sacrifício e exaltação que se faz um clube único, do tamanho dos sonhos dos seus seguidores.

Haja quem alimente esta paixão.

Sinopse do projeto editorial de “Mais Guimarães – O Jornal”

“Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que privilegia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. / “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. / “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio Agosto de 2015

Mais Guimarães - O Jornal Semanário Tiragem 4.000 Exemplares

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Redação Tiago Mendes Dias Departamento Comercial Eliseu Sampaio

Colaboradores Lénia Rego Rui Dias Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães Ângela

Oliveira António Rocha e Costa Carlos Vasconcelos César Machado Marcela Maia Maria do

Céu Martins Paulo Novais Rui Armindo Freitas Wladimir Brito Fotografia Amadeu Mendes

Cristóvão Pereira Joaquim Lopes Marco Jacobeu

Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Sou cidadão vimaranense, nascido na rua Vila Flor, São Sebastião, Cidade de Guimarães, vulgo “Relho”, a contestar as afirmações do meu prezado amigo e concidadão desta cidade, Amadeu Portilha, à revista Rua. Nascido numa outra rua da minha cidade, desde o primeiro mês de vida até hoje (ano em que celebro os meus 48 anos de vida) resido na rua Egas Moniz, que quando surgiu nos séculos XIII-XIV, aquando da construção do Muro (ou Muralha), foi apelidada de rua Nova do Muro. Situava-se entre a Torre e Porta do postigo (hoje Srª da Guia) e a Porta do Postigo de São Paio (hoje largo Condessa do Juncal e rua do Anjo), tendo pelo meio, nas atuais “escadinhas”, a Porta da Torre Velha. Sendo um novo arruamento, mais arejado e de novas construções à data, numa “cidade” dividida entre o poder do Senhor do Castelo (“Villa de Cima”) e o poder do Dom Prior (“Villa de Baixo”), situando-se na esfera do poder eclesiástico (enfim, a Sé da velha diocese do bispo São Torcato –se Torcato é uma lenda, então Pedro de Rates também o é –que a Reconquista Cristã não recuperou, ou não quis recuperar, para não desagradar aos poderes eclesiásticos instalados em Roma e em Braga), atraiu para si moradores do clero abastado e da emergente burguesia.

Nesta rua, durante todo o século XX, viveram pessoas muito ricas ao lado de pessoas modestas e trabalhadoras, em sã convivência e boa religião. Em frente da casa do Amadeu Portilha, nasceu e viveu o senhor Dom Domingos, fundador das “Oficinas de São José”, e, uma casa depois, o Pe Fernando, e na casa ao lado a família do Sr Caldas, irmão de um ministro de António Oliveira Salazar, e Matos Chaves, e na outra casa ao lado, seus parentes, os avós e família do atual presidente do Vitória Sport Clube, Júlio Mendes, neto da “Chiquita das Passinhas”, e o seu avô, o Sr Alberto, irmão do Pe Joaquim de Serzedo-Guimarães. O Coração de Jesus, do Sr Pinheiro, situava-se junto à “Casa da Rua Nova”, que no meu tempo de menino chamávamos de “Casa de Egas Moniz” (um erro que os mais velhos persistiam em repetir). Mesmo ao lado nasceu e cresceu o Monsenhor Melo, Capelão da Marinha e Pároco de Oeiras. Onde estão as prostitu-

tas entre as quais nasceu o meu amigo vereador? Água canalizada e potável, a viver nesta rua desde 1968, sempre a tivemos, e o primeiro saneamento chegou antes de Abril de 74. Como me lembro de saltar o grande buraco de um lado para o outro. Os jogadores do Vitória Sport Clube ficavam a viver na “Imperial”, e alguns chefes da polícia viviam e comiam na “Tasca do Verdura”; e as muitas tascas, cumpriam uma função fundamental de uma grande cidade – receber muitos forasteiros.

Eram aquilo que os seus sucedâneos, hoje os imensos cafés e outros que chateiam o nosso Centro Histórico e os seus poucos moradores, procuram fazer neste Shopping a céu aberto e sem estacionamento. Lembro que ainda hoje, e apesar da fuga de moradores de outros tempos bem melhores, esta é uma das ruas mais habitada do nosso Centro Histórico. Como me lembro de uma rua, ou mesmo ruas, tão habitada e preenchida de crianças, como o Amadeu e a minha pessoa. Hoje estamos a reduzi-las aos “Hostel” e aos Alojamentos Locais, e lugares de passagem e fruição. Tenho muita pena, doí-me no íntimo do meu ser, que os que lá foram moradores sejam os primeiros a persistir em denegrir e em mantê-la como uma zona eternamente discriminada. Dez anos, mais ou menos, entre 1985 e 1995, bastaram para lançarem a lama eterna de degredo a uma rua de liberdade e de inovação, que sofreu, como todos os centros históricos deste país, o abandono em massa dos seus moradores. Primeiro, os pobres que “encaixotados” nos bairros sociais (dos quais hoje todos querem fugir), e depois os mais ricos, que rodeados de casa abandonadas e em ruínas, eram ocupadas pelos novos pobres, como as prostitutas e os toxicodependentes. Mas alguns persistiram em ficar, porque não tinham hipótese de lá saírem ou porque gostam muito do sítio onde vivem (é o meu caso por antonomásia).

Assim, em 1995, enfrentando uma situação muito perigosa, e até o poder autárquico, aproveitei o mal estar dos seus poucos habitantes e fizemos regressar, com bom senso e muito trabalho, a urbanidade à rua Egas Moniz, orgulhosamente Rua Nova. Basta de condenar uma rua de séculos à espúria da vergonha, por dez

anos de miséria humana, que os poderes estabelecidos não souberam cuidar, mas que os seus moradores souberam orgulhosamente recuperar. Amigo Amadeu, esta rua foi em terra como todas as outras na Idade Média, mas em pedra já o era no século XIX. Mas não é a “rua vermelha” que uma suposta famosa arquiteta a queria transformar… Lembram-se? Eu não esqueço. Meu ilustre amigo, de longa data conhecido, e crê em mim sincera amizade, regressa à tua rua, pois cá nasceste, e estima a tua rua como ela merece. E como sei que o procuras fazer com o teu trabalho autárquico.

Este artigo de opinião está disponível na íntegra em www.maisguimaraes.pt

Francisco de Oliveira

Pároco de Santo Estêvão de Urgezes, Nascido a 1968 na Cidade de Guimarães. A entrada no Seminário Conciliar de Braga orientou-o para as letras, e com curso superior de Teologia, na Faculdade de Teologia da UCP-Braga, iniciou um novo académico. Ordenado sacerdote diocesano e licenciado em Teologia, alguns anos mais tarde, numa pós-graduação em Teologia Bioética, reencontrouse com a Filosofia e reacendeuse uma paixão adormecida desde os tempos do “Liceu de Guimarães”: a literatura e a filosofia portuguesa. Foi na Faculdade de Filosofia de Braga, que se licenciou em Filosofia e se tornou mestre em Filosofia. Atualmente doutorando em Filosofia e investigador do CEFH (Centro de Estudos Filosóficos Humanísticos).

“Orgulhosamente morador da Rua Nova”

DESTAQUE

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visita o Hospital Senhora da Oliveira, no próximo dia 26. A visita do chefe de Estado insere-se nas comemorações dos 25 anos do Hospital. O dia vai ficar marcado por uma homenagem a Fernando Alberto Ribeiro da Silva, uma personalidade importante para a unidade hospitalar, pela abertura de uma exposição de arte contemporânea da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e pela inauguração da recentemente remodelada, Unidade de Cuidados Cardíacos (UCIC). • Lénia Rego

Com dez camas e dotada com equipamentos modernos, a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC) do Hospital Senhora da Oliveira vai ser apresentada no próximo dia 26. A remodelação e aquisição de equipamentos custaram 250 mil euros, 170 mil provenientes da Fundação EDP, no âmbito do Programa EDP Solidária Saúde 2015, o maior programa de investimento social privado em Portugal, que tem como objetivos o apoio a projetos que melhorem a qualidade de vida de pessoas socialmente desfavorecidas e a integração de comunidades em risco. A restante verba foi garantida pelo hospital através da realização de estudos clínicos na área da Cardiologia e pela Liga de Amigos. “Houve aqui de facto a conjugação e a montagem destas parcerias que possibilitaram uma maior celeridade da construção deste projeto e por outro lado permitiu que fossem libertos fundos para outros investimentos do hospital”, disse Delfim Rodrigues, presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, em entrevista ao Mais Guimarães, para quem este foi um “projeto exemplar”. Referindo-se

40 obras em exposição no Senhora da Oliveira

O Hospital Senhora da Oliveira vai acolher, entre os dias 26 de novembro e o início do próximo ano, uma exposição de arte contemporânea da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento intitulada “Medicina e Arte, lugar de partilha”. No total serão 40 obras, muitas delas pinturas, que poderão ser visitadas por escolas, instituições ou pelo público em geral. A unidade hospitalar já apresentou outras exposições, nomeadamente de trabalhos realizados pelos colaboradores, mas é a primeira vez que acolhe uma instalação deste género e com esta importância artística. “A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento tem um espólio artístico notável”, assinalou Delfim Rodrigues, relembrando que o hospital “não é um museu nem um local de exposição” e por isso é necessário proceder à adaptação do espaço.

O programa “FLAD Arte em Movimento” pretende expor obras da sua coleção de arte contemporânea em contextos e espaços que acolhem públicos diversificados.

cultor Rui Sanches e posteriormente do Pintor Manuel Costa Cabral. Com o passar dos anos foi constituído um acervo que conta com cerca de mil obras de arte de áreas da criação artística portuguesa, como desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia, vídeo e instalação.

A coleção já integrou projetos expositivos em colaboração com outras instituições culturais, tais como: a Fundação

à Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos, relembra que “representa naturalmente aquilo que é o cumprimento do plano estratégico do hospital, mas representa também um grande empenho do serviço de cardiologia e da liderança do serviço de cardiologia”, explicou, valorizando o facto de se terem juntado várias entidades que possibilitaram a concretização deste projeto.

Atualmente há mais doentes com patologias cardíacas, devido ao aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento da população. Um aumento que obriga à criação de respostas nas unidades de saúde, semelhantes à apresentada agora pelo hospital de Guimarães. A unidade recentemente remodelada apresenta-se agora com “mais e melhores condições hoteleiras para os doentes e melhores condições de trabalho para os profissionais”, acrescentou Delfim Rodrigues.

“Já dispúnhamos de uma Unidade de Cuidados Cardíacos com seis camas. Ampliámos para dez, porque as patologias cardiovasculares são cada vez mais frequentes e realizamos um ‘up-

grading’ tecnológico deste equipamento, que é equipamento sofisticado”, explicou. Para já, o aumento de quatro camas é suficiente para responder às necessidades do hospital. Com caraterísticas específicas, a Unidade de Cuidados Intensivos acolhe os doentes “mais críticos”, que são menos numerosos.

Equipado com “tecnologia de última geração”, o novo espaço permitirá aproveitar os recursos humanos médicos e de enfermagem, possibilitando a monitorização invasiva de todos os doentes da unidade e a monitorização por telemetria dos doentes internados no Serviço de Cardiologia. A unidade facilitará ainda a prestação de cuidados cardiológicos aos doentes mais críticos, permitindo o tratamento de pacientes que anteriormente teriam que ser transferidos para outros hospitais.

Mecenato apoia obras

Têm sido várias as obras desenvolvidas no Hospital Senhora da Oliveira que têm

Delfim Rodrigues Presidente

do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira)

contado com o apoio de fundos provenientes de mecenato. A unidade hospitalar é pública, mas a comunidade tem-se envolvido e angariado verbas para apoiar vários projetos que vão sendo desenvolvidos. “Somos dos hospitais do país, que porventura temos a comunidade mais envolvida. Muitas vezes as pessoas olham para os hospitais, que são serviços públicos, e entendem que o financiamento é obrigação do Estado”, referiu o Presidente do Conselho de Administração do Hospital. “Se as comunidades não se envolvem, empenham em torno daquelas instituições que são fundamentais para a realização dos fins de Cidadania, as coisas não acontecem”, acrescentou.

A Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos também contou com o apoio de mecenas.

“O hospital tem uma dívida que nunca vai conseguir pagar à comunidade. Isso acresce a nossa responsabilidade no sentido de podermos prestar mais e melhor o nosso serviço de saúde”, sublinhou. •

Mais Guimarães

A coleção de arte contemporânea da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento foi criada em 1986 por Manuel Castro Caldas – responsável pelas aquisições entre 1986 e 2005 -, com consultoria externa do Es-

Calouste Gulbenkian, o The Drawing Center em Nova Iorque, os museus que integram a estrutura da Secretaria de Estado da Cultura (exposições nos museus de Évora e Caldas da Rainha), a Generalitat de Catalunya em Espanha, a Funda-

Hospital homenageia

Fernando Alberto Ribeiro

O Hospital Senhora da Oliveira vai atribuir o nome de Fernando Aberto Ribeiro da Silva a um auditório. O antigo advogado, governador civil do distrito de Braga e um histórico do PSD sempre teve uma grande ligação a esta unidade hospitalar e desempenhou um papel predominante em 1985, no recomeço dos trabalhos de reconstrução. “A ligação a este hospital é umbilical. Desde o início sempre se bateu muito pela construção deste edifício”, disse Alves Pinto, Presidente do Conselho Consultivo do Hospital de Guimarães. A escolha do nome deste vimaranense para este auditório foi consensual, pois surgiu “de uma conjugação de vontade, não apenas do Conselho de

ção de Serralves, a Culturgest, o Museu Nogueira da Silva da Universidade do Minho, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, o Museu do Vale do Côa e os museus sob a tutela da Direção Regional da Cultura/Governo Regional dos Açores. Em 1999, a Fundação Luso-Americana e a Fundação de Serralves firmaram um protocolo para o depósito da Coleção no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Mais recentemente, em 2011, um outro protocolo foi assinado com a Direção Regional da Cultura/Governo Regional dos Açores no sentido de promover um programa de exposições itinerantes pelos museus do arquipélago. •

da Silva

Administração, mas de todo o Conselho Consultivo”, assegurou. “É o mínimo que podemos fazer em relação a um homem que deu tudo ou quase tudo o que poderia dar a esta organização”, acrescentou.

Considerado por Alves Pinto como um vimaranense “exemplar, irreverente, persistente e até teimoso”, Fernando Alberto Ribeiro da Silva recebeu vários convites, nomeadamente para assumir cargos políticos no Governo, que acabou por recusar. Com uma grande ligação à cidade, sempre referiu que “gostava de acordar ao som dos sinos da Senhora da Oliveira” e por isso permaneceu na cidade-berço. Foi condecorado com a medalha da Cidade em ouro

e com a Comenda da Ordem de Mérito Civil. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra exerceu advocacia, foi fundador da seção de Guimarães do PPD/PSD, presidiu a esta comissão política e foi presidente da distrital de Braga. A homenagem a este vimaranense contará com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República aceitou o convite do hospital e estará presente na altura de descerramento da placa. “Será um momento único na vida do hospital. Nunca nenhum presidente visitou o nosso hospital”, disse Delfim Rodrigues, que acrescentou que este “é um fator de estímulo e de motivação extraordinário”. •

Câmara entrega habitações a onze famílias vimaranenses

A Câmara Municipal de Guimarães, através da empresa municipal CASFIG entregou na passada quinta-feira, dia 17, chaves de onze habitações a famílias vimaranenses, realojando 36 pessoas. Este ano a autarquia já entregou chaves a 41 famílias, mas ainda há cerca de mil pessoas à espera de uma casa nova. “Não tenho um número concreto, mas poderá andar à volta de mais de mil pessoas”, avançou Paula Oliveira, vereadora da Ação Social na câmara de Guimarães.

de requalificação, estão situadas em empreendimentos situados nas freguesias de Urgezes, Creixomil e Fermentões (Monte S. Pedro, Coradeiras e Mataduços).

Desde 2013, foram realojadas 121 famílias. Este ano já foram alojadas 32 famílias em alojamento convencional e nove em modalidade de Residência Partilhada, num total de 106 pessoas. A renda a pagar pelos novos inquilinos foi calculada sob o Regime de Renda Apoiada, de acordo com os rendimentos de cada agregado familiar.

André Coelho Lima quer ver candidatura das Nicolinas avançar

O social-democrata André Coelho Lima lançou no passado dia 21 um repto à Câmara Municipal de Guimarães para que avance o mais rapidamente possível com o processo de inscrição das Festas Nicolinas no Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial da Direção Geral do Património Cultural, para prosseguir depois com a candidatura a Património Oral e Imaterial da Humanidade. O político relembrou que este é um assunto que já se arrasta há 11 anos.

Neste momento a autarquia vimaranense enfrenta um novo problema: mudou o perfil de quem procura habitação social. Até ao momento quem precisava destas casas normalmente vivia em habitações degradadas e não tinha condições para arrendar uma casa nova. Agora as famílias enfrentam mais dificuldades devido ao aumento do desemprego, vivem em habitações com condições, mas

não têm possibilidade de pagar a renda e recorrem à habitação social. “Estamos a dar resposta às condições de habitabilidade degradada, mas há muitas pessoas que procuram porque não conseguem pagar as rendas, mesmo tendo o Subsídio Municipal ao Arrendamento”, acrescentou a vereadora. “Basta um dos elementos do agregado familiar estar desempregado, para a taxa de esforço para pagamen-

Vimaranenses adeptos da reciclagem

to de renda ser muito elevada. Depois de pagarem material escolar, refeições, luz, agua, etc, é muito pouco o que sobra para pagarem as rendas. É muito difícil viver assim”, sublinhou. Dez agregados familiares serão alojados em habitações convencionais, enquanto uma família unipessoal, masculina, irá residir em modalidade de residência partilhada. As habitações, que foram alvo de obras

cuidado, têm essa preocupação extrema e estão preocupadas em separar bem”, concluiu.

