TGI 2 IAU/USP - Habitar e viver na pós pandemia: uma arquitetura para o desempenho

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Habitar e viver na pós pandemia: uma arquitetura para o desempenho TGI2 - 2021

Larissa Fernandes Medina



Habitar e viver na pós pandemia: uma arquitetura para o desempenho Larissa Fernandes Medina 12/2021

Trabalho de Graduação Integrado II Instituto de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo (IAU-USP)

Comissão de Acompanhamento Permanente Profª Dra. Aline Coelho Profª Dra. Amanda Ruggiero Prof. Dr. Joubert Lancha Profª Dra. Kelen A. Dornelles Grupo Temático Profª Dra. Kelen A. Dornelles Prof. Dr. Bruno Luís Damineli



Agradeço à minha mãe, Silviani, por todo o apoio, amor e paciência durante esses anos de graduação. Ao meu companheiro de vida, Gabriel Toschi, por todo o carinho e por sempre estar presente. Aos meus amigos, que, mesmo formados, estiveram aqui me ouvindo. Aos professores, que possibilitaram que esse trabalho fosse realizado, e à orientação mesmo em meio a esse ano difícil. Ao ICMC pela ênfase em computação e à minha professora orientadora Kalinka Branco, que auxiliaram a busca pelos meus sonhos.


“if you are not prepared to be wrong, you’ll never come up with anything original”- ken robinson


Sumário 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................9 2. ESTUDOS TEÓRICOS..........................................................................................................12 2.1. Aporte teórico e reflexões..............................................................................14 2.2. Arquitetura para o desempenho........................................................16 2.3. Habitar no pós pandemia..........................................................................18 2.4. Referências projetuais...................................................................................22 3. ESTUDOS URBANOS...........................................................................................................25 3.1. A CIDADE........................................................................................................................26 3.2. Escolha do terreno...........................................................................................27 4. O PROJETO................................................................................................................................29 4.1 Diretrizes projetuais gerais...........................................................................39 4.2. Processo projetual.............................................................................................45 4.2.a. Ferramentas............................................................................................46 4.2.b. Simulações de conforto iniciais.........................................54 4.2.c. Estrutura do terraço........................................................................59 4.2.d. Brises...............................................................................................................66 5. PROJETO FINAL......................................................................................................................73 5.1 Programa, distribuição e fachadas...................................................75 5.2. Acessos, circulação e subsolo................................................................83 5.3. Tipologias....................................................................................................................90 5.4. Galeria.........................................................................................................................103 5.5. Terraço............................................................................................................................119 5.6. Cortes e detalhes.............................................................................................122 6. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................144



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INTRODUÇÃO “The role of modeling and simulation has become central to technological performance, allowing designers to foresee and prevent as well as estimate and forecast, checking potential situations for the best results. This is an empowering action, as technological performance gives them the capacity to predict and antecipate” Araya (2011, p 52-53)


1. Introdução Este Trabalho de Graduação Integrado busca englobar três conceitos: eficiência energética, habitar contemporâneo e arquitetura voltada para o desempenho (performative architecture). A discussão sobre a arquitetura contemporânea e seu impacto na sociedade é muito relevante no cenário acadêmico, como destacado no trabalho de Arantes (2012). A arquitetura digital, em forte crescimento, é ressaltada principalmente por Kolarevich (2003), além de Oxman e Gu (2015), Artopoulos et al (2006). Sobre arquitetura para a performance (ou para o desempenho) em específico, Karakoç e Cagdas (2015), Touloupaki e Theodosiou (2017) e Araya (2011) foram estudados. Buscou-se consolidar esses conceitos na forma de um edifício vertical multihabitacional, com uma ampla galeria no térreo e uso misto em seus primeiros andares e um terraço caminhável sobre essa galeria. A metodologia projetual englobou o estudo de habitações contemporâneas voltadas para os trópicos e possibilidades do pós pandemia. Além disso, para a criação do dispositivo de sombreamento para as habitações foi realizado o desenvolvimento de um algoritmo em programação visual considerando as seguintes variáveis: localização, percurso solar em diferentes épocas do ano e temperaturas médias. Para isso, foi escolhida a utilização do software Rhinoceros 6 + Grasshopper e o plugin Ladybug para gerar um dispositivo de sombreamento que atenda a determinadas qualidades de conforto ambiental desejadas, levando em consideração qual ambiente interno está em qual orientação, qual o melhor posicionamento para o edifício, etc. Para a realização desse trabalho, a autora é amparada por uma iniciação científica na área de arquitetura digital (realizado entre 2017 e 2018) e também está terminando a ênfase em computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC-USP), cursado desde 2018. Assim, a metodologia escolhida levou em consideração essas habi-

