TFG UNIMAR 2022 - ABRACE: CENTRO DE APOIO AUTISTA - LAURYN ANDRADE

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Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA I S S N 1 8 9 2 7 0 4 C D D 7 2 0 R E V I S T A T F G V O L . 0 1 N O V 2 0 2 2

Monografia (TFG Trabalho Final de Graduação) Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marília, Marília, 2022 Orientação: Prof Ms Wilton F Camolese Augusto

1 Arquitetura Inclusiva 2 Autismo 3 Centro de Apoio OLIVEIRA, Lauryn Saturnino Andrade

REVISTA TFG ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE MARÍLIA UNIMAR ARQUITETURA E URBANISMO

ISSN 000 000 CDD 720 REVISTA TFG VOL. 01 NOV 2022

UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

Reitor MÁRCIO MESQUITA SERVA

Vice-Reitora REGINA LÚCIA OTTAIANO LOSASSO SERVA

Pró-Reitora de Pós-Graduação FERNANDA MESQUITA SERVA

Pró-Reitor de Administração MARCO ANTONIO TEIXEIRA

Pró-Reitor de Graduação JOSÉ ROBERTO MARQUES DE CASTRO

Pró-Reitora de Ação Comunitária FERNANDA MESQUITA SERVA

Curso de Arquitetura e Urbanismo FERNANDO NETTO

UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

NDE NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

· Ms. FERNANDO NETTO Coordenador

· Dr IRAJÁ GOUVEIA Docente

· Ms WALNYCE DE OLIVEIRA SACALISE Docente

· Ms SÔNIA C BOCARDI DE MORAES Docente

· Ms. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO Docente

NÚCLEO INTEGRADO DE PESQUISA E EXTENSÃO NIPEX DRI

· Dra. WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER Coordenação

CPA - COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO

· Dra ANDRÉIA C F BARALDI LABEGALINI Pesquisa Institucional

COMISSÃO EDITORIAL – REVISTA TFG

· Ms FERNANDO NETTO Coordenador / Arquiteto e Urbanista

· Ms WILTON F CAMOLEZE AUGUSTO Docente / Arquiteto

· Dra WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER Docente / NIPEX DRI

· Dra. HELOISA HELOU DOCA Docente / Letras

· FERNANDO MARTINS Marketing Unimar e Jornalista (MTB 76.753)

COORDENAÇÃO - ARQUITETURA E URBANISMO

· Prof Ms FERNANDO NETTO

WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO

PROFESS

SORES DO CURSO

A R I A N E R O S A T . S I A R Y A N E N U N
S C . E . S .
E

SuMÁ RIO

1- RESUMO 09-ABSTRACT 11- INTRODUÇÃO 13- CONCEITUAÇÃO 24 CÉREBROAUTISTA 25 DIAGNÓSTICO 31 TRATAMENTO 35 TRATAMENTOSNÃO MEDICAMENTOSOS 41- PROBLEMATIZAÇÃO 42-JUSTIFICATIVA 43-OBJETIVO 45-EVOLUÇÃOHISTÓRICA 51 AUTISMONOBRASIL 55-LEGISLAÇÃO 58-ANÁLISEDEPROJETOSCORRELATOS 81- ANÁLISEDEIMPLANTAÇÃO 89-PROGRAMADENECESSIDADES 93 ORGANOGRAMAEFLUXOGRAMA 99-PARTIDOARQUITÊTONICO 104-PROJETO 129-CONCLUSÃO 131- REFERÊNCIAS

rESUMO

A relação de crianças diagnosticadas com o transtorno do espectro autista (TEA), vem aumentando nos últimos anos. Assim, fazendo com que a procura de espaços voltados para estes pacientes, com atividades especificas, atendimentos individualizados e médicos exclusivos, cresça. A criação do centro ABRACE tem o objetivo de trazer um maior conforto e qualidade de vida para os seus pacientes, com atendimentos especializados e uma arquitetura inclusiva, com ambientes interativos e materiais que auxiliem na realização das atividades necessárias.

Palavras chave: Autismo. Centro de apoio. Crianças aut

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TRACT

The number of children diagnosed with spectrum disorder (ADS), has been increasing in recent years. Thus, the search for specific spaces for patients, individual consultations and exclusive doctors. ABRACE has the highest quality of bringing a greater goal and quality of life to its patientes, with dedicated care and an inclusive architecture, with interactive materials and aids in carrying out the obvious activities.

Keywords: Autism. Support center. Autistic children.

ABS
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INTRODUÇÃO

Este artigo tem como proposta a criação de um centro de apoio voltado para crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), identificando suas dificuldades e necessidades para ter um atendimento especializado com conforto e qualidade, atrelado as exigências arquitetônicas indispensáveis para se ter um espaço com ambientes que também auxiliem nos tratamentos.

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A criação de espaços que acolhem e ajudem no desenvolvimento das habilidades dos portadores do autismo, vem como base para que o projeto tenha partidos arquitetônicos voltados para construções inclusivas e que atendam todas as necessidades de seus frequentadores, utilizando materiais que também possam trazer características para o desenvolvimentos das atividades sensorias, acompanhado de muitas áreas verdes, que do mesmo modo auxiliam no desenvolvimento.

