Jornal Academico_219

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ACADÉMICO EM PDF Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 219/ ANO 10 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 07.OUT.14 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico reportagem RUM abre delegação em Guimarães campus AAUM com nova sede Pág. 10 e 11 Pág. 03 Foto: DR ACADEMIA EM FESTA! campus UMinho entre as melhores Pág. 04 Pág. 06 a 09 desporto Corrida Vital com Jéssica Augusto e Emanuel Silva Pág. 16

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 07 outubro 2014 / N219 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Lénia Rego // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Maria João, Marta Roda, Norberto Valente, Pedro Ribeiro, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // CRONISTAS: Joana Arantes, Paulo Reis Mourão // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Lénia Rego // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

Duas certezas sobre o início das aulas

Chegámos novamente a setembro. O início do ano letivo transborda das esperanças das pessoas a quem esta situação toca de perto. Já passei por isto mais de vinte vezes como professor universitário. Não me lembro de um só início de ano letivo em que não tenha descoberto duas coisas sobre os alunos que tenho o privilégio de conhecer nestes primeiros dias. Duas coisas, disse? Sim, duas coisas. Uma é um problema; a outra é uma solução. Do lado do problema, fico sempre surpreendido ao conhecer pessoas jovens que parecem estrangeiras na sua própria terra e na sua própria cultura.

Pergunto habitualmente qual é o livro mais antigo da nossa terra, com a esperança secreta de que dezenas de braços se levantem com a resposta certa. Há mais de vinte anos que não encontro essa resposta. Parece que vivemos num tempo de milionários da cultura, de pessoas de tal forma ricas que se podem dar ao luxo de ser perdulárias. Já ninguém parece conhecer as grandes referências do Ocidente. Quem é que, com dezoito anos, já leu a Ilíada e a Odisseia? E o que dizer dos escritores que descreveram como a vida de pessoas normais pode ser misteriosa, como Ésquilo, Sófocles e Eurípides? Os mitos antigos também não parecem interessar aos primeiro-anistas. A guerra de Tróia ficou lá para trás e a beleza de Helena, que fez mover cinquenta mil homens, já não parece inspirar ninguém à pequena loucura de nos levar a procurar nessa beleza uma antevisão do Paraíso. E, no entanto, talvez seja impossível fazer melhor

do que está narrado nesses livros que já ninguém lê.

Eu sei que é difícil de acreditar. Tomemos o caso da Ilíada, por exemplo. Este poema descreve a vida humana na nossa terra europeia da Idade do Bronze. Quando lemos com atenção algumas das suas páginas, parece que a civilização não evoluiu muito, se de facto evoluiu alguma coisa. Os alunos que acabam de chegar à Universidade não acreditam e tenho que demonstrar essa possibilidade. Seleciono as páginas estranhas do final do canto XVIII, o Escudo de Aquiles. Quando lemos verso a verso, devagarinho, tentando silenciar os nossos próprios mitos do Progresso e da Vanguarda, descobrimos coisas espantosas. Os Europeus dessa época tinham cidades, tal como nós temos, e exércitos, música, apreço pelo vinho e pelo mel, ritos de casamento, agricultura e pecuária.

O bardo antigo diz que os conflitos entre particulares eram decididos por juízes que recebiam um salário por isso. Se perguntarmos, com coragem, se a nossa vida já não tem cidades, ou exércitos, ou mel, ou vinho, ou tribunais, ou juízes, ou casamentos, ou música, teremos de responder que as grandes formas humanas de viver continuam exatamente iguais. Nada de radical se alterou desde há mais de trinta séculos. Somos nós que vivemos no Escudo de Aquiles. Nós também somos Aqueus e Troianos. Por que razão isto acontece? A verdade é esta: não sabemos. Por que razão a nossa cultura contemporânea nos educa com a história fantástica de

que o Progresso é tão grande que já não temos nada a ver com as pessoas da Idade do Bronze? A resposta seria longa, mas talvez baste dizer que, como os antigos Gregos, continuamos a apreciar mitos, sendo o Progresso o maior mito dos dias que temos para viver.

Estas duas perguntas incómodas obrigam-nos a colocar uma terceira: como podemos viver sem parecermos estrangeiros na nossa própria terra? A resposta é uma palavra grande e nobre. É esta a palavra que no início do ano letivo enche o coração de milhões de pessoas em todo o mundo: Universidade. É missão da Universidade falar-nos dos dias e das terras de onde viemos todos, bem como dos dias e das terras em que poderemos viver amanhã. Se há pouco falei de um problema, agora falo de uma solução. É possível que nunca venhamos a fazer melhor do que os gigantes do passado que a Universidade nos dá a conhecer e a amar em todas as áreas científicas. É também possível que o que podemos fazer na vida não seja radicalmente diferente do que já está descrito nos Poemas Homéricos. Talvez. Contudo, não devemos desistir.

Há uma segunda certeza que descubro em cada início de ano letivo. Qual é o seu nome? Chamo-lhe esperança, e vejo-a no rosto de todas aquelas pessoas que vieram bater à porta da Universidade. O que querem elas? Querem isto: não ser estrangeiros na sua própria terra e ter um futuro melhor do que os dias que agora vivem. Não as podemos desiludir.

FICHA TÉCNICA
OPINIÃO
SEGUNDA PÁGINA
Manuel Curado Docente do Departamento de Filosofia da Universidade do Minho

CAMPUS

AAUM terá nova casa

A Associação Académica da Universidade do Minho terá nova sede, que deverá ocupar o antigo edifício da Fábrica Confiança. Após duas décadas de luta por um novo espaço no campus de Gualtar, a alternativa deverá mesmo passar pela rua Nova de Santa Cruz. A direcção da AAUM encontra-se em conversações com a Câmara Municipal de Braga e a candidatura a Fundos comunitários deverá já compreender o espaço para a sede dos estudantes.

Carlos Videira, Presidente da AAUM, reconhece que a alternativa está em avaliação uma vez que a Associação Académica está há 20 anos na sede da Rua D. Pedro V, tornando-se cada mais insustentável a sua presença nestas instalações.

Uma hipótese corroborada pelo Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, que pretende a revitalização do espaço, assim como albergar a nova sede da AAUM. Ricardo Rio assumiu também que os projetos que outrora foram apresentados terão agora de

ser reavalidos em função de novas valências que são pretendidas para o local.