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lidades específicas. Em TGI 1, houve o desenvolvimento da parte teórica e conceitual, sendo realizado o estudo sobre a construção dos algoritmos e possíveis scripts que possam ser usados como auxílio. Durante o desenvolvimento do projeto, foram utilizadas as tecnologias de forma a auxiliar a previsão do comportamento do ambiente do edifício em determinadas situações, simulando-as e buscando adaptar as escolhas projetuais para atingir um conforto ambiental adequado. No primeiro semestre, após construir um “algoritmo básico” — que captura as informações do clima local, radiação e vento — e definido um terreno e local específico, foi feito um estudo sobre a inserção urbana e a volumetria preliminar, levando em consideração o Plano Diretor da cidade de São José dos Campos. Também foi feito um levantamento da população do bairro (Jardim Veneza) e dos apartamentos disponíveis nos arredores, para assim definir os diferentes tipos de habitação. Além disso, foi realizado uma planta preliminar do térreo e dos pavimentos tipo e um estudo de insolação pela maquete digital. No prosseguimento, em TGI 2, foram projetados os espaços, distribuição e circulação, além da materialidade e estrutura. Foi feito o algoritmo final, de forma e simulação de conforto dos brises, no Rhinoceros + Grasshopper. Durante o semestre, dado que os atendimentos ocorreram de forma remota por causa da pandemia, foi utilizado o Miro como apoio. O processo projetual foi feito usando croquis, maquete física e SketchUp, e a maquete digital final, com os produtos (plantas, cortes, etc), foi realizada no Revit. Os croquis de apoio e diagramas foram realizados em tablet, usando o aplicativo Concept.

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Estudos teóricos “It is what we know already that often prevents us from learning”

- Claude Bernard

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2.1 Aporte teórico e reflexões

Para a escolha dos textos, artigos e livros, foi levado em consideração as questões que busca-se discutir nesse Trabalho de Graduação Integrado. Questão 1: Por que é importante pensar a fachada no contexto contemporâneo? A importância da imagem na sociedade contemporânea é explicitada pelo uso intensivo de redes sociais e, na arquitetura, pelo crescimento do chamado “StarSystem”. O impacto visual se tornou muito relevante, porém, como defende Arantes (2012), os arquitetos desse sistema produzem arquiteturas de exceção — que, apesar de implementar os softwares mais atuais, a base do trabalho no canteiro continua sendo precarizada e imigrante. Na “arquitetura da era das marcas”, como chama o autor, a prevalência do exterior em detrimento do interior, que são tratadas como peles, são relativamente independentes da estrutura de seu interior. Portanto, na arquitetura contemporânea, pode-se dizer que a fachada engloba todo esse aspecto visual, a “marca” do arquiteto, sua diferenciação e destaque em relação ao restante da cidade. Isso gera grande controvérsias dentro do campo acadêmico, como alguns ressaltando que os arquitetos “se venderam” para o mercado, ou, segundo Ortiz (2013), chamando isso de “arquitetura de alta costura” que não considera o contexto, “arquitetura de passarela”, uma “desvirtuação” do trabalho do arquiteto. Nesse trabalho, será levado em consideração essas críticas e o contexto contemporâneo para enriquecer o debate e a construção do Trabalho de Graduação Integrado.

Questão 2: Quais e como são os novos modos de habitar pós pandemia? Tratando-se do “habitar contemporâneo”, imagina-se confrontar o individualismo das habitações mais comuns hoje (varandas “gourmet”, piscinas individuais por apartamento, dentre outras concepções comuns de habitações de alto padrão), na forma de áreas coletivas interiores, possíveis avarandados amplos e verdes entre diferentes andares, ou seja, áreas comuns agradáveis ao usuário, para lazer e contemplação, e de forte impacto no visual total do projeto. Ainda, a pandemia do SARS-CoV-2 deixa em evidência a importância do local de morar e acabou revertendo a divisão definida pela Carta de Atenas, da cidade moderna de trabalhar, lazer, habitar e circular. Por vários meses, todas essas atividades deveriam ser feitas no mesmo local, ou no mínimo a maior parte delas. Reforça-se assim a importância da casa contemporânea, que, visto a possibilidade de outras pandemias, deve buscar abarcar todas essas funções em um espaço diminuto. Ainda, fornecer espaços semi-privativos para “respirar” e ver a luz do sol seria de grande importância. Imaginou-se então fornecer espaços coletivos entre unidades, com arborização e abertos para receber luz solar, refletindo diretamente no desenho da fachada. Porém, pensou-se em aumentar a área arborizada e áreas verdes do edifício, que também contribuem com o conforto ambiental.

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Questão 3: Como aliar arquitetura performática (arquitetura para o desempenho, ou performative arquitecture) e eficiência energética no Brasil? Na questão de eficiência energética, imaginou-se levar em consideração principalmente o conforto ambiental, mas também outros aspectos da sustentabilidade, como a minimização do uso de iluminação artificial e ar condicionado, mas não tanto a questão dos materiais, já que para produzir essa “pele” complexa, que será explicada mais aprofundamente adiante, dificilmente seria possível usar materiais como bambu ou madeira. Os conceitos de eficiência energética e geometria complexa podem ser unidos pelos estudos sobre a arquitetura performática. Apesar da ideia de arquitetura performática muitas vezes envolver algum tipo de modificação robotizada, que se adapta à mudanças automaticamente, nesse trabalho esse conceito será tratado no quesito adaptação climática, ou seja, uma estrutura estática otimizada para o local onde o edifício será inserido. Isso facilita economicamente também a realização do projeto. Uma arquitetura que priorize o conforto ambiental é extremamente relevante levando em consideração as mudanças climáticas que vem sendo cada vez mais intensas nas últimas décadas. Para esse trabalho, será adotada a definição de Lamberts et al (2014, p.5): a eficiência energética é uma característica do edifício que representa sua potencialidade em ter conforto visual, térmico e acústico com baixo consumo de energia. Assim, o desempenho térmico e luminoso será considerado nas decisões projetuais. Uso de luz natural, resfriamento e aquecimento passivo dos ambientes também são pontos importantes. Dessa forma, o local do projeto é extremamente relevante para determinar as melhores estratégias, e será utilizada a definição presente na ABNT NBR 15220-3:2005 - “Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social para auxiliar as diretivas projetuais”.