Ao decorrer do desenvolvimento do trabalho será abordado os objetivos específicos necessários para o projeto, além evidenciar os critérios fundamentais para que se obtenha um bom ambiente para os pacientes e todas as caracteristicas de uma criança com o Transtorno do Espectro Autista e como elas influenciam o espaço que necessitam.

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CONCEITUAÇÃO

Uma das principais dificuldades encontradas pelos indivíduos que possuem o autismo e seus familiares está relacionada a inclusão social, seja em ambientes de convívio público ou nas escolas. O cotidiano e as relações com as outras pessoas acabam sendo afetadas pela falta de informação e despreparo da sociedade. (TAVARES; STACHEWSKI, 2017)

Segundo Klin (2006), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio presente no desenvolvimento cerebral, que se caracteriza por comprometimento da linguagem, dificuldade de se relacionar, movimentos repetitivos e rejeição ao contato.

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O autismo infantil é descrito por anomalias qualitativas que abrangem as capacidades comunicativas e sociais, segundo o Ministério da Saúde (2000), os alertas de neurodesenvolvimento podem ser vistos nos primeiros meses de vida de uma criança, com uma predominância no sexo masculino, mas seu diagnóstico só deve ser estabelecido a partir dos dois anos de idade.

Dentro dos distúrbios, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) é o mais comum, atualmente descrito pelo Manual de Diagnóstico Estatístico de Doenças1 Mentais da Associação Americana de Psiquiatria e pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde ambos identificam o autismo como um TID. (GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004)

¹ Identificado como cid 10, de acordo com o Manual de Diagnóstico Estatístico de Doenças.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2010), estima se que 1% da população mundial, ou seja, aproximadamente 70 milhões de pessoas, possui algum grau de autismo. No Brasil, não existe um número oficial sobre a quantidade de autistas, mas no ano de 2010, computou-se que mais de dois milhões de brasileiros possuem o TEA, com uma ocorrência em crianças mais comum que casos de câncer infantil, aids e diabetes juntos.

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(...) O autismo é apenas uma maneira diferente de ver e perceber o mundo com um jeito único de ser. Logo, para o urbanismo, vale buscar entender como os ambientes se comunicam, a importância do fator organizacional, como a iluminação pode afetar o comportamento como o excesso de ruído pode agredir e como as cores se comunicam.

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Conforme mostram os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos (2016), uma a cada cinquenta e quatro crianças é diagnosticada com autismo e a incidência do transtorno é maior no sexo masculino, sendo quatro meninos a cada 5 crianças autistas.

Segundo o decreto 8.368/2014, regulamentado pela lei n° 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui que o indivíduo com o Transtorno do Espectro Autista é considerado pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Sendo assim, possui o direito a todas as articulações e ações dos serviços à saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O conselheiro federal do CAU/BR pelo estado de Roraima Nikson Dias (2019), enfatiza em seu texto “Ninguém deve ficar para trás. A arquitetura e urbanismo e o autismo“, que:

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Além das anormalidades presentes no cérebro, pesquisas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2020), indicam que o fator genético, carga hereditária e novas mutações também podem ser relacionados. Estudos apontam igualmente que fatores biológicos e ambientais são capazes de causar efeitos nos genes, o que aumentam as chances da criança desenvolver o TEA.

Os indivíduos que possuem o TEA são divididos em três níveis diferentes. O primeiro é o nível 1, caracterizado como leve, onde costumam ter dificuldades e desinteresse para iniciarem uma comunicação social com outras, problemas de organização e comportamentos repetitivos. O nível 2, definido como moderado, aumenta se o déficit nas habilidades sociais, dificuldade em enfrentar mudanças e comportamentos restritivos e repetitivos mais frequentes. O último nível é o 3, determinado como grave, no qual existem grandes atrasos na comunicação verbal e não verbal e problemas com interações sociais. (KWANT, 2019).

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O Transtorno do Espectro Autista, é um conjunto de sintomas caracterizados como desvios na interação social, na comunicação e na imaginação. Estes três sintomas foram identificados em 1979 pela médica psiquiatra inglesa Lorna Wing e pela psicóloga clínica Judith Gould, que chamaram de Tríade, que é atribuído a um padrão de comportamento repetitivo e restritivo, mas que variam de acordo com o retardo mental. (MELLO, 2005)

O cérebro de um autista é classificado por uma falha na comunicação entre os neurônios, o que dificulta no seu processo de absorção de informações. Sua principal alteração está presente no corpo caloso, que é responsável por ajudar na comunicação entre os dois hemisférios do cérebro, que são as amígdalas, encarregadas pelo comportamento emocional e social e o cerebelo, que executa as atividades motoras, como por exemplo, a coordenação e o equilíbrio. O cérebro também apresenta falhas nos principais neurotransmissores, que são o glutamato e a serotonina. (MORAES, 2014)

