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CANCIONEIRO POPULAR BRAGANÇANO

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942. Ó edra enroladora, Quem te deu tanto enleio? Todos dizem que me és falsa, Eu também assim o creio. 943. Ó falso que me vendeste, Que por outra me trocaste, Desejava de saber Na troca quanto ganhaste (1292)? 944. Ó falso, três vezes falso, Deixa-me dizer assim; Ó falso que me vendeste: Quanto te deram por mim? 945. Ó ingrata, tu já dormes? Dormes e não suspiras! Se me quisesses bem Suspiravas e não dormias (1293). 946. Ó ladrão que me enganaste, Sendo eu tão rapariga; O inferno tem-lo certo, Degredo por toda a vida. 947. Ó meu amor d’algum dia, Tu queres-me ainda bem? – Essa pergunta está boa! Isso duvida-o alguém (1294)! 948. Ó meu amor não chores Por eu para ti não olhar: Isto em mim são disfarces Para o mundo não falar (1295).

(1292) Colhida pelo Dr. Raul Teixeira no Portelo, concelho de Bragança. (1293) Variante da n.° 562 em SPOLETO – Cantares da minha terra e idêntica à n.° 196 em LIMA, Pires de – Cancioneiro… (1294) Variante da n.° 546 em SPOLETO – Cantares da minha terra. (1295) Idêntica em LIMA, Pires de – Cancioneiro de Celorico de Basto, n.° 219.

MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA


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