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2.2 Arquitetura para o desempenho

O termo “Performative Architecture” ou, em tradução literal, Arquitetura Performática ou de performance (também podendo ser traduzido como arquitetura para o desempenho) é estudado principalmente por Kolarevich (2003, p.24), que a define como uma arquitetura que usa a performance como base para projetar a forma, usando simulações de base qualitativa e quantitativa. Exemplos de estudos realizados usando esse tipo de tecnologia é o de Karakoç e Cagdas (2015), no qual usaram radiação solar, ângulo, latitude, longitude e outros parâmetros para alterar um invólucro arquitetônico, que reagia perante a mudança desses parâmetros de acordo com a estação do ano. “After all modules are calculated oriented to sun, porosity of the modules can be change by the data and this envelope control system by an decision making algorithm” (KARAKOÇ et al, 2015, p. 6). A otimização da localização dos módulos é feita usando Rhinoceros e plugins (Grasshopper, HelioTrope, Diva, GEco e VB.NET) e a linguagem Visual Basic. Os autores reforçam que usar “adaptive buildings” faz com que as pessoas usem menos recursos naturais e melhora o conforto (KARAKOÇ et al, 2015, p.16). Oxman et al (2007) defende que as simulações usando protótipos virtuais é um jeito de obter feedback e ajudar o arquiteto a julgar o projeto com fundamentação, dando suporte para modificações no design. Essas simulações são baseadas em dados quantitativos e analíticos, podendo variar desde análises visuais até simulações de temperatura, comportamento de acordo com condições físicas, etc. Os autores ressaltam que o processo de projeto é composto por ciclos repetitivos de geração, avaliação e modificação, até que alcancem os requisitos e resultados esperados. Essas simulações, portanto, seriam adequadas para o momento de avaliação. (Oxman et al, 2007, p.228). Ressaltam que o projeto baseado na performance atualmente é reconhecido como uma das formas mais significativas e produtivas de pro-

jetar com o auxílio do meio digital. Baseando-se na performance, esta é usada como um princípio projetual, podendo considerar-se “formalmente neutra”, no sentido no qual a geração de forma é um resultado de simulações de performance. (Shea, K., Aish, R. , Gourtovaia, M., 2003; Kolarevic and Mal- kawi, 2005 in Oxman et al, 2007, p229). Assim, ao invés de usar os meios digitais para avaliar uma forma já criada, a avaliação e teste das proposições projetuais permite que estas sejam redesenhadas de acordo com os resultados obtidos. Para Toloupaki e Theodosiou (2017), os softwares para análise da performance, chamados Building Performance Tools (BPS), são essenciais para o processo de projeto de edifícios sustentáveis (green buildings), sendo usados normalmente no início do processo de projeto. A combinação desses softwares e da otimização projetual é uma técnica tanto prática quanto filosófica, e já foi chamada de várias formas diferentes: CDO — Computational Design Optimization, Performance-based design, Design by simulation, MDO — Multidisciplinary Design Optimization, GDS — Generative Design System, GOD — Goal-Oriented Design, mas atualmente o termo “arquitetura performática” ou arquitetura guiada pela performance (Performance-Driven Design Optimization) é tido como um representativo adequado para alguns autores (Toloupaki e Theodosiou, 2017, p.2).

Figura 1: Computational performance-driven design optimization é a combinação de Design Computacional, Otimização evolucionária e Simulação de performance em edifícios. Fonte: Toloupaki e Theodosiou (2017, p.4).

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Building Performance Simulation, portanto, são os métodos usados para calcular a performance de um prédio hipotético ou que já está construído, em relação à energia, iluminação, qualidade do ar, etc. A simulação baseada na performance é mais valiosa no estágio inicial de projeto, dado que parâmetros como forma, orientação e configuração da fachada (envelope) pode afetar a performance do prédio em até 40%, e também afeta substancialmente os custos de construção (TOLOUPAKI et al, 2017, p.4). Para ser mais acessível aos arquitetos, que comumente não tem conhecimento de programação, foram criados softwares de programação visual. Um deles é o escolhido para o desenvolvimento da fachada, o Grasshopper, que funciona em consonância com o software de modelagem Rhinoceros. Um estudo que ajudou fortemente na escolha dos softwares a utilizar foi Shi et al (2016), que apresenta uma revisão bibliográfica sobre diversos estudos envolvendo otimização e eficiência na arquitetura, com o suporte de softwares de simulação. Outro estudo relevante para esse trabalho é Qingsong et al (2016), que apresenta o algoritmo utilizado para minimizar ganho térmico e maximizar a iluminação do edifício.