A empresa vai distribuir em breve um panfleto com regras de separação, para que a população coloque de parte alguns mitos ou práticas que eram usuais há alguns anos, mas que já não se justificam, como a lavagem das embalagens plásticas antes da reciclagem, por exemplo.

A atribuição de chaves de habitações sociais enquadra-se numa medida tomada ao abrigo do Programa de Realojamento em Habitação Municipal, que estipula que as famílias que residam em situações de habitabilidade precárias possam ser alvo de alojamento.

“Se há momento que nos torna felizes e satisfeitos a todos é quando olhamos para o rosto destas pessoas com dificuldades económicas, com um percurso de vida muito difícil, mas

ratório da Paisagem recebe uma palestra da investigadora Alexandra Prata, do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho, organizada pelo Centro Ciência Viva de Guimarães - Curtir Ciência, intitulada “Compósitos com carga de resíduos de café”. De tarde o Centro Ciência Viva de Guimarães abre as portas para uma visita ao Módulo de Reciclagem do Curtir Ciência.

Dia 23 promove-se o Workshop

que hoje concretizaram um sonho”, referiu a vereadora.

Um Natal na casa nova

O Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães encheu-se no passado dia 17 com várias famílias que receberam chaves de habitações sociais. Algumas esperavam por estas casas há vários anos. Agora concretizaram um sonho. “Já estávamos à espera há cinco anos. Vivíamos noutra casa, com 200 euros de renda e não era fácil pagar, porque era só eu a trabalhar e tínhamos dois filhos e mais um a caminho”, referiu Sandra Domingues, uma das jovens que recebeu a chave para uma habitação. Com o rosto iluminado pela felicidade falou da casa nova, uma “casa grande, bonita, espaçosa”, onde poderá viver uma vida melhor. “Estamos felizes. Vamos ter um Natal diferente, com mais prendas, mais doces, mais tudo”, concluiu. • LR

Candidaturas

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, esteve na terça-feira, 15, em Guimarães. O líder do PCP participou numa sessão subordinada ao tema “Combater a precariedade! Garantir o trabalho com direitos!”, onde alertou para os elevados níveis de precariedade, desemprego, baixos salários e altos níveis de pobreza de quem trabalha. “Não podemos aceitar que mais de um milhão e duzentos mil trabalhadores estejam condenados a trabalhar em regime de precariedade, trabalhando em part-time, com falsos recibos verdes, com contrato a prazo ou outras formas de trabalho precário sempre mal remunerados e com horários de trabalho desregulados”, alertou o político. Num discurso aceso, Jerónimo de Sousa recordou que há milhares de portugueses que trabalham oito horas por dia, recebem um salário, mas não conseguem “sair do limiar da pobreza”.

Os habitantes do centro histórico de Guimarães estão cada vez mais preocupados com a reciclagem. De acordo com dados da Vitrus, só no último ano a quantidade de material reciclável aumentou 80% e os indiferenciados reduziram 30% no centro da cidade-berço.

Estes são os primeiros resultados das campanhas que a entidade tem vindo a promover nos últimos tempos, com o objetivo de sensibilizar para a preservação do meio ambiente e implementar boas práticas de separação dos resíduos. “Como a separação vem refletida na fatura, as

pessoas têm mais cuidado a separar papel, vidro e plástico”, referiu Silvana Pereira, da Vitrus, que salienta os benefícios das campanhas porta a porta que têm sido desenvolvidas.

“Já havia preocupação em separar. E quem não tinha, hoje tem, porque sabe que se não separarem o lixo, se o colocarem todo junto, a tarifa vai ser muito superior”.

A técnica dos Serviços de Higiene da Vitrus reconhece que há cada vez mais pessoas preocupadas com a reciclagem, muitas delas idosas, o que não acontecia há alguns anos. “As pessoas mais idosas têm mais

Guimarães promove semana para a redução do uso de embalagens

O concelho vimaranense acolhe até dia 27 várias iniciativas de sensibilização e consciencialização ambiental inseridas na semana para a redução do uso de embalagens.

A atividade insere-se no âmbito da iniciativa europeia “European Week for Waste Reduction” e tem como lema :“Usa menos embalagens”. Por Guimarães há várias atividades desenvolvidas com o apoio de diversas instituições. Esta terça-feira, dia 22, o auditório do Labo-

“Fibrenamics Green: do Resíduo ao Produto”, marcado para as instalações da ACIG. No dia seguinte o Laboratório da Paisagem recebe uma conferência internacional, integrada no Ciclo de Conferências Guimarães Mais Verde, para abordar a “Prevenção e Redução de Resíduos”. No dia 26, o Largo da Oliveira será palco, entre as 14 e as 19h00, de uma Eco-Feira. Dia 27 promove-se um showcooking intitulado “Cozinha de luxo: como cozinhar o que consideramos lixo?”. Estas ações estão integradas na preparação da Candidatura de Guimarães a

Estão disponíveis os doze Laboratórios Criativos existentes na Plataforma das Artes, em Guimarães. Os interessados nos espaços devem entregar as candidaturas na Câmara Municipal. As candidaturas a apresentar devem privilegiar os seguintes domínios criativos: pintura, escultura, desenho, gravura, serigrafia, fotografia, design, arquitetura, construção, antiguidades e restauro, artesanato, publicidade, literatura, música, rádio e televisão, artes digitais, vídeo e audiovisual, cinema, software educacional e de entretenimento, conteúdos multimédia, gastronomia e atividades de lazer, moda, entre outras. As propostas podem ser entregues pessoalmente ou enviadas por correio registado para a Câmara Municipal de Guimarães. •

A Concelhia do Partido Socialista de Guimarães realizou uma visita de trabalho à União de Freguesias de Tabuadelo e S. Faustino, tendo reunido com responsáveis de várias instituições com vista a aprofundar o conhecimento acerca da sua atividade, bem como dos seus principais projetos. A realização de uma dezena de reuniões marcou a agenda de trabalho do Secretariado da Concelhia liderada por Domingos Bragança e por Armindo Costa e Silva, que contou ainda com a presença do deputado da Assembleia da República, Luís Soares, bem como de elementos da vereação socialista na Câmara Municipal.

“É uma luta que travo desde 2005 pela importância que tem para Guimarães”, disse num encontro onde apresentou uma cronologia dos aspetos mais importantes deste processo. Sem pretender “criticar”, mas apenas “apresentar factos”, o social-democrata aproveitou para colocar algumas questões à autarquia liderada por Domingos Bragança: “como é que se compreende que este processo que existe há 11 anos e com tanto envolvimento ainda não esteja inscrito e isto já tenha acontecido com a tradição das ‘passarinhas’ e ‘sardões’?”, referiu. Esta última tradição já consta do Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial da Direção Geral do Património Cultural desde 2015. O processo de candidatura iniciou-se em 2012 e foi conduzido pela Cooperativa Oficina. O mesmo não aconteceu com as Festas Nicolinas, que continuam num impasse. “O que é surpreendente é que vamos ao Inventário Nacional, clicamos e aparecem zero registos sobre as Nicolinas. Clicamos pela palavra ‘passarinhas e sardões’ e está inscrito”, disse. Foi em 2005 que Lino Moreira da Silva, Velho Nicolino e professor da Universidade do Minho

sugeriu a candidatura das Festas Nicolinas a Património Oral e Imaterial da Humanidade. Ainda no final desse ano, a Assembleia Municipal de Guimarães aprovou por unanimidade uma moção apresentada pelo Grupo Parlamentar do PSD, que seria depois subscrita por todas as forças partidárias com assento nessa assembleia e que solicitava a constituição de uma Comissão Especializada para efetuar um estudo que justificasse a elevação das festas a esta categoria. Passados três anos foi publicado um parecer acerca do cabimento da sugestão de elevação das Festas Nicolinas a Património Cultural Imaterial da Humanidade, que seria depois aprovado pela Assembleia Municipal. Mais tarde o Fado foi considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, muito devido ao trabalho que foi desenvolvido em Guimarães. “Só pode haver candidaturas a Património Cultural e Imaterial em Portugal a partir do momento em que a Assembleia Municipal de Guimarães pediu à Assembleia da República para ratificar aquela convenção”, acrescentou André Coelho Lima, que aproveitou para lançar uma

assumiu dois compromissos, que ainda não cumpriu. “Até hoje as Nicolinas não estão inscritas no Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial e não foi promovido pela autarquia o processo de reflexão sobre a candidatura em concreto”, salientou. O velho Nicolino espera agora que este processo seja desbloqueado.

Câmara inscreve Festas Nicolinas no Inventário Nacional em dia simbólico

“Eu tenho que me perguntar porque é que passaram 11 anos e foram gastos milhares de euros. O Fado, o Canto Alentejano, o Chocalho já são todos considerados Património Imaterial da Humanidade e as Nicolinas não estão inscritas sequer no Inventário Nacional”.

questão: “Eu tenho que me perguntar porque é que passaram 11 anos e foram gastos milhares de euros. O Fado, o Canto Alentejano, o Chocalho já são todos considerados Património Imaterial da Humanidade e as Nicolinas não estão inscritas sequer no Inventário Nacional”.

O político relembrou que já foi apresentado um estudo antropológico denominado “As Festas Nicolinas de Guimarães. Solenidade e riso na atualização de um ritual secular” e que nessa altura, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança

A submissão da inscrição das Festas Nicolinas no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial da Direção Geral do Património Cultural, que decorrerá durante uma conferência agendada para a Plataforma das Artes e da Criatividade, é uma das cinco iniciativas que a Câmara Municipal de Guimarães vai promover no dia 13 de dezembro para assinalar a comemoração dos 15 anos da classificação do Centro Histórico como Património Cultural da Humanidade. A inscrição no Inventário Nacional, resultado do trabalho que tem sido desenvolvido pelo antropólogo Jean-Yves Durand, que foi já objeto de uma apresentação pública no dia 21 de março de 2014, será efetuada durante uma conferência que se decorrerá no Centro Internacional das Artes José de Guimarães. No final, terá lugar um debate e visitas à Casa da Memória e ao arraial de Santa Luzia. Além da submissão da inscrição, o programa comemorativo inclui o lançamento de um livro para crianças sobre Património, que será oferecido a todas as escolas do concelho de Guimarães, a colocação de uma instalação artística com 22 balões gigantes iluminados no Largo da Oliveira e Praça de S. Tiago, a Corrida pelo Património e a inauguração da terceira edição do projeto “As Paragens onde o Tempo Habita”, com intervenções artísticas em dezassete abrigos de paragens de transportes públicos no centro da cidade • Lénia Rego

abertas para Laboratórios Criativos

© DO / Mais Guimarães

O líder do PCP participou num debate sobre precariedade PS Guimarães promoveu visitas de trabalho a freguesias

Padrão do Salado ilumina-se de roxo em homenagem aos prematuros

O Padrão do Salado, no Largo da Oliveira, em Guimarães iluminou-se no passado dia 17 de púrpura, para assinalar o Dia Mundial da Prematuridade. A iniciativa foi promovida pela Câmara Municipal em parceria com a “Associação Pais Prematuros” e “Ser Prematuro”.

Guia de doces portugueses lançado em Guimarães

Foi lançado em Guimarães o primeiro de cinco volumes do maior inventário de doces portugueses. A obra apoiada pelo município vimaranense foi lançada no Museu de Alberto Sampaio e contém as atuais especialidades doceiras de cada concelho nortenho, num total de mais de 150 doces, um estudo bibliográfico que acompanha a informação recolhida por Cristina Castro, 148 fotografias de Gonçalo Barriga e 8 ilustrações de Ana Gil. Com 312 páginas, a obra apresenta doces mais populares, outros mais conventuais, uns mais antigos ou outros mais recentes. Dos mais famosos aos menos conhecidos todos se fazem acompanhar de uma investigação em busca das suas origens, das histórias de quem os confecionou e dos locais onde podem ser adquiridos.

A coleção “A Doçaria Portuguesa”, composta por cinco volumes, visa facultar ao público o mais abrangente inventário da doçaria portuguesa contemporânea. A investigação é desenvolvida por Cristina Castro, em parceria com uma equipa multidisciplinar, com a orientação do gastrónomo Virgílio Nogueiro Gomes e da historiadora Isabel Fernandes. •

Pontos de (des)interesse

Que histórias terão para contar as paredes devolutas dos espaços que já foram fundamentais no dia a dia dos vimaranenses? Fomos em busca de relatos das gentes que deram vida a estas contruções e que hoje só têm como companhia a solidão dos dias. Queremos partilhá-los consigo. Uma vez por mês, no seu Mais Guimarães.

Fábrica do Cavalinho

O Palácio Vila Flor, juntamente com o centro cultural e os jardins, ofusca o cenário em redor perto do topo da Avenida D. Afonso Henriques, mas o outro lado da rua guarda um outro tipo de memórias da cidade, gravadas pelo movimento dos braços e pela rotação das máquinas a entrelaçar o fio. A Fábrica do Cavalinho, empregadora de 900 pessoas no “auge”, jaz abandonada, com vidros quebrados e paredes apodrecidas. Um dos antigos trabalhadores falou ao Mais Guimarães sobre os processos que conduziram ao encerramento da fábrica.

Por: Tiago Mendes Dias

Alícia nasceu prematura. Às 27 semanas de gestação decidiu que estava na altura de conhecer o mundo e deixar os pais numa grande preocupação. A mãe, Stephanie já estava consciente de que esta era uma gravidez de risco. Também sabia que a sua primeira filha poderia nascer antes do tempo, mas estava longe de imaginar que seria tão cedo. “Estive sempre de cama, porque engravidei com o DIU. Comecei com contrações às 26 semanas, já tinha estado no hospital várias vezes com hemorragias e às 27 semanas fui outra vez para o hospital”. Foi aqui que duas médicas decidiram que seria mais aconselhável retirar o método contracetivo e mandar Stephanie para casa. “Às três da manhã estava lá outra vez, já tinha entrado em trabalho de parto e estava com três dedos de dilatação”, contou.

A partir deste momento foi tudo rápido, mas ao mesmo tempo desesperadamente lento para estes pais de primeira viagem. Quando os médicos disseram que o bebé ia nascer, Tiago não queria acreditar: “não pode ser. Ela só tem 27 semanas, não pode nascer”,

disse nessa altura, no meio de um verdadeiro desespero e com as emoções à flor da pele.

Mas Alícia estava determinada a nascer e a sobreviver, contra muitas previsões. “Os médicos disseram-nos para não contar que ela fosse nascer, porque as probabilidades eram muito baixas”, explicou o pai. A menina nasceu com 1.230 quilos, de cesariana e 35 centímetros e pouco depois pesava apenas 958 gramas. “A primeira vez que peguei nela, cabia na minha mão”, referiu o jovem que recorda todos os dias que passou no hospital ao lado da esposa e da sua “princesa guerreira”.

“Não tínhamos consciência.

Nunca estamos à espera disso.

Nunca pensamos no pior. É horrível, é uma sensação horrível porque nunca sabes com o que vais contar. A notícia pode ser negativa ou positiva”, sussurrou.

Alícia passou sete semanas no hospital, sempre com os pais perto. “Eu falava e ela fazia sons.

Parecia que estava a entender”, recordou a mãe, que garante que não se incomodou quando viu um bebé tão pequenino. “O que me deu um bocado de ânimo foi que nunca a encarei como

um bebé que ia morrer. Era um bebé que era pequenino, mas que ia crescer”, relembra a mãe. E a verdade é que Alícia cresceu. Devagarinho, mas cresceu. “O tempo não passa. É como estar a olhar para uma planta à espera de a ver crescer, mas por muito que a regues, é difícil o tempo passar”, confessou Tiago.

Hoje Alícia tem cinco anos e é uma menina saudável. Para trás ficou uma longa batalha que venceu. Mas isto não acontece com muitos prematuros. Todos os anos nascem cerca de 15 milhões de bebés prematuros em todo o mundo. Em Portugal há 08% dos bebés que nascem antes do tempo e por isso têm menos possibilidades de sobreviver. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Pediatria, os bebés que nascem antes das 28 semanas de gravidez têm uma sobrevivência de 70%. Considera-se “prematuro” sempre que o bebé nasce antes das 37 semanas de gestação.

O Dia Mundial da Prematuridade foi celebrado em Guimarães. O Padrão do Salado, no Largo da Oliveira iluminou-se de púrpura, para assinalar a data. • Lénia Rego

Centro histórico recebe gravações para filme

Largo da Oliveira, Rua de Santa Maria (Casa do Arco) e Largo Cónego José Maria Gomes serviram de cenário, este sábado, 19, a uma história que foca a relação entre Portugal e o Japão.

Quatro toneladas de areia cobriram o chão do Largo Cónego José Maria Gomes, em frente à Câmara Municipal de Guimarães, palco da realização de filmagens da produção cinematográfica intitulada “Amantes na Fronteira”, que está a ser gravada no Minho entre 12 de novembro e 05 de dezembro.