O Presidente da Associação Académica admite que são várias as vantagens do novo espaço, nomeadamente uma maior proximidade ao campus e uma maior área disponível. Neste sentido, a AAUM aguarda novos contactos por parte da Câmara Municipal acerca da possibilidade de submeter este projecto ao próximo quadro comunitário.

A Associação Académica amealhou nos últimos dez anos 1 milhão de euros para o projecto da nova sede, sendo que há possibilidade de utilizar algum desse valor em conjunto com os fundos comunitários.

A AAUM precisaria de mais de 4 mil metros quadrados, tendo ainda a necessidade de albergar a sede da associação de antigos estudantes.

De salientar a possibilidade do novo espaço albergar também um

auditório para os grupos culturais e para os núcleos da Universidade do Minho.

O Jornal Académico foi ao campus tentar saber o que os estudantes acham da mudança de morada da sede da AAUM. O balanço é muito positivo.

Os estudantes admitem que a mudança é uma mais-valia, já que o espaço será maior e ficará mais perto do campus universitário..

Mais tempo para “Retomar”

INÊS BRAGA PINHEIRO inesbragapinheiro@gmail.com

Foi alargado o prazo de candidatura para o Programa Retomar. O prazo terminaria a 30 de setembro e já tinham sido submetidas cerca de 300 candidaturas. Agora, os interessados têm mais alguns dias para apresentar candidatura.

De acordo com informações transmitidas pelo Ministério da Educação, as preocupações manifestadas pelos candidatos devido ao atraso na entrega de documentos de prova das informações prestadas, por parte das instituições, pode ter con-

tribuído para a decisão de alargar o prazo de candidaturas.

O Programa Retomar é destinado a apoiar o regresso de alunos com menos de 30 anos ao Ensino Superior.

É uma medida que se insere no Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem (PNI-GJ), aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros, cujos principais objectivos são permitir o regresso à formação e vida académica daqueles que queiram completar formações anteriormente iniciadas ou realizar uma formação diferente; lutar contra o abandono escolar no ensino

superior, sendo que critérios de empregabilidade e utilidade social estão presentes; promover a qualificação superior de jovens que não se encontrem a trabalhar nem inseridos em percursos educativos.

Segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC), foram submetidas 270 candidaturas até dia 28 de setembro, num total de 2.191 registos assinalados na plataforma electrónica da Direcção Geral do Ensino Superior (DGES).

Para ingressar no Programa Retomar é necessário que os alunos tenham menos de 30 anos e estejam em condições de finalizar o curso

antes de completar aquela idade, mas que não tenham possibilidade de suportar os custos.

Os alunos não têm de ser de nacionalidade portuguesa pois considera-se elegível, para efeitos de atribuição da bolsa Retomar, o estudante que seja natural de um estado membro da União Europeia.

De referir que o Programa Retomar é patrocinado pelo MEC e pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, estabelecendo o limite de três mil bolsas anuais, no valor de 1.200 euros cada, que corresponde sensivelmente ao valor da propina máxima em vigor.

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IN ê S BRAGA PINHEIR O inesbragapinheiro@gmail.com Foto: DR

UMinho entre as melhores

A Universidade do Minho foi considerada uma vez mais, uma instituição de ensino superior com grande prestígio internacional.

O título é atribuído pelo The World University Ranking que selecionou as 400 melhores universidades a nível mundial. Este é já o terceiro ano consecutivo que a UMinho consegue este título, conseguindo competir com a crescente atuação das instituições asiáticas.

No Times Higher Education World University 2014-15, estão presentes universidades de todo o mundo, como é o caso das Universidades de Oxford, Cambridge, Toronto e, a nível nacional, a Universidade de Lisboa.

A UMinho confirma também a sua posição de destaque na cena mundial, na sequência de um reforço da sua posição no The 100 Under 50 University Ranking 2014 (top 100 mundial entre as universidades com menos de 50 anos), ocupando a 75ºposição, mas liderando a nível nacional.

Para o Reitor António Cunha este título tem especial importância por ser “uma avaliação independente, muito completa e que analisa a uni-

versidade em diversos parâmetros”, provando o reconhecimento internacional da UMinho.

É também crucial, pois é com base nestes rankings que os estudantes estrangeiros escolhem a universidade do Minho como espaço de aprendizagem e conhecimento.

Segundo a reitoria este título reflete todo um trabalho que tem sido feito, pois na avaliação deste ranking são tidos em conta “13 indicadores

onde é avaliada a qualidade do ensino, a qualidade da investigação, a qualidade de todo o trabalho de interação com a sociedade e a relação com o tecido económico produtivo”, e todos os esforços da Universidade do Minho para alcançar a excelência em cada um destes aspetos contribuíram para que a academia minhota se mantivesse no top 400.

Analisando todos os aspetos avaliados, a Universidade do Minho

Gualtar dá sangue

RUTE PIRES rutetpires@hotmail.com

Após o sucesso que foi a colheita realizada no campus de Azurém há duas semanas, onde estiveram presentes 128 dadores de sangue, a Universidade do Minho voltou mais uma vez a mostrar a sua “veia solidária” na Dádiva de Sangue e recolha de sangue para análise de medula. A acção realizou-se na última terça-feira, dia 30 de setembro, desta vez no campus de Gualtar.

Durante nove horas passaram pelo complexo desportivo universitário de Gualtar e pelas duas unidades móveis instaladas no campus, 312 dadores, sendo que destes, 9 também ficaram inscritos na base de dados do Centro de Histocompatibilidade como possíveis dadores de medula óssea.

Ana Silveira, do 3º ano de Engenharia Biomédica, acredita que esta oportunidade proporcionada pela universidade aos seus alunos é de “grande importância e promove a

participação cívica” dos mesmos numa causa tão nobre como esta. No total das duas colheitas, a campanha de solidariedade atingiu os 440 dadores inscritos e 11 recolhas de sangue para análise de medula. Mais uma vez a UMinho e a sua comunidade académica estiveram de parabéns, conseguindo com esta campanha contribuir de forma muito positiva, tanto para as reservas de sangue como para a base de dados do Centro de Histocompatibilidade da Região Norte.

alcançou uma melhor classificação “no parâmetro das situações internacionais, da utilização que é feita das publicações que são realizadas pelos nossos investigadores e isso traduz que a nossa investigação tem um grande reconhecimento internacional”, realçando, mais uma vez, a excelência de todos aqueles que estão relacionados com a nossa academia.

