Jornal Academico_128

Page 1

Todos ao banho!

Muitos sorrisos, muita brincadeira e muita descontração. Foi assim que se caracterizou o Caloiro de Molho, uma iniciativa organizada para promover a integração dos novos alunos no seio da comunidade estudantil minhota.

Diana Santos, aluna do 1º ano de Ciências da Comunicação disse estar bastante satisfeita com a iniciativa e em geral com todo o processo de integração nesta sua nova etapa. “Alguns destes eventos contribuem muito para a nossa adaptação e até agora tem-se revelado uma experiência que tem superado muito as minhas expectativas”, sublinhou a estudante. Eduardo Miranda, também estudante do 1º ano de Ciências da Comunicação, partilha de igual modo da mesma opinião, afirmando que “os doutores têm tido bastante cuidado no processo de toda a adaptação dos alunos recémchegados”.

Muitas atividades vocacionadas para os novos alunos

Piqueniques, dança, muita música e mergulhos na piscina foram algumas das atividades que marcaram a tarde de quarta-feira. Stephanie Carvalho, estudante de Ciências

da Comunicação adiantou que os caloiros “cantaram e treinaram as músicas de curso”. Uma forma de os familiarizar para os valores e história de cada curso. Vera Martins, doutora e aluna de Enfermagem, alertou para a importância de eventos desta natureza com o intuito de promover a integração tanto dentro do mesmo curso como entre os vários cursos, assim como dar a conhecer a academia.

Um evento com tradição

Eduardo Silva, vice-presidente do Departamento Pedagógico da Associação Académica da Universidade do Minho, sublinhou que o Caloiro de Molho “é uma iniciativa que consiste numa tarde temática, com jogos didáticos, de forma a que os novos alunos se possam integrar da melhor maneira na academia”.

Quanto às atividades, Eduardo Silva referiu que os moldes se mantiveram os mesmos relativamente aos anos anteriores. “Temos jogos como

estafetas, gladiadores, entre outros, que têm marcado as várias edições do Caloiro de Molho. Nós sabemos que os alunos gostam”, afirmou o mesmo.

No que toca à organização de um evento como este, Eduardo Silva observou que “não é muito difícil de se realizar, dado que apenas é necessário uma piscina, materiais e de um sistema de som acompanhado de um apresentador espetacular”, atirou com um sorriso.

PÁGINA 04 // 30.SET.14 // ACADÉMICO CAMPUS
Foto: Norberto Valente Foto: Norberto Valente Foto: Norberto Valente

O outro lado da praxe

Nos últimos anos, a atividade praxistica tem sido alvo de grande contestação por parte de toda a população portuguesa. De facto, muitos não entendem o seu objetivo, e é considerada por outros um ato de humilhação. Mas será que é mesmo o valor de humilhação que está por detrás deste ritual? De onde vem esta prática tão repugnante para muitos?

Na verdade, o termo “praxe” data de meados do século XIX, mas a sua prática e os seus rituais, no ensino superior em Portugal, são bem mais antigas. Por volta do século XVIII já os estudantes eram recebidos no seu primeiro ano com insultos, roubos, touradas e troças. Contudo, esta prática era tão violenta que foi proibida por D .João V, em 1722.

O historiador Teófilo de Braga refletiu sobre este assunto e afirmou que “enquanto o estudante vivia em Coimbra, envolvido ou exposto às violentas investidas, tinha de andar armado até aos dentes”, podendo-se então concluir que a violência das praxes não é uma evolução moderna deste ritual, ao contrário do que muitos afirmam.

No seio da comunidade estudantil académica, a praxe, ao contrário do que muitos têm em ideia, não é fazer mal ao caloiro ou gozar com ele,

mas serve para o ajudar a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem.

É através da praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa. Esta diversidade de opiniões, é também bastante visível na comunidade da

Universidade do Minho.

Na realidade, temos três pontos de vista bastante diferentes, uma vez que de um lado temos a posição do Presidente da Associação Académica que afirmou em conversa com uma repórter do “Académico” que “a praxe serve, quando positiva, para transmitir valores de cooperação, interação, integração e interajuda

nos alunos”.

Carlos Videira disse ainda que “nos últimos anos, temos assistido a uma evolução na prática da praxe, uma vez que os palavrões e a violência excessiva e a sua prática dentro do campus foram diminuídos porque prejudicavam a atividade letiva”.

Por outro lado, em comunicado à imprensa, António Cunha, reitor da Universidade do Minho, afirma que apesar de não aprovar a prática da praxe, “não existe nenhum ato académico que diga que qualquer aluno, independentemente, se decide ou não participar em determinados comportamentos, esteja vedado de entrar na instituição.”

E por último temos a posição da comunidade bracarense, que, nas palavras do presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, “foi muito influenciada pela forma como o acontecimento foi transmitido pela comunicação social”, referindo-se aqui ao trágico acidente ocorrido no passado dia 23 de abril, que revoltou muitos cidadãos.

CAMPUS PÁGINA 05 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
Foto: Nuno Gonçalves

O que esperas da Receção? INQUÉRITO

Apesar de não ser caloira, a aluna de 3º ano possui uma opinião sobre a Receção ao Caloiro.

“Não vou muito a este tipo de eventos pelas bandas, mas sim pelo convívio.” afirma Irina Vieira, reconhecendo que apesar disso “o cartaz é apelativo, pois cruzam-se diferentes géneros musicais”.

O único aspeto que a académica vê como menos positivo neste evento relaciona-se com o espaço em que decorre. “Não gosto muito do local porque é um recinto fechado”, confessa.