A Loja Interativa de Turismo da Praça de S. Tiago foi a base de produção durante todo o dia de filmagens. •

Tiago Sousa

Pai da Alícia

A Fábrica de Fiação e Tecelagem do Cavalinho encerrou em 1993. A fibra não mais se fez fio, o martelar dos teares abrandou e o fluxo de entradas e saídas não só de produtos, mas também de pessoas estagnou.

“Começou a ficar mal gerido e a alimentar outros negócios para além dos da fábrica. O patrão começou a perder crédito”, avançou Fernando Pires, trabalhador que ingressou na empresa em 1966 e lá trabalhou até ao fim.

A fábrica têxtil surgiu em 1923 como fruto da criação da Sociedade Mercantil do Minho, que se instalou na Rua Paio Galvão, na residência de Alberto Vieira Braga, vimaranense que se distinguiu como etnógrafo e dirigiu a Sociedade Martins Sarmento na década de 20, e era gerida por José da Silva Gonçalves.

Um requerimento datado de 30 de abril desse ano, guardado no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, exprimiu à Câmara Municipal de Guimarães a intenção da nova entidade em “construir uma fábrica de tecelagem no lugar do

Cavalinho, da freguesia de Santo Estêvão de Urgeses”, e a autarquia concedeu o alvará para a construção a 14 de maio, abrindo portas à instalação de mais uma unidade têxtil num território onde a indústria já florescia.

O projeto inicial contemplou a instalação de dez teares de 36 pregos e de outros dez de 46, além de compartimentos com tinturaria e urdideira. A unidade industrial modernizou-se gradualmente, com a instalação da fiação, ampliações do espaço e aquisição de novas máquinas.

O antigo trabalhador na secção de desenho lembrou que a fábrica chegou ao “auge” já “depois do 25 de abril”, na década de 80, quando empregou cerca de 900 pessoas e renovou-se novamente com uma licença emitida pelo município em outubro de 1983 para se demolir um dos antigos pavilhões, com cerca de três mil metros quadrados, e construir em seu lugar um de betão armado com três pisos a ocuparem toda a área disponível e um quarto, de 500 metros quadrados, para serviços administrativos, contabilísticos e comerciais.

Fernando Pires esclareceu que, por essa altura, surgiu outro projeto que viria a contribuir para a quebra da empresa. Os responsáveis quiseram dotar um dos pavilhões “à face da estrada” com alicerces capazes de “suportar prédios”, mas a “autorização para colocar apartamentos em cima da fábrica” nunca surgiu e a obra “ficou muito cara”, originando dívidas incapazes de serem pagas.

“Tinha alicerces muito grandes para levar com muito peso em cima e ficou mais dispendioso. Aplicaram ali muito dinheiro. Eles nunca conseguiram pagar o investimento que fizeram. Ficaram sempre com dívidas”

Fernando Pires antigo trabalhador, sobre o projeto que previa a construção de prédios por cima da fábrica.

Outro dos problemas que desencadeou a falência da empresa, contou o antigo trabalhador, foi a compra de “teares e outros maquinismos” que não eram “topo de gama” para substituir os meios de produção antigos, o que criou uma situação de “desvantagem em relação a outras empresas”.

O encerramento da fábrica originou um processo de rescisão de contratos, que se transformou, depois, num processo judicial entre os trabalhadores, apoiados pela União de Sindicatos de Braga (USB), que procuravam receber os créditos relativos à falência da empresa e, nalguns casos, também a salários em atraso, e a Segurança Social, que pretendia impedir a atribuição da totalidade das indemnizações aos trabalhadores.

A decisão de primeira instância, tomada em 1996, favoreceu os trabalhadores, com o Supremo Tribunal de Justiça a confirmar essa decisão a 03 de março de 1998, o que permitiria, segundo a USB, que outras indemnizações devidas fossem “efetivamente pagas aos trabalhadores em vez de serem ilegalmente atribuídas ao Estado”.

Fernando Pires foi um dos trabalhadores que rescindiu o contrato, e como intercedeu junto do sindicato, recebeu um valor superior a mil euros, num processo que “demorou entre oito a nove anos”.

A resolução definitiva do conflito surgiu apenas a 15 de março de 2004, quando o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes começou a entregar as indemnizações devidas às mais de três centenas de antigos funcionários. O Diário do Minho noticiou, na edição do dia seguinte, que as indemnizações ascenderam aos 2,25 milhões de euros, valor correspondente a 92,8% do total.

Os salões e as paredes que testemunharam a vida laboral de centenas de vimaranenses continuam, porém, num impasse. Surgiram já alguns projetos de arquitetura para reabilitar o edifício, mas o regresso à vida da antiga fábrica têxtil continua longe do horizonte.

“Às vezes, quando passo lá, olho para aquilo e até mete pena ver latas de drogados encostadas à fábrica, vidros partidos, criação de pombas no interior”, confessou Fernando Pires. •

A primeira vez que peguei nela, cabia na minha mão”

Sistema informático falha no Hospital de Guimarães

O Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, esteve sem sistema informático desde a uma e meia da madrugada até meio da tarde do passado dia 16. A paragem estava programada para a 01h30, para atualizar o sistema e este deveria voltar à normalidade, mas tal não aconteceu.

BE preocupado com mortalidade por infeções hospitalares

A Câmara Municipal de Guimarães foi distinguida pela Associação Portuguesa de Gestão de Desporto (APOGESD) com o galardão “Município Amigo do Desporto 2016”. O prémio foi entregue ao vereador José Bastos, na quinta-feira à noite, 17 de novembro, em Setúbal, uma das cidades europeias do desporto este ano, no decurso da Gala da APOGESD, no âmbito do seu Congresso Nacional. O galardão foi instituído este ano por aquela associação e pel’A Cidade Social.

A situação acabou por ficar resolvida pouco depois das 16h00, mas causou constrangimentos em alguns serviços, nomeadamente na urgência. “Qualquer falha causa sempre constrangimento, no entanto temos sempre um plano alternativo para estas circunstâncias e foi acionado”, revelou Delfim Rodrigues, presidente do Conselho de Administração do hospital. “É um pouco mais moroso recorrer ao papel e não estamos habituados”, relembrou.

A falha coincidiu com a greve nacional dos Técnicos de Diagnóstico e Tratamento, e obrigou

ao adiamento de algumas consultas e operações cirúrgicas.

O presidente do Conselho de Administração garante que nenhuma destas era de doentes que tenham dado entrada pela urgência. “Do ponto de vista da atividade da urgência não foi nenhuma atividade adiada. Todos os doentes foram salvaguardados, a atividade cirúrgica de emergência decorreu normalmente”, revelou.

Os técnicos, segundo um comunicado do sindicato do setor, protestaram contra a desatualização da carreira, “sendo atualmente o único grupo de licen-

ciados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação”.

Ordem dos Médicos acusa hospital de “incapacidade”

A Ordem dos Médicos acusou o Hospital de Guimarães de “manifesta incapacidade” para responder a esta “falência informática”. “De acordo com as informações disponíveis, o Hospital da Senhora da Oliveira (Guimarães E.P.E.) não avançou com qualquer plano de contingência

que pudesse minimizar o impacto deste episódio. Estamos perante uma manifesta incapacidade da instituição reagir aos acontecimentos e a uma falha grave do ponto de vista organizacional, com consequências diretas na qualidade da assistência prestada aos doentes”, lê-se em comunicado.

O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) denunciou ainda que os problemas informáticos condicionaram “de forma extraordinariamente grave” a atividade daquele hospital, nomeadamente no Serviço de Urgência e nas consultas externas, além de ter tido “implicações gravíssimas” no bloco operatório, originando “desmarcações de inúmeras cirurgias”. • LR

Paço dos Duques vai receber nova escada

Ao longo destes anos a vetusta escadaria quatrocentista da capela do Paço dos Duques tem originado várias quedas, devido às dimensões “anormais” dos degraus. Agora, sobre estes antiquíssimos degraus está a ser colocada uma escada em madeira de castanho. O projeto contou com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães e é da autoria do Arquiteto Miguel Melo. Foi executada pelos carpinteiros do município José Leite, Ricardo Lopes e Afonso Lopes.

Cruz Vermelha abre loja solidária

A Câmara Municipal de Guimarães apresentou em conferência de imprensa, esta segunda-feira, 21, o programa de comemorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que contou com a presença do Presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, no Auditório da Biblioteca Municipal Raul Brandão.

“Por uma Vida Digna Todos” é o lema proposto pelo Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência para as Comemorações do Dia das Pessoas com Deficiência que se assinala a 03 de dezembro.

O programa das comemorações decorrerá de 28 de novembro a 14 de dezembro com um

conjunto variado de iniciativas de caráter desportivo, cultural e atividades de cidadania que têm por objetivo mobilizar a comunidade para os direitos das pessoas com deficiência.

Na sua intervenção, Domingos Bragança considerou “a formação das pessoas fundamental para desenvolver competências de autonomia, seja qual for o grau de deficiência”, e acrescentou ainda que “o espaço público não pode ter barreiras arquitetónicas. É um trabalho que temos que continuar a fazer. A beleza tem de ser conjugada com a inclusão. Temos de ter, também, espaços públicos de lazer adaptados para crianças com deficiência”. • Diogo Oliveira

A Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa irá abrir ao público uma loja solidária como mais uma forma de angariação de fundos para a realização das suas atividades. A abertura da loja, situada no Largo da Misericórdia nº. 9 (antiga loja “Ribeiro-Alfaiate”), está prevista para o próximo dia 24 de novembro e funcionará até ao dia 15 de janeiro. Para o funcionamento da loja, a Cruz Vermelha conta ainda com generosidade do comércio e indústria do concelho que ofereceram bens para lá serem vendidos.

A semana da Ciência e Tecnologia começou ontem, 21, e termina dia 27 de novembro.

Organizada pela Rede Ciência Viva, o Curtir Ciência - Centro de Ciência Viva (CCVG) promete envolver alunos e população em geral num conjunto diversificado de atividades em vários pontos do país.

O diretor executivo do Curtir Ciência - Centro Ciência Viva de Guimarães, Sérgio Silva, afirma que o centro “é o rosto da ciência e tecnologia de Guimarães”.

Por isso, CCVG preparou um programa que inclui atividades nas suas instalações, em Couros, mas também em espaços exteriores da cidade de Guimarães.

Sérgio Silva destaca uma mos-

Os deputados do Grupo Parlamentar Bloco de Esquerda Pedro Soares e Moisés Ferreira estão preocupados com a mortalidade elevada que se regista no nosso país associada a infeções relacionadas com cuidados de saúde. Os políticos esperam que o Governo, através do Ministério da Saúde indique quantos quartos de isolamento existem nos hospitais, se são necessários e quantos quartos existem de isolamento com pressão negativa.

Na mira dos deputados estão várias unidades hospitalares, que querem ver questionadas, nomeadamente o Hospital Senhora da Oliveira, o Centro Hospitalar do Médio Ave, em Famalicão, o Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos, o Hospital de Braga e o Hospital São José, em Fafe. Questionado sobre este assunto, o Hospital Senhora da Oliveira garantiu que “está, há muitos anos, atento à questão

das infeções hospitalares”, até porque possui um Grupo de Coordenação Local de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, “de existência legal obrigatória, que acompanha, monitoriza e aplica medidas nesta matéria”.

Em declarações ao Mais Guimarães, fonte hospitalar acrescentou que a unidade de saúde tem oito quartos de isolamento com pressão negativa e “cumpre todos os requisitos legais emanados das normas da DGS sobre esta matéria, assim como está acreditado internacionalmente pela JCI que dá particular importância a esta área no seu Manual da Qualidade, com regras de boas práticas internacionais”. Nesta unidade hospitalar são promovidas várias campanhas de sensibilização para a “lavagem das mãos”, o maior problema na propagação das infeções. A juntar a isto, o

hospital mostra-se empenhado no “Desafio Gulbenkian –Stop Infeção Hospitalar”, um projeto da Fundação Calouste Gulbenkian, onde participam 12 hospitais públicos e que pretende reduzir em 50% as infeções hospitalares, num período de três anos. A mortalidade devido a infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) é muito mais elevada do que a acidentes de viação, sendo que este número tem vindo a crescer no que concerne às IACS, por oposição aos acidentes de viação onde o número de óbitos tem vindo a decrescer. Uma das medidas importantes para fazer face às infeções hospitalares remete para o internamente de doentes em locais adequados – o que deixa manifestamente de fora os corredores - bem como para a possibilidade de recorrer a quartos de isolamento quando tal é clinicamente adequado. • LR

Cidade ilumina-se para o natal

tra de robótica (dia 22), onde são convidados alguns clubes de robótica do concelho e uma feira de ciência (dias 23,24 e 25), que vai decorrer durante três dias. Para a feira de ciência, as pessoas podem ver e participar nas experiências que vão estar disponíveis. Todas as atividades são a título gratuito, implicam inscrição prévia no CCVG. No sábado (dia 26) vai decorrer um “workshop” sobre velas aromáticas e no domingo (dia 27) uma visita à Casa da Criança, que pretende proporcionar um dia diferente às crianças.

O CCVG, que faz um ano no dia 17 de dezembro, tem como principal missão a promoção e divulgação da cultura científica

do concelho e da região. Este ano, o centro já recebeu 11 mil visitantes. O número supera as expectativas quando comparado aos nove mil visitantes que passaram por outros centros com a mesma dimensão. “Estamos a trabalhar bem. Estamos num bom caminho”, referiu o diretor executivo do centro.

O público é sobretudo nacional, com uma taxa de visitantes a variar entre os 90 e 95%, e conta com um número significativo a vir do sul do país. O CCVG recebe ainda visitas de turistas e tem uma parceria com a Junta Autónoma da Galiza que permite trazer ao centro cerca de 500 alunos para participar em algumas atividade durante os meses de abril ou maio. • DO

As ruas do centro de Guimarães já estão a receber as luzes de Natal que vão dar outra cor à cidade no dia 26 de novembro. Assim, e ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, a noite do Pinheiro estará “iluminada”. As ornamentações, em leds, vão estar ligadas nas principais artérias da cidade a partir dessa data. Para a semana seguinte está prevista a ligação da tradicional árvore de Natal no Tou-

ral e da Alameda de São Dâmaso. O objetivo é que o cortejo do pinheiro seja “iluminado” pelas luzes, numa noite previsivelmente marcada pela presença de muita gente nas ruas. Os Reis de Espanha, Felipe VI e Letizia, que realizam uma visita de Estado a Portugal entre os dias 28 e 30 deste mês, com passagem pela cidade-berço, poderão ver a iluminação que o município preparou para este ano. • DO

Semana da Ciência e da Tecnologia realiza-se até dia 27

Autarquia assinala dia das pessoas com deficiência

Guimarães distinguido como “Município Amigo do Desporto 2016”

“Do ponto de vista da atividade da urgência não foi nenhuma atividade adiada. Todos os doentes foram salvaguardados, a atividade cirúrgica de emergência decorreu normalmente.”

Delfim Rodrigues Presidente do Conselho de Administração do HSO

Pena suspensa para 11 arguidos por tráfico de droga

O Tribunal de Guimarães condenou, na quarta-feira, 16, a penas suspensas 11 arguidos por tráfico de estupefacientes. Na leitura da sentença a magistrada condenou os arguidos com penas suspensas que vão de um ano e três meses a cinco anos.

A suspensão das penas está condicionada ao exercício obrigatório de atividade profissional ou inscrição no Centro de Emprego, bem como a sujeição a consultas médicas para avaliar as eventuais dependências de droga e, se necessário, submeterem-se a tratamentos de desintoxicação.

Os arguidos foram detidos no âmbito de uma investigação da GNR de Santo Tirso por tráfico de cannabis, MDMA e heroína,

Adiado julgamento da direção do Vitória

O início do julgamento do Vitória, do presidente Júlio Mendes e dos quatro vice-presidentes à data de abril de 2012, Armando Marques, Luís Cirilo, Hugo Freitas e Francisco Príncipe, por acusação de abuso de confiança fiscal, previsto para esta segunda-feira, 21, no Tribunal da

Comarca, foi adiado e está ainda sem nova data programada.

A ausência do juiz por doença anulou a sessão com início agendado para as 09h45, que iria tratar da alegada apropriação de 219.259 euros de IRS retido na fonte a 30 de abril de 2012 pela direção de Júlio Men-

des recém-empossada, aquando do pagamento dos salários de dezembro de 2011.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto, acusou, a 11 de julho, a direção vitoriana de não ter pago essa prestação de IRS à Autoridade Tributária (AT), “como se impunha”, mas Júlio Mendes, que também não compareceu ao Tribunal nesta segunda-feira, negou, logo no dia 12, que o elenco por si liderado se tivesse apoderado da quantia, alegan-

Tribunal adia alegações finais do processo de Cristina Azevedo

em março de 2011, nos concelhos de Guimarães, Famalicão, Braga, Vieira do Minho e Lousada. Na altura, as autoridades apreenderam mais de 60 quilos de haxixe, meio quilo de cocaína, 11 mil euros em dinheiro, 14 viaturas, soqueiras, very-lights, duas armas e munições.

Recorde-se que um dos arguidos é o ex-kickboxer Francisco Oliveira, conhecido como “Chico Mitra”, vimaranense de 30 anos que representou a modalidade no Vitória

do, em nota publicada no sítio do Vitória na Internet, que “todos os prazos de pagamento voluntário da dívida” estavam “esgotados quando a direção tomou posse”.