Uma distinção que mostra a importância e qualidade desta instituição.

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Foto: DR

Carla Martins nova próreitora

No passado dia 30 de setembro, Carla Martins abandonou a vice-presidência da Escola de Psicologia da UMinho tomando posse como pró-reitora para a Internacionalização do Ensino, área à qual é atribuída cada vez mais importância na academia minhota.

A cerimonia decorreu no Salão Nobre da Reitoria na cidade de Braga.

A docente afirma que as bases já estão lançadas e que já existe um grupo de serviços e pessoas preparadas para trabalhar neste projecto com toda a seriedade.

Assinalou que é necessário definir um caminho a percorrer avançando de uma forma segura passo a passo fortalecendo cada vez mais esta iniciativa.

Enumerou características como a qualidade do ensino, a qualidade da investigação, as infraestruturas e até mesmo as das cidades de Braga e Guimarães como factores importantes quando toca à opção dos estudantes para o seu percurso académico.

O Reitor da Academia Minhota, António Cunha, assinalou o conhecimento, experiência e traquejo internacional de Carla Martins como grandes mais valias para o papel

que a professora assumiu.

Esta área é prioritária para António Cunha estando delimitada no seu plano estratégico de ação. Contu-

do esteve bloqueada devido a falta de enquadramento legal durante o primeiro semestre do presente ano.

Apenas agora estão reunidas as

condições para avançar de forma estruturada. “A nossa meta é crescer significativamente, atingindo os 300 a 400 alunos por ano” afirmou António Cunha.

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ACADEMIA

PÁGINA 06 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO

Receção ao rubro! ACADEMIA

SERENATASVELHAS

Foi ao som da guitarra e com as capas negras ao vento que se deu início a mais uma Receção ao Caloiro. Guimarães recebeu as “Serenatas Velhas” que marcaram o início de mais uma festa dos estudantes da UMinho.

Numa noite agradável, os tricórnios saudaram timbres de vozes melodiosos que entoaram os mais belos fados e encheram o coração dos presentes.

Melodias interpretadas pelo Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho que conseguiu encantar todos os que no passado dia 30 de setembro acorreram ao centro histórico da cidade berço.

O grupo atuou no Largo da Oliveira e percorreu depois a zona histórica vimaranense, regressando mais tarde ao local de partida. Mas a

receção continuou até dia 4 com a Latada e muitos concertos que en-

cheram o Multiusos de Guimarães. Momentos marcantes acompanhados de perto pelos correspondentes do ACADÉMICO.

Foto: DR

LATADA

ACADEMIA PÁGINA 07 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO
Foto: Armando Oliveira
CONCERTOS
Foto: Alexandre Vale Foto: Alexandre Vale

ACADEMIA

CONCERTOS

tOmáS SOvERAL

tomassoveral@gmail.com

A primeira noite da Recepção ao Caloiro da Universidade do Minho, no Pavilhão Multiusos, em Guimarães, arrancou ao som da Opum Dei e da Azeituna, tendo-se seguido a actuação dos Minhotos Marotos. A grande atração da noite foi Quim Barreiros, que momentos antes de entrar em palco, falou um pouco sobre si e sobre as expectativas em relação a este evento. A noite terminou ao som de DJ Fred, DJ Octávio e de DJ NI.

O ACADÉMICO esteve à conversa com Quim Barreiros. O resultado foi este:

Quais são as suas expectativas para este concerto? O que espera do público?

A malta vem para se divertir. Muitos chegaram agora à universidade, o que é um sonho, por isso, vão curtir, vêm beber uns copos e vêm cantar e

dançar comigo.

Tem algum tipo de preocupação quando toca para um público mais jovem?

A maior preocupação é não ter horas para começar. Tanto posso começar à 01h00, como às 03h00 ou às 04h00. Nunca há um horário certo.

Como explica esta relação entre o Quim Barreiros e as festas académicas?

Há 28 anos comecei a ser chamado para Coimbra e para o Porto e a partir daí, nunca mais parei. Todos os anos vou alternando, umas vezes vou a Braga, outras a Vila Real. Vou passando por todo o lado.

Tem algum plano para o futuro próximo?

Ter saúde! Em relação à música, todos os anos costumo lançar um disco. Este ano gravei um com a Tuna de Ciências da Universidade do Minho.

E como vai ser o próximo ano?

Ainda não sei. Para já, vou de férias e só depois é que começo a pensar nisso.

Como explica o seu sucesso e o facto de ser uma referência da música

popular portuguesa?

Não fiz nada por isso.

Sempre fui trabalhando, gravando e cantando com honestidade, humildade e profissionalismo. Isso trouxeme até aqui.

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Foto: Noberto Valente Foto: Noberto Valente

CONCERTOS

As tunas femininas Tun’ao Minho e Tun’obebes foram quem abriu as hostilidades da terceira noite de Receção ao Caloiro. Seguiu-se o projeto The Wild Booze, a banda vencedora da AAUM Umplugged, o concurso de bandas de garagem da associação académica. Para muitos, a banda mais esperada nesta noite seria Os Azeitonas. O Académico conversou com o grupo no final da atuação.

Foram bem recebidos pelos estudantes da Universidade do Minho?

Muito bem recebidos! Foi um espetáculo caloroso, mas valeu a pena, sem dúvida. Sentimos que o pessoal respondeu quando pedíamos para cantar ou dançar e ficaram até ao fim. Se para nós estava calor, para eles estaria ainda mais! Esperamos que não se tenha notado, mas tivemos um contratempo durante o concerto: o nosso baterista sofreu de uma quebra de tensão a meio do espetáculo e dessa forma tivemos de dar continuidade ao concerto com um alinhamento diferente do habitual, optando por tocar faixas mais calmas.

Por ser um público mais específico, sentem que a reação do público é diferente?

Nós atuamos em sítios muito variados. Às vezes tocámos ao ar livre na praça municipal de uma terra qualquer às nove da noite, onde as famílias estão reunidas com os carrinhos de bebé e tal, e na semana a seguir estamos num auditório fechado para um concerto mais intimista. Este é um público que exige coisas muito imediatas e diretas. É quase uma versão dj set do nosso concerto.

Em relação a estas festas académicas, qual é a importância que este tipo de eventos tem para os músicos portugueses?

Infelizmente cada vez menos. O nosso trompetista acompanha os cartazes deste tipo de festas e este ano é talvez o que conta com a presença de menos bandas a tocar. Este fenómeno tem vindo a aumentar de ano para ano.