DIAGNÓSTICO

O autismo infantil é definido como uma patologia bem mais extensa do que se foi falado pelo médico austríaco Leo Kanner, encontra se hoje níveis e formas de autismo atrelados a outros tipos de patologias, como por exemplo, as síndromes genéticas e paralisias cerebrais. Esta característica tornou o diagnóstico muito mais complexo, já que o mesmo se transfigura a outros quadros patológicos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000)

Devido à alta complexidade do transtorno, é necessário o envolvimento de diferentes especialidades da área da saúde para que seja feito um diagnóstico precoce e correto, aumentando as chances de haver um melhor desenvolvimento do indivíduo. (TAVARES; STACHEWSKI, 2017)

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O diagnóstico do autismo é realizado através de avaliações médicas sobre o quadro clinico de cada paciente individualmente, já que ainda não existem testes laboratoriais específicos para a detecção do TEA. Assim, os médicos responsáveis são instruídos a realizarem exames para investigar possíveis condições, mas mesmo com fortes sintomas antes dos vinte e quatro meses de vida, identificação do transtorno não pode ser conclusiva (MELLO, 2005)

Os sinais do TEA podem se apresentar a partir dos primeiros dias de vida, com uma calma excessiva, sonolência, choros por muitos períodos, rejeição ao colo e falta de contato ocular, fazem com que os pais comecem a procurar diagnósticos médicos. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

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De acordo com o Ministério da Saúde (2000), a grande maioria dos casos são percebidos e descobertos na fase da pré escola, pelos professores e auxiliares, que no convívio cotidiano, identificam nas crianças dificuldades de se relacionar em grupo tanto com as de mesma idade, quanto com seus professores.

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As manifestações dos sintomas são destintas em cada paciente e podem variar de acordo com a idade, mas atraso na fala e na linguagem, déficit no uso de formas não verbais, hiperatividade, movimentos repetitivos e dificuldades na interação social são características que podem indicar a presença do transtorno. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

Os casos mais graves, identificados como nível três, são os mais rápidos de se reconhecer, mas existem casos de crianças que apresentam desenvolvimento motor normal e manifestam apenas pela sua recusa ao contato físico. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000)

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TRATAMENTO

Apesar de não existir uma cura para o autismo, pode ser feito um programa de tratamento intensivo e apropriado para cada caso do distúrbio, que atrelam diversas atividades construtivas, que além de aumentarem os interesses do autista, auxiliam na melhora de sua qualidade de vida. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

O planejamento de cada tratamento deve ser estruturado de acordo com as etapas da vida de cada paciente e as características da família. De acordo com Bossa (2006), os procedimentos com crianças devem priorizar a terapia da fala, o estímulo a interação social e a linguagem.

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A definição do tratamento acontece a partir do diagnóstico, onde é formada uma equipe de especialistas multidisciplinares composta por terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas e educadores físicos, além do acompanhamento e orientação para os pais e cuidadores. (TAVARES; STACHEWSKI, 2017)

O objetivo de cada tratamento é potencializar as habilidades sociais e de comunicação da criança portadora do TEA, por meio da diminuição dos sintomas do transtorno e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

De acordo com Tavares e Stachewski (2017), em alguns casos são indicados medicamentos com o intuito de controlar as repercussões do distúrbio, que são utilizados quando existe alguma comorbidade psiquiátrica ou neurológica e quando os sintomas trazem algum tipo de prejuízo social ou ocupacional a vida da criança.

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TRATAMENTOS

NÃO MEDICAMENTOSOS

Segundo o Ministério da Saúde (2000), existe uma variedade de terapias voltadas para o tratamento do autismo, que se diferencia de acordo com os casos, atendendo necessidades especificas e que deve ser indicada a partir do laudo médico.

A psicoterapia tem abordagem relacional, com ênfase no controlo emocional, na modificação do comportamento e na resolução de problemas. As técnicas são divididas em três fases, a primeira voltada para a superação do isolamento, a segunda no desenvolvimento dos próprios limites e a terceira para entender como iniciou o conflito que acarretou na retração da criança TEA. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000)

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A ludoterapia, se utiliza do lúdico como instrumento para a relação terapêutica, através de jogos e brinquedos, assim sendo um recurso auxiliar nas outras terapias. Por meio do brincar, o autista expressa seu entendimento o mundo e por não possuir repressões comuns externa seu sentimento através do manuseio de objetos.

S(SALIM; JUNQUEIRA, 2010)

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O PECS (Picture Exchange Communication System) é um Sistema baseado em figuras, já que as mesmas refletem as necessidades e interesses das crianças, assim facilitando a comunicação e a compreensão. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

A musicoterapia é uma modalidade que utiliza da música, enquanto som e movimento para estabelecer um canal de comunicação e desta forma possibilitar o tratamento de problemas e necessidades físicas, mentais emocionais, cognitivas e sociais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000)

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TEACHH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children), é um programa educacional no qual combina diferentes materiais visuais para aperfeiçoar a linguagem, o aprendizado e reduzir comportamentos inapropriados. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2016)

De acordo com o Ministério da Saúde (2000), a terapia ocupacional é um recurso auxiliar aos trabalhos de reabilitação, pois está voltada a estimulação das habilidades do TEA para as atividades diárias, como alimentação e hábitos de higiene.