O dirigente vincou ainda que, em abril de 2012, “o clube não tinha outros meios que não os estritamente necessários ao pagamento dos salários dos jogadores” e que a “obrigação” de pagar a dívida remontava a 20 de janeiro, altura em que Emílio Macedo da Silva ainda era presidente. •

Sport Club e chegou a ser considerado uma das maiores promessas mundiais da modalidade. De referir que Francisco recebeu igualmente uma condenação a 14 anos de prisão por três crimes de “carkacking”, na lei considerado roubo agravado de viaturas, em Felgueiras, Fafe e Vila do Conde, depois de ameaçar os respetivos condutores com uma arma de fogo. Esta pena ainda não transitou em julgado pois Francisco recorreu. •

Luís Gonçalves condenado a oito anos de prisão

O tribunal quer saber o montante a partir do qual foi calculada a indemnização do despedimento e em que data é que Cristina Azevedo foi informada da extinção do posto de trabalho. A Euronext refere que não dispõe de documentos que possibilitem uma resposta detalhada sobre as informações solicitadas. Uma contestação que a magistrada considera “inaceitável”, pois considera a Euronext “uma empresa com organização, que não deve ter dificuldades ao acesso dos documentos”, pelo que lhe deu mais dez dias para apresentar.

CONCELHO DE GUIMARÃES

NOVA EB 2,3 DAS TAIPAS PRESA POR DETALHES

Associação de Pais endereçou moção à DGEstE e à Câmara Municipal de Guimarães e espera que a obra avance, para bem dos alunos, docentes e funcionários. Autarquia explica que o processo depende de outras entidades, mas pretende iniciar a obra o mais rapidamente possível.

Ficaram adiadas pelo tribunal de Guimarães as alegações finais do processo que opõe Cristina Azevedo, fundação organizadora da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, à comissão liquidatária da Fundação.

O adiamento deveu-se à falta de informação solicitada à Euronext sobre Cristina Azevedo para perceber os parâmetros do acordo de rescisão, nomeadamente, o vencimento, meses de trabalho e data do termo de contrato.

Recorde-se que Cristina Azevedo exige à Capital Europeia da Cultura de Guimarães 2012 uma indemnização de 400 mil euros com base no salário que iria ganhar na Euronext. Deste modo, as alegações finais do processo ficam marcadas para o dia 16 do próximo mês. •

O Tribunal de Guimarães condenou, esta quinta-feira, 17, Luís Gonçalves, jovem de 23 anos, residente em Leitões, a oito anos de prisão, em cúmulo jurídico, pelos crimes de tentativa de homicídio e violação.

Recorde-se que o arguido conheceu Soraia Patrícia através do Facebook. A jovem de Leitões foi esfaqueada 15 vezes com brutalidade, sofrendo ferimentos muito graves, depois

foi deixada ao abandono por baixo do viaduto da Autoestrada 11 que passa naquela freguesia, no dia 07 de novembro do ano passado.

Além dos oito anos a que foi condenado, o arguido deste processo arrisca cumprir a pena de três anos e dois meses que estava suspensa, relativa a uma condenação anterior por ofensas à integridade física, quando agrediu prostitutas. •

As obras de construção da nova escola EB 2,3 das Caldas das Taipas continuam sem data prevista para o seu início. O processo arrasta-se há quase quatro anos, deixando os pais e encarregados de educação impacientes. Prova disvbvccso é a moção apresentada pela Associação de Pais, na última Assembleia Geral, dirigida à Câmara Municipal e à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).

No que diz respeito à moção apresentada, Natália Fernandes explica que esta foi endereçada à Câmara Municipal e à DGEstE por não saber bem a

quem chamar a atenção.

Contactada pelo Mais Guimarães, Natália Fernandes, presidente da Associação de Pais, garante que contava que as obras pudessem ter começado em setembro: “A última promessa que nos foi dada dizia-nos que projeto já estaria pronto, mas há alguns pormenores que têm de ser resolvidos”. No que diz respeito à moção apresentada, Natália Fernandes explica que esta foi endereçada à Câmara Municipal e à DGEstE por não saber bem a quem chamar a atenção, devido à “falta de conhecimento do estado atual do processo”.

A Escola EB 2,3 das Caldas das Taipas foi construída há mais de três décadas e ainda não sofreu qualquer intervenção. Para a presidente da Associação de Pais, não se justifica “uma vila da dimensão das Taipas ter uma escola com placas de fibrocimento a desfazer-se e em contato com alunos, funcionários e professores, salas com vidros partidos, portas que já não fecham e vidros constantemente a partir. É uma escola desumana”. Se o processo não avançar “podemos chegar a medidas extremas como fecharmos a escola, mas isso é uma posição que tem que

ser debatida com os pais todos numa Assembleia”, conclui. Por sua vez, Adelina Pinto, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães para a Educação, explica que “neste momento, está a proceder-se à solicitação da alteração do parecer da DGesTE para favorável e não favorável condicional, como é no momento”. Só depois da alteração do parecer é que pode ser feita a adjudicação da obra. Apesar de não avançar com “timings”, a vereadora garante que a Câmara “tudo fará para agilizar o processo e iniciar a obra o mais rapidamente possível. • Luís Freitas

Ponte Caldas das Taipas

Concluídas as obras na Rua do Paço Universitárias atropeladas nas Taipas

A requalificação da Rua Paço de Toriz, na Vila de Ponte, terminou no passado dia 18 de novembro. Através de um comunicado dirigido à população em geral, a Junta de Freguesia congratulou-se por terminar a obra ainda antes da data prevista, sem que a circulação regular do trânsito por parte dos moradores tivesse sido afetada.

Esta empreitada, da responsabilidade da Câmara Municipal de Guimarães e que contou

com o apoio das Juntas de Freguesia de Ponte e Fermentões, permitiu a instalação de uma nova conduta de águas pluviais e ainda a substituição do paralelo por uma nova pavimentação.

Também em Ponte, está prestes a terminar a 5ª parcela da empreitada de alargamento da Rua Reitor Francisco José Ribeiro (rua que liga o Largo da Igreja à EN101). Finda esta parcela de alargamento, será iniciada uma nova, junto ao cruzamento do Monte da Ínsua. • LF

Duas jovens foram atropeladas no dia 17 à noite, nas Taipas. As jovens, alunas da Universidade do Minho saíam do autocarro depois de terem regressado do polo de Gualtar e atravessavam a rua junto à EB 2, 3 das Taipas, quando foram atropeladas. As duas estudantes sofreram ferimentos ligeiros. O alerta foi dado pouco depois das 20h30. As jovens foram socorridas pelos Bombeiros das Taipas e encaminhadas para o Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães. No local estiveram sete bombeiros e três veículos. A GNR tomou conta da ocorrência. • LF

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No que diz respeito à moção apresentada, Natália Fernandes explica que esta foi endereçada à Câmara Municipal e à DGEstE por não saber bem a quem chamar a atenção

Domingos Bragança inaugurou ampliação do cemitério

O Presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, procedeu à inauguração das obras de ampliação e requalificação do cemitério da Costa, numa cerimónia onde marcou presença o Presidente da Junta de Freguesia, Miguel Ribeiro, membros do Executivo e Assembleia de Freguesia, bem como o pároco Carlos Sousa. A intervenção, financiada pela Câmara Municipal, mediante a atribuição de um subsídio de 70 mil euros, permitiu a criação de uma zona de 30 ossários e de columbários, local onde se depositam as cinzas depois da cremação.

A ampliação do cemitério contemplou também a construção de casas de banho de apoio. O projeto privilegia a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada, dotando o cemitério com rampas de acesso a cidadãos portadores de deficiência. A nova área contempla também áreas ajardinadas e um

espaço próprio para a realização de arranjos florais, além de ter sido contemplada a pré-instalação de um painel solar com o objetivo de garantir a iluminação exterior do espaço.

A intervenção completou-se com a pavimentação circundante à ampliação e com a colocação de condutas de águas pluviais em toda a extensão. A realização da obra de ampliação permitiu igualmente criar uma área restrita para galerias onde serão depositadas as terras excedentárias das inumações.

“A construção de cemitérios novos, as ampliações ou requalificações são intervenções prioritárias das nossas freguesias. O investimento feito pela Câmara demonstra que é mais equitativo quando estão em causa realizações que, muitas vezes, as freguesias não têm capacidade de suportar financeiramente, porque cada uma tem a sua própria realidade”, considera o autarca. •

Dois detidos por furto

Despesas municipais com cultura caem para seis milhões em 2015

Os custos dirigidos para atividades criativas e culturais no concelho desceram, em 2015, quase 5% face a 2014, devido à queda de 20% nas despesas correntes. Guimarães pautou-se, no entanto, como o sexto município do país que mais gastou nesta área, tendo ainda sido o terceiro que mais despesas registou em bibliotecas e arqui-

Gastos com desporto caem mais de 17% em 2015

Atividades e equipamentos desportivos

Mais de 90% de gastos com património dirige-se para monumentos e centro histórico

Militares do Posto Territorial de Lordelo detiveram, no dia 20 de novembro, em Lordelo, dois homens, com 21 e 23 anos suspeitos de furto em estabelecimento industrial.

Logo que tiveram conhecimento do furto, os militares dirigiram-se de imediato para o local, encontrando a viatura suspeita junto ao estabelecimento, tendo os indivíduos sido detidos por transportarem 55 barras de alumínio furtado, no valor de cerca de seis mil euros.

Os detidos foram presentes a tribunal na segunda-feira, 21, tendo o processo baixado a inquérito. •

O evento solidário “José Mendes Bike Day” foi adiado para dia 01 de dezembro. Decorrerá em Selho São Jorge, Pevidém, freguesia de onde é natural o ciclista profissional José Mendes, Campeão Nacional e o primeiro ciclista vimaranense a participar no Tour de France e nos Jogos Olímpicos.

Com organização conjunta da Junta de Freguesia de Selho São Jorge e da Associação de Ciclismo do Minho, o “José

Mendes Bike Day” incluirá um passeio e um mini passeio de bicicleta (cujas receitas terão um fim solidário) e outras atividades complementares. No evento os participantes terão oportunidade de pedalar ao lado do ciclista José Mendes (que representa a equipa Bora - Argon 18) e de outros atletas de renome. As inscrições revertem, este ano, integralmente para os Bombeiros Voluntários de Guimarães. •

Nculturas realiza Espetáculo de Variedades

Juntos por Gondar está a realizar uma campanha de recolha de alimentos até sábado, 26. Os alimentos podem ser entregues no Supermercado 8 de Maio, Supermercado Daniel e Supermercado Piutes. No último dia pode contar ainda com cantares ao desafio com os convidados Diana Fraga e Soalheira. A iniciativa é apadrinhada por Francisco Coelho Lima.

horas, haverá música, teatro, sketche de humor e ainda uma curta-metragem. No decorrer do espetáculo haverá ainda o sorteio de vários prémios. A entrada é livre. •

As despesas em atividades culturais e criativas no concelho de Guimarães fixaram-se, em 2015, nos 5,99 milhões de euros, valor que refletiu uma queda de 4,8% face a 2014, ano em que o montante ascendeu aos 6,29 milhões, mostram dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados na terça-feira passada.

Depois de terem aumentado quase 36% entre 2013 (4,63 milhões) e 2014, os gastos caíram ligeiramente no ano passado, em virtude da quebra de 20% nas despesas correntes, que, em 2014, eram de 6,25 milhões de euros, e, em 2015, ficaram-se pelos cinco milhões (83,5% do total). As despesas de capital, em sentido inverso, subiram dos 43 mil euros, há dois anos, para os 984 mil, no ano passado, crescendo mais de 21 vezes. O município, apesar da quebra, foi o que mais gastou na

sub-região do Ave, ao ser responsável por 43,5% das despesas, acima do outro concelho com mais de 100 mil habitantes, Famalicão, que realizou 28,8% (3,97 milhões), e o sexto em todo o país, apenas atrás de Lisboa, que despendeu 36,44 milhões (9,3% do total nacional), de Coimbra, cujos gastos ascenderam aos 20,3 milhões (5,2% do total), do Porto, que contabilizou 9,48 milhões, de Elvas (7,23 milhões) e de Ílhavo (6,5 milhões).

Despesas

com bibliotecas e arquivos são as terceiras mais altas do Norte

O município vimaranense foi o terceiro do Norte do país que mais custos arcou com bibliotecas e arquivos em 2015, contabilizando 1,25 milhões de euros, o que traduziu uma quebra de

2,3% face ao ano anterior, quando o montante se cifrou nos 1,28 milhões. O valor de 2015 superou, porém, o de 2013 (1,17 milhões). Quase 98% desse valor (1,22 milhões de euros) serviu para despesas correntes, utilizando-se apenas 30 mil euros para despesas de capital. O Porto, com gastos de 3,78 milhões, e Vila Nova de Gaia, de 1,65 milhões, pautaram-se como os únicos concelhos da região com valores superiores aos da cidade-berço, sendo que municípios com mais de 100 mil habitantes como Matosinhos (666 mil euros), Braga (260 mil euros) e Famalicão (1,18 milhões) ficaram atrás. As bibliotecas absorveram quase 60% das despesas do concelho em 2015, tendo, porém, decaído dos 763 mil euros para os 746 mil (variação de 22%), ao passo que as despesas com arquivo também escorregaram, dos 515 para os 504 mil euros entre 2014 e 2015.

Já os gastos da cidade-berço com património cultural caíram dos 463 mil euros, em 2014, para os 435.500 mil euros, em 2015 - descida de 3,8%. Dessas despesas, todas elas correntes, pouco mais de 408 mil euros (93,7% do total) foram aplicados na categoria que inclui monumentos, centros históricos e sítios protegidos, com os restantes 27 mil a dirigirem-se para sítios arqueológicos. Os museus e o património imaterial não foram contemplados em Guimarães no ano passado.

Nas artes visuais, as despesas mantiveram-se quase inalteradas entre 2014 e 2015, baixando dos 53 mil euros para os 52.500 euros. O design foi o alvo de 56% desses custos, ao receber 29.400 euros, um valor ainda assim inferior ao de 2014 (32 mil euros), enquanto os gastos com fotografia aumentaram dos 21 para os 23 mil euros. Os gastos com artes plásticas como a pintura e a escultura foram nulos. • Tiago Mendes Dias

Despesas com cultura comparativo entre 2014 e 2015

As despesas do município vimaranense em atividades e equipamentos desportivos passaram dos 2,66 milhões de euros para os 2,19 milhões entre 2014 e 2015, o que resultou numa queda de 17,7%, indicam dados publicados pelo INE, na terça-feira, dia 15. Os números apresentados nos últimos dois anos representam uma descida a pique face a 2013, ano em que Guimarães foi Cidade Europeia do Desporto, e as despesas ascenderam aos 5,72 milhões de euros, contrariando ainda a subida nacional de 14,3%, dos 215,46 para os 245,26 milhões de euros entre 2014 e 2015. As despesas correntes ascenderam ao milhão e meio de euros (68,7% do valor total), tendo sido dirigidas para atividades desportivas (858.517 euros) e para associações desportivas (644.750 euros), ao passo que as despesas de capital atingiram os 685 mil euros e foram aplicadas na construção e manutenção de recintos cobertos, como salas e pavilhões desportivos (96.634 euros), ou na construção e manutenção de recintos ao ar livre ou com simples cobertura (588.402 euros). O concelho foi o segundo que mais gastou em desporto na sub-região do Ave, contabilizando praticamente menos três milhões do que Vila Nova de Famalicão (5,05 milhões), e o 14.º no Norte, ficando atrás de municípios de mais de 100 mil habitantes como Matosinhos, cujas despesas ascenderam aos 9,95 milhões, da Maia (6,71 milhões), do Porto (5,34 milhões), de Gondomar (5,24 milhões) e de Vila Nova de Gaia (3,6 milhões), mas também de outros de menor dimensão como Felgueiras (3,03 milhões), de Lamego (2,53 milhões), de Vila Nova de Cerveira (2,52 milhões), Lousada (2,37 milhões) e Vila Pouca de Aguiar (2,27 milhões). •

“Gondar Solidário” é tema para ação de recolha de alimentos

“José Mendes Bike Day” realiza-se a 01 de dezembro

Gondar

Selho São Jorge

Ponte

Candoso S. Martinho

A Nculturas - Associação de Candoso S. Martinho vai realizar no próximo sábado, 26 de novembro, um “Espetáculo de Variedades”. Nesta iniciativa, que vai decorrer no Salão Paroquial de S. Martinho de Candoso, a partir das 21h30

Retrato de Perfil

Carlos Guimarães por Diogo Oliveira

Nome completo

Carlos António Ferreira

Salgado Guimarães Nascimento

9 de novembro de 1964

Carlos Salgado Guimarães, reconhecido urologista vimaranense, falou ao Mais Guimarães sobre o seu novo livro e gosto pela medicina.

Na sexta-feira, 18, lançou o segundo livro da sua autoria, com o título “As Borboletas Voam Sozinhas”, com prefácio de Carlos Silva. Um ano após a edição “O Trémulo da Carriça – Candoso no Horizonte da Memória”.

Um livro de ficção, que segundo o médico, transita do mundo ficcionado e o trajeto de vida de uma personagem que circula à volta dos meandros da sua profissão.

“É história simples e singela com alguma crítica, pensamento filosófico pelo meio, intensidade e humor. As pessoas vão sentir-se no meio do drama e vão se rir”, conta Carlos Guimarães.