Porque acham que isso acontece? Devido a fatores económicos. Convidar um dj, que é geralmente apenas uma pessoa, é mais barato e prático pois precisa de pouco material. No

entanto, nós somos onze em palco, o que complica mais esse fator, mas o espetáculo é bastante diferente.

No terminar do Verão, época propícia a muitos concertos, que balanço fazem desta tour?

Foi o melhor Verão de sempre. Foi o ano em que demos mais concertos e que mais nos divertimos. Neste ano tocamos coisas diferentes, atuamos com grandes bandas, fanfarras, orquestras e tocamos com convidados especiais como por exemplo o António Zambujo. Percorremos Portugal inteiro, se pudéssemos repetir isso não nos chateávamos.

Ao fim de todos estes anos o que é que vos motiva para continuarem a tocar juntos?

O dinheiro! (risos) Não, não é só isso. Nós andamos muitos anos a “penar na penumbra” e agora é uma satisfação enorme para nós termos as salas cheias e malta a cantar a nossa música. Isso acaba por ser um gozo extra que nós sentimos concerto após concerto e isso é o que nos faz continuar. Sentimos que o nosso trabalho tem vindo a ser reconhecido nos últimos três anos. Esse feedback tem-se tornado mais flagrante.

O vosso projeto começou como algo muito informal, o próprio nome “ Os Azeitonas” remete-nos para isso. Provavelmente, não estariam à espera de tanta popularidade... Claro que não estávamos à espera, mas não é que não tivéssemos feito por isso. Sempre fomos uma banda muito trabalhadora! Mas sinceramente não contávamos com este crescimento. É uma alegria enorme e a informalidade mantém-se dentro de parâmetros diferentes.

O que podemos esperar dos Azeitonas?

Não estão previstas músicas novas, mas vai sair um disco com gravações ao vivo dos concertos que demos no Coliseu, será um CD/DVD. A banda confessou que apesar de todo o sucesso ainda resta concretizar um objetivo: “fomos duas vezes a Espanha, mas uma foi à Galiza e outra a Badajoz, mas como ainda se apanhava rede portuguesa não conta!” (risos). “A nossa grande ambição agora é tocar nas comunidades portuguesas”, declara o vocalista Miguel Araújo.

A festa continuou com a atuação de Dj Ride e Jimmy P e por fim Dj Rui Ribeiro, vencedor da Dj@UM.

ACADEMIA PÁGINA 09 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO

EM FOCO

RUM abre delegação em Guimarães

pedroribeiro.96@gmail.com lenia.rego@rum.pt

A Rádio Universitária do Minho (RUM) inaugura no próximo dia 11 de outubro, um estúdio no Instituto de Design, em Guimarães. A rádio cumpre assim um sonho antigo de se aproximar mais do Campus de Azurém e dos estudantes, docentes e funcionários que o frequentam, mas também da cidade berço. A rádio manterá a sua delegação em Braga, onde estão concentrados grande parte dos meios e profissionais, mas passará agora a acompanhar mais de perto a agenda cultural, política e social vimaranense.

Esta mudança insere-se nas comemorações dos 25 anos de existência desta rádio que já é uma referência no panorama radiofónico da região, chegando mesmo além fronteiras, através da internet.

Uma rádio que se distingue pelo género musical que transmite, mas também pela informação muito voltada para as questões da academia minhota, abarcando ainda áreas distintas como a Cultura, a Política, o Social, o Desporto, entre outras.

Numa altura em que a RUM assinala 25 anos, o ACADÉMICO foi conhecer os protagonistas de dois dos programas mais antigos desta estação radiofónica: Pedro Portela, responsável pelo “Domínio dos Deuses” e José Carlos Santos, que conduz o “Só Jazz”.

O Jazz na RUM

A comemorar 25 anos de existência, a Rádio Universitária do Minho transmite ‘Só Jazz’. José Carlos Santos, o autor do dito programa, afirma que “é difícil arranjar público para este estilo de música”, por se tratar de algo “incompreendido e

esquisito aos olhos das pessoas”.

Iniciado em 1989, ano de abertura da RUM, o estilo jazzístico manteve-se numa secção programática de igual registo, assim como de igual designação. É um programa que dedica exclusivamente o tempo de antena ao jazz, passando temas ora mais antigos ora mais recentes, contando, ainda, com entrevistas a personalidades de renome nesta área musical, normalmente, de âmbito nacional. No mesmo panorama, José Carlos realizou, para além deste programa, uma rúbrica também radiofónica, logo no início, com uma duração aproximada de seis anos, designada de ‘Instantâneo Jazz’. De 2000 a 2010, foi esta estação que promoveu o ‘Braga Jazz’, assumido pelo Theatro Circo, com nomes como David Binney ou Michel Wintsch; posteriormente, foi cancelado, sob alegada pena de falência declarada pela referida instituição cultural.

Contactado pelo ‘Académico’, José refere que “é uma música mal-entendida, entalada entre a erudita e a popular”, sendo, por isso, complicada a captação de públicos. Com este programa, “o jazz começou a dar os seus passos em Braga”, com o festival ‘Braga Jazz’, bem como “pequenos concertos”, que foram sendo realizados, conquistando alguns espetadores, se bem que “com dificuldade”. Nos tempos atuais, reforça o locutor, “passam temas essencialmente nacionais”, muito em parte com a possibilidade do “Mestrado, com cursos pelo país fora”, sendo os entrevistados, muitas vezes, portugueses. José Carlos equaciona que “haverá mais cinco ou seis programas como o meu, já contando com um nos Açores e outro na Madeira”.

Ainda em declarações, o apresentador de rádio aponta para o “desprezo cultural”, atribuindo, no entanto, crédito a um “futuro otimista”, com a esperança de que venham mais

REPORTAGEM PÁGINA 10 // 07.OUT.14 //ACADÉMICO
PEDRO RIBEIRO/LÉNIA REGO
Foto: DR

EM FOCO

locutores. Relativamente ao panorama mediático atual, entende que, apesar da “força” dos media visuais, “ainda é a rádio o veículo mais rápido”, acrescentando a existência de uma “consistência por parte das pessoas da cultura”.

Além disso, lança, “as audiências pouco interessam”, valorizando, por conseguinte, “a solidão de estar no ‘aquário’ e falar para um ou milhões”.