Na perspetiva da estudante, todas as noites da Receção são distintas, mas tem uma preferência: a noite que mais lhe agrada é a última, já que gostaria de ver as atuações de Dj Ride, Overule e Buraka Som Sistema.

Francisca Dias começou recentemente o seu percurso académico e confessa estar a considerar ir à Receção ao Caloiro.

Apesar de ser vimaranense, nunca frequentou o evento, no entanto, recebeu desde sempre um feedback muito positivo.

A estudante afirma que “os preços dos bilhetes são justos” e que se adequam “dado que se trata de um evento de 4 dias”.

A sua aposta para melhor atuação aponta para o concerto dos Buraka Som Sistema.

Nuno Fernandes é proveniente de Santa Maria dos Açores e desconhecia a Receção ao Caloiro.

Ainda assim, o universitário espera bons espetáculos, noites repletas de novas experiências e afirma que “o evento servirá principalmente para criar amizades” e dessa forma integrar-se nesta sua nova casa.

O estudante anseia o concerto dos Azeitonas, considera o preço acessível e aconselha toda a comunidade que não vive em Braga a ficar no fim-de-semana de forma a tirar o máximo proveito da festa.

Entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro esperam-se milhares de estudantes e visitantes no Multiusos de Guimarães para o evento mais esperado pela comunidade da academia minhota do início deste ano letivo, a Receção ao Caloiro 2014.

O cartaz foi divulgado com todos os artistas e preço dos bilhetes e nas palavras de Carlos Videira, presidente da AAUM, “estamos perante uma programação transversal”.

Esta é uma festa académica que tem como propósito principal a integração dos novos alunos e que deve ser vista como um cartão de visita para uma maior aproximação da cidade e do próprio campus de Guimarães.

Com a aproximação da Receção ao Caloiro 2014 o Académico quis saber qual a antecipação que se sente por parte dos estudantes minhotos. Eis o resultado...

INQUÉRITO PÁGINA 06 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
IRINA VIEIRA 3º ANO // NEGÓCIOS INTERNACIONAIS PEDRO SOUSA pedromdesousa1@gmail.com
FRANCISCA DIAS 1º ANO // ESTUDOS CULTURAIS
NUNO FERNANDES 1º ANO // ENGENhARIA bIOMÉDICA

A tua primeira vez...

A Receção ao Caloiro arranca amanhã, em Guimarães, no Pavilhão Multiusos, e prolonga-se até ao fim de semana. O evento realizado pela Associação Académica da Universidade do Minho conta com quatro noites de música e muita animação. De acordo com o Vice-Presidente da AAUM, Celso Fernandes, a realização deste evento procura garantir a “satisfação de todos os alunos, promovendo uma rápida integração aos mais novos nesta academia”, para além de “uma maior aproximação à cidade de Guimarães”.

São esperadas milhares de pessoas durante os quatro dias, uma vez que se trata da “primeira grande oportunidade de diversão para todos os alunos, neste novo ano letivo”. O Vice-Presidente da AAUM afirma que a preparação deste evento foi “iniciada com algum tempo de antecedência”, para garantir a boa “execução das tarefas inerentes a eventos deste tipo, tais como o aluguer do espaço, a produção do evento, a definição do cartaz, entre outros”. Em relação a edições anteriores, a principal novidade passa pela duração ser de quatro dias, dois deles, fim de semana. Para Celso Fernandes, a medida pretende “proporcionar grandes noites de espetáculos a todos os alunos e, também, à cidade de Guimarães, que tão bem nos acolhe todos os anos”.

Esta edição exigiu um maior cuidado na escolha do cartaz, pois contará com mais dias. O Vice-Presidente da AAUM afirma que se trata de um cartaz “extremamente transversal, que pretende satisfazer os gostos

CAMPUS PÁGINA 07 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
musicais de todos os alunos”. O preço do passe geral é de 21 euros e podem-se comprar bilhetes diários. Haverá transporte assegurado entre o pólo de Gualtar e o recinto do evento.

UMinho mais internacional

A Universidade do Minho recebe pela primeira vez estudantes internacionais. Vindos de países da Europa de Leste e ainda de Angola, do Brasil, da China e da Jordânia, são mais de sessenta os jovens que aqui chegam com esse estatuto.

Em declarações ao ACADÉMICO, o vice-reitor com o pelouro da Educação, Rui Vieira de Castro, afirma que receber alunos nesse regime era "uma aspiração antiga" da universidade. Contudo, não deixa de salientar que "as instituições não tiveram o tempo necessário para uma preparação tão cuidada quanto gostariam" devido aos prazos estipulados pelo governo.

Apesar disso, Vieira de Castro diz que a UMinho oferecerá "o pacote global" a esses alunos, procurando que

eles se sintam bem e que consigam cumprir com sucesso o seu plano de estudos. Nesse sentido, "para lá de todos os serviços regulares, que a universidade oferece a todos os seus estudantes, [esse pacote] englobará atividades de natureza desportiva, apoio médico, apoio jurídico e de alojamento" garante.

De acordo ainda com o vice-reitor, esses estudantes terão também de pagar um valor de propinas diferente dos restantes alunos da academia minhota, valor esse que "decorre do próprio enquadramento normativo". "O governo, quando publicou o estatuto, determinou que o valor a pagar deveria ser próximo dos custos reais" explica. Assim sendo, a UMinho determinou que os seus estudantes internacionais em cursos de base tecnológica deverão pagar 6500 euros, enquanto os restantes alunos com esse estatuto pagarão 4500 euros.