O livro procura perceber como as pessoas devem fazer e decidir. “O que é mais importante?

Os outros decidirem ou decidirmos nós próprios? Se podemos decidir por nós próprios, porque deixamos que os outros decidam por nós? Daí o título. As borboletas cumprem o seu destino”, afirmou. O autor procura ainda apelar para alguns aspetos da sociedade com alguma crítica implícita.

Como teve um “feedback” positivo das duas edições que lançou, o médico já escreve o terceiro livro.

“Vai ser totalmente diferente e mais desafiante. Vai andar à volta da mulher e concessão que se deve ter sobre o mundo feminino dentro de uma história”, adiantou.

Tal como muitos médicos escritores que lançaram livros, Carlos Guimarães aventurou-se na literatura. Impulsionado pelo livro “Galveias” de José Luís Peixoto começou a escrever. O gosto pela literatura é antigo, já vem da sua juventude, quando escrevia uns contos e venceu aos 12 anos um prémio de literatura no Comércio do Porto.

“Quando apanhava cogumelos, quando observa as raízes das plantas e animais, quando ope-

Multiusos de Guimarães comemora quinze anos

rava lagartixas e outros bicharocos, despertou um sentido de orientação na medicina”, referiu o médico. Outra razão que o fez seguir medicina segundo Carlos Guimarães tem como fator a falta de médicos no concelho nos anos 60 e 70. “Havia três ou quatro médicos que eu falava, de resto as pessoas iam sobrevivendo conforme podiam. Via angústia nos meus pais quando estava doente”, recordou.

Agora, tem uma ideia completamente diferente das unidades de saúde do concelho. “É outro mundo. Demos um grande salto qualitativo. A evolução foi tão grande como a ida do homem à lua ou a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama”, disse.

Em termos de cuidado de saúde urológicos pelo sistema nacional de saúde, Carlos Guimarães prevê algumas complicações nos próximos tempos, porque “com a liberalização das áreas de escolha dos utentes, existem muitos pacientes da área de Trás dos Montes que são referenciados para a nossa unidade hospitalar. Se nós já tínhamos uma população de 380 mil, vamos ter uma população de referência de 400 ou 500 mil para o mesmo número de pessoas. O que significa que vai haver constrangimentos. Politicamente decide-se, e bem, que as pessoas são livres de escolher, mas depois não se faz o devido ajuste em termos de recursos técnico e humanos da procura que vai existir”.

Para além de escrever, o médico gosta de fotografia, ler, caminhar e fazer expedições. Se tivesse que dar um título à sua vida seria “Histórias de um piloto falhado”.

Segundo Carlos Guimarães, “todas as crianças em certa altura da vida sonham em ser piloto aviador, mas para uma família com origens humildes não estava ao alcance”. •

Espaço privilegiado para a realização de eventos, o Multiusos de Guimarães (inaugurado no dia 17 de novembro de 2001), celebrou na quinta-feira, 17, o 15º aniversário com nova imagem e um concerto que juntou António Zambujo e a Orquestra de Guimarães.

Aníbal Rocha, diretor da Tempo Livre, acredita que a escolha foi uma aposta ganha. “Foi um excelente concerto. O espetáculo tinha de ter algo diferenciador e uma proximidade com a cidade. O aniversário não pode-

ria ter só a voz do António Zambujo. A orquestra de Guimarães deu esse diferenciador”, disse.

O diretor conta que foram “anos de muita luta pela afirmação” deste segundo espaço do género em Portugal, depois de Pavilhão Atlântico, em funções desde 1999. Aníbal Rocha menciona que “a quantidade de espetáculos que conseguiram promover nestes últimos três meses provam que são uma referência na região”.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal

Círculo Arte e Recreio celebrou o 77º Aniversário

O Círculo Arte e Recreio (CAR) fez 77 anos no sábado, 19, com vários convidados célebres da cidade de Guimarães. O momento serviu de homenagem a António Xavier, um dos membros vivo que ainda não tenha sido homenageado. António Xavier recebeu uma caricatura e assistiu com os convidados a uma pelicula da

sua vida. Foi ainda inaugurada uma exposição com algumas fotos num registo muito particular.

O presidente do CAR, Jorge Cristino, revela que a associação “sempre desempenhou um papel fundamental no movimento associativo e na própria cidade” e descreve que a associação é

de Guimarães, salienta o contributo da Orquestra de Guimarães à cidade e diz que o “Multiusos é uma história de sucesso que faz com que a cidade seja mais visitada”.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Amadeu Portilha, mostra-se orgulhoso por pertencer a uma casa que é referência do país. “Os grandes concertos acontecem em Lisboa e Guimarães. Milhares de pessoas deslocam-se até aqui para verem concertos ou eventos desportivos”, referiu. • DO

eclética, plural, popular (não elitista), que primou sempre por formar homens e mulheres através de atividades pedagógicas, quer a nível musical quer teatral”. O espaço serve para muito jovens como diversão, que o aproveitam não só para o convívio, mas para debate, tertúlias e múltiplos projetos. • DO

Estudante de S. Torcato ganhou 100 mil euros numa raspadinha

Uma aposta de cinco euros na raspadinha “Feliz Natal” foi o suficiente para tornar um cliente da Pastelaria Trigueirinha, em Fermentões, vencedor do prémio máximo de 100 mil euros (81 mil euros após deduzido o imposto de selo

de 20% para prémios superiores a 5 mil euros).

O vencedor, um estudante de S. Torcato, comprou a raspadinha ontem, ao final da tarde, mencionou à gerente do estabelecimento que o prémio vai servir para concluir os estudos. •

“O gosto pela medicina nasce com a curiosidade de perceber como as coisas funcionam”

S.Martinho de CandosoGuimarães Profissão Urologista

A Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão acolhe entre os dias 25 e 26 mais de uma dezena de investigadores e historiadores nacionais que vão debater o tema “A censura em Portugal (1910-1974)”. O colóquio insere-se na XX edição dos Encontros de Outono, promovido pelo Museu Bernardino Machado.

Depois de se afirmar no país como um centro de investigação incontornável da história da Primeira República Portuguesa, o Museu Bernardino Machado dedicou o ano de 2016 ao estudo e debate da censura em Portugal. A temática tem estado presente na programação anual do Museu, refletindo-se nas mais diversas atividades, com destaque para o ciclo de conferências

Braga

“A Censura na Ditadura Militar e no Estado Novo” e ainda para as exposições “Os livros proibidos pela ditadura” e “A repressão da imprensa na Primeira República”.

Neste encontro vai-se abordar o impacto da censura na Primeira República, nos governos republicanos, durante a Primeira Guerra Mundial, durante a Ditadura Militar e o Estado Novo, a censura na literatura e espetáculos para menores, no teatro e no cinema. De acordo com o coordenador científico do Museu Bernardino Machado, Norberto Cunha, trata-se de “um conjunto de conferências que se complementam e que conseguem dar uma visão bastante abrangente sobre o que foi a censura em Portugal”. •

Alunos, encarregados de educação e professores do primeiro ciclo do ensino básico da Póvoa de Lanhoso já podem usufruir da plataforma de Aprendizagem, Colaboração e Partilha “+ Sucesso Escolar”. Esta tecnologia resulta de um projeto de promoção do sucesso escolar, para reduzir o abandono escolar precoce e promover a igualdade de acesso a uma educação de boa qualidade. Permite aos alunos aprender ao seu ritmo e de forma criativa através de centenas de atividades interativas e dinâmicas.

Para além de conteúdos curriculares de português, matemática, estudo do meio e inglês, o projeto inclui: plataforma e mural (rede social e comunitária), conteúdos para trabalhar a Educação para a Cidadania (educação ambiental, desenvolvimento sustentável, educação para a saúde) e o Sistema de Gestão de crachás digitais (recompensas atribuídas pela plataforma e pelo professor de acordo com o indicador de desempenho que podem ser personalizadas por este). A partir de janeiro incluirá o Currículo Local. •

A Câmara Municipal de Vizela, no âmbito do Serviço prestado pelo Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Jovem para a Empregabilidade Total (GADJET), vai promover a palestra “O Produto és Tu”.

A iniciativa, que decorrerá no próximo dia 6 de dezembro no auditório Luís Lopes Guimarães, em Vizela, resulta do trabalho em parceria com o Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social (GAAS) da Santa Casa da Misericórdia de Vizela, os Estabelecimentos de Ensino, Educação e Formação do concelho e o Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP).

Esta palestra, que conta com Artur Moura Queirós como orador, incidirá sobre técnicas de procura ativa de emprego e a componente comportamental de quem aborda o mercado laboral.

A interação e o espírito pragmático estarão presentes em todos os conteúdos, permitindo aos/às participantes saírem d’

“O Produto és Tu” com sugestões criativas e motivados para aplicarem novas ferramentas para lidarem com as exigências atuais do mercado laboral. •

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O Município de Braga vai plantar mais de três mil árvores em vários pontos da cidade, no âmbito do programa “Florestar Braga”. Até quarta-feira, dia 23, a terceira edição desta ação de sensibilização ambiental prevê a realização de diversas atividades pedagógicas, animação, florestação no Monte Picoto, na Quinta Pedagógica e em várias escolas e locais espalhados pelo concelho, culminando com a comemoração do Dia Mundial da Floresta Autóctone.

“Queremos fazer do Picoto o maior parque urbano de floresta autóctone do país. Este é o nos-

so compromisso para com as futuras gerações. Para isso, estamos a desenvolver uma série de atividades agregadoras em redor da preservação ambiental, unindo o maior número de entidades e parceiros”, referiu Altino Bessa, vereador do Ambiente do Município de Braga, durante a apresentação do programa.

Nos últimos dias já se desenvolveram várias atividades de plantação de árvores no Monte Picoto, no Bairro das Andorinhas e junto ao hotel Lamaçães e uma caminhada. No Dia Mundial da Floresta Autóctone, dia 23, serão promovidas duas palestras. •

Barack Obama realizou na terça-feira, 15, a última viagem ao estrangeiro como Presidente dos Estados Unidos. Na Grécia, o presidente afirmou que uma Europa “forte” é importante para os americanos, bem como salientou que a NATO é “absolutamente vital” para a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos. “Acredita-

mos que uma Europa forte, próspera e unida não é só bom para o povo da Europa, mas também é bom para o mundo e bom para os Estados Unidos”, disse Barack Obama, em declarações no palácio presidencial na capital grega. Obama salientou que a relação transatlântica é “a pedra angular da segurança mútua da Eu-

Medicamentos em 2017 não podem baixar mais do que 10%

ropa e dos Estados Unidos bem como da prosperidade”. O norte-americano tem procurado acalmar os receios dos parceiros da Aliança Atlântica quanto às intenções do Presidente eleito Donald Trump em relação à NATO, que durante a campanha presidencial questionou a relevância desta aliança militar. •

O PCP apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) que prevê uma redução gradual do número de alunos por turma do pré-escolar ao ensino secundário. O partido espera que a medida seja implementada já em 2017-2018 nas turmas de início de ciclo, que integrem alunos com necessidades educativas especiais, ou com níveis de insucesso escolar superiores à média nacional.

O presidente da Câmara Municipal de Fafe está indignado com a questão da Ponte de Passos. O autarca, Raul Cunha diz ser “verdadeira escandalosa a forma negligente e leviana como as Estradas de Portugal lidaram com a situação da Ponte de Passos”. O assunto já se prolonga há dez anos e a autarquia tem vindo a alertar para a necessidade de intervir na Estrada de Passos, para impedir a utilização desta via como alternativa para evitar a ponte.

A solução encontrada, de transbordo de passageiros nos extremos da ponte “não é aceitável”, na opinião do edil, que acrescenta que “as pessoas que utilizam, diariamente, esta estrada nacional não podem ser tratadas assim”.

A obra de reparação da Ponte de Passos é da responsabilidade das Estradas de Portugal. Neste momento está a aguardar intervenção. A Câmara Municipal já solicitou uma reunião com os responsáveis para encontrar uma solução. •

© Direitos Reservados

O preço dos medicamentos em 2017 não pode baixar mais do que 10% em relação ao custo atual, de acordo com um “mecanismo excecional” criado pelo Ministério da Saúde. Pretende-se equilibrar a “revisão dos preços, no que respeita a grandes reduções que possam vir a ocorrer”. Ficará ainda suspensa a revisão anual do preço de venda ao público máximo de medicamentos genéricos, bem como a revisão anual dos preços máximos de aquisição dos medicamentos genéricos pelos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS). •

Mais de 1.600 pedidos de ajuda à Saúde 24 para deixar de fumar

Primeiros dez

Na discussão na especialidade do OE2017, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues disse que uma eventual redução depende de um estudo a realizar pelo Governo.

O BE pretende ainda que seja atribuído aos alunos do 3.º escalão do abono de família um apoio suplementar para a compra de manuais escolares, “correspondente a 25% do escalão A da Ação Social Escolar”, o que se traduz numa ajuda de 29,5 euros para os alunos do 2.º ciclo do ensino básico, de 44 euros para os do 7.º ano,

de 33,5 euros para os do 8.º e 9.º anos, e de 36,75 euros para os do ensino secundário. No que diz respeito a Ação Social Escolar, o CDS-PP quer também que o OE2017 contemple a extensão das medidas de apoio aos alunos com dificuldades económicas a todos os alunos que frequentem o ensino particular e cooperativo. O BE quer ver garantido no próximo Orçamento do Estado os alunos mais carenciados, que frequentem escolas consideradas Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) possam ter acesso a refeições nas interrupções letivas do Natal e da Páscoa “com as mesmas condições de pagamento que no resto do ano letivo para os alunos beneficiários da Ação Social Escolar”, e que os beneficiários deste apoio possam também ter também na escola o pequeno-almoço. Os Verdes reclamam ainda que o OE2017 preveja verbas para a contratação de mais psicólogos escolares.•

Melania e Barron Trump não vão

Mais de 1.600 pessoas pediram ajuda para deixar de fumar nos primeiros cinco meses de funcionamento da linha Saúde 24, tendo julho sido o mês de maior

procura, com uma média de 14 chamadas por dia. Por género verifica-se que houve muito mais homens a pedir ajuda, um total de 1.063 contra apenas 567 mulheres. A faixa etária que mais recorreu ao serviço foi a dos 35 aos 69 anos (409 mulheres e 733 homens), logo seguida pela dos 18 aos 34 anos (120 mulheres e 254 homens). O serviço telefónico de auxílio à cessação tabágica arrancou em maio. O serviço irá contar com uma linha telefónica especifica de apoio à cessação tabágica, que vai fazer o acompanhamento e orientação do utente. Está previsto arrancar em junho.•

meses do ano: os mais quentes da era moderna

Os primeiros dez meses do ano foram os mais quentes dos tempos modernos. Outubro foi o terceiro mais quente desde 1880.

“A temperatura global do ano (janeiro-outubro) permaneceu a mais alta no registo”, refere o relatório mensal da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Já 2016 deverá ser o ano mais quente desde que há registos, devido à queima contínua de combustíveis fósseis, que contribui para o aquecimento global, a que se junta a tendência de aquecimento do oceano pelo El Nino, que terminou em julho.•

Melania e Barron Trump deverão manter-se na Trump Tower para que Melania possa manter a proximidade com Barron e para que o jovem continue a frequentar a escola privada em Manhattan. A informação foi adiantada por uma fonte próxima da família. Em declarações ao The New York Post, a fonte garantiu que Melania e Barron Trump não irão mudar-se para o nº1600 da Avenida Pensilvânia, em Washington.

“Melania é muito próxima de Barron e ainda ficaram mais próximos durante a campanha. A campanha foi difícil para Barron e ela quer evitar ao máximo as interrupções”, explicou a mesma fonte.

Apesar de Melania apoiar sempre o marido e estar sempre perto dele, o filho é uma prioridade. “Ela tem uma grande dedicação ao Barron”. Donald Trump venceu as eleições presidenciais norte-americanas e irá assumir o cargo no próximo mês de janeiro. Nesta altura, a família Obama deixará a Casa Branca e a família Trump tem a possibilidade de entrar naquela que é a casa oficial do presidente norte-americano. A Trump Tower deverá ver a segurança aumentada, já que será uma espécie de Casa Branca. “A Trump Tower passará a ser a Casa Branca de Nova Iorque”, realçou Jim Reese, um antigo comandante das forças especiais. •

O grupo de trabalho da Rede Concelhia de Bibliotecas de Vila do Conde reuniu no passado dia 18, na Biblioteca Municipal José Régio. No encontro estiveram presentes a vereadora da Educação, Lurdes Alves, o coordenador interconcelhio da RBE, Paulo Isidoro, as técnicas do SABE da Biblioteca Municipal José Régio e os professores bibliotecários responsáveis pelas 21 bibliotecas da rede.

Foram abordados assuntos como a partilha de atividades, questões técnicas relacionadas com o uso de ferramentas e facilidades comuns, assim como projetos futuros relativos ao parque que escolar que envolvem as bibliotecas. Este é um grupo de trabalho constituído há mais de dez anos, que se articula sob orientações técnicas e dinâmicas partilhadas. •

A Convenção dos Direitos da Criança “foi posta à prova” com o atual fluxo migratório, com as crianças em representarem quase metade das pessoas em movimento, assinalou a Unicef.

Em declarações à Lusa, Sarah Crowe, porta-voz da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infân-

cia) para as migrações, referiu que a atual resposta política aos fluxos migratórios “não é, em muitos casos, o que se esperava de países que assinaram a CDC há décadas”.