Apesar de tudo, “nunca ninguém da Universidade do Minho propôs sessões ou concertos”, tendo mesmo chegado a contactar com a Universidade Católica.

Atualmente, é possível acompanhar este programa da RUM, todas as quintas-feiras, das 22h00 às 24h00.

O desconhecido na RUM

Com mais de duas décadas, o programa da radiofonia universitária do Minho ‘Domínio dos Deuses’ permanece neste meio. O seu apresentador, Pedro Portela, sublinha a ideia da “contraluz da produção musical”, em contrapartida, de “música que tem pouca divulgação”.

Apesar do seu nome poder suscitar interpretações de ordem vária, não é mais do que a demonstração de temas musicais menos desconhecidos. Tendo origem numa rádio pirata, por volta de fevereiro de 1986, o ‘Domínio dos Deuses’ trouxe novos ventos para os ouvintes. No website da RUM, indica-se uma “procura constante de vultos sonoros na contraluz da produção musical”, que visa “a prospeção sem precon-

ceitos de boas ideias e inspirações tornadas música”. A própria origem desta designação encontra-se num livro de uma das mais conhecidas figuras de banda desenhada, Astérix. O programa continua, desde o seu início, em exibição.

“Era difícil encontrar música em Portugal. Muitas vezes, tinha que ir a Espanha comprar discos.” É assim que Pedro Portela, em declarações ao ‘Académico’, contextualiza os primórdios de um “espaço de cultura”, onde se divulga música menos conhecida do público em geral. Dois dos objetivos deste “espaço refugiado” passam por valorizar “artistas de qualidade desconhecidos” e “mostrar propostas diferentes”. “Hoje, é diferente: é difícil escolher; o papel do programa é filtrar a música menos divulgada”, afirma.

Questionado acerca de quem ouve, responde: “não tenho grande noção”, “ouço pessoas dizendo que se aprendeu a ouvir música”. Com esta experiência, diz ter aprendido “muita coisa”. “Sou crítico de mim próprio”, pois “volto a ouvir o programa e vejo onde falhei”, “algo autodidata”, reitera. Reforçando que há a ter em conta “não só a música mas também as palavras das entrevistas”, equaciona: “se o programa não for considerado válido, sou o primeiro a ir-me embora”. Finalizando, deixa uma palavra aos novos e aos futuros locutores: “peço que sigam as suas convicções e não aquilo que lhes parece bem”.

Com interesse em ouvir as ressonâncias do ‘Domínio dos Deuses’? Basta sintonizar na RUM, à segunda-feira, no período das 22h00 às 24h00.

REPORTAGEM PÁGINA 11 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO
Foto: DR Foto: DR

O que achaste da Receção ao Caloiro 2014?

É um dos momentos mais aguardados pelos novos estudantes.

A Receção ao Caloiro continua a ser vista como um momento de convívio e uma oportunidade para se conhecerem novos amigos.

Este ano foi a “primeira vez” do Fernando na receção ao caloiro.

Apesar de ter estado um pouco doente, isso não o impediu de se divertir e conviver na barraca do seu curso.

A receção esteve à altura das suas expectativas e, por isso, tenciona voltar nos próximos anos.

Contudo “o valor do bilhete diário foi um pouco elevado”, afirma.

Apesar de a receção ao caloiro já não ser novidade para a Jéssica, o entusiasmo com que falou da deste ano demostrou o seu contentamento.

Realça o bom trabalho desempenhado pelos colegas de curso em atividades marcantes como a “Gata na Saúde”.

Espera ainda que nos próximos anos surjam algumas “atividades que envolvam toda a academia como por

A receção deste ano foi vista numa outra perspetiva pelo Luís e alguns dos seus colegas pois trabalharam na barraca de curso. “Foi uma experiência cansativa” confessa, mas, como estudante de Gestão, foi uma forma de aplicar um pouco aquilo que aprendeu durante as aulas.

Apesar de não ser apreciador de todos os tipos de artistas presentes no cartaz, avaliou positivamente esta receção pois o bom ambiente e a di-

Entre a serenata e a latada, passando por vários concertos são muitos os momentos que permitem que os alunos novos conheçam outros colegas e se familiarizem com o espírito académico.

Entre tanta animação, o ACADÉMICO foi tentar perceber o que é que estes alunos acharam do cartaz da Receção.

12 // 07.OUT.14 //ACADÉMICO
INQUÉRITO PÁGINA
FERNANDO PEREIRA 1º ANO // ENGENHARIA INFORMÁTICA
JÉssICA OlIvEIRA 3º ANO // ENFERMAGEM INQUÉRITO lUÍs MARTINs 2º ANO // GEs TÃO

CULTURA Festival de Outono encanta

Universidade do Minho.

Foi mais um verdadeiro sucesso. Durante quatro dias, mais precisamente entre 2 e 5 de outubro, as cidades de Braga e Guimarães encheram-se de cultura, música, teatro, poesia, exposições, apresentações de livros e uma panóplia de atividades promovidas pelo Conselho Cultural da

Foi mais uma edição do Festival de Outono, a quinta, uma iniciativa que pretendeu dar a conhecer especialmente aos novos alunos da academia, a oferta cultural existente nas duas cidades vizinhas. No final faz-se o balanço, um “balanço muito positivo”, na opinião de Eduarda Keating, presidente do Conselho Cultural da UMinho.

Este ano, o programa permitiu a conciliação do património cultural e artístico da universidade com a história das duas cidades. Um festival que ficou marcado pela apresentação da “Sinfonia nº 6 UMinho”, da autoria do maestro António Vitorino d’Almeida e com interpretação do Concerto da Orquestra da Universidade do Minho. “Tivemos a oportunidade de ter estes dois concertos do maestro com a peça da UMinho.

Foi sem dúvida o ponto alto do festival”, assumiu. Um espectáculo que foi apresentado em “primeira mão” no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães e depois no salão medieval da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga.

Para Eduarka Keatins, este foi um festival que veio na conitnuidade dos anteriores, “mas teve características um pouco diferentes, que correram muito bem”.

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- Licenciatura ou Mestrado Integrado em Informática de Gestão, Informática, Engenharia Informática, Tecnologias de Informação ou similares;

- Média igual ou superior a 14 valores, e quer integrar uma equipa dinâmica e inovadora, envie o seu CV detalhado (com informação sobre média final de Licenciatura)

-Idade inferior a 30 anos

outras oPortunidades:

- EngEnharia Civil ou MECâniCa | Estágio EMprEgo | M/F | Braga

ProFessor de Física e Químicaensino secundário

PerFil:

- O Ginásio da Educação DAVINCI Guimarães está a recrutar um/a professor/a de Física e Química para explicações a alunos do ensino secundário.