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2.3 Habitar no pós pandemia

O SARS-CoV-2 foi primeiramente descoberto em Wuhan na China em dezembro de 2019, sendo declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020. Até a finalização de TGI 1, julho de 2021, a população brasileira ainda estava longe de ser totalmente vacinada, as restrições ainda se mantém e o número de mortes ultrapassa 2 mil diárias. Atualmente, dezembro de 2021, a população está vacinada mas o surgimento de novas variantes ainda impede a volta da vida “normal”. Com mais de um ano de isolamento social, as reflexões sobre a vida pós pandemia e as modificações que precisarão ser feitas nos espaços são ainda mais relevantes. O estudo da história das epidemias globais demonstra as mudanças que a arquitetura e o urbanismo passaram, alteraram a forma de desenhar espaços e as normas sociais aceitáveis, desde medidas sanitárias até questões de espaços públicos verdes. Por exemplo, entre 1880 e 1920 nos Estados Unidos, houveram campanhas em larga escala para educar as pessoas sobre o que eram os microorganismos, e que eles causavam doenças, então houve o incentivo à limpeza de superfícies e áreas das residências. (BUDDS, 2020) Pós pandemia, pode-se julgar que será intensificada a humanização do setor habitacional e dos espaços livres urbanos (ARAOULF, 2021, p173). O uso das varandas foi intensificado e é relevante destacar que o ideal é que sejam grandes o suficiente para acomodar equipamentos para as atividades diárias, e quesitos como a proximidade com outros prédios podem alterar a intensidade do seu uso — outros fatores relevantes são o barulho e a vista disponível (AYDIN et al, 2020). As varandas são uma forma de comunicação com o exterior, um entre-espaço que não é totalmente público e nem totalmente privativo. Além disso, permitem uma boa ventilação natural. Um critério importante a ser destacado é que, para seu melhor uso,

Figura 2: Poster da New York City Housing Authority, dos anos 30, que ressaltava esse medo das doenças para catalisar o desenvolvimento de novas habitações. Fonte: Library of Congress Prints and Photographs Division Washington.

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as varandas devem receber vento no verão, e serem orientadas para receberem luz solar (AYDIN et al, 2020, p.60). A pandemia também fez surgir mais fortemente a necessidade de ter um pequeno jardim nas residências, e também ter mais divisórias nas casas para poder isolar pessoas doentes (PUTRA, 2020). Minimizar o contato com maçanetas e botões, além de desinfectar sapatos logo após a entrada, são medidas que vem sendo tomadas. Uma concordância em alguns textos sobre as mudanças nas habitações por causa da pandemia é a separação da área de entrada (MAKHNO, 2020), a necessidade de flexibilização dos espaços com o uso das estruturas existentes, e para isso utilizar separações removíveis para ambientes (RAVENSCROFT, 2021; OGUDENHIN, 2020). Além disso, para acomodar os novos usos, as residências deveriam ser maiores, porque agora as atividades trabalho - descanso - lazer são todas realizadas em um mesmo espaço.

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2.4 Referências projetuais

O terceiro espaço, atelier Li Xinggang. 2015.

VIA 57 Wes, BIG. 2016.

Vista dos dois edifícios. Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/887814/o-terceiro-espaco-atelier-li-xinggang/5a369028b22e38698e0000f2-the-third-space-atelier-li-xinggang-photo, acesso em 20/06/2021.

Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/795313/vil-57-west-big/57d16116e58eceafe5000170-vil-57-west-big-photo?next_project=no, acesso em 20/06/2021.

Dois edifícios habitacionais paralelos de 100 metros de altura, que tem o seu lugar, volume, desenho e forma determinados pelo cálculo da luz solar. Tem um formato escalonado, com terraços que fazem a transição entre as funções públicas e particulares dos prédios. Essa é a principal inspiração para o Trabalho de Graduação Integrado, já que seu desenho é fortemente determinado pelas condições locais de luminosidade, além da utilização de terraços, uma ideia também pensada para o projeto.

Edifício habitacional que ocupa quase um quarteirão inteiro da cidade de Nova Iorque, com 32 pavimentos, é tido como “híbrido entre o bloco perimetral europeu e do arranha-céu tradicional americano”, tem um grande pátio central compartilhado, aberto para o Rio Hudson. Sua inclinação permite que o sol do oeste penetre no bloco. Tem unidades residenciais de diferentes tamanhos. Esse projeto também utiliza a radiação solar, assim como o fluxo do ar, para determinar sua forma, além de ter unidades habitacionais de diferentes tamanhos (como também imaginado para esse TGI) e direcionamento das aberturas para otimizar a iluminação.

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City Hall, Foster + Partners. 2002.

the interlace, oma. 2013.

Disponível em https://www.fosterandpartners.com/projects/city-hall/, acesso em 20/06/2021.

Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/766606/the-interlace-oma/5549874be58ece423b00001b-the-interlace-oma-foto, acesso em 20/06/2021.

Um dos edifícios estudados por Kolarevich (2003, p25) como um dos exemplares de arquitetura performática otimiza o uso energético através da minimização da área de superfície exposta ao sol diretamente. Além disso, a configuração escalonada das janelas é formada diretamente pela análise dos padrões da direção da radiação solar durante o ano.

Com uma área de quase 170 mil m², oferece cerca de mil unidades habitacionais com tamanhos variados e espaços ao ar livre generosos. Localizado em Singapura, tem uma rede interligada com áreas verdes e os blocos intertravados se destacam dos edifícios verticais presentes na região. Tem terraços privados e públicos, incorporando análises do sol, vento e microclima local. Permite vistas interessantes, áreas de lazer e recreação entre os blocos.