Os conflitos e as alterações climáticas vão continuar a desencadear grandes movimentações de pessoas no futuro, “imprevi-

síveis e pouco do interesse das crianças”, afirmou, referindo que “as crianças não sabem se são migrantes ou refugiadas, são crianças, em primeiro lugar”.

A Convenção dos Direitos da Criança foi aprovada na Assembleia-geral das Nações Unidas a 20 de novembro de 1989. •

Encontros de Outono retratam os caminhos de “A Censura em Portugal”

Palestra sobre técnicas de procura ativa de emprego

Presidente da Câmara indignado com situação de Ponte de Passos

Vizela Fafe Tecnologia promove sucesso escolar no 1º ciclo

Póvoa de Lanhoso

Obama realiza última visita ao estrangeiro como Presidente dos EUA

Convenção dos Direitos da Criança questionada com migrações

Partidos pedem menos alunos por turma e ação social no privado

para a Casa Branca

Terça-feira, 15 de novembro

Quarta-feira, 16 de novembro

Quinta-feira, 17 de novembro

Sábado, 19 de novembro

Sexta-feira, 18 de novembro

Domingo, 20 de novembro

Segunda-feira, 21 de novembro

“Florestar Braga” permite plantação de mais de 3 mil árvores

Grupo de trabalho da Rede Concelhia de Bibliotecas discute futuro

Vila Nova de Famalicão

Opinião de Paulo Novais

E AGORA QUE O MUNDO ESTÁ LÍQUIDO?

Entender o mundo em que vivemos não é mais uma tarefa fácil nem simples, tudo ficou muito mais complicado. Em outros tempos, o mundo era percecionado como sólido i.e., as ideologias, o pensamento, as conceções e as conexões que plasmavam e regulavam a realidade e as interações entre os

elementos que a compunham eram conceitos consistentes, estáveis e sólidos. Isso acabou!

Como afirma Zygmunt Bauman “o século XX, com as suas conquistas tecnológicas, embates políticos e guerras viu o apogeu e o declínio desse mundo sólido”. Esta “pós-modernida-

de”, como ele também refere, aportou a fluidez do líquido, esbateu barreiras e divisões, adotou novas formas, preenchendo os espaços, dissolvendo certezas e práticas. A liquidez e volatilidade, de Bauman, estão associadas à inconstância e à incerteza que a falta de pontos de referência provoca. Estes princípios, códigos e padrões socialmente estabelecidos que usávamos como barómetros de orientação, pelos quais nos podíamos guiar, estão a desaparecer. O mundo de facto mudou!

A verdade e a mentira estão completamente diluídas, sendo muito difícil de as distinguir ou reconhecer. Tudo vale. Qualquer coisa serve. Uma coisa e o seu contrário são aceitáveis. As ideologias e as ideias não são mais importantes mas sim os fait-divers, as intrigas, as ofensas. O espetáculo sobrepõe-se ao evento em si, ao facto. Teremos atingido o auge da civilização do espetáculo, como descrevia Mario Vargas Llosa. Os recentes acontecimentos relacionados com as eleições americanas são um bom exemplo desta nova realidade.

Os meios de comunicação tiveram aqui um papel central e comete-

ram um pecado mortal ao credibilizarem esta forma de atuação e ao subestimarem os seus intervenientes. A incapacidade de colocar os assuntos e os problemas que realmente interessavam aos cidadãos na ordem do dia foi gritante.

O consenso à volta do denominado “politicamente correto” e uma incompreensível capacidade de transformar opiniões em factos estorvaram e limitaram o pensamento e a capacidade de discernir e de analisar. Foi, acima de tudo, legitimado o supérfluo, o acessório, os mexericos e as bisbilhotices. A política mudou! E agora que o mundo está líquido? Que caminhos nos esperam?

Continuar a assobiar poderia ser uma solução mas talvez seja perigoso. Sopram ventos na velha Europa, em particular, em França, na Itália e na Alemanha que podem gerar brevemente novas tempestades. Até porque a vitória do antissistema começa a ser uma tendência, o padrão e não uma simples exceção.

A política não pode continuar a ser gelada e hermética, fechada em si mesma. Não pode resumir-se a estratégias, a números, a jogos e a lugares em disputa. Tem de olhar para as pessoas, falar com elas,

Guimarães Jazz chegou ao fim

Terminou a 25ª edição do Guimarães Jazz. O festival, que decorreu entre 05 e 19 de novembro, levou aos palcos da cidade nomes como o saxofonista Rudresh Mahanthappa, o trompetista Ambrose Akinmusire e Donny McCaslin (que liderou a banda que gravou “Blackstar”, com David Bowie), entre muitos outros.

A 10 À HORA Opinião de Ana Amélia Guimarães

O problema da mobilidade/ acessibilidades dentro da cidade (falo da minha cidade, Guimarães) e no concelho é, há décadas, uma dor de cabeça para quem tem a má sorte de se deslocar por estas bandas.

É neste contexto que surge a proposta autárquica de criação de um tramway - aquilo a que na nossa língua materna designaríamos por metro de superfície (o recurso aos estrangeirismos, sobretudo anglo-saxónicos, em tempos, era sinal de uma pretensa “competência cosmopolita”, agora é simplesmente pretensioso. A autarquia devia ser

a primeira, tal como as escolas, por exemplo, a defender o património imaterial da nossa língua, mas enfim…). Sendo uma proposta que já vem tarde – como vem sendo hábito deste executivo - ela poderá, porém ser uma forma de fomentar uma melhor acessibilidade aos equipamentos da cidade, democratizando o seu usufruto e contribuindo ainda para a desejada aproximação dos vimaranenses às vivências da cidade, promovendo-se, assim, uma maior unidade territorial, que várias vezes é posta em causa.

Como dissemos, esta proposta chega bem tarde e começa a

ser penoso elencar, aqui nestas crónicas, as décadas de atraso a que as sucessivas maiorias do PS autárquico local votaram a cidade e o concelho… por falta de visão, por deficiente hierarquização de prioridades, e também – e isso é que é intolerável – por casmurrice e arrogância antidemocrática. É que de forma sustentada, a CDU já fez esta proposta há quase 20 anos (1997), usando a terminologia portuguesa “metro de superfície”. Tal como com outras propostas de desenvolvimento integrado, verde e sustentável apresentadas pela CDU, o PS autárquico fez orelhas moucas e menoscabou a proposta. Agora mais uma vez, muito virginal, vem a autarquia dizer-nos que descobriu a pólvora. Enfim.

Já agora: é necessário também, como o bom senso ordena, uma ligação rápida à estação da CP de Famalicão, uma vez que a ligação ferroviária ao Porto/Lisboa continua a ser muito lenta, mesmo utilizando o Intercidades (7h 43) que demora 1h 09 a chegar ao Porto (com apenas duas paragens, Sto Tirso e Trofa) ou o Alfa (às 16h 55) que demora 50m a chegar ao Porto. Já de Famalicão a Lisboa temos seis comboios diários, que demoram 24

tocar nelas e necessariamente abordar os seus problemas, as suas ansiedades e necessidades, apontar caminhos e encontrar, se possível, soluções. Temos de voltar a humanizar a política para trazê-la de volta ao cidadão comum e ao seu dia-a-dia.

Até porque como afirmava Winston Churchill (século XX) “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir”.

Eu (se não se importam) vou continuar a pensar pela minha cabeça, essa é uma das liberdades que não quero dispensar nem perder.

A Banda da Sociedade Musical de Pevidém foi a novidade do cartaz deste ano. Um concerto sob direção de Marco Barroso, que Vasco Silva de Faria, maestro e diretor artístico da Banda Musical de Pevidém, descreveu como “fantástico”. O diretor viu no Guimarães Jazz

uma forma de divulgação e de potenciar os músicos de Guimarães, trazendo, assim, uma “marca diferente” ao festival.

Ivo Martins, diretor artístico do festival, considerou que as “bodas de prata” do Guimarães Jazz correram da melhor forma e admitiu que não é fácil manter um festival desta envergadura.

“Em Portugal não é normal atingir este número de espetadores, sobretudo, numa cidade como Guimarães. A afluência do público e a sua fidelidade é o que mantem a continuidade do festival”, afirmou o diretor artístico que deixou ainda agradecimentos às pessoas que passaram pelo festival. • Diogo

Oliveira

Espetáculos

Madame Butterfly Multiusos de Guimarães Sábado, 26 – 21h00

Amen Dunes (Solo) Grande auditório do CCVF Sexta, 25 - 22h00

Orquestra do Norte

Igreja Matriz de S. Jorge de Selho Sexta, 25 - 21h30

m (Alfa) e 30 m (Intercidades) a fazer Famalicão - Porto. Resumindo: é urgente combater e resolver esta situação de periferia. Até porque, em 2004, aquando da eletrificação da linha, que foi “vendida” aos vimaranenses como remodelação, perdemos a oportunidade de ganhar uma via dupla e um traçado mais rápido. Assim, hoje, para viajarmos a sul do Douro temos ainda que recorrer a Famalicão ou Porto para irmos ou mais rápido ou noutros horários (para além dos dois que temos em Guimarães).

Na altura alertei para a oportunidade existente de se proceder a esse traçado mais rápido. E, nessa altura, mais uma vez, a autarquia diz não e que o que se estava a fazer era melhor que nada. Mais uma vez, enfim.

Para terminar: li na imprensa local que “A Comunidade Intermunicipal do Ave vai implementar a 2ª edição do projeto de Educação para o Empreendedorismo

“Ter Ideias para Mudar o Mundo”, em parceria com a Associação

Coração Delta – Grupo Delta Cafés. Este projeto pretende iniciar o treino do empreendedorismo em crianças dos três aos doze anos e visa ensinar às crianças

competências que serão muito úteis ao longo das suas vidas.”

A ideia de mudar o mundo é, para mim, marxista, um horizonte que tracei desde jovem. Parece-me uma ideia generosa se não se cair em messianismos e em idealismos de pôr na lapela para aliviar a consciência ou para animar sessões mais ou menos bem-intencionadas. Associar o jargão empreendedor/ empreendedorismo ao objetivo de mudar o mundo parece-me contranatura. O empreendedorismo (uma moda do neocapitalismo americano) está ligado a uma ética individual de sucesso. O sucesso individual como paradigma existencial e quem assim não for ou fizer é um loser, mais um estrangeirismo marcadamente ideológico imposto pela ditadura linguística neoliberal.

A escola pública propõe-se contribuir para a formação integral dos/as alunos/as, como indivíduos autónomos, solidários, críticos, e com competências de autonomia e criatividade que lhes permitam seguir o seu próprio destino, contribuindo para uma sociedade e um país melhor. É a partir destas “competências” (as tais skills) que se pode construir um mundo melhor.

que se concretiza. Escrito por Paulo César Gonçalves em co-autoria com Gabriela Cunha e ilustrado por Raquel Costa, a obra retrata a história das Festas Nicolinas

O III Festival Internacional de Guitarra de Guimarães irá decorrer de 22 a 30 de dezembro de 2016 em vários locais emblemáticos da cidade de Guimarães. O festival conta nesta terceira edição com concertos, masterclasses, workshops, concurso Internacional de guitarra “Cidade de Guimarães” e um Ciclo de Conferências. As honras de abertura ficam a cargo de Joaquim Santos Simões no dia 22. No dia 26 sobe ao palco José Manuel Dapena, de Espanha, e no dia seguinte, 27, Costas Cotsiolis, da Grécia. A final do concurso internacional da categoria G está marcada para o dia 28. Robert Trent, dos Estados Unidos, atua no dia 29 do mesmo mês. O Festival internacional de Guitarra de Guimarães é um evento promovido e organizado pela Sociedade Musical de Guimarães com o apoio do Município de Guimarães. • DO

Concertos

Mariza Multiusos de Guimarães Sexta-feira, 25 – 22h00

Amen Dunes (Solo)

CCVF Sexta, 25 -22h00

Concerto Sta. Cecília Salão Nobre dos Paços Do Concelho Sábado, 26 – 21h30

Dança

Rule of Thirds Grande auditório do CCVF Sábado, 26 – 21h00

Cinema

e destina-se a crianças entre os 8 e os 12 anos. “Queremos acabar com uma série de mitos”, assumiu Paulo César Gonçalves. “Há toda uma geração de pequenos nicolinos que precisam de saber que as nicolinas não são só o “Pinheiro”, que são um património como não há neste país”, referiu com orgulho.

E o objetivo do livro é mesmo este: através de uma linguagem que prima por não ser infantilizada, explica-se a história das festas, dão-se a conhecer personagens que as marcaram como a Senhora Dona Aninhas ou o professor João de Meira, despertando a curiosidade dos mais pequenos. “Acho que a curiosidade deveria ser despertada nas crianças e não dar

tudo de mão beijada. É como no livro. Há muita coisa que não está no livro, mas que eles podem ir descobrir”, disse Paulo César Gonçalves.

O autor era apenas um miúdo com oito anos, quando se “apaixonou” pelas Nicolinas.

Na altura frequentava a escola primária e alguém o levou às festas para assistir às Danças de S.Nicolau. Não entendeu bem o que se passava, mas achou um “piadão” à espécie de teatro de revista, feita por homens e onde não faltavam momentos de humor.

“Uma palermice pegada. Só dá vontade de rir!”, recordou. E foi nesse dia, no dia 6 de dezembro, o dia das Maçãzinhas, que nasceu a paixão. E nunca mais se apagou. • DO

Loucamente Grande auditório do CCVF Terça, 22 - 21h45

Café Society Grande auditório do CCVF Domingo, 27 - 21h45

Exposições

“Questionamento”

CCVF/ Palácio Vila Flor Até 14 janeiro 2017

Objetos estranhos: ensaio de proto-escultura

PAC/CIAJG

Todo o mês

Exposição de Desenho

Vasco Carneiro

Galeria de Exposições da Sociedade Martins Sarmento Até dia 27

Continuar a assobiar poderia ser uma solução mas talvez seja perigoso.”

Foi apresentado um livro para jovens nicolinos

Cartaz definido para a terceira edição do Festival Internacional de Guitarra de Guimarães

Classificados Classificados

VITÓRIA SC BOAVISTA 2 1

ESTÁDIO DO BESSA

VITÓRIA S.C.

Hurtado foi o rastilho que fez explodir a alma vitoriana

O terramoto sonoro sentido no Estádio do Bessa aos 118 minutos, com epicentro no Topo Norte, foi o clímax de uma eliminatória condimentada com muita luta e entrega de parte a parte. O momento em que a bola cobrada por Hurtado “beijou” as redes boavisteiras gerou uma onda eufórica entre os cinco mil vitorianos presentes e colocou a turma de Pedro Martins nos oitavos de final da “prova rainha”, onde vai estar acompanhada por mais sete equipas do escalão principal, quatro da Segunda Liga e outras quatro do Campeonato de Portugal.

Bernard sofreu falta de Henrique em zona frontal à baliza axadrezada, quando decorria o minuto 116, e originou um livre que poderia ser uma das últimas oportunidades do Vitória para desfazer o empate numa partida que acelerava rumo às grandes penalidades.

Hurtado, que substituíra Hernâni aos 90 minutos, assumiu a marcação da falta e desferiu um remate forte e rasteiro que bateu Aghayev, apesar do guardião azeri ter ainda tocado na bola e dado a sensação de que poderia defender. O Vitória estava apurado para os oitavos de final depois de uma partida intensa, até agressiva em algumas fases, mas apenas bem jogada a espaços.

Com Miguel Silva na baliza pela segunda vez nesta época, no palco onde se estreara há quase um ano, Tozé de regresso ao meio-campo vitoriano e

Hernâni a reintegrar o “onze”, após ter sido titular pela última vez frente ao Sporting, Vitória e Boavista estiveram melhores a anular as iniciativas contrárias do que a definir a construção atacante e a criar lances perigosos nos primeiros 20 minutos, com exceção de um cabeceamento de Talocha por cima do travessão vitoriano, aos nove minutos.

A monotonia foi apenas quebrada pela chegada atrasada da maioria do contingente de adeptos vitorianos, por volta do minuto 20, e, pouco depois, aos 26, pela grande penalidade assinalada por Jorge Sousa a favor do Vitória, na sequência de um cabeceamento de João Pedro que esbarrou na mão de Carraça. Soares, chamado à conversão, não desperdiçou a possibilidade de inaugurar o marcador, atirando a bola para o lado oposto de Aghayev.

Os cerca de cinco mil vitorianos que se deslocaram ao Bessa voltaram a demonstrar a “aura” que envolve o clube da cidade-berço.

O apoio incessante do primeiro ao último minuto, o grito vindo das entranhas aquando do golo e a saudação aos jogadores no final ficam gravados na memória de quem lá esteve ou de quem viu aqueles adeptos.

Os comandados de Pedro Martins estabilizaram o seu futebol nos últimos minutos do primeiro tempo e ameaçaram a baliza boavisteira aos 36 minutos, num remate de Josué ao lado, tendo entrado no segundo tempo com o intuito de gerir a diferença mínima, mas um lance polémico aos 52 minutos mudou a corrente do jogo: Schembri rematou, à meia-volta, para o fundo das redes, mas Jorge Sousa anulou o lance, marcando, numa primeira decisão, grande penalidade para os axadrezados, por alegada mão de Bruno Gaspar. A irregularidade foi, porém, cometida pelo avançado maltês, e o juiz acabou por mudar de opinião.