- O candidato deve ter disponibilidade em horário laboral de quarta a sexta-feira.

outras oPortunidades:

- ContaBilidadE | Estágio proFissional | M/F | Braga

Programador WeB |m/F | Braga

PerFil:

- Licenciatura, Bacharelato ou muita experiência em programação web e mobile;

- Experiência em reunir com clientes para recolha de informação ou apresentação de ideias e/ou projectos é uma mais valia;

- Será dado particular enfoque ao portfólio, experiências anteriores e competências demonstradas..

outras oPortunidades:

- CustoMEr sErviCE |M/F | Zona nortE

CULTURA PÁGINA 13 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO
Foto: DR Foto: DR Foto: DR

CULTURA

PÁGINA 14 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO

Braga Music fecha em grande

PEDRO SOUSA/NORBERTO VALENTE/TOMÁS SOVERAL pedro.mdesousa1@gmail.com/tomassoveral@ gmail.com /norbertosavalente@gmail.com

Com o lema “Uma semana de 9 dias dedicada à música em Braga!”, o Braga Music Week é o resultado do trabalho conjunto de diversas entidades de produção de eventos que se uniram para promover cultura pelas ruas de Braga.

Foi pela segunda vez um ponto de encontro para artistas, músicos e público da cidade. Aconteceu de 26 de setembro ao dia 5 de outubro.

Quem esteve por Braga durante estes dias foi surpreendido pela oportunidade de se cruzar com os Smix Smox Smux na noite do dia 27 de Setembro pelo Centro Histórico, encontrar Sequin pelo simbólico preço de 2 euros no Convento do Carmo no Dia Internacional da Música (1 de Outubro), ou ainda os Mão Morta que atuaram na derradeira noite do evento.

No dia inaugural, a festa iniciou-se pelas 18h30 no Cineclube Aurélio da Paz dos Reis, local que acolheu a projecção do documentário Filhos do Tédio, documentário sobre o percurso dos Tédio Boys, a extinta banda de Coimbra, que deu origem a projetos como Legendary Tigerman, Wraygunn, Bunnyranch, d3o, Parkinsons ou Tiguana Bibles.

Ainda na noite de sexta-feira, por volta das 23h, Quelle Dead Gazelle aqueceu o palco do Insólito Bar para Memória de Peixe.

Mais tarde, no final da noite, o bar do centro da cidade fechava as portas ao som de Dj Quesadilla e um dj set do projeto bracarense Ermo.

A experiência Braga Music Week não abrange apenas concertos. O dia 27 de Setembro, o segundo dia do festival, arrancou com o Braga Urban Market – um mercado para compra, venda e troca de artigos em segunda mão. O BUM teve lugar no Centro Histórico pelo qual pas-

saram centenas de pessoas.

Ainda pelo Centro Histórico, circulou das 17h às 2h da manhã o “NAAMOBILE” – palco móvel que acolheu concertos os Skillnicker, My Brother Knows The Name, Os Canto-Esquina, O Bisonte e Smix Smox Smux. Do Largo das Frigideiras do Cantinho ao Rossio da Sé, passando pela Praça da República e o Largo Barão São Martinho a música animou e surpreendeu quem pensava que seria um sábado à tarde banal.

No domingo, dia 28, as festividades decorreram na AENINA, tendo estas começado às 18h00, com a atuação de Coelho Radioactivo e Amador. De seguida, iniciou-se a Churrascada Sónica, apoiada pelo Talho Cornélia, ao som de Xerifes&Cáboys Soundsystem. A noite terminou com uma Quiz Night dedicada à música.

No dia seguinte, voltou a haver nova Quiz Night mas, desta vez, na Livraria Mavy. A noite começou com alguns imprevistos, uma vez que a Rua Dom Diogo de Sousa manteve-se interdita até às 23h00.

Resolvidos os problemas, a noite de Quiz avançou, tendo, ainda, havido

tempo para a actuação dos Pink Da Soundsystem.

No dia 30, terça-feira, o evento decorreu no auditório da shair com a actuação do duo Hot Hair Baloon, às 23h00.

No primeiro dia de outubro – dia internacional da música – os festivaleiros tiveram a oportunidade ver a jovem Sequin no Convento do Carmo. Para além disso, foi o dia da abertura da exposição viva “A-O”, no GNRation.

No dia 2 de outubro, o Juno Café recebeu os bracarenses Without Face, a dupla francesa Vive les Cônes e para encerrar a noite, os Favela Riscos Soundsystem.

B Fachada atuou sexta-feira, 3 de outubro, no GNRation. O, considerado por muitos, melhor compositor de músicas em português da atualidade esgotou a BlackBox do GNRation.

Com espectadores sentados e outros de pé a dançarem ao som da sua música, Fachada apresentou o seu novo EP homónimo, não deixando de alegrar a plateia com a sua boa disposição e algumas das

mais conhecidas e apreciadas músicas de álbuns anteriores.

À mesma hora Robotic Sessions atuou no Estúdio 22 e ainda nesta sexta-feira, a partir das 23h, os apreciadores de metal tiveram oportunidade de ouvir Agatha Crustie, Shitmouth, Atomik Destruktor, Dokuga e ainda Midnight Priest, na TOCA.

Para encerrar a noite, o after foi no Insólito Bar, ao som de Teta Night e DJ Casca.

No último dia, a festa começou de tarde com duas sessões de cinema no Convento do Carmo seguidas de um sunset com a música do DJ Nunchuck a acompanhar.

Foi perto das 00h00 que a TOCA recebeu os “cabeças” de cartaz da edição do Braga Music Week deste ano, os Mão Morta.

A sala encheu para ver o regresso da banda que nasceu na Cidade dos Arcebispos, há 30 anos.

O encerramento desta edição do festival foi no Insólito Bar, com o DJ Nunchuck e o DJ 3G!!! que animaram os presentes até de manhã.

Foto: Pedro Costa

Braga derrotado no Dragão

Os minhotos perderam este domingo no reduto do FC Porto por 2-1, em jogo a contar para a 7ª jornada da Primeira Liga de futebol.

Num jogo algo enfático no primeiro tempo, os homens da casa tiveram dificuldades em penetrar na área de uma equipa minhota bem organizada.