Os sonhos de quem chega

Uma das recém-chegadas estudantes internacionais da UMinho, Severiana da Silva, diz-se "entusiasmada e feliz por estar aqui", numa universidade da qual tem "boas referências" e na qual espera "fazer novas amizades". Oriunda de Angola, a jovem aluna de 18 anos revela também estar com expectativas bem altas em relação à universidade. "Vamos aprender muito! Acho

CECRI recebe alunos

que vai ser mesmo muito especial" afirma.

Ivane Luís, outra dessas estudantes internacionais e também angolana, encara a mudança para a Portugal e a entrada na UM como "um desafio" que está "disposta a enfrentar". No entanto, esta estudante de 19 anos, que ingressou em Relações Internacionais, não esconde que é seu desejo voltar para o seu país natal, quando terminar o curso.

ANDREIA ROCHA

andreia7rocha@hotmail.com

Os alunos do 1º ano da Licenciatura em Relações Internacionais foram recebidos nos passados dias 22 e 23

de setembro no Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais.

O centro organizou um evento denominado “Welcome Week”, que permitiu juntar os novos alunos, a

quem foi dada a conhecer a Universidade do Minho e o curso em que estão inseridos.

Este acontecimento incluiu um tour pela Universidade do Minho que

começou no Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais e preparação e realização de debates.

Uma iniciativa que será certamente para repetir nos próximos anos.

Foto: DR Foto: DR

Chuva de estrelas na noite dos investigadores

No passado dia 26 de setembro decorreu, na Plataforma das Artes e Criatividade em Guimarães, a Noite Europeia dos Investigadores (NEI).

É um evento que ocorre no mesmo dia em vários países europeus, dando a conhecer os cientistas e a sua Ciência aos cidadãos num ambiente informal e divertido.

Desde o início de setembro que a NEI promoveu iniciativas por todo o país, culminando com a gradiosa Noite Europeia dos Investigadores.

A Escola de Ciências da Universidade do Minho foi, pelo terceiro ano consecutivo, a entidade organizadora da NEI, assinalando esta data com um conjunto de actividades que abrangeram variadas áreas científicas destinadas ao público infantil, juvenil, adulto, para famílias e grupos escolares.

O programa científico foi iniciado às 17h00, altura em que houve maior adesão do público, com actividades “hands on” em Ciência e Tecnologia, em que mais de 350 visitantes poderam observar e participar na realização de experiências e exercícios práticos relacionados com as áreas científicas da Biologia, Física, Ciências da Terra, Matemática e Química. De salientar as actividades científicas “ De olho nas células”,

que consistiu na visualização de células ao microscópio; “Há magia no ar”, em que foi possível utilizar o ar para demonstrar princípios da Física e Química; uma demonstração de robô, construído com peças Lego, que resolve o cubo mágico; “À descoberta dos minerais” cujo objetivo era a identificação de minerais de acordo com as suas propriedades físicas; a exposição “Triciclo com rodas quadradas”; a exposição Homo numericus, onde o projecto STOL

(Science Through Our Lives) convidou pais e filhos a descobrir aspectos curiosos do corpo humano, entre outras actividades.

O programa noturno consistiu na projecção da ópera “Breathe freely”, baseada no livro de James Kendall sobre o uso bélico de gases tóxicos; a Tertúlia sobre “Ciência em tempo de guerra” contou com a presença de investigadores das áreas da Biologia, Química, Matemática e Ciências da Terra; e o Speed Dating, que reuniu cientistas ilustres da Escola de Ciências da Universidade do Minho das mais variadas áreas, desde Química a Matemática, passando pela Física e Geologia.

O balanço feito pelos presentes foi muito positivo pois esta iniciativa é uma mais-valia para a aprendizagem, uma forma de expôr Ciência, de colocar questões aos cientistas e cimentar conhecimento sobre Ciência. É importante a troca de opiniões

e a descoberta de novos projectos que estão a ser desenvolvidos e outros que ainda estão a ser moldados através de conversas informais com os investigadores. Curiosamente, muitas crianças que estiveram presentes nas actividades da tarde, trouxeram os seus pais para assistir e participar nas actividades da noite. A Presidente da Escola de Ciências, Estelita Vaz confirmou que a NEI é uma iniciativa que cria cultura científica, aproximando a Ciência dos cidadãos. Este ano o palco escolhido para a realização da NEI foi Guimarães, uma vez que a cidade precisa de uma maior aposta, e por isso mesmo um espaço amplo e bonito como a Plataforma das Artes e Criatividade foi o ideal para esta iniciativa.

Futuramente, é esperado que iniciativas como a NEI sejam realizadas todos os anos, que sejam iniciativas contínuas pois a Ciência é estruturante na vida das pessoas.

CAMPUS PÁGINA 09 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
Foto: Inês Pinheiro Foto: Inês Pinheiro

CRIsTINA dIAs ENTREVIsTA

ELSA MOURA/LÉNIA REGO elsa.moura@rum.pt lenia.rego@rum.pt

Quais são as principais problemáticas que apresenta nesta tese de doutoramento: “Do regime da responsabilidade pessoal e patrimonial por dívidas dos cônjuges: problemas, críticas e sugestões”?

O nosso ordenamento jurídico relativamente ao Direito da Família tem algumas normas relativamente à responsabilidade por dívidas dos cônjuges, que se prendem também com outras questões patrimoniais que são reguladas na lei. Falamos de questões patrimoniais, nomeadamente quanto aos destinos, quanto à administração

dos bens do casal, as regras quanto à disposição dos bens do casal.