Os vimaranenses, no entanto, continuaram intranquilos e viram o Boavista dominar totalmente os minutos seguintes, com Schembri, aos 55, a atirar para grande defesa de Miguel

Silva e, no minuto seguinte, a igualar a partida, num remate à meia-volta, que deixou o guardião vitoriano sem reação.

As últimas ocasiões dos 90 minutos pertenceram ao Vitória, com Josué, aos 84 minutos, a atirar ao lado na recarga a uma defesa de Aghayev, e Hernâni, aos 88, quando rematou em arco, com a bola a passar a centímetros da baliza.

A equipa trajada de branco procurou reagir ao tento sofrido, mas os axadrezados continua-

ram mais perigosos, com Renato Santos a proporcionar uma boa defesa a Miguel Silva, num remate forte aos 69 minutos, que precedeu uma quebra de ritmo nos 20 minutos finais. As equipas voltaram a afastar-se das balizas, com Pedro Martins a ser obrigado a colocar João Aurélio no lugar de Rafael Miranda aos 82 minutos, após o médio brasileiro se ter lesionado numa entrada de Erivelto.

Houve ainda tempo para a expulsão do central boavisteiro Lucas no período regulamentar, após ter visto o segundo amarelo, e o Vitória assumiu a iniciativa de jogo desde o primeiro minuto de prolongamento. Apesar do muito volume atacante, apenas Soares esteve perto de marcar aos 107 minutos, antes de Hurtado decidir a eliminatória. O Vitória deu mais um passo na direção do Jamor, mas o caminho até lá requer ainda mais quatro. • Tiago Mendes Dias

Martins

O treinador do Vitória considerou, após os 120 minutos de jogo frente ao Boavista, que a “chave” para o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal residiu no “controlo emocional” dos seus jogadores, num jogo “muito difícil”, com “muitos desequilíbrios”, “muitos duelos”, “nem sempre bem jogado porque havia pouco espaço”. “Mesmo com mais um, nunca perdemos esse equilíbrio e o se-

gundo passo foi ter essa paciência no momento certo. Sabíamos que era um jogo em que tínhamos que ter um controlo emocional acima de tudo”, disse o timoneiro.

O líder vitoriano reconheceu que, depois de uma primeira metade equilibrada, o Boavista “esteve melhor” na segunda, embora as “ocasiões mais flagrantes” tenham pertencido à sua equipa.

Acrescentou ainda que o Vitória fez o que lhe competia no pro-

longamento, ao empurrar “o adversário para o último terço”, elogiando a capacidade da equipa em manter a identidade e partir sempre “à procura do resultado”. Pedro Martins adiantou que a lesão de Rafael Miranda, que deixou o campo aos 82 minutos, não parece ser “nada de grave” e falou ainda sobre o sorteio, reiterando que a equipa está na prova para lutar, “independentemente do adversário”. •

Maior deslocação da temporada apesar dos atrasos

BOAVISTA Carraça por Tengarrinha 63’

por Erivelto 77’ e Iuri Medeiros por Philippe Sampaio 90+2’

VITÓRIA Tozé por Bernard 67 R. Miranda por João Aurélio 81’ e Hernâni por Hurtado 90’

A onda de apoio ao Vitória fora do Estádio D. Afonso Henriques tem crescido a par da boa fase que a equipa atravessa e viveu, até agora, o ponto alto da época no domingo, com a presença de cerca de cinco mil adeptos no Topo Norte do recinto axadrezado, que superou a deslocação

a Vila do Conde, para o jogo do campeonato com o Rio Ave, a rondar os quatro mil. Os adeptos apenas se conseguiram reunir na totalidade durante a segunda parte, uma vez que parte deles só embarcou no metro em direção à Casa da Música do Porto a um quarto de hora do início da

partida, tendo de pagar um euro pela entrada, contrariamente à entrada gratuita que estava prevista. A maioria dos elementos das claques entrou apenas por volta dos 20 minutos, enquanto a última fração de adeptos vitorianos entrou no Bessa apenas aos 43 minutos. •

HOMEM DO JOGO

Hurtado 118'

Foi o jogador mais decisivo do encontro, com um golo a dois minutos da ida para penáltis. O peruano substituiu Hernâni aos 90, mas o pouco tempo em campo bastou para assumir a pele de protagonista.

Técnico vitoriano afirma que a situação de Marega está resolvida

Pedro Martins garantiu que o caso desencadeado pela expulsão de Marega frente ao Nacional e subsequente abandono do recinto de jogo “foi superado”, confirmando que o avançado maliano “já se retratou perante os seus colegas, perante o treinador, os adeptos, o presidente” e já “sofreu as consequências do seu ato”.

MOMENTO DO JOGO

Euforia Vitoriana:

O golo de Hurtado decidiu o resultado frente a um rival de décadas. A festa espalhou-se pelo

Topo Norte do Bessa e prosseguiu com a celebração conjunta entre equipa e adeptos no final.

“O caso do Marega foi superado. Se ele não tivesse ido para a seleção, provavelmente, já teríamos resolvido isto há mais tempo. O Marega é um elemento do clube que publicamente já demonstrou que errou. Não vale a pena falar novamente nesta situação”, referiu, à margem de uma visita ao serviço de Neonatologia do Hospital Senhora da Oliveira (HSO), na quinta-feira.

O treinador defendeu que, enquanto “líder”, “seria mais fácil tomar uma posição populista”, mas disse ter preferido contar com um jogador que considerou ser um “excelente profissional”, desejando que a massa associativa do clube compreenda a decisão e mantenha-se unida com a equipa.

“Se não fôssemos um grupo saudável, não dávamos determinadas respostas. Quero que a massa associativa continue a apoiar-nos da mesma forma e que continuemos unidos de forma a conseguir o que projetámos desde o início, que não é só

Jogadores celebram com os adeptos a passagem à próxima eliminatória

“Nunca perdemos o equilíbrio”

Iniciados do Moreirense escrevem história

A equipa de iniciados do Moreirense conseguiu o feito inédito de se apurar para a segunda fase do campeonato nacional, ajudando a escrever mais uma página brilhante na história do clube.

A equipa de iniciados do Moreirense FC garantiu, pela primeira vez, o apuramento para a segunda fase do campeonato nacional, depois de vencer o Rio Ave por 1-0, numa partida da jornada 11, da série A, do campeonato nacional de iniciados, realizada a 13 de novembro.

Marco Martins, o treinador, salienta que aquilo que a equipa procurava, antes de tudo, era a manutenção. “Acima de tudo, nós procurávamos a manutenção o mais rápido possível. Sabíamos, de antemão, devido à estruturação deste campeonato, que os quatro primeiros lugares garantiriam a manutenção rapidamente”. Apesar de as duas primeiras jornadas não terem corrido de feição, o técnico lembra que os atletas sempre foram apoiados no sentido de acreditarem a cada jogo: “ falámos sempre com os atletas no sentido de os motivar em cada jogo, de sermos mais fortes e de conquistarmos os três pontos”. Esta frieza face a resultados mais adversos e a capacidade

Pepa deixa cargo de treinador

Basquetebol

O Vitória alcançou o segundo triunfo consecutivo na Liga, ao bater, no sábado, em casa, o FC Porto por 74-71, num encontro em que segurou a aproximação dos dragões durante a segunda parte, após ter conseguido uma margem de 15 pontos até ao intervalo. O conjunto da cidade-berço ocupa agora o quinto lugar, com 11 pontos, ao cabo de sete jogos.

A exibição da equipa de Fernando Sá na primeira parte bastou para derrotar os atuais campeões nacionais, graças a dois períodos de qualidade, tanto a atacar como a defender, que culminaram num resultado de 43-28 ao intervalo.

João Sousa quer melhorar nas provas ATP 250 em 2017

de manter o grupo motivado permitiu que a equipa chegasse ao derradeiro jogo a depender só de si mesma. E nesse jogo, como salienta Marco Martins, “não acusámos tanto a pressão como o Rio Ave e gerimos todas estas emoções”.

fundamental na faixa etária onde os meninos estão inseridos”, como refere o técnico Marco Martins. Esta gestão da carga emocional tornou-se especialmente importante face ao calendário, como explica o coordenador da formação Emídio Magalhães: “O campeonato tinha um início muito difícil, com jogos frente ao Sporting de Braga, em Braga, frente ao Vitória SC, em Moreira, e frente ao Famalicão, em Moreira. A nossa meta de início da época era não descer de divisão, mas sabíamos que o grupo tinha qualidade e poderia lutar por algo mais”.

de Duarte no último jogo garantiu o quarto lugar e, portanto, além da manutenção valeu também o acesso à segunda fase do campeonato. Esta segunda fase do campeonato nacional sub-15 será disputada por oito equipas, a saber: Vitória SC, SC Braga, FC Famalicão, Paços de Ferreira, FC Porto, Leixões SC e FC Penafiel.

Este resultado coloca o Moreirense entre a elite dos clubes de formação em Portugal. Relativamente às expectativas para esta segunda fase do campeonato Marco Martins afirma que, “estamos nesta segunda fase para fazer o melhor possível. O melhor possível é jogar jogo a jogo, divertirmo-nos, envolvermo-nos e continuar a evolução dos atletas”.

Pepa já não é o treinador dos cónegos, após o emblema vimaranense ter confirmado nesta segunda-feira a rescisão amigável do contrato que ligava as duas partes.

O treinador, que, na época passada, orientou o Feirense durante grande parte da época, na Segunda Liga, estreou-se no principal escalão do futebol português nesta temporada, mas o percurso durou apenas três meses.

Os vitorianos responderam ao primeiro cesto adversário com um parcial de 7-0 e, depois da equipa de Moncho López ter equilibrado o ‘placard’ ao longo do período, voltaram a distanciar-se com um parcial de 8-0 nos três minutos finais, que lhes permitiu terminarem o primeiro período com uma vantagem de sete pontos (21-14).

O período seguinte até começou

equilibrado, mas, nos três minutos finais, os anfitriões beneficiaram de um parcial de 11-0, e alargaram a distância para a dezena e meia de pontos, ao intervalo.

O Vitória ganhou, nos três minutos finais do segundo período, uma margem de 15 pontos à partida para o intervalo, com o base Andrew Ferry a marcar, nessa fase, oito dos 11 pontos da equipa.

Os azuis e brancos reagiram na segunda parte e, com alguns avanços e recuos, reduziram a desvantagem para um ponto, mesmo antes de Pedro Pinto fechar o terceiro período com um lançamento à tabela, que fixou a diferença nos três pontos (55-52), à partida para o último período. Aí, o Vitória ganhou novo fôlego, entrou nos últimos dois minutos a vencer por 70-63 e controlou o ímpeto final dos dragões, apesar de terem chegado aos 73-71 a 11 segundos do fim.

A superioridade vitoriana nos lançamentos de dois pontos (59% de eficácia contra 50%

Andebol Várias

dos dragões) compensou a baixa produção da linha de lance livre – a equipa de Fernando Sá concretizou apenas oito tentativas em 17 (47%) -, sendo que o banco do Vitória esteve também em bom plano, ao contribuir com praticamente metade dos pontos do triunfo (36).

Paulo Cunha evidenciou-se na turma da cidade-berço, com um duplo-duplo (10 pontos e 12 ressaltos), seguido de Andrew Ferry, com 17 pontos, ao passo que o ex-vitoriano José Silva foi o jogador mais valioso (MVP) da partida, com 21 pontos e seis ressaltos.

• Tiago Mendes Dias

O tenista vimaranense, 43.º classificado do ‘ranking’ mundial, avançou, na quinta-feira, que pretende melhorar a prestação nos torneios da categoria ATP 250 na próxima época para poder “jogar a um grande nível e alcançar grandes feitos” em 2017. “No ano passado [2015], tinha havido essa diferença em que nos 250 alcancei quatro finais e nos torneios ‘grandes’ não tinha jogado bem. Neste ano, foi ao contrário”, referiu o tenista durante a visita ao serviço de Pediatria do Hospital Senhora da Oliveira, na quarta-feira, dia 16. O número um português atingiu, em 2016, o melhor ranking da história do ténis luso, quando subiu, a 16 de maio, ao 28.º lugar da hierarquia ATP, vai começar a preparação da próxima época com uma semana de treino com Rafael Nadal, número oito do mundo, entre 12 e 19 de dezembro, em Maiorca.

Voleibol

Vitória derrotado em São Mamede de Infesta

Os cónegos chegaram a estar a sete pontos do Rio Ave, conscientes que só se qualificavam para a fase seguinte os quatro primeiros classificados. Nesta fase foi importante o trabalho técnico e tático, “mas acima de tudo o aspeto psicológico e emocional, que é

Futebol de Formação

A previsão do coordenador no início do campeonato acabou por se verificar. O golo solitário

O feito inédito dos sub-15 do Moreirense foi reconhecido pelo plantel sénior do clube. Os capitães André Micael, Diego Galo e Stefanovic, juntamente com o treinador Pêpa encontraram-se com a equipa dos mais novos, a quem ofereceram camisolas da equipa principal, autografadas por toda a equipa. • Rui Dias

Sub-17: Vitória recebe Braga a abrir Segunda Fase

A equipa vitoriana de juvenis vai arrancar a Série Norte da Segunda Fase do campeonato nacional com um dérbi frente ao rival Sporting de Braga, em Guimarães, a 26 de novembro, ditou o sorteio realizado na sexta-feira. A equipa de Luís Filipe, que se apurou em terceiro lugar, desloca-se depois à cidade dos arcebispos para defrontar o Palmeiras, a 11 de dezembro, e rece-

be o FC Porto na terceira ronda, a 18. Até ao fim da primeira volta, o Vitória defronta a Académica na quarta jornada, o Rio Ave na quinta, o Padroense na sexta e o Anadia na sétima. Já o Moreirense vai disputar a Série A da fase de manutenção com Paços de Ferreira, Chaves, Merelinense, Cachão, Varzim, Barroselas e Gil Vicente, deslocando-se a Barcelos na primeira ronda, a 26.

Juniores: Vitória e Moreirense vencem

A equipa preta e branca recebeu e venceu o Desportivo de Chaves por 3-1, em partida da 13.ª jornada da Zona Norte, e manteve o segundo lugar, com 27 pontos, depois de ter invertido a desvantagem causada pelo golo de Fábio Viana (21) ainda no decurso da pri-

meira parte, graças aos tentos de Apolo Silva, aos 29, e de Reisinho, aos 44. Leo selou o resultado aos

90. Já o Moreirense, lanterna-vermelha, aproximou-se dos lugares logo acima, ao vencer por 3-0 no terreno do Rio Ave, quarto classificado. Os golos de Pedro Leite a abrir a primeira e a segunda parte (minutos 02 e 47) e de Rui, aos 90+4, permitiram aos cónegos ficar com oito pontos. •

Em 12 jogos oficiais no comando do Moreirense, Pepa venceu apenas três – Feirense, por 3-0, e Tondela, por 2-1, para o campeonato, bem como o Estoril-Praia (1-0), para a Taça da Liga -, com a equipa a ocupar o 16.º lugar da tabela, com oito pontos, e a deslocar-se à Luz para defrontar o Benfica no domingo, pelas 18h00.

A série de cinco derrotas consecutivas na Liga entre a terceira e a sétima jornada, sem marcar quaisquer golos, ante Marítimo (1-0), Sporting (3-0), Estoril (2-0), Vitória (1-0) e Boavista (2-0) atirou os cónegos do terceiro para o último lugar, e a derrota caseira frente ao Vitória de Setúbal por 2-1, num jogo marcado pelo infortúnio e pela expulsão caricata de Boateng, ditou a saída do treinador de 35 anos quase duas semanas depois.

A turma vimaranense também já está fora da Taça de Portugal, após ter sido eliminada pelo Vizela na terceira eliminatória, por 1-0, mas ainda continua na Taça da Liga, após ter eliminado o Estoril-Praia. A equipa vai defrontar o FC Porto, o Belenenses e o Feirense na Fase de Grupos, estreando-se em Santa Maria da Feira, a 30 de novembro ou a 01 de dezembro. •

Xico quebra invencibilidade do Gaia GRUFC apura-se para a quarta ronda da Taça de râguebi

O Xico Andebol ascendeu à terceira posição da 1.ª fase – Zona 1 da Segunda Divisão, ao vencer na receção ao líder FC Gaia por 34-24, em desafio da sexta jornada disputado no sábado. Perante um adversário com cinco vitórias em cinco jogos, os escolares chegaram ao intervalo a vencer por quatro golos (16-12), e, na etapa complementar, alargaram o fosso para os gaienses até aos 10 golos, registando a melhor prestação ofensiva da época, a par dos encontros da primeira jornada, com o Gondomar Cultural (34-27), e da segunda, com o FC Porto B (34-33). O ponta-esquerda Luís Pereira foi,

com nove golos, o melhor marcador de uma equipa que soma agora 14 pontos em seis jogos, menos dois do que o FC Gaia.

A vitória do Xico beneficiou o vice-líder Fermentões, que bateu, em casa, também no sábado, o Módicus, por 24-20, e se tornou na única equipa invicta em prova, estando agora a um ponto da liderança, mas com um jogo em atraso. A turma de José Vieira inverteu, no segundo tempo, a desvantagem de três golos ao intervalo (12-9) e conquistou o quinto êxito no campeonato. Sérgio Ribeiro, com sete golos, e José Pinto, com seis, foram os melhores marcadores vimaranenses. •

O GRUFC garantiu o apuramento para a quarta eliminatória da Taça de Portugal de râguebi, após vencer no reduto do Agrária de Coimbra por 34-12, numa partida em que, ao intervalo, já liderava o marcador por 15-0.