O primeiro golo do encontro aconteceu à passagem do minuto 25, num canto que contou com um desvio de Maicon. O central Bruno Martins Indi apenas teve de empurrar o esférico para o interior da baliza defendida por Matheus, e assim quebrar a monotonia que se verificava até então.

O jogo ganhou outra dinâmica e pouco depois da meia hora de jogo os minhotos chegaram ao empate, por intermédio do avançado Zé Luís. Brahimi entregou literalmente a bola ao avançado bracarense

que, mesmo pressionado, não desperdiçou e na cara do guardião portista repôs a igualdade no encontro.

A cinco minutos do descanso o Porto beneficiou de uma grande oportunidade para marcar. Danilo recebeu um passe de Tello vindo da direita, e desferiu um potente remate que embateu com estrondo na barra da baliza dos minhotos.

As equipas recolheram aos balneários numa primeira parte algo estranha, por vezes mal jogada, mas que contou com uma boa réplica do SC Braga.

No segundo tempo, o jogo mudou de figura e os dragões assumiram desde cedo as rédeas do encontro na tentativa de levar os três pontos. Aos 50 minutos, Jackson Martínez podia ter marcado para os homens da casa, mas o remate do avançado saiu ao lado da baliza adversária.

Quintero, que tinha entrado depois do intervalo na equipa do Porto, foi a chave do sucesso dos azuis e brancos, e aos 59 minutos, concluiu com

classe um passe de Brahimi. Estava feito o 2-1 no Dragão.

Três minutos depois, o SC Braga dispôs da única e grande oportunidade do segundo tempo. Livre direto batido por Aderlan Santos que só encontrou como adversário o poste direito da baliza defendida por Fabiano.

O técnico dos minhotos ainda tentou ‘agitar’ o ataque bracarense, fa-

zendo entrar Pedro Santos e Éder, mas os homens da casa revelaram grande concentração e conseguiram congelar, com inteligência, o resultado até o apito final. Não obstante o resultado, o Braga demonstrou bons argumentos, num jogo bastante disputado e equilibrado.

Na próxima jornada o SC Braga recebe o SL Benfica, com o jogo a ser realizado no dia 26 de outubro, pelas 20h15.

Andebol brilha em Lisboa

NuNO GONÇALvES nunog@sas.uminho.pt

O Andebol da AAUMinho foi o grande vencedor da noite na Gala do Desporto da FADU que se realizou no passado dia 2 de outubro em Lisboa. Os minhotos triunfaram nas categorias de Melhor Equipa Masculina, Melhor Atleta Masculino (Fábio Vidrago) e Melhor Treinador (Gabriel Oliveira). O ano letivo de 2013/2014 foi sem sombra de dúvidas um ano para recordar para o Andebol masculino da academia minhota.

Após os triunfos no Campeonato Nacional Universitário (Penta-Campeões), no Europeu Universitário (Bi-Campeões) e Campeões Mundiais Universitários (foi organizado pela UMinho e contou com a presença de nove atletas seus), a AAUMinho vê a FADU e os seus associados, reconhecerem a excelência dos seus feitos.

A Gala que decorreu no Theatro Thalia em Lisboa contou com a presença de alguns ilustres convidados, como foi o caso do Presidente do Instituto Português do Desporto

e Juventude, Augusto Baganha e do Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes.

Este último entregou o prémio de Melhor Treinador do Ano, o primeiro da noite, a Gabriel Oliveira, que conquista assim desta forma, pela quarta vez esta prestigiosa distinção. “É sempre uma honra ver o nosso trabalho reconhecido desta forma”, afirmou o “mago” do andebol minhoto, que apontou como principais objetivos para 2014/2015, “as reconquistas do título nacional e do título europeu (sendo que a UMi-

nho será este ano a organizadora) e a presença nas Universíadas, onde procuraremos alcançar um resultado de excelência”. Fábio Vidrago, aluno da Licenciatura em Direito, que foi o MVP e o Melhor Marcador do Europeu Universitário que se realizou na Holanda, afirmou estar “profundamente feliz com a atribuição deste prémio”.

Nas categorias de Melhor Atleta Feminina e Melhor Equipa Feminina, os galardões foram para Coimbra,, através de Ana Moura (Badminton) e da sua equipa de Futsal feminino.

DESPORTO PÁGINA 15 // 07.OUT.14 // ACADÉMICO
DESPORTO
Foto: Estela Silva/EPA

DESPORTO

PÁGINA 16// 07.OUT.14 // ACADÉMICO

Jéssica Augusto e Emanuel Silva na Corrida Vital

Está agendada para 11 de outubro mais uma “Corrida Vital”. A iniciativa é organizada pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM) e conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga.

Nos últimos três anos a corrida juntou 1300 participantes. Este ano conta com presenças muito especiais: a maratonista Jéssica Augusto junta-se ao canoísta Emanuel Silva e apadrinham o evento juntamente com Ricardo Rio (presidente da Câmara Municipal de Braga) e Sameiro Araújo (vereadora do Desporto).

Catarina Pereira, presidente do NEMUM, explica que “esta já é a 4ª edição, tem início e término na Avenida Central, é um percurso de 5 km pelo centro histórico”. Acrescenta: “A par da corrida, há demonstrações desportivas, para as quais contactamos instituições e clubes desportivos do município. Como alunos de Medicina iremos proporcionar ao longo de todo o dia rastreios cardiovasculares, glicemia, índice de massa corporal, entre outros. Existirão ainda rastreios visuais, a cargo dos alunos de Optometria e Ciências da Visão da UM.” A presidente do NEMUM refere ainda que “a corrida tem uma vertente social, uma vez que tem um custo de 1euro de inscrição, que reverte para a operação Nariz Vermelho”. Por fim, refere a existência de uma caminhada para quem preferir.

Já Sameiro Araújo, vereadora do Desporto, referiu que “foi com satisfação” que aceitou o convite para ser madrinha da iniciativa. “Gostaria de fazer um apelo à população: esta corrida, para além da vertente competitiva, tem a vertente do lazer, estão todos convidados a participar”, disse, salientando ainda que esta atividade ajuda os bracarenses a melhorem a condição física.

Ricardo Rio, outro dos padrinhos

desta iniciativa, refere que “os bracarenses são uma população com vontade de ter hábitos de vida

saudáveis.” Acrescenta que esta e outras atividades fazem a ligação entre a comunidade académica e a

cidade: “são um sinal de esperança para que esta ligação vá ser cada vez mais para o futuro.”