A equoterapia é a utilização terapêutica do cavalo em um tratamento complementar de reabilitação física e mental. Esse trabalho é feito por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais da saúde, educação e equitação. O uso do cavalo, decorre de seu movimento ritmado, repetitivo e simétrico que é passado para o paciente, para o conhecimento do próprio corpo. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000)

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PROBLEMATIZAÇÃO

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2016), nos últimos doze anos o índice de indivíduos diagnosticados com autismo cresceu cerca de 50%.

A grande demanda de espaços direcionados a crianças que possuem o transtorno do espectro autista, faz com que aumente o interesse na criação de um centro de apoio, voltado para auxiliar nos tratamentos disponíveis, como, fisioterapia, fonoaudiologia e musicoterapia, que atenderão portadores do TEA em sua primeira infância, auxiliando também seus pais e cuidadores com as informações necessárias.

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JUSTIFICATIVA

O indivíduo portador do TEA necessita de um espaço de atendimento bem planejado, que atenda todas as suas necessidades, a partir de soluções arquitetônicas que viabilizam seu desenvolvimento cognitivo, intelectual, comportamental e de comunicação.

Assim, projetar um local direcionado para o aperfeiçoamento das aptidões e habilidades dessas crianças é de extrema relevância, para que a partir de tratamentos adequados, os portadores do TEA possuam uma melhor qualidade de vida, tornando-os independente.

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OBJETIVO

A proposta consiste na elaboração de um centro de apoio para crianças autistas, projetado para o convívio diário, visando o desenvolvimento do TEA em conjunto aos vários profissionais e métodos terapêuticos, com embasamento na evolução e progresso das relações sociais, comportamentais e de comunicação, com atividades integradoras, que ajudem no crescimento pessoal e na independência de cada criança.

O projeto visa criar espaços com características sensoriais, áreas flexíveis, que permitam diversos usos e locais ao ar livre, assim estimulando a integração e inclusão dessas crianças para o seu convívio com outras pessoas.

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EVOLU ÇÃO HISTÓ RICA

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As primeiras informações feitas acerca de casos relacionados ao autismo, foram realizadas pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, no ano de 1908, quando identificou em alguns de seus pacientes com esquizofrenia a tendência em se desconectar das interações externas e se relacionar apenas com sua própria realidade, descrevendo esse comportamento como “pensamento autístico”. (TAVARES; STACHEWSKI 2017)

Segundo Tavares, Stachewski (2017), em 1943, o psiquiatra Leo Kanner, descreveu no seu primeiro artigo revolucionário, estudos e reconhecimentos adquiridos em quatro anos de acompanhamento em um paciente chamado Donald. Neste mesmo ano, em abril, o número de casos que estava sendo avaliados subiu para onze, sendo oito meninos e três meninas, sendo assim Kanner deu o título ao seu artigo de “Distúrbios Autísticos do Controle Afetivo”, que depois foi substituído por autismo infantil, já que estava presente na primeira infância.

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Em 1952, foi publicado a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, pela Associação Americana de Psiquiatria, sendo um manual que informava os nomes e critérios padrões para um diagnóstico de transtornos mentais. Nesta primeira edição os sintomas do autismo foram identificados como um subgrupo da esquizofrenia infantil e não como uma condição específica. (AUTISMO E REALIDADE, 2020)

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A primeira associação no mundo fundada por pais de crianças autistas foi criada em 1962, no qual um grupo de pais, após assistir uma reportagem do programa Women’s Hour do canal BBC de Londres e ouvirem a entrevistada Helen Alisson falar sobre o filho autista, criaram a NAS (National Autistic Society), que tinha como objetivo a abertura de escola para crianças com TEA, residência para adultos e serviços de informação e apoio aos pais. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2013)

A classificação do autismo ocorreu em 1978, pelo psiquiatra Michael Rutter, que o identificou como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo. Essa definição fez com que o transtorno fosse reconhecido como uma condição especifica e adicionada ao grupo de TID. (AUTISMO E REALIDADE, 2020)

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Em 2013, o Manual de Diagnóstico Estatístico de Doenças Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, classificou as subcategorias do autismo em um só diagnóstico, sendo considerado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), nessa classificação o distúrbio é visto como único, mudando apenas o seu nível de gravidade. (AUTISMO E REALIDADE, 2020)

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AUTISMO

NO BRASIL

A primeira instituição registrada oficialmente no Brasil, dedicada ao autismo foi a Associação de Amigos Autista (AMA), no ano de 1983. Conforme Mello (2013), no livro “Retratos do Autismo no Brasil”:

"As nossas maiores preocupações sedes a fundação AMA foram desenvolver o conhecimento sobre o autismo no país e abrir oportunidades de desenvolvimento para crianças com autismo de qualquer nível financeiro, raça e orientação politica ou religiosa. (MELLO, 2013)