Aquilo que eu me propus analisar foi não só o regime vigente, como é que nós chegamos a esta regulamentação legal do regime da responsabilidade por dívidas e depois, e sobretudo, tentar verificar as falhas que este regime da responsabilidade por dívidas tem, apresentar algumas críticas e algumas sugestões para simplificar esse regime da responsabilidade por dívidas, tentando sempre fazer uma ligação com as tais outras questões patrimoniais. Depois também tentei analisar o problema dos reembolsos, das compensações.

Quais foram as principais falhas que encontrou?

o nosso Código Civil é de 76. Teve uma reforma em 77 e depois teve algumas alterações pontuais. Nenhuma destas afetou verdadeiramente o regime da responsabilidade por dívidas. A nossa sociedade hoje não é a sociedade que tínhamos nem em 66, nem na reforma do Código Civil em 77. E portanto há aqui algumas falhas. Há uma norma na lei que diz que as dívidas comerciais contraídas no exercício do comércio, a não ser que os cônjuges demonstrem que não houve proveito comum, ou que estejam casados no regime de separação de bens.

Depois surge o problema da responsabilidade patrimonial.

O credor está muito mais protegido nos regimes de comunhão.

Como é que podemos lidar com estas questões hoje em dia?

As questões do direito patrimonial da família e mesmo do ponto de vista dos deveres patrimoniais, são questões mais “pesadas”, que já estão introduzidas na sociedade e é preciso pensar bem quando se fala em mudança.

É como o Regime de Bens Supletivo. Será que não estava na altura de pensarmos na sua alteração?

ENTREVISTA PÁGINA 10 // 30.SET.14 //ACADÉMICO
Foto: Marcos Pereira Docente da Escola de Direito desmistifica tabus da co-adoção

Há muitos estudantes da Universidade do Minho a optarem pelo Direito da Família?

Nós só conseguimos ter a perceção disso por via dos mestrados. O ano passado abrimos o mestrado em Direito das Crianças, Família e Sucessões. E de facto a receção foi muito boa, por parte de alunos recém licenciados da Universidade do Minho, mas também de estudantes de outras universidades e magistrados e advogados, que queriam renovar alguns conhecimentos, especializar naquela área.

Como é que os especialistas do Direito vêm a questão da adoção e co-adoção?

Eu faço parte do Centro de Investigação em Direitos Humanos da Escola de Direito da Universidade do Minho e no âmbito desse centro de investigação levei a cabo a organização de uma conferência precisamente sobre a co-adoção. É importante pensarmos nestas questões de uma maneira objetiva e sem muitas vezes termos aqui interferências, seja de preconceitos, seja de algum conservadorismo. E portanto analisarmos o que está em causa na adoção. Claro que nós vemos isto do ponto de vista jurídico. Integrei na conferência dois colegas da Psicologia, para sabermos o que é que os estudos da Psicologia indicavam. O jurista, só, não consegue dar resposta a matérias como estas. Aquilo que se concluiu é que efetivamente a criança que é adotada por um casal do mesmo sexo ou de sexo diferente não denota qualquer diferença de comportamento emocional. Do ponto de vista da Psicologia, nada obsta a que isso aconteça. Do ponto

de vista do Direito, também não. Isto é: a adoção, e sem entrar em aspectos técnicos, a adoção visa o supremo interesse da criança. Se lhe vai permitir um desenvolvimento saudável, nas várias vertentes da sua vida. Nós não podemos dizer é mau ou é bom para a criança. Temos é que analisar cada caso concreto, para sabermos se efetivamente os requisitos mínimos para adoção estão ou não assegurados.

Esta questão da co-adoção, a meu ver, se calhar é uma falsa questão. Na co-adoção não estava em causa uma adoção conjunta por pessoas do mesmo sexo. Queriase traduzir uma realidade que já existe. Imagine que temos uma mãe que tem un filho e a filiação não está estabelecida em relação ao pai. Essa mãe vive em união de facto ou é casada com uma pessoa do mesmo sexo. A criança vive com as duas. O que se pretendia era

tornar esta realidade algo jurídico. Imagine que acontece alguma coisa à mãe da criança? Quem é que exerce as responsabilidades parentais? A companheira da mãe não tem nenhuma forma, do ponto de vista jurídico, de exercer as responsabilidades parentais em relação à criança que vive com ela, que ela educa e que trata como se fosse sua. O que se pretendia era permitir que esta mulher pudesse adotar aquela criança. E esta era uma adoção plena, mas sem cortar os laços com a família natural. Podem-me dizer: “mas há forma de dar a volta...”. Há, mas as pessoas nem sempre sabem que há outras formas. Não era muito mais fácil permitir essa co-adoção?

Questão diferente é pensarmos na possibilidade, que a lei claramente afasta, de adoção por pessoas do mesmo sexo, tal como está prevista para pessoa de sexo

diferente. Eventualmente podiase pensar nisso, tendo em conta aquilo que lhe disse, o supremo interesse da criança. Vamo-nos focar aqui. Não nos vamos focar no interesse dos adotantes. E é aqui que são relevantes os estudos psicológicos. Uma discussão séria sobre este assunto era importante até para a própria criança, porque há muitas crianças que estão institucionalizadas, e se calhar, não precisavam de estar.

Adotar ainda é um processo complicado, até mesmo para casais do mesmo sexo...

O processo de adoção tem uma fase adminstrativa que decorre na Segurança Social e é aqui que demora mais tempo. Quando se chega à fase judicial, é relativamente célere. Mas há um problema de base: as pessoas querem adotar uma criança de tenra idade.