RUM BOX

TOP RUM - 40 / 2014

10 OUT

1 - TRICKY

Nicotine love

2 - BLACKBIRD BLACKBIRD -

Love unlimited

3 - CADEIRA ELÉCTRICA

O teu fim

4 - CHET FAKER

Talk is cheap

5 - LYKKE LI

No rest for the wicked

6 - ALT-J

Hunger of the pine

7 - BANDA DO MAR

Mais ninguém

8 - BECK

Blue moon

9 - MAC DEMARCO

Brother

10 - SINKANE

How we be

CD RUM

11 - CELEBRATION

Tomorrow’s here today

12 - SBTRKT

New dorp, new york

13 - TY SEGALL

Feel

14 - DIABO NA CRUZ

Vida de estrada

15 - LOWER

Lost weight, perfect skin

16 - BLONDE REDHEADDripping

17 - LEGENDARY TIGERMAN

Do come home

18 - NORTON

Magnets

19 - SEQUIN

Flamingo

20 - TEMPLES

Keep in the dark

Post It – 6 a 10 de outubro PEDRO LUCAS – A Porta Do Amor THE DRUMS – I Can’t Pretend THOM YORKE – A Brain In A Bottle

Tricky - Adrian Thaws

ELISABEtE APRESEN tAÇÃO elisabete.apresentacao@rum.pt

Tricky está de regresso aos discos um ano depois de lançar “False Idols”. O novo trabalho chama-se

“Adrian Thaws” que é precisamente o seu verdadeiro nome. Tricky explica na sua página oficial que o título do disco significa que “não me conhecem”.  Francesca Belmonte que tem vindo a ser a sua voz habitual nos últimos anos, nos álbuns e concertos, canta no primeiro single “Nicotine Love”, mas há mais convidados neste novo disco. Tricky conta com a colaboração de Nneka, Mykki Blanco, Bella Gotti, Tirzah, Blue Daisy e Oh Land.

O segundo single é o tema que abre este novo álbum, chama-se “Sun Down” e conta com a participação de Tirzah. O vídeo foi dirigido pelo próprio Tricky em Brooklyn e conta com a participação de Norman Reedus, da série de televisão “Walking

AGENDA CULTURAL

BRAGA

MÚSICA

Festival Semibreve

10 a 12 de outubro

Theatro Circo/GNRation

GUIMARÃES

MÚSICA

Throes + The Shine

11 de outubro - 21h30

Praça de Santiago

(After Party)

Xerifes&Cáboys SoundSystem23h00

Convívio Associação

Sequin

11 de outubro - 24h00

CCVF

FAMALICÃO

MÚSICA

Wadada Leo Smith & Anthony Davis

11 de outubro – 21h30

Casa das Artes

TEATRO

“Tribos”

António Fagundes, Bruno Fagundes, entre outros.

08, 09 e 10 de outubro 21h30

Casa das Artes

BARCELOS

TEATRO

“Palmeira 1909”

Nova Comédia Bracarense

10 de outubro – 21h30

Teatro Gil Vicente

“Nem Louco, Nem Morto!”

Teatro Olimpo

12 de outubro – 16h30

Teatro Gil Vicente

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9:35/14:35/17:45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt.

Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

6/10 - O Rapto, de John Grisham (editora Bertrand). Mais uma aventura do adolescente Theo Boone, aproveita - se a experiência de escrita do autor, e, num ambiente de thriller, o herói vai deslindar o desaparecimento de uma colega de escola.

Dead” e da actriz Mizuo Peck. Contando com o seu projecto Nearly God, este é já o 11º álbum e o músico continua a compor músicas com sonoridades trip hop, mas há momentos musicais neste disco com vertentes de dança, como é o caso do single “Nicotine Love”. Para saber mais sobre este disco ou sobre o músico podem visitar a página oficial www.trickysite.com e ainda www.facebook.com/TrickyOfficial

7/10 - A Casa da Aranha, de Paul Bowels (editora Quetzal). Num romance envolvente e de narrativa directa, a luta de libertação de Marrocos em direcção à independência; os colaboracionistas, a polícia francesa, os islamitas que lutam sem olhar a meios pelo objectivo maior de um povo: a soberania.

8/10 - Sem Rumo , de Joshua Ferris (editora Casa das Letras). Um dos novos da escrita norte - americana, dos mais interessantes, aborda um tema delicado e doloroso: quando uma doença incurável e sem remédio se abate sobre uma família da classe média; pungente e delicado.

9/10 - Como se Fosse a Última Vez, de António Lopes (editora Parsifal). A edição e o mundo editorial português, regularmente, descobrem boas estórias e escritores seguros e este é um desses casos; de contornos urbanos e num ambiente policial, um mundo de traição e engano; óptima leitura.

10/10 - o meu nome é..., de Alaistair Campbell (editora Bizâncio). Os caminhos do alcoolismo e desgraça pessoais de uma rapariga, filha de um casal em ruptura, Hannah, 17 anos, os testemunhos dos seus amigos e amigas mostram a perdição de um ser delicado e bom; um romance «brutal».

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http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM

StartPoint@UM

A 3ª edição da StartPoint@UM está a chegar. Entre 14 e 15 de outubro, em Gualtar e Azurém respetivamente, estarão presentes cerca de 70 entidades a maioria das quais com processos de recrutamento em curso.

Poderás contar também com apoio técnico e incentivo ao desenvolvimento de ideias de negócio, espaços de aceleração de start ups e muito mais.

O evento é de entrada livre e a participação é gratuita, contudo, para

Orienta o teu Futuro Agenda

> 10 OUT ‘14

Candidaturas IdeaLab

que consigas um maior aproveitamento do evento deverás preencher o formulário disponível em liftoff.aaum.pt.

Só assim conseguirás receber uma SMS personalizada com indicação das entidades que vão ao encontro daquilo que procuras.

Empreendedorismo, Empregabilidade e Conhecimento dão o mote a este espaço de múltiplas atividades. Conhece em primeira mão quais as entidades que poderás ficar a conhecer melhor...

> 14/15 OUT ‘14

StartPoint@UM - Gualtar e Azurém

> 15 OUT ‘14

Candidaturas Prémio Produto Inovação Cotec 2014

> 31 OUT ‘14

Candidaturas ao Concurso de Ideias de Empreendedorismo Social

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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