"De acordo com o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, estima-se que existem cerca de 2,6 milhões de pessoas com deficiência intelectual e mental no Brasil, devido a alta complexidade dos

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transtornos, há uma dificuldade em obter informações especificas. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), estimam se que 70 milhões de pessoas tenham autismo, sendo cerca de um por cento da população mundial. (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS,2015)

O livro “Retratos do Autismo no Brasil”, foi lançado no ano de 2013 com o objetivo de obter informações sobre a situação do TEA no Brasil, e foi elaborado a partir de informações coletadas e fornecidas pelas instituições brasileiras que se dedicam a pessoas autistas. (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS AUTISTAS, 2013)

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LEGISLAÇÃO

Para a implantação e desenvolvimento do projeto, serão utilizadas as leis e regulamentações pertencentes as normas projetuais vigentes nos códigos que regem a cidade de Marília e o estado de São Paulo, além da utilização das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Código sanitário do estado de São Paulo, no qual se refere as disposições e condições gerais, as normas gerais da edificação, quanto ao dimensionamento mínimo dos compartimentos e com a relação a insolação, ventilação e iluminação.

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O código de obras da cidade de Marília, em destaque para os Art. 69 e 70, que são destinadas as edificações públicas, que dispõem das condições de acessos nos quesitos de largura, rampa e elevadores de fácil acesso, das vagas de estacionamentos destinados aos portadores de deficiências físicas.

A ABNT NBR 9050, que é responsável pela acessibilidade e edificação, principalmente em prédios urbanos e públicos, com recomendações de acessibilidade mínima, rampas, guarda corpos, corrimãos e corredores que deverão ser dimensionados de acordo com a quantidade de pessoas que passarão pelo local.

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ANÁLISE DE

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Foram analisados três projetos semelhantes ao que será proposto, com enfoque no partido arquitetônico, programa de necessidades e setorização, no qual trazem referências que podem ser utilizadas no projeto final. Observando como os métodos construtivos, materiais e cores interferem no desenvolvimento das crianças autistas.

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ADVANCE CENT

Figura 1 – Perspectiv 59

TER FOR AUTISM

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va em desenho da fachada principal

Inaugurado em 2007, o centro avançado para autistas, está localizado no lado oeste de Cairo, no Egito, na cidade de Qattameya, em uma zona residencial, com baixa densidade de construções e edifícios de baixa elevação. Seu acesso pode ser feito via transporte público ou particular, seu entorno é composto por grandes áreas verdes, mas não possui outras instituições educacionais ou médicas próximas. Foi projetado pela arquiteta Magda Mostafa, seguindo as diretrizes da teoria do design sensorial. (POMANA, 2007)

Figura 2 Perspectiva em 61

O centro é composto por 6 níveis, e suas atividades são divididas entre a relação pública e o tratamento para o autista. Mesmo sem espaços neurotípicos² , a integração das pessoas com o autismo é realizada a partir de áreas de terapias específicas, como salas esportivas, terapêuticas, jardins e as unidades de acomodação. (POMANA, 2017)

² Estilo de funcionamento neuro cognitivo que se encaixa dentro dos padrões sociais dominantes da normalidade.

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m 3D da fachada principal

Os espaços do projeto foram divididos de acordo com o potencial sensorial do ambiente, possuindo locais de alto estímulo, áreas de baixo estímulo e espaços de transições. (POMANA, 2007)

O projeto é dividido em quatro volumes distintos: edifício de tratamento, unidades de alojamento, centro esportivo e área de relações públicas, e possui duas entradas principais, uma voltada ao público e outra pensada para facilitar o acesso as salas de terapia para os pacientes. Para conectar as duas zonas, foi elaborado um corredor que também proporciona intimidade a zona de tratamento e para facilitar o acesso a todas as salas de tratamento, foi projetado um volume da terapia com um núcleo de transição central. (POMANA, 2007)

Figura 3 Fachada co 63
64 om acesso principal Figura 4 Acessos internos Figura 5 – Entradas e pátios
Figura 6 – Planta 65
66 pavimento térreo
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68 SkyPlay A SkyPlay é uma escola de aprendizagem infantil, localizada em North Perth, na Austrália, projetada pelos arquitetos Matthew Crawford e Tom Godden, possui 1m² e foi inaugurada em 2018. (CASTRO, 2018) Figura 1 Fachada principal

O conceito SkyPlay, é um lugar onde as crianças tem melhor dos dois mundos. A oportunidade de brincar no “céu” bem como no nível do solo. (CASTRO, 2018)

Figura 2 Área comum externa para integração dos alunos

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Figura 3 Área comum interna para integração dos alunos