ENTREVISTA PÁGINA 11 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
Foto: Marcos Pereira Foto: Marcos Pereira

CECRI com nova direção

Os estudantes de Relações Internacionais reuniram-se na passada quarta-feira na Escola de Economia e Gestão para assistirem à tomada de posse da nova direcção do Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI).

Convidados a participar, o Presidente do Conselho Pedagógico da EEG, Artur Jorge Pereira, a Directora de Curso e de Mestrado em Relações Internacionais, Sandra Dias Fernandes, e o Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho e também antigo estudante de Relações Internacionais, Carlos Videira, proferiram algumas palavras.

José Dinis Gomes é então o novo presidente do CECRI, sucedendo assim a Emanuel Santos que por motivos de força maior não pode comparecer, estando em sua representação a vice-presidente cessante.

José Dinis Gomes traz consigo novas ambições para o centro que tanto

tem contribuído para uma melhor formação dos estudantes do curso de Relações Internacionais.

O novo presidente pretende continuar com algumas das atividades já anteriormente realizadas, nomeadamente a SIMONU, os colóquios que todos os anos reúnem especialistas da área, os workshops e tertúlias que ocasionalmente ocorrem, mas também pretende trazer novas atividades e novidades. Prova disso foi a semana aberta do CECRI que consistiu numa semana cheia de atividades direcionadas principalmente para os alunos do curso que ingressaram recentemente na academia.

No meio disto, não são esquecidos os restantes alunos do curso. Na passada quinta-feira estes puderam assistir à primeira tertúlia já organizada pela nova direcção.

Esta tertúlia intitulada “Relações Internacionais: Que saídas profissionais?” juntou vários internacionalistas minhotos, nomeadamente Andreia Aguiar, João Cruz, Jorge Miguel Fernandes e Vanda Soares. Estes por

sua vez deram o seu testemunho acerca do seu percurso académico e falaram em que medida é que as experiências e conhecimentos obtidos nesta academia contribuíram para o seu sucesso profissional actual. José Dinis Gomes pretende assim

através da realização de tertúlias discutir e abordar a questão da empregabilidade do curso que, apesar de ser o curso mais antigo da academia minhota, não tem sido uma área com grande projeção a nível nacional.

CAMPUS
PÁGINA 12 // 30.SET.14 //ACADÉMICO
Foto: DR

direitos das Crianças em debate

Na passada quinta e sexta feira decorreu na Universidade do Minho um Congresso Nacional que teve como mote as realidades e os desafios do Caso Português no 25º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC).

Esta atividade decorreu sobre alçada da comissão organizadora, composta por elementos do Instituto de Educação e da Escola de Direito.

O 25º aniversário comemora-se a 20 de novembro, por aprovação pela Assembleia Geral das Nações Unidas da CDC. À CDC permitiu avançar de forma significativa e mundial, na melhoria da proteção da geração infantil, no que diz respeito aos seus direitos, considerando-as sujeitos de direito. Este congresso pretendeu abordar a atualidade desta convenção, bem como uma reflexão sobre o seu cumprimento.

Na sessão de abertura estiveram presentes Clara Calheiros e Cristina Dias, da Escola de Direito, Manuel Jacinto Sarmento e Ana Serrano do Instituto de Educação, Laborinho Lúcio, presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho e Rui Vieira de Castro em representação do reitor.

Na primeira intervenção, Manuel Sarmento, referiu a importância do Instituto de Educação (IE) “nos estudos e investigação da criança” e da Escola de Direito (ED) “pela participação disciplinada nos direitos da criança, uma temática extraordinária”. No seu discurso, ainda falou dos

25 anos, como sendo um “momento de reflexão e de debate sobre o sentido da convenção e sobre a sua atualidade”, esperando que “o congresso possa, a partir da realidade portuguesa e a partir para participação ativa de algumas personalidades que lutam pelos direitos da criança, dar um contributo para essa reflexão”

Ana Serrano, vice presidente do IE, revelou: “A temática dos direitos das crianças é universal, relevante e atual face aos tempos de crise económica em que vivemos colocando os grupos mais vulneráveis,

nomeadamente as crianças, em situações de risco e exclusão ferindo os seus direitos.” Na sua intervenção assumiu também a importância do IE, no âmbito destes estudos, com reconhecimento nacional e internacional.

“O programa tem valências cientificas, culturais, felicito a comissão organizadora pela qualidade e beleza do programa (…) que convoca todos os saberes, todas as perspetivas, todas as capacidades de análise”, interveio Clara Calheiros.

Em representação da reitoria, o vice-reitor para a Educação, Rui Vieira de Castro mencionou que “a criança tem constituído objeto de projetos muito relevantes a nível de ensino, investigação e interação com a sociedade”. Ainda mencionou a importância da formação superior no quadro de projetos inovadores , que permitirá a “disseminação alargada de informação e conhecimento relevante sobre a criança e sobre os seus contextos”. A universidade

pode intervir nesta área [dos direitos das crianças] (…) com diferentes projetos coordenados por pessoas que escolheram esta temática como a central na sua atividade”. “Por tudo isto diria que existem expectativas sobre o congresso e os seus resultados também pela qualidade dos participantes que reúne e pela pertinência das temáticas que foram selecionadas”, concluiu.

Laborinho Lúcio fez uma reflexão sobre a temática do congresso, fomentando a coincidência da comemoração do 25º aniversário da CDC com o 40º aniversário da UMinho e questionando, depois, “que tipo de cruzamento é que se pode fazer entre ambos e também qual o papel da Universidade naquilo que é o propósito da CDC”.

O presidente do conselho geral salientou também a importância da investigação sobre o objeto da convenção – as crianças. “A criança é um sujeito de direito, mas nem sempre a sociedade o assume”, disse .