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“As we move into the next phases of the pandemic, the role of cities will remain critical to implementing public health policies that protect all citizens, no matter where they live or what they look like.” Bloomberg, Michael R. WHO Global Ambassor. Disponível em https://www.vitalstrategies.org/vital-stories-cities-hold-the-key-how-urban-leaders-are-prioritizing-equity-in-the-vaccine-rollout/, acesso em 01/12/2021

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3.1 A cidade

O local escolhido para o projeto é São José dos Campos, no estado de São Paulo. Atualmente tem cerca de 730 mil habitantes (IBGE/2020) e tem cerca de 1 100 km². O município é inserido na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e entre as serras da Mantiqueira e Serra do Mar. As origens de São José remontam ao fim do século 16, quando era uma aldeia jesuítica pecuarista. Posteriormente, em 1767, foi transformada em vila com o nome São José do Paraíba. No século 19, com a produção de algodão, ganhou destaque econômico. Foi com a fase sanatorial — quando doentes com tuberculose vinham buscar se tratar na cidade por causa do clima tido como favorável — que o município ganhou destaque, tendo o maior sanatório do país em 1924, o Sanatório Vicentina Aranha. Entre o fim das décadas de 1910 e 1930, a cidade começa a apresentar suas primeiras manchas urbanas, próximas ao rio Paraíba do Sul e ao Banhado. Em 1960, há a implantação do ITA (Instituto Técnico Aeroespacial) e do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), aparecendo crescimento predominante no eixo norte-sul, e preliminarmente leste-oeste, este que é acentuado no fim dos anos 80, com a instalação da Embraer. (VIEIRA, 2019, p.260). Importantes indústrias e instituições se localizam ao longo da Rodovia Presidente Dutra - BR-116, como Johnson&Johnson, a Revap, dentre outras. Ainda passam pela cidade a Rodovia dos Tamoios (estadual SP-99) que a conecta com o litoral norte paulista, rodovia Carvalho Pinto (SP-70) que conecta São José dos Campos à região metropolitana de São Paulo e a rodovia estadual SP-50, que conecta a cidade ao sul de Minas Gerais. A Avenida Florestan Fernandes — comumente chamada de Anel Viário — é uma das mais importantes da cidade, auxiliando no rápido deslocamento evitando usar as rodo-

vias. São José dos Campos é setorizada em regiões. A Zona Norte foi o primeiro foco industrial, próximo à ferrovia. A Zona Leste, que hoje é o pólo tecnológico, contém o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e importantes indústrias como a General Motors, Ericson, Embraer e Petrobrás. A Zona Oeste possui urbanização mais recente, com população com maior poder aquisitivo, tendo o bairro Urbanova, que constitui-se por condomínio fechados de alto padrão. A Zona Sudeste é onde se encontra o CTA (Centro Técnico Aeroespacial), ocupando grande parte da região. A área de interesse desse TGI, a Zona Sul, teve seu crescimento intensificado a partir da década de 50, porque foi nessa área que os operários das fábricas vieram a morar e até hoje é a zona mais populosa da cidade. Essa região possui uma porcentagem importante de pessoas em vulnerabilidade social, mesmo sendo considerada uma zona com faixa intermediária de renda.

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estudos urbanos

3.2 Escolha do terreno

Como a ideia principal do trabalho é o projeto de um edifício predominantemente habitacional, com uso misto em seus primeiros andares, foi necessário estudar o Plano Diretor da cidade e seu zoneamento para averiguar as localidades nas quais seria possível a construção de tal projeto. Estudando-se as regiões de São José, foi eleita a Zona Sul como um local de interesse, dado que é a zona mais populosa e também a que mais foi afetada pelo COVID-19. Apesar de ser considerada uma zona com renda domiciliar média de faixa intermediária (figura 4), é também a região com mais casos e mais mortes (figura 5 e 6). Dessa forma, pode-se dizer que se trata de um local que se beneficiaria fortemente de um projeto que leva em consideração o viver pós pandemia. Primeiramente, foi feito um levantamento de lotes livres, sendo elaborada a prancha presente na página 16 (Localização do projeto: São José dos Campos), com um breve estudo sobre o histórico da cidade, os lotes encontrados, a localização e metragem destes. Foi utilizado como apoio o Google Earth e os mapas no QGIS, fornecidos pela prefeitura do município. Confirmado o interesse pela Zona Sul e a existência de lotes disponíveis nessa área, foram feitas cartografias mais aprofundadas do município, com o apoio de mapas disponibilizados pela prefeitura e o suporte de uma mesa digitalizadora, presentes nas páginas seguintes (p. 22, Mapa: Zonas Urbanas; p. 23, Mapa Síntese: Zoneamento e Paisagem;p. 24, Mapa Síntese: Socioeconômico; p.25, Mapa Síntese: Zoneamento e Centralidades) que serão melhor explicados a seguir. A prancha presente na página 21 representa o primeiro estudo realizado sobre os terrenos e a cidade. Os estudos cartográficos realizados foram utilizados de modo a apoiar a escolha do terreno para o projeto.

Figura 3: Regiões de São José dos Campos. Disponível em https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/governanca/sao-jose-em-dados/mapa/, acesso em 20/05/2021

Tabela 1: População de São José dos Campos por região. Disponível em https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/governanca/sao-jose-em-dados/ mapa/, acesso em 20/05/2021

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Figura 5 e 6: Mapas de Óbitos por Bairro até 18/06/2021 e Mapa de Casos Positivos por Bairro até a mesma data. Cartografias oficiais da prefeitura de São José dos Campos. Disponível em http://sistemas.cemaden.gov.br/covid19/, acesso em 19/06/2021.

Figura 4: Mapa apresentando as diferentes rendas domiciliares e parques de São José dos Campos distribuídos pelas regiões. Produzido por Michele de Sá Vieira e Amanda Moraes, 2017. Baseado em mapa elaborado pela Divisão de Pesquisa da Secretaria Municipal de Urbanismo e Sustentabilidade, 2017. In VIEIRA, Michele de Sá. Entre mares, colinas, montanhas e serras - recursos ambientais e práticas sociais: o caso de São José dos Campos (SP) e contribuições californianas. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2019, p. 132.

