Morar só - Lauriana Vinha

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Bruno nasceu em Campinas, SP. Depois se mudou para Brasília com a família, onde morou por quatro anos até seu pai ser transferido e a família se mudar para o Rio de Janeiro, RJ. Por não se adaptar à vida na cidade carioca, decidiu que seria melhor voltar para Brasília e terminar seu curso aqui, onde havia começado. Uma das maiores dificuldades que encontrou foi lidar sozinho com a doença autoimune que possuiu. Antes contava com grande apoio da família, especialmente da mãe, que por esse motivo, foi resistente a sua mudança. Sobre a experiência de morar só ele diz que “é uma experiência muito boa, aprender a se cuidar e fazer a sua própria rotina, sem depender de outras pessoas.” Bruno diz que percebe a sua casa com um lugar que tem o seu jeito e, principalmente, todas as suas manias. Acredita que a casa pode ser sim uma extensão dele mesmo: “Quase tudo que tem na minha casa define a pessoa que eu sou. A casa diz sim algo sobre quem mora, um exemplo simples é a organização.” Para ele as pessoas estão preferindo morar sozinhas porque podem deixar tudo do jeito que querem, não tanto em relação a moveis e decoração, mas por terem um espaço seu onde tudo acontece da forma que você quer, um lugar onde você tem total controle. Sobre solidão ele diz: “Solidão é relativo, eu posso gostar de morar sozinho e não me sentir solitário. Companhia é sempre bom, mas morar sozinho também é muito bom. Não considero morar sozinho solitário.”

Bruno Speltri 23 anos. Concluindo o curso de Publicidade e Propaganda. Sozinho há 2 anos. De Campinas, SP, para Águas Claras, DF.

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