CAMPUS PÁGINA 13 // 30.SET.14 // ACADÉMICO
Foto: DR Foto: DR

CAMPUS

PÁGINA 14 // 30.SET.14 // ACADÉMICO

sociedade em debate

Os dias 23 e 24 de setembro foram mais dois momentos de dinâmica do debate competitivo, na UMinho, organizado pela ‘Sociedade de Debates’.

Com o aparecimento gradual de alguns participantes, os temas ficaram-se por: “Esta Casa criará uma escola (ensino básico) para etnias (ciganos,…)” e “Esta casa, sendo cônjuge «de uma pessoa com seis meses de vida não lhe contaria que a traiu»”.

Num usual ambiente de confrontação, a dinâmica também habitual manteve-se. Sofia Laranjeiro, responsável máxima pela iniciativa, reforça as palavras acrescentando que “os debates ensinam as pessoas a colocarem-se na posição contrária àquela que é a sua, para melhor compreender os outros”, discutindo-se “diversos temas”.

Os próximos debates ocorrerão a 30 deste mês e a 8 do próximo. No dia 9 de outubro, realizar-se-á uma ter-

túlia no café cultural ‘Velha-a-Nova’, um espaço cultural bem conhecido em Braga.

Alunos solidários

A Universidade do Minho promoveu mais uma vez uma campanha de dádivas de sangue e recolha do sangue para a análise de medula. Esta acção contou com o apoio dos Serviços de Acção Social (SASUM) e da Associação Académica da Universidade do Minho que cooperaram com o Instituto Português do Sangue e o Centro de Histocompatibilidade da Região Norte.

Esta iniciativa teve lugar no passado dia 23 de setembro no campus de Azurém, em Guimarães, nomeadamente na Escola de Engenharia. Desde estudantes, a docentes e funcionários foram vários os que participaram nesta campanha, somandose um total de 138 dadores. No que diz respeito aos estudantes, foram os mais velhos que deram o primeiro

passo, acabando depois por chamar os estudantes mais novos. Regista-se então um balanço positivo, apesar de se verificarem números relativamente mais reduzidos do que no campus de Gualtar,

uma vez que o fluxo de estudantes é menor. No entanto, são números que não fogem à regra do que se costuma verificar no campus de Azurém em campanhas anteriores. A Universidade do Minho que lidera

No dia 10 de outubro promove-se uma formação, seguida de um debate, terminando com um jantar.

desde 2002 o ranking nacional de dadores por instituições e fornece o maior número de dadores inscritos ao Centro Regional de Sangue do Porto parece continuar a seguir no bom caminho.

Esta campanha repetir-se-á no próximo dia 30 de setembro no campus de Gualtar, em Braga, das 9h30 às 19h00 no Pavilhão Desportivo Universitário. Para além disso haverão ainda três unidades móveis de colheita junto ao Prometeu, Complexo Pedagógico II (CPII) e cantina.

Deixo então aqui o apelo à adesão a esta campanha. Lembrem-se que não se trata de números, nem dos rankings, mas sim da quantidade de pessoas que podemos ajudar a sobreviver ou a melhorar a sua qualidade de vida.

Foto: DR

dEsPORTO Braga vence Rio Ave

Os bracarenses receberam e venceram o Rio Ave na noite de sábado por 3-0, em jogo a contar para a sexta jornada da Primeira Liga de futebol. A equipa da casa vinha de um sofrido empate obtido na Madeira frente ao Nacional, pelo que procurou assumir as despesas do jogo desde cedo na tentativa de carimbar uma vitória perante os seus adeptos.

O Braga começou a partida a pressionar e teve mais bola, e aos dez minutos já dispunha de três ocasiões de real perigo junto da baliza do guardião Cássio.

O momento do jogo aconteceu aos treze minutos quando o avançado Boateng viu o cartão vermelho direto, ficando a equipa vila-condense reduzida a dez unidades numa fase muito precoce do encontro.

O Rio-Ave naturalmente recuou e reagrupou as suas linhas e abriu caminho para a confirmação do domínio da equipa da casa, que já se vinha a verificar mesmo quando ambas as equipas estavam em igualdade numérica.

A cerca de dez minutos do interva-

lo, o técnico Pedro Martins mexeu na equipa e fez entrar em campo o possante avançado Jebor, em detrimento de Bressan, com o intuito de estender o jogo do Rio Ave.

A estratégia acabou por cair bem na equipa e os vila-condenses podiam ter chegado à vantagem em duas

ocasiões antes do descanso.

Apesar das ameaças da equipa visitante, o Braga iniciou o segundo tempo com intensa pressão, e logo ao primeiro minuto dispôs de mais uma oportunidade de golo. Pardo rematou forte de primeira, mas a bola saiu ligeiramente por cima da baliza contrária.

O Braga continuava a dominar e, mesmo sem marcar, soube ser paciente e dispôs de uma grande penalidade a meia hora do final da partida. Ukra cortou a bola dentro de área com a mão e Zé Luís não desperdiçou e aproveitou para colocar os minhotos em vantagem na partida.

Depois do primeiro golo, o jogo tornou-se naturalmente mais fácil para os homens da casa, que para

além de se encontrarem a vencer, viam-se também em superioridade numérica.

A sensivelmente um quarto de hora do final, Rúben Micael fez o segundo golo da noite, de cabeça, após cruzamento de Pedro Tiba.

Pardo sentenciou a partida a cinco minutos do fim, terminando o jogo com uma vitória do Braga sobre o Rio-Ave por expressivos 3-0.