No Mapa: Zonas Urbanas, é possível observar que a Zona Urbana da cidade localiza-se ao sul, e é entrecortada por rodovias importantes, como a Rodovia Presidente Dutra, Monteiro Lobato, Carvalho Pinto e Tamoios. Foi realizado com o apoio do QGIS e cartografias oficiais do município (disponíveis em https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/urbanismo-e-sustentabilidade/uso-do-solo/geoprocessamento/, acesso em 03/06/2021). O Mapa Síntese: Zoneamento e Paisagem tem uma conjunção entre a hidrografia — vale destacar o Rio Paraíba do Sul, muito relevante na região, e seus córregos que perpassam a cidade — o foco, representado pelo círculo, na região Sul, e as demais regiões em tons pastéis. A linha tracejada focaliza o terreno de maior interesse, que foi o escolhido. Além disso, também tem a representação dos corredores de uso, que podem ser lidos como uma hierarquia viária. - P. 28


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O Mapa Síntese: Socioeconômico foi realizado com os mesmos apoios, mas também foram traçados os terrenos livres levantados anteriormente, em cinza. Além disso, ressalta as ADEs (Áreas de Desenvolvimento Estratégico), que são núcleos historicamente associados à implantação de empreendimentos econômicos — dados presentes no Plano Diretor da cidade, lei complementar n.612 (disponível em http://planodiretor.sjc.sp.gov.br/resources/uploads/EstudoTecnico/Anexo/LC612.pdf, acesso em 03/06/2021). Assim, pode-se observar a conjunção entre a porcentagem de pessoas em vulnerabilidade social e a presença dessas áreas de desenvolvimento. No caso da Zona Sul, é possível observar que, apesar de estar próximo da ADE Dutra, grande parte da região possui acima de 32% de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Novamente, a linha tracejada preta representa o foco no terreno de interesse. A cartografia nomeada Zoneamento e Centralidades assume um foco no terreno escolhido e no zoneamento em que está inserido. Destaca-se que está na Macrozona de Consolidação, próximo à Centralidade Local Parque Satélite, e na Zona Mista 4. De acordo com o Plano Diretor, “constitui-se de áreas mistas com maior diversidade de usos, cujas áreas vazias serão destinadas aos usos residenciais unifamiliar horizontal e multifamiliar vertical, os de comércio e de serviços com baixo e médio nível de impacto urbanístico e ambiental e o uso industrial de baixo potencial de incomodidade” (Lei Complementar n. 623, de 9 de outubro de 2019, p. 35, disponível em https://www. sjc.sp.gov.br/media/114707/lc-623_19-alterada-pela-lc632_20.pdf, acesso em 20/06/2021). Além disso, não possui restrição de gabarito, tendo inclusive prédios residenciais com até 21 andares atualmente. Também tem proximidade com Corredores de Uso Dois, que são corredores de apoio às zonas mistas, intensificam o uso comercial e de serviços, permitindo também usos residenciais multifamiliares, institucionais, atividades geradoras de ruído noturno e atividades industriais de baixo potencial de incomodidade (dados presentes também

no Plano Diretor, Lei Complementar n. 623, p. 37). Com uma camada do Google Maps, também é possível ver que, na mesma quadra do terreno há o Hospital Regional, chamado Hospital das Clínicas de São José dos Campos. A presença desse equipamento tão próximo ao terreno ressalta a relevância de utilizar este para o projeto desse Trabalho de Graduação Integrado, dado o tema da arquitetura pós pandemia e da centralidade de sua localização.

Figura 7: Hospital Regional de São José dos Campos. É possível observar o terreno escolhido, localizado atrás do hospital. Disponível em https://www.flickr.com/photos/governosp/42224047340, acesso em 20/06/2021.

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No Mapa Local de Intervenção: Infraestrutura Viária, é possível notar a hierarquia viária de acordo com a prefeitura (n. 1), o sistema cicloviário (n.2) e as linhas de ônibus (n.3). Essa última foi traçada com base nos pontos de ônibus existentes na área. Dessa forma, pode-se observar que essa região tem uma robusta infraestrutura. O terreno está próximo a uma via expressa (em azul escuro, é a Rodovia Henrique Eroles, SP-066), cercado de vias coletoras (em azul claro, as mais próximas são a Rua Goiânia — que passa em frente ao Hospital Regional —, Rua José Cobra — uma das fachadas do terreno — e a Rua Penedo). Ainda, na Rua Goiânia, há ciclovias, e na Rua Icatu — que é a outra fachada do terreno — há ciclofaixa, assim como na Rua Penedo. - P. 36


No Mapa Local de Intervenção: Fluxos Existentes, foram feitos estudos dos fluxos na área. Primeiramente, segundo as direções das ruas e sua importância na hierarquia viária, foi possível observar o maior fluxo na via expressa SP-066, na Rua Goiânia — onde se localiza o Hospital — e na Rua José Cobra. Tanto a Rua Goiânia quanto a Rua José Cobra possuem canteiros centrais e mão dupla. Ainda, é possível ver que a praça Natal — a praça arredondada que se localiza na Rua Goiânia — tem locais de passagem para pedestres e arborização. Além disso, o Hospital Regional possui calçadas mais largas e mais área peatonal que os arredores. - P. 37



4.1 o projeto

“Architecture is the triumph of human imagination over materials, methods and men, to put man into possession of his own Earth” Frank Lloyd Wright