A escola de aprendizagem infantil da Austrália Ocidental possui capacidade para 114 crianças. O objetivo do projeto era fugir do convencional e simples, projetando um edifício sofisticado. Composto com materiais naturais, que são mais duráveis e bonitos, painéis de concreto e compensado, brinquedos coloridos, mobiliários divertidos e conexão com a natureza, com várias árvores atreladas aos espaços internos. (CASTRO, 2018)

o ” , 70

Os espaços internos são diretamente adjacentes as áreas de recreação ao ar livre, o que reduz o deslocamento das crianças e permite que a equipe de cuidadores supervisione sem problemas. Áreas externas permanentemente cobertas, o que permitem que as crianças brinquem confortavelmente durante todo o ano, uso de grandes janelas de vidro, que incentivam as crianças a interagirem e aprenderem com outras faixas etárias de níveis diferentes. (CASTRO, 2018)

Figura 4 – Área comum interna com brinquedos para integração dos alunos

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Figura 5 – Área comum interna verde para integração dos alunos Figura 6 Elevação humanizada lado leste

O terreno é compacto, um edifício de três andares com um projeto contemporâneo, que fica ao lado de uma delegacia de polícia tombada como patrimônio histórico em 1907. O projeto é a quinta escola aberta pelos arquitetos, que seguem as filosofias progressistas das escolas municipais de Reggio Emília, Rudolf Steiner, Maria Montessori e Bacharelado Internacional. (CASTRO, 2018)

Figura 8 – Elevação técnica lado leste

9 Corte AA

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Figura

Figura 7 Elevação técnica lado norte

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Center for the developin

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Figura 1 Planta baixa
ESPAÇOS DE USO COLETIVO E PRIVADO ESPAÇOS DE USO COLETIVO

autism and ng brain

76 ADMINISTRAÇÃO PESQUISA E SERVIÇOS
ACESSOS
CIRCULAÇÕES
SALAS DE TRATAMENTO
E

O centro para autismo e o cérebro foi projetado em 2013 pelo escritório daSilva Architects e está localizado na cidade de Nova York. O projeto foi desenvolvido a partir de um ginásio antigo que estava em ruinas e foi elaborado a ideia de uma vila colorida no seu interior, com detalhes familiares, criando um espaço confortável para que os autistas pudessem frequentar e fosse distintos das instituições já existentes. (BROWNLEE, 2016)

Figura 2 Sala comum para atividades infantis
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Figura 3 Área comum para prática de esportes

Os espaços onde ocorrem as atividades são divididos em grupos de casas com diferentes formatos e seus acessos são voltados para a área central, na qual a uma incidência maior de luz natural. (BROWNLEE, 2016)

Os ambientes podem ser utilizados tanto de forma individual, quanto para uso coletivo. Para manter o silêncio nos ambientes foram usados carpetes que absorvem ruídos e painéis de amortecimento de som nas paredes, nas áreas molhadas foram aplicadas piso emborrachado macio, para se assemelhar aos carpetes. (BROWNLEE, 2016)

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As cores predominantes no projeto são tons neutros e pastéis e cada quarto possui um esquema de cores diversificadas. Nos ambientes de atividade, as treliças do telhado foram pintadas com cores vivas para animar os alunos. Também há a utilização de materiais naturais, como a madeira, cortiça, lã e borracha. (BROWNLEE, 2016)

Figura 4 - Sala para atividades em mesa

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Figura 5 Área comum para prática de atividades

Figura 6 Corte esquemático

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IMPLANTAÇÃO

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Foram analisados três terrenos para a implantação do projeto, visando os critérios considerados importantes para a construção do mesmo, como fácil acesso via transportes públicos e privados, tráfego, topografia e localização.

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Se tratando de um centro de apoio a crianças que possuem o TEA, é indispensável que sua localização e locomoção até o espaço seja de fácil acesso, tanto em transportes particulares, quanto nos públicos e que comportem todos os ambientes necessários para as atividades propostas. Assim foram escolhidos terrenos que possuem uma metragem total considerável, para que seja utilizado muitos espaços com áreas verdes e de pouco desnível. As zonas onde estão implantados os terrenos são áreas de predominância residencial e que possuem outros polos estudantis em seu entorno.

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Figura 1
Terreno 1

Figura 2 Terreno 2

Os terrenos 1 e 2 estão localizados na zona sul da cidade de Marília, o primeiro na Avenida Tiradentes, ao lado do supermercado Tauste, enquanto o segundo está no final da Avenida Esmeralda, próximo ao condomínio residencial Portal dos Nobres. No primeiro é possível chegar até o mesmo a partir dos ônibus de transporte público que saem do terminal urbano de Marilia com as linhas Nova Marília 1° grupo e Nova Marília 2° grupo. Já para o segundo, também saindo do terminal urbano de Marília com a linha Jóquei Clube Via Lácio.

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O terreno 3 está localizado na zona norte da cidade de Marília, na esquina das ruas Francisco Botão, Ercílio Coneglian e João Berriel, próximo ao supermercado Confiança Aquarius. Seu acesso via transporte público, saindo do terminal urbano de Marília pode ser feito pela linha Castelo Branco. Figura 3 Terreno 3 Figura 4 – Implantação com a metragem quadrada total do terreno 2

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O terreno escolhido foi o número 2, que seu deu devido a sua topografia ser praticamente plana e seu formato retangular, enquanto os outros dois apresentam um desnível maior, além de estar localizado em uma região residencial e calma da cidade, sem muita incidência de barulhos.