Os “bravos” podem agora defrontar, na próxima eliminatória, agendada para 07 e 08 de janeiro, uma das 10 equipas da 1.ª Divisão ou a outra equipa da 2.ª Divisão apurada, o RC Loulé. No futsal, o Lordelo passou à terceira eliminatória da Taça de Portugal, ao derrotar o Ma-

traquilhos por 8-1, enquanto os Piratas de Creixomil perderam por 6-5 nas grandes penalidades em casa do Freixieiro, após empate a três golos. Já a equipa vitoriana de pólo aquático venceu pela segunda vez consecutiva, desta feita por 13-12 ao CDUP, em Guimarães, com parciais de 3-2, 3-3, 5-3 e 2-4, e subiu a terceiro. No hóquei em patins, o CART perdeu em casa por 8-4 frente ao Cambra, depois de ter chegado ao intervalo a perder por 6-1. Miguel Costa marcou todos os golos taipenses. •

A formação vitoriana perdeu por 3-1 no terreno da Académica de São Mamede, com parciais de 1825, 25-23, 25-17 e 25-21, e caiu para a sexta posição da competição. Os vimaranenses entraram bem em jogo, controlando o primeiro set de princípio a fim. Durante o segundo set venciam por 18-17, mas permitiram que os anfitriões virassem o marcador para 22-18 e igualassem o encontro. O terceiro set manteve-se equilibrado até ao segundo tempo técnico, mas a partir daí, a turma da casa somou ponto atrás de ponto e fechou com 25-17. A Académica de São Mamede fechou o encontro na reta final do quarto set, após ter reinado o equilíbrio até aos 20 pontos. •

Vantagem do primeiro tempo chegou para bater campeão em título

Os cónegos chegaram a estar a sete pontos do Rio Ave, conscientes que só se qualificavam para a fase seguinte os quatro primeiros

“Estamos nesta segunda fase para fazer o melhor possível”

Marco Martins, Treinador

Jovens cónegos querem continuar a evoluir na segunda fase

Pró-Nacional

Bis de Lamosa mantém Brito firme no segundo lugar

A formação de João

Salgueiro derrotou o Porto d’Ave por 2-0, com dois golos do extremo Lamosa no primeiro tempo e ocupa o segundo posto do principal campeonato da AF Braga, com 29 pontos, a três do líder Joane, mas com menos um jogo.

O Brito alcançou o terceiro êxito consecutivo na Pró-Nacional numa partida relativa à 14.ª jornada em que traduziu em golos o domínio evidenciado na primeira parte, por Lamosa, aos minutos 11 e 40. O treinador-adjunto da equipa vimaranense, Adolfo Araújo, realçou que a equipa fez “uma primeira parte muito boa” frente a uma equipa que chegou ao jogo a três pontos de distância e que mostrou que “aquilo que tem feito

não é por acaso”. O responsável admitiu que a equipa da Póvoa de Lanhoso teve “mais bola” na segunda metade, mas criou “poucas oportunidades de golo”.

Já o Taipas goleou, em casa, o Marinhas por 4-0 e manteve o 10.º posto, com 18 pontos, após uma partida em que chegou ao intervalo a vencer por 2-0, graças aos golos de Sau, aos 33 minutos, e de Ricardo Cruz, aos 43, e fixou o resultado final durante

o segundo tempo, a jogar contra nove, após as expulsões de Mocho e de Ruca, graças a um bis do avançado nigeriano Peter, que saiu do banco de suplentes e marcou aos 75 e aos 89 minutos.

Já o Serzedelo somou a primeira derrota com Lourenço Almeida no comando técnico, ao perder por 2-0 no terreno do Maria da Fonte, em partida disputada no sábado à noite, e caiu para oitavo, com 21 pontos. • TMD

Braga

O Pevidém alcançou a primeira vitória com Ricardo Teixeira no comando técnico, após vencer o Bairro por 3-2, em encontro da 11.ª jornada, e, apesar de ter mantido o terceiro lugar, ficou a apenas a um ponto do líder Pica, que perdeu no terreno do Airão por 3-2, equipa que ascendeu ao 13.º lugar, com 11 pontos. A turma da vila industrial perdia por 1-0 ao intervalo, mas deu a volta no segundo tempo, após dois golos de Tó Coentrão e outro de Canudo. O Amigos de Urgeses subiu ao quarto lugar, com

20 pontos, após vencer no reduto do Regadas, último classificado, por 3-0, enquanto o Santiago Mascotelos regressou aos êxitos depois de três jogos sem vencer, ao bater o Desportivo de S. Cosme por 3-2, e subiu ao 12.º posto, com 12 pontos. Já o Ronfe, no regresso a casa, empatou a um golo frente ao Louro e caiu para o sétimo posto, com 16 pontos, enquanto o Ponte averbou o segundo desaire consecutivo, ao perder por 4-2 na casa do Ruivanense, e caiu para 10.º, com 13. •

O Caçadores das Taipas é o único emblema vimaranense da Pró-Nacional que se vai estrear nesta edição da Taça da Associação de Futebol de Braga frente a uma equipa do mesmo escalão, o Vieira, ditou o sorteio da terceira eliminatória da competição, realizado na quinta-feira.

A equipa da vila termal já defrontou o emblema de Vieira do Minho para o campeonato, tendo empatado a um golo, e volta a deslocar-se ao reduto adversário no fim de semana de 17 e 18 de dezembro.

de Bouro x Vila Chã Serzedelo x Santa Eulália S.Paio D’Arcos x Caç. Taipas Joane x Ninense Porto D’Ave x Arões Amares x Maria da Fonte Vieira x Santa Maria Esposende Brito Marinhas x Forjães

Reportagem Desportiva

Prémio Desporto Adaptado 2016

PATRÍCIA OLIVEIRA

Nas instalações da Cercigui funciona uma classe de judo muito especial. Pela mão do mestre Mário Emídio o judo funciona como fator de inserção, participação na vida social, de tolerância, de respeito pelas regras e de aceitação da diferença. O sucesso de Patrícia é um produto deste trabalho.

Opinião de Luís Rodrigues

No Espaço de Opinião Desportiva escreverão regularmente, Alfredo Magalhães, Carlos Ribeiro, José Luís Ribeiro e outras personalidades ligadas ao desporto.

O CLUBE DESPORTIVO DO SÉC. XXI

In as Nespereira Souto Gondomar x Castelões Unidos Cano x Matamá Tagilde x Penacova São Cristóvão(folga)

Manhã de segunda-feira na Cercigui em Guimarães é dia de treino de judo. Diogo está alegre, espera por este dia com ansiedade. “Por mim podíamos treinar todos os dia”, afirma enquanto espera pelos colegas que ainda se estão a equipar. Hoje no treino são cinco raparigas e nove rapazes, mas a turma ronda os 20 atletas. À medida que vão chegando deixam os chinelos à entrada do tatami e pedem ao mestre Mário Emídio permissão para entrar. O ambiente é descontraído mas de total observância pelas regras do judo.

A crescente importância do fenómeno desportivo fez com que o poder político nacional a partir de 1976 tivesse consagrado o desporto na Constituição da República enquanto direito fundamental. A Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto (Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro) refere, no artigo 26.º, que os clubes desportivos “são pessoas coletivas de direito privado, constituídas sob a forma de associação sem fins lucrativos, que tenham como escopo o fomento e a prática direta de modalidades desportivas”.

rados ou de alta competição. A inatividade física é um dos grandes flagelos da sociedade atual. Se em cada dez pessoas, apenas três praticam desporto e apenas uma está integrada no movimento associativo, conseguimos vislumbrar as oportunidades que o mercado apresenta a estas organizações.

O Berço Sport Clube, clube fundado em julho passado, conquistou o quinto triunfo consecutivo no campeonato, ao vencer por 2-1 na receção ao Silvares, em jogo da nona jornada, e subiu ao segundo lugar, com 19 pontos, a quatro do líder Celoricense. Na série C, composta por nove emblemas vimaranenses, Polvoreira e Ases prosseguiram a marcha invencível ao triunfarem em dois dérbis; a equipa de Sérgio Nuno goleou o Gonça por 4-0 e manteve a liderança, com 21

pontos, enquanto o Ases venceu na casa do Valinha por 2-1 e subiu a terceiro, com 18, por troca com o Prazins e Corvite, que caiu para quarto, com 16, após ter perdido no reduto do Sandinenses, que subiu a sétimo, com 12. No outro dérbi da ronda, o Selho venceu o Campelos por 4-2 e subiu a 10.º, com nove pontos, enquanto os operários caíram para oitavo, com 11. A outra formação vimaranense, o Longos, perdeu em casa por 3-1 com o vice-líder Ribeirão e desceu para 12.º, com sete pontos. •

As outras equipas do principal escalão da AF Braga defrontam conjuntos de escalões inferiores: o Brito recebe o Cabreiros, da série A da Divisão de Honra, enquanto o Serzedelo recebe o Esporões, da série B da 1.ª Divisão.

O Pevidém, da Divisão de Honra, é a outra equipa da cidade-berço que joga fora, em Braga, diante do Lomarense, enquanto o Airão recebe o Amares, o Amigos de Urgeses defronta o Caldelas, o Prazins e Corvite joga com o Fareja ou o Ninense e o Santiago recebe o Ronfe ou o Santa Eulália. •

Mestre Mário Emídio

Depois da saudação inicial o treino começa com uma parte de treino físico exigente. À voz do mestre é preciso fazer abdominais, flexões, salto ao eixo, e repetir tudo mais uma vez. Nem todos gostam muito, alguns fazem com relutância e aproveitam para fazer gazeta sempre que o mestre não está a olhar.

Patrícia está sempre empenhada, mesmo quando se trata de saltar ao eixo, o que lhe é difícil dada a sua baixa estatura, mostra-se sempre empenhada.

O mestre diz que faz parte da personalidade dela, “uma competitividade constante, no treino ou nos combates”. É impossível

não destacar a alegria com que Patrícia treina, cada movimento transporta uma carga de alegria, a espectativa com que aguarda as instruções do mestre para fazer o exercício seguinte não deixa dúvida de que está a fazer aquilo de que gosta.

Patrícia treina judo desde 2010, frequenta a piscina, também através da Cercigui e é escuteira em Campelos, onde vive. Diz que gosta muito do judo, “mas comecei a gostar mais desde que ganhei a primeira medalha”. Na realidade não teve que esperar muito, porque logo no primeiro ano de prática conseguiu um brilhante segundo lugar no campeonato nacional de judo adaptado (-63Kg) e no ano seguinte foi campeã nacional de judo para síndrome de Down (-63Kg). “A Patrícia só não ganha o campeonato nacional de judo adaptado porque há uma atleta com menos limitação que compete nesta categoria mais geral, em síndrome de Down não dá hipótese”.

Patrícia distingue-se pela seriedade com que encara o treino, só comparável com Diogo, o mais graduado que em muitas situações ajuda a mestre a demonstrar as técnicas. Patrícia

tem 35 anos, é a mais nova de uma família de oito irmãos. Vive apenas com a mãe já idosa depois da morte do pai. Fala dos irmãos Zé e Jorge com especial carinho, está-lhes agradecida por a levarem e a irem buscar às provas. Sobre o prémio diz que, “fiquei muito feliz, especialmente ali no multiusos com tanta gente a ver”. Relativamente ao dinheiro do prémio explica que está guardado, “para se for preciso”.

Patrícia Oliveira é tricampeã nacional de Judo para síndrome de Down (2011, 2012 e 2016)

O mestre Mário Emídio afirma que este prémio se justifica principalmente pela consistência da atleta que desde que começou a competir se tem mantido sempre num plano muito bom, mesmo depois de ter ultrapassado uma lesão grave que a levou a parar algum tempo. De facto três primeiros lugares no campeonato nacional de judo para síndrome de Down (2011, 2012 e 2016) e um terceiro em 2013, falam por si. •

Os clubes desportivos continuam a ser a célula básica do sistema desportivo, mas não têm de ter a responsabilidade exclusiva de o promover. Encaro o associativismo como um espaço de liberdade e criatividade conquistado pela sociedade civil à margem do Estado, estabelecendo um espaço de autorresponsabilidade assumida por quem dirige os clubes e a eles se associa.

A evolução tem provocado transformações nos hábitos que se estabelecem nos clubes desportivos, e a forma como hoje olhamos para os clubes tem-se alterado drasticamente, obrigando os dirigentes desportivos a adaptarem-se. Longe vão os tempos dos praticantes que não tinham de pagar uma mensalidade pela sua atividade e dos clubes que viviam dos subsídios municipais. E mais longe ainda os tempos em que os praticantes vinham ter ao clube de forma livre e espontânea. Na busca de melhorar a qualidade dos serviços apresentados, o clube teve de encontrar novas estratégias de financiamento.

Hoje, um clube concorre num mercado que vai muito além dos praticantes que pretendem ser desportistas fede-

Com mais de 100 clubes desportivos e uma oferta superior a 40 modalidades, considero que o movimento associativo em Guimarães merece destaque devido aos resultados alcançados e ao ecletismo enquanto símbolo de diversidade. Recentemente, surgiu o Guimagym – Clube de Ginástica de Guimarães como promotor de uma nova modalidade, que vem colmatar uma lacuna que se verificava. A criação do clube funda-se na decisão da autarquia em construir uma infraestrutura especializada para a prática da modalidade e que irá garantir todas as condições para a evolução dos seus praticantes. O Guimagym não pretende ser melhor do que qualquer clube já existente. A premissa de atuação reside no facto de pretender ser mais do que um clube, pois é esta a nova exigência da realidade. Contamos com todos os que querem praticar desporto e pretendam melhorar as suas capacidades e promover o seu bem-estar. Vamos ao encontro de várias organizações para criar sinergias e uma rede de cooperação mútua.

Mais importante do que a velocidade é a direção, e parece-nos que este será o melhor caminho para atingir os objetivos propostos.

O clube desportivo do séc.

XXI terá claramente de ser proativo e não reativo. Felizmente, Guimarães tem vários exemplos que devem ser seguidos e reconhecidos como boas práticas.

Berço vence pela quinta vez seguida e ascende à vice-liderança da série D

Taipas encontra Vieira na terceira ronda

Pevidém aproveita triunfo do Airão para se aproximar do topo

Taça AF

“Uma competitividade constante, no treino ou nos combates faz parte da sua personalidade”

Patrícia Oliveira e o Mestre Mário Emídio

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O motor de busca Trivago divulgou a lista dos ‘100 destinos mais valiosos para 2017’ e, nesta tabela, Guimarães ocupa a 59ª posição. No documento enviado às redações e que apresenta o estudo que destaca a relação qualidade-preço das cidades, é referido que esta lista foi elaborada tendo como base mais de 175 milhões de avaliações feitas por viajantes de todo o mundo. Portugal é o quinto país com mais cidades nesta lista, que integra cinc olocais: Fáti-

ma, Guimarães, Braga, Sintra e Coimbra. A melhor posição portuguesa é ocupada por Fátima, que está no 29º lugar a nível mundial, com uma cotação de 95,79. No ranking global seguem-se Guimarães (59º) e Braga (62º) – com 94,88 e 94,68 pontos, e, quase a fechar, Sintra (89º) e Coimbra (91º) com cotações de 93,21 e 92,81, respetivamente. Itália, com 11 destinos na lista, é o país com maior representação e Mostar, na Bósnia-Herzegovina, conquistou

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Sugestão

Dialectos vão #TirarOPó no São Mamede

• Música •

Após um interregno de quase 5 anos, a banda Vimaranense Dialectos está de volta à estrada e aos palcos. O primeiro concerto está agendado para sábado, 26 de Novembro pelas 22:00h no CAE São Mamede em Guimarães. Em #TirarOPó, o grupo apresenta-se num registo ligeiramente mais rock do que o habitual, com sonoridades elétricas e batidas mais ritmadas, “porque afinal, só é possível #TirarOPó se os movimentos forem como os próprios temas, enérgicos”. Referem os elementos da banda.

“Os Dialectos nasceram por acaso, mas não é por acaso que continuam por aqui!” - Afirmação proferida pela banda em 2010, e que continua atual.

o primeiro lugar deste ranking. Espanha ocupa o segundo lugar com mais representações (com 8), e Portugal arrecada o título de quinto país mais representado, com cinco destinos, ao lado da Roménia e da Rússia. Top 10 dos destinos mais valiosos de 2017: Mostar (Bósnia-Herzegovina), Novi Sad (Sérvia), Veliko Tarnovo (Bulgária), Suzdal (Rússia), Lviv (Ucrânia), Eger (Hungria), Oradea (Roménia), Pécs (Hungria), Safranbolu (Turquia), Sibiu (Roménia).

Adeptos do Vitória

Nem a chuva, nem o horário do jogo (domingo à noite) impediram os cerca de 5 Mil adeptos do Vitória de se deslocarem ao estádio do Bessa para apoiar o clube vimaranense. Foi mais uma demonstração de que o Vitória tem uma massa associativa única.

Pepa deixa Moreirense

O treinador, que chegou a Moreira de Cónegos no início da época, não conseguiu afirmar-se no clube e sai após a realização de 10 jornadas, com o Moreirense na 16ª posição da tabela classificativa, fruto de 2 vitórias, 2 empates e 6 derrotas.

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Do alto da Penha Enviada pelo leitor © José Luís

Guimarães entre os destinos mais valiosos de 2017