Diretrizes projetuais gerais - P. 39


O PROJETO

4.1 Diretrizes projetuais gerais

Após os estudos urbanos, iniciou-se os esboços projetuais. A ideia inicial foi um edifício habitacional vertical, com uso misto no térreo, e um terraço que possibilitasse contato com o meio exterior, sendo um local para exercício físico e contato social com distanciamento principalmente pensando em caso de lockdown. Ainda, com os dados climáticos e o uso do Ladybug no Rhino/Grasshopper, projetou-se uma capa como mecanismo de sombreamento para a fachada que tem os ambientes de estar. Além disso, pensando no contexto de possíveis pandemias futuras, ter varandas semi-privativas em cada andar, compartilhadas entre os apartamentos, foi uma ideia adotada para possibilitar um convívio social restrito e contato com meio externo de forma segura. Buscou-se ter área arborizada na forma de canteiros, dado que os estudos feitos apontam para um melhor aproveitamento das varandas caso essas visualizem áreas verdes. Pensando no uso principalmente em casos de pandemia, adotou-se também varandas privativas para cada uma das unidades. As diretrizes projetuais específicas para as tipologias das unidades serão discutidas posteriormente. A diretriz principal para o espaço da galeria é manter a possibilidade de fluxo no comprimento do terreno, atravessando a quadra, entre as ruas Icatu e José Cobra. A ideia inicial foi ter locais para lojas ou serviços de tamanhos diferentes, para poder abrigar tipos diversos de empreendimentos, como pequenos mercados, lojas de roupas, cafeterias, restaurantes ou coworkings. Visando essas diversas possibilidades, foi projetado um módulo base para a galeria, que permite subdivisões e também a possibilidade de ter dois andares para o caso das unidades nas laterais do terreno. Ter um pé direito mais elevado foi uma decisão projetual adotada pensando em melhorar a ventilação, assim como as aberturas para o terraço, localizadas acima dos pilares desse ambiente.

DEFINIÇÕES INICIAIS

HABITAÇÕES

GALERIA

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É preciso ressaltar que estruturalmente, apesar da galeria estar conectada ao edifício habitacional, ambas funcionam de formas distintas. O edifício habitacional é construído em uma malha de 6 por 6 metros, com dois módulos de largura por 10 de comprimento. Os dois metros do corredor de acesso às unidades estão em balanço. Somando a parte em balanço, cada andar tem 14 metros de largura por 60 metros de comprimento. O sistema construtivo escolhido é pilar e viga de concreto armado, com vedação em alvenaria. Já a galeria-terraço é em aço, disposta em uma grelha 2 por 2 metros, que se curva e encontra-se nos pilares trançados, dispostos cerca de 20 metros uns dos outros, totalizando 20 pilares. Acima desse sistema, há uma laje de concreto para a disposição do terraço. Para a área do terraço, pensou-se em um local de estar que conjugasse áreas mais sombreadas com áreas para tomar sol e caminhar. A questão projetual de compatibilização entre plantas foi mais complexa para poder conjugar a galeria, que está logo abaixo e é a estrutura que suporta esse terraço, com as aberturas necessárias para ventilação e iluminação. Além disso, a estrutura da galeria, apesar de ser a que suporta o terraço, não é a mesma do edifício habitacional, mas funciona de forma consoante a ele, já que a galeria engloba também os dois primeiros andares do edifício. Para isso, houve a colocação de canteiros ao redor das aberturas, de cerca de 1 metro de altura, possibilitando pequenas árvores e arbustos, com bancos ao redor feitos em madeira e apoios de alvenaria. Esses canteiros e aberturas tem formato hexagonal, de 7,7 metros de lado, permitindo a entrada do sol e ventilação para a galeria. Então, os canteiros superiores do terraço tem correspondência também na planta da galeria, pois esta também tem canteiros ao redor dos pilares. É possível acessar o terraço tanto pelo elevador e escada centrais, quanto pela rampa principal (localizada na entrada para a Rua José Cobra, mais movimentada), mas também através do edifício, que tem seu próprio sistema de circulação vertical, composto de dois elevadores e uma escada.

MATERIALIDADE

TERRAÇO

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Durante o primeiro semestre (TGI-I), com base no Google Earth, foi realizada a Planta de Gabaritos, para facilitar a construção da maquete digital e também para guiar a escolha da altura do edifício — ainda que seja uma decisão preliminar. Dada a altura dos prédios próximos, 21 andares e 12 andares, foi presumido que cerca de 12 andares seria uma altura coerente para o edifício habitacional. Essas proposições são compatíveis com o zoneamento do local, que é Zona Mista 4, com as categorias de uso e índices presentes na tabela abaixo. O terreno tem medidas laterais de 250 metros por 70 metros em cada fachada, totalizando 17 500 m². A taxa de ocupação para a zona em que se encontra o terreno é 0,65 então a área ocupada máxima seria 13 000 m². Coeficiente de aproveitamento do projeto é igual a 1,83. A área total construída é cerca de 32 mil m². A taxa de ocupação é igual a 0,73%, portanto com 27% do terreno com área permeável, levando em consideração somente as áreas descobertas permeáveis das entradas.

COEFICIENTES

Acima, localização e dimensões do terreno do projeto. Fonte: Autora, 2021.