Numa partida em que o Braga dominou desde o início, os pupilos de Sérgio Conceição não desesperaram e souberam ser pacientes para alcançar os três pontos.

Na próxima jornada, o Braga desloca-se ao Dragão para defrontar o Futebol Clube do Porto, em jogo a ser realizado no dia 5, pelas 18h00.

DESPORTO PÁGINA 15// 30.SET.14 // ACADÉMICO
DR
Foto: DR Foto:

CULTURA

Festival de Outono à porta CULTURA

O Conselho Cultural da Universidade do Minho promove entre os dias 2 e 5 de outubro a 5ª edição do Festival de Outono.

A iniciativa decorre nos campi de Gualtar, em Braga e Azurém, Guimarães e contempla a promoção de vários concertos, visitas guiadas ao Museu Nogueira da Silva, ao Espaço Maria Ondina Braga, à Casa Museu de Monção, ao Museu Alberto Sampaio, entre outros e ainda apresentação de livros, exposições, workshops e até mesmo a apresentação de uma peça de teatro pelos alunos da academia minhota.

O programa pretende conciliar aspetos relacionados com o património cultural e artístico de que a UMinho é detentora (a começar pelos próprios edifícios) ou pelo qual zela, relacionando-o com a história das duas cidades, com a criação contemporânea no âmbito da música, do teatro, da literatura, da poesia, da fotografia, entre outros.

Este evento, que terá também a dimensão de “festa”, junta a colaboração de outros agentes culturais em Braga e Guimarães cuja dinâmica importa dar a conhecer aos novos alunos.

Este ano o programa aposta mais em iniciativas a realizar na cidade berço. Um reforço da programação que se deve essencialmente ao facto de o Conselho Cultural ter decidido apostar nas duas cidades, por ter campi nestes dois locais. “Embora o Conselho Cultural tenha a sede em Braga, a sua vocação é promover a dinamização cultural em Braga e Guimarães. Daí esta decisão”, revelou Eduarda Keating, presidente deste órgão. Mas este não foi o único motivo que fez com que a organização procurasse organizar mais iniciativas em Guimarães. Para

a presidente do Conselho Cultural é importante “aproximar os jovens da cultura, mas também dar as boasvindas aos alunos que vêm pela primeira vez para a universidade, para que conheçam a oferta cultural que há na região, nas cidades em que estão a estudar.” E Eduarda Keating acrescenta mais motivos: “por outro lado pretende-se ainda divulgar a oferta cultural que há nestas cidades, até mesmo junto das pessoas que já estão cá há mais tempo, porque nem sempre é conhecida e nem sempre há disponibilidade para usufruir dela”.

O festival começa dia 2 e termina a 5 com um concerto pela Orquestra da Universidade do Minho sob a direção do Maestro Vitorino d' Almeida. Um espectáculo a decorrer na reitoria, no Largo do Paço, em Braga. Este será um concerto diferente, uma vez que foi composto pelo maestro especialmente para a academia minhota.

Este festival conta com vários parceiros como Unidades Culturais da universidade, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Instituto Confúcio, Associação Académica da UMinho, Rádio Universitária do Minho (RUM), Orquestra da Universidade do Minho, Museu Alberto Sampaio, Paço dos Duques de Bragança, Museu D. Diogo de Sousa, Museu dos Biscainhos, Arte Total - Centro de Educação pela Arte, Sociedade Martins Sarmento, Museu da Imagem e Encontros de Imagem, Academia de Música de Viana do Castelo, Embaixada Lomográfica Portuguesa e Direção de Curso da Licenciatura em Teatro.

Ciclo Livros com RUM

O Conselho Cultural da Universidade do Minho e a Rádio Universitária do Minho promovem o Ciclo Livros com RUM. A iniciativa arranca já esta terça-feira, 30 setembro, às 21h30, no Salão Nobre da Reitoria, sita no Largo do Paço.

Patrícia Portela, é a primeira convidada. A autora alia ao seu processo criativo várias referências, que vão do teatro ao cinema, passando por diálogos com obras da tradição cultural ocidental. Pretende-se realizar encontros de escritores e o público interessado nas questões da Escrita/

Literatura, uma aproximação e visualização entre quem faz um programa de rádio, e alguns autores representativos da moderna literatura portuguesa, num leque alargado de géneros e estilos.

A entrada é livre.

PÁGINA 16 // 30.SET.14 // ACADÉMICO

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

IdeaLab

O conhecimento pode ser um negócio.

Vem testá-lo no IdeaLab!

Estão abertas as inscrições para a 12ª edição do IdeaLab – Laboratório de Ideias de Negócio, que tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento de novas ideias de negócio.

Destinada a todos os alunos e diplomados que demonstrem especial interesse em levar ideias inovadoras para o mercado, esta iniciativa da TecMinho em parceria com o Departamento de Produção e Sistemas decorre entre outubro de 2014 e março de 2015.

Durante a sua permanência no Ide -

aLab, os participantes serão acompanhados gratuitamente por uma equipa de tutores e mentores tendo em vista a elaboração de um plano de negócios.

Os interessados poderão concorrer individualmente ou em grupo (máximo de cinco elementos) até 10 de outubro.

Sabe mais em www.tecminho.uminho.pt/empreender/idealab .

As sessões de Ideação decorrem a 14 e 15 de outubro na StartPoint@UM.

Agenda

> 10 OUT ‘14

Candidaturas IdeaLab

> 15 OUT ‘14

A START POINT @ UM será um espaço de múltiplas atividades, sendo de salientar as atividades complementares como talks, formações e workshops a decorrer ao longo de

todo o evento:

Não deixes de te inscrever!

