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CANCIONEIRO POPULAR BRAGANÇANO

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746. Limão não compro nem vendo, Só o trago de encomenda; É fruta muito azeda, Não a quero cá na tenda. 747. O limão é fruta azeda Que se estila na botica; Ama-se quem é de gosto, Quem não é de gosto fica (1262).

LOUREIRO 748. Eu hei-de ser a geada Que tudo hei-de abrasar; Hei-de subir ao loureiro Nem folha l’hei-de deixar. 749. Loureiro, verde loureiro E a baga bem amarelinha; Os amores são dos outros E a fama inda é minha. 750. Loureiro, verde loureiro, Loureiro de folha estreita; Ninguém se finte nos homens Desde que têm a barba feita. 751. O loureiro já é meu, A folha e mais a baguinha; Os amores são dos outros, A fama inda é minha. 752. Se o loureiro não tivesse Pelo meio tanto guiço, Da minha janela via Os olhos do meu derriço. 753. Se o loureiro não tivesse Tanta rama pelo meio, Da minha janela via A renda do teu travesseiro. (1262) Ilustração Trasmontana, (1910), p. 40, n.° 34.

MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA


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