A área se encontra dentro da zona residencial 1 – baixa densidade (ZR1) e na zona especial dos corredores 1 –estruturais (ZEC1), onde são permitidas a construção de projetos classificados em S-1 (serviços não incômodos, compatíveis com o uso residencial e ou exercidos na própria residência).

Figura 5 Mapa de 300M de predominância

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O terreno escolhido está em uma área de predominância residencial, com alguns condomínios fechados em seu entorno, mas existem alguns comércios locais.

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Figura 6 Imagem do terreno 2 Figura 7 – Imagem do terreno 2
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NECESSIDADES

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O projeto deve ser elaborado de acordo com o programa de necessidades abaixo, divido em três setores em cores diferentes, com nome dos ambientes e metragens quadradas.

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SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DIAGNÓSTICOs

SETOR ATENDIMENTOS

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ORGANOGRAMA

FLUXOGRAMA

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que o projeto seja desenvolvido de forma a atender todas as necessidades dos seus usuários, foram desenvolvidos os organogramas e fluxogramas para melhor entendimento do mesmo.
Para

ORGANOGRAMA

No organograma apresentado abaixo está presente os espaços projetados dispostos em setores. Identificados com as cores azul, para o administrativo, laranja para o setor de diagnóstico e verde para o de atendimento.

SETOR ADMINISTRATIVO SETOR DIAGNÓSTICOS SETOR ATENDIMENTOS 95
A 96
FLUXO ESTACIONAMENTOS RECEPÇÃO/SECRETARIA COPAFUNCIONÁ W.CFUNCIONÁR SALADEREUNIÃO SALADADIREÇ RECEPÇÃO W.C FEMININO W.C MASCULINO W.C FEMININO FRAUDÁRIO CONSULTÓRIO MÉDICO ASSISTÊNC CIRCULAÇÃO SALA DOS PROF.º SALADEARQUIVOS CIRCULAÇÃO W.C FEMININO W.CMASCULINO FRAUDÁRIO BIBLIOTECA ESPAÇOFAMILIAR SALA DE PSICO SALA FONOAUD SALATERAPIA SALADEFISIOT SALADEMÚ ESPAÇOFAM 97

OGRAMA

ÁRIOS

CIA SOCIAL OLOGIA

DIOLOGIA

AOCUP.

No fluxograma encontra-se toda a disposição dos ambientes, com suas ligações dentro do terreno, trazendo toda a sua funcionalidade para melhor atender os pacientes do centro de apoio.

RIOS ÁREADESERVIÇO ÇÃO SALADACOORDENAÇÃO W.CFEMININO W.CMASCULINO FRAUDÁRIO
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TERAPIA ÚSICA MILIAR

ARQUITETôNICO

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A principal proposta do centro de apoio ABRACE é contribuir para a inclusão e o crescimento de crianças autistas, assim tendo como objetivo um espaço onde será possível o desenvolvimento e acompanhamento com profissionais necessários de toda a parte cognitiva e motora dos pacientes.

Seguindo um estilo contemporâneo, o centro tem o propósito de estimular a interação entre as pessoas, criando uma relação com o espaço e os ambientes que irão compor o projeto.

101
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APONTE A CÂMERA DO SEU CELUL PARA O QR CODE E VISUALIZE EM ALTA RESOLUÇÃO Ab CENTRO DE AP CENTRO DE AP CENTRO DE AP 103

Abra

ENTRO DE APOIO ENTRO DE APOIO ENTRO DE APOIO

LAR 104
3 O centro de apoio autista ABRACE foi projetado com o intuito de trazer maior conforto para os pacientes portadores do espectro, com atendimentos especializados, qualidade e segurança. Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO SOL DA MANHÃ SOL DA TARDE
1 2 1/13 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 1 - ACESSO VEICULOS PACIENTES 2 - ACESSO PEDESTRES 3 - ACESSO VEICULOS FUNCIONÁRIOS
Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO
A partir de uma construção contemporânea, o centro de apoio visa estimular a interação entr seus pacientes e seus espaços.
A fachada é composta por brises de madeira, cimento queimado e elementos arquitetônicos em tons pasteis.
Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 2/13 o e , m Para a cobertura foi utilizado telha sanduiche com inclinação de 10%, assim ajudando no isolamento termoacústico. Todo o projeto foi desenvolvido para que seja sustentável, por isso conta com muitas áreas verdes, iluminação e ventilação natural.
1 5 Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO
3 2 4 6 1 - SETOR ADMINISTRATIVO 2 - SETOR DE DIAGNÓSTICOS 3 - SETOR DE ATENDIMENTOS 4 - PLAYGROUND 5 - ESTACIONAMENTO PACIENTES 6 - ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 3/13
A 2 3 4 5 6 7 8 1 - RECEPÇÃO/SECRETARIA 2 - CIRCULAÇÃO 3 - SALA DE REUNIÃO 4 SALA COORDENAÇÃO 5 - SALA DIREÇÃO 6 - FRAUDÁRIO 7 - W.C. FEMININ 8 - W.C. MASCUL 9 SALA DOS PR 10 - SALA DE AR Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO PLANTA BAIXA - ADMINISTRATIVO 0 1 2 3 4 5 10M
A 1 9 10 12 11 13 14 15 NO LINO ROFESSORES RQUIVOS 11 - CIRCULAÇÃO 12 - ÁREA DE SERVIÇO 13 COPA FUNCIONÁRIOS 14 - W.C FEMININO 15 - W.C MASCULINO Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 4/13
0 1 2 3 4 5 10M 0 1 2 3 4 5 10M Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO CORTE AA CORTE BB 6 2 8 2 3

