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CANCIONEIRO POPULAR BRAGANÇANO

TOMO X

1062. Não se namore menina Do padre, nem que a pretenda; Tudo quanto dizem é falso, Não há quem os compreenda. 1063. Não te namores do cura, Nem do padre, que é perigo; Namora-te dum solteiro Que tenha de casar contigo. 1064. Namorei-me dum padre, Nunca melhor coisa fiz; Logo me fez uma inauga Da sua sobrepeliz. 1065. Nunca vi figueira preta Dar figos na raiz; Nunca vi filha de padre Ser bem feita do nariz. 1066. O cura quando namora Logo põe a mão na coroa; Namora cura, namora, Que Roma tudo perdoa. 1067. O padre quando namora Deita a mão e tapa a coroa; Namora padre, namora, Que Deus tudo abençoa, 1068. O padre, na confissão, Mandou-me apartar da dama; Agora, por meus pecados, Durmo com ela na cama. 1069. O padre da minha aldeia Fez um sermão e jurou Pela sorte dos seus filhos Em como nunca pecou. 1070. O reixenol quando canta, Logo dá um assobio; Também os filhos dos padres Chamam ao pai senhor tio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA


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