Sabe mais em www.liftoff.aaum.pt

> 14/15 OUT ‘14

StartPoint@UM - Gualtar e Azurém

Candidaturas Prémio Produto Inovação Cotec 2014

PÁGINA 17// 30.SET.14 // ACADÉMICO
startPoint@UM

PÁGINA 18 // 30.SET.14 // ACADÉMICO

RUM BOX

TOP RUM - 39 / 2014

26 SET

1 - ALT-J - Hunger of the pine

2 - DAMON ALBARN - Heavy seas of love

3 - REPTILE YOUTH – JJ

4 - CADEIRA ELÉCTRICA - O teu fim

5 - NORTON - Magnets

6 - METRONOMY - I’m aquarius

7 - REAL ESTATE - Talking backwards

8 - FANFARLO - Landlocked

9 - CHET FAKER - Talk is cheap

10 - BECK - Blue moon

11 - MAC DEMARCO - Brother

12 - KELE - Doubt

13 - PERFUME GENIUS - Queen

Cd RUM

14 - ALLAH-LAS - Had it all

15 - CONOR OBERST - Hundreds of ways

16 - WOODEN SHJIPS - Back to land

17 - B FACHADA - Já o tempo se habitua

18 - WE HAVE BAND - Someone

19 - DIABO NA CRUZ - Vida de estrada

20 - LEGENDARY TIGERMAN - Do come home

Post It – 29 a 3 de outubro RODRIGO LEÃO - vida tão estranha (o espírito de um país / sony)

THE JUAN MACLEAN - a simple design (in a dream / dfa)

MARK LANEGAN BAND - sad lover (no bells on Sunday ep / heavenly)

My Brightest diamond - This Is My Hand

Não é qualquer uma que consegue liderar uma banda rock, cantar a terceira sinfonia de Górecki, descer as ruas na linha da frente de uma banda filarmónica, ou interpretar uma ópera barroca de sua autoria. Mas Shara Worden pode gabar-se de já o ter feito. A sua carreira multi-facetada à frente dos My Brightest Diamond, que começou precisamente com um álbum de rock, é o reflexo da sua mestria no mundo das artes performativas.

“This Is My Hand”, o 4º trabalho de originais dos My Brightest Diamond, marca o regresso ao mundo do rock e uma nova exploração no universo da electrónica. O disco foi gravado entre Berlim, Nova Iorque, Los Angeles e Detroit, a cidade onde Worden vive agora. Neste novo álbum contou com a ajuda do produtor Zac Rae e tentou analisar

AGENdA CULTURAL

BRAGA

MÚSICA

Jafumega

01 de outubro - 21h30

Theatro Circo

Jorge Palma

03 de outubro – 21h30

Theatro Circo

Fachada

03 de outubro – 22h30

GNRation

Mão Morta

04 de outubro – 00h00

Espaço Toca

TEATRO

“Sabe Deus pintar o Diabo”

Companhia de Teatro de Braga

30 de setembro - 21h30

Theatro Circo

“Rádio Cabaret”

Teatro das Beiras

02 de outubro - 21h30

Theatro Circo

“Tribos”

António Fagundes, Bruno Fagundes, entre outros.

05 de outubro - 17h30 e 21h30

Theatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA

Orquestra da Universidade do Minho 04 de outubro - 22h00

CCVF

BARCELOS

TEATRO

“O Quarto 33”

Fora de Cena

03 de outubro – 21h30

Teatro Gil Vicente

LEITURA EM dIA

Para ouvir de segunda a sexta (9:35/14:35/17:45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt. Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

29/9 - Os Maus da História de Portugal, de Ricardo Raimundo (ed. Esfera dos Livros).

Sim, também, os tivemos do piorio, desde príncipes, navegadores da pior espécie, bandoleiros e facínoras, psicopatas e perseguidores fanáticos; um excelente livro de divulgação.

30/9 - Exercícios de Humano, de Paulo José Miranda (ed.Abysmo).

Maio de 68. Uma revelação.

2/10 - A Génese Natural, de Asger Jorn (ed.Antígona).

a evolução da música ao longo do tempo que durou a sua carreira e tentou responder a uma questão essencial: qual é a importância da música? Compôs este trabalho com uma imagem bem definida na sua cabeça: uma tribo imaginária de pessoas reunidas em torno de uma grande fogueira, criando música, contando histórias, ouvindo as palavras sábias do xamã.

Em “This Is My Hand” o espírito de comunidade está bem patente, adornado de uma rica diversidade de texturas, tonalidades e detalhes.

Este ano de 2014 é de grande produção literária deste autor que vive no Brasil; é, de certeza, um dos grandes livros de poesia e de leitura obrigatória de um escritor que não precisa de “circo” para mostrar inovação e engenho poéticos.

1/10 - A Casa Azul, de Claudia Clemente(ed.Planeta).

Uma estreia no romance, da acalamada contista portuense,  com uma prosa densa, intensa e lírica; um retrato geracional dos tempos da ditadura, repressão política e os ideais contestatários saídos do

O pensador dinamarquês, um refractário a sério, genuíno, coloca em causa e questiona um conjunto de valores adquiridos da dita civilização ocidental e não deixa nada de pé; leitura obrigatória para estes tempos líquidos.

3/10 - Os 10 Erros da Troika em Portugal, de Rui Peres Jorge (ed. Esfera dos Livros).

Sem outras considerações à volta do país, da economia, da competência dos técnicos do “economês”, parece esoterismo, e não será?, este ensaio vem mostrar e colocar a nu aqueles que nos governam; leitura urgente.

PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.