O setor administrativo é composto pela recepção principal do centro, onde a partir dela os pacientes serão direcionados para as salas e atividades disponíveis. Conta também com toda a área de serviço destinada aos funcionários, além de todas as salas da direção e coordenação

Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 1 13 12 5/13
0 1 2 3 4 5 10M D D C 1 2 3 6 Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO PLANTA BAIXA - DIAGNÓSTICOS
1 - RECEPÇÃO 2 - CIRCULAÇÃO 3 - W.C FEMININO 4 - W.C MASCULINO 5 - FRAUDÁRIO 6 - CONSULTÓRIO MÉDICO 7 - W.C. CONSULTÓRIO 8 W.C. ASSISTÊNCIA SOCIAL 9 - ASSISTÊNCIA SOCIAL C 4 5 7 8 9 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 6/13
0 1 2 3 4 5 10 1 2 1 3 Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO CORTE DD

O setor de diagnósticos é formado pelas duas salas principais, o consultório médico e assistência social. É a partir daqui que serão dados os diagnósticos necessários e para os pacientes e o encaminhamento dos mesmos para as atividades disponíveis.

0 1 2 3 4 5 10M
Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO
7/13
5
CORTE CC
0 1 2 3 4 5 10M 2 3 4 Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO PLANTA BAIXA - ATENDIMENTOS 1 - CIRCULAÇÃO 2 - BIBLIOTECA 3 - ESPAÇO FAMILI 4 - FRAUDÁRIO 5 - W.C FEMININO
F E 1 5 6 8 7 9 11 12 13 14 15 16 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO 7 10 IAR 6 W.C MASCULINO 7 - SALA DE MÚSICA 8 - W.C. SALA DE MÚSICA 9 - W.C. SALA FISIOTERAPIA 10 - SALA DE FISIOTERAPIA 11 - W.C SALA DE TERAPIA 12 - SALA DE TERAPIA 13 - SALA DE FONOAUDIOLOGIA 14 - W.C SALA DE FONOAUDIOLOGIA 15 - W.C SALA DE PSICOLOGIA 16 - SALA DE PSICOLOGIA 8/13
0 1 2 3 4 5 10M 16 15 14 13 16 1 5 Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO CORTE FF
0 1 2 3 4 5 10M
setor de atendimentos
atividades
incentivar
interação
pacientes. 12 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO CORTE EE 9/13
O
conta com todas as salas de
que o centro disponibiliza, além de uma biblioteca e um espaço familiar, para
a
dos
O playground é constituído por brinquedos tradicionais, como escorregador, balanço, mas também conta com elementos mais lúdicos, que incentivam a criatividade da criança. Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO
Áreas verdes e de convivência, para incentivar o contato com a natureza, ajudando no desenvolvimento cognitivo. Além de muitas áreas com iluminação e ventilação natural . 10/13 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO
Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO
11/13 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO MAGENS DO PROJETO MAGENS DO PROJETO AGENS DO PROJETO
Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO
12/13 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO MAGENS DO PROJETO MAGENS DO PROJETO AGENS DO PROJETO
Abrace CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIS CENTRO DE APOIO AUTIST TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2022 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO IMAGENS DO PROJETO
13/13 Abrace CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA CENTRO DE APOIO AUTISTA DISCENTE: LAURYN SATURNINO ANDRADE OLIVEIRA ORIENTADOR DE PROJETO: PROF. MS. WILTON F. CAMOLEZE AUGUSTO ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PROF. MS. FERNANDO NETTO MAGENS DO PROJETO MAGENS DO PROJETO AGENS DO PROJETO

Pode-se concluir que o centro de apoio autista ABRACE apresenta soluções arquitetônicas especificas para atender pacientes com o transtorno do espectro autista.

Utilizando de uma arquitetura moderna e funcional, com espaços que atendem todas as necessidades de seus pacientes, além de todo o conforto e interação entre seus ambientes. Assim criando um centro prático, estimulando todo o desenvolvimento e habilidades das crianças, com atividades sensoriais e todo o atendimento médico necessário.

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REFE RêN CIAS

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DE APOIO AUTISTA NTRO DE APOIO AUTISTA NTRO DE APOIO AUTISTA

I S S N 1 8 9 2 7 0 4 C D D 7 2 0 R E V I S T A T F G V O L . 0 1 N O V 2 0 2 2
Abrace ENTRO

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