R: Residencial unifamiliar / CS: Uso Comercial, de Serviço e Institucional: impacto irrelevante / I1-A: Uso industrial de baixo potencial de incomodidade / RH: Residencial multifamiliar horizontal / RHS: Condomínio simples / CS1-A e CS1-B: Uso Comercial, de Serviço e Institucional Um: impacto baixo / RV1: Residencial multifamiliar vertical com até 80 UH / RV2: Residencial multifamiliar vertical com mais de 80 UH até 300 UH Anexo VI (Alterado pela Lei Complementar n. 632, de 03 de abril de 2020) Parâmetros de Uso e Ocupação. Disponivel en https://www.sjc.sp.gov.br/media/114708/anexo-vi-alterado-pela-lc-632_20.pdf, acesso em 30/05/2021.

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HOSPITAL REGIONAL

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4.2 o projeto

“Architecture arouses sentiments in man. The architect’s task therefore, is to make those sentiments more precise.” Adolf Loos

Processo projetual - P. 45


O PROJETO

4.2.a

Processo projetual: Ferramentas

Com as definições de TGI 1 - que foi realizado no primeiro semestre de 2021 -, em TGI 2 iniciaram-se as definições projetuais mais detalhadas. Seguindo o programa previamente desenhado, foi adotada a orientação vista no estudo de radiação solar apresentado. Para estudar-se melhor a distribuição das tipologias, foi realizada uma maquete física em 1:500. Como havia a dificuldade de obtenção de materiais por conta da pandemia - a maquetaria não estava operacional, por exemplo - foi escolhido realizá-la usando material dourado, encontrado em papelarias. O terraço e galeria foi realizado usando EVA. Depois da construção da maquete física, houveram definições e estudos sobre as plantas tipo do edifício, representadas no esquema da próxima página. Dessa forma, no centro do edifício estariam os apartamentos maiores, de três quartos, e nos cantos os apartamentos duplex. Caso não houvesse varanda comum daquele lado, seriam dois duplex, e caso houvesse, somente um. Assim, a presença das varandas comuns são intercaladas em ambos os lados do edifício, possibilitando ambientes de estar mais frescos ou mais ensolarados dependendo da época do ano. Existem, portanto, varandas a sudoeste e a nordeste, enquanto os apartamentos tem predominantemente fachada leste, e a circulação horizontal comum está na fachada oeste. Os desenhos de processo presentes nas páginas seguintes foram realizados predominantemente à mão (em sulfite) ou digitalmente com auxílio de mesa digitalizadora ou tablet. Para os atendimentos, dado que estes foram realizados à distância, as imagens foram colocadas na plata forma Miro (https://miro.com/) e desenhadas por cima de acordo com as discussões. Também nas páginas seguintes estão alguns prints do board do Miro criado durante os atendimentos.

Maquete física realizada com giz de cera, material dourado e EVA. Cada fileira do material representa dois andares. Fonte: Autora, 2021.

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Acima, croquis realizados a mão e desenhos coloridos em cima feitos no Miro durante os atendimentos. Da esquerda para direita, planta tipo, fachada principal (onde estarão os dormitórios), planta inicial 3 dormitórios, duplex e varanda comum, 2º andar duplex e mezanino da varanda comum. Fonte: Autora, 2021.

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Para averiguar os espaços desenhados e a estrutura escolhida, foi realizado uma maquete virtual simples no SketchUp, dada as possibilidades de adequação e redesenho rápido que essa ferramenta permite. Com isso, foi possível verificar que a estrutura pilar-viga de 6 em 6 metros fazia sentido com a proposta do projeto, e que era possível adotar um balanço de 2 metros para a circulação horizontal principal. Com isso, foi possível testar tipos de planta desenhados, e ver se a distribuição imaginada fazia ou não sentido, e o que poderia ser melhorado. Foi útil principalmente para a visualização do duplex, que é naturalmente uma tipologia mais complexa de organizar.

Acima, croquis realizados a mão e coloridos com giz de cera. Distribuição das tipologias e posicionamento das varandas. Abaixo, maquete virtual da planta tipo realizada no Sketchup. Fonte: Autora, 2021.

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Acima, visão superior da maquete virtual com desenhos realizados no Miro durante atendimento. Da esquerda para direita, tem-se o mezanino da varanda comum, o 2º andar do duplex, e a planta do apartamento de 3 dormitórios, com uma espelhada a ela. Fonte: Autora, 2021.

Acima, visão da maquete virtual com desenhos realizados no Miro durante atendimento. Tem-se a varanda comum com mezanino à esquerda, e o duplex à direita. Na extrema esquerda, estava estudando-se o uso de um bloco ténico para a circulação vertical. Fonte: Autora, 2021.

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Acima, visão superior da maquete virtual com desenhos realizados no Miro durante atendimento. Varanda privada do apartamento de três dormitórios, estudo sobre que tipo de fechamento utilizar. Na maquete, tinha sido utilizado cobogós e portas de correr. Fonte: Autora, 2021.

Acima, visão superior da maquete virtual com desenhos realizados no Miro durante atendimento. Estudo dos fluxos dentro do apartamento de 3 dormitórios. Fonte: Autora, 2021.

Maquete virtual. Á esquerda, duplex e sua varanda privativa, à direita o mezanino e a varanda comum. Fonte: Autora, 2021.

Maquete virtual. Corte para visualizar o 1º andar do duplex, à esquerda. Escada do mezanino da varanda comum à direita. Fonte: Autora, 2021.

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Maquete virtual. Á esquerda, duplex e sua varanda privativa, à direita o mezanino e a varanda comum. Fonte: Autora, 2021.

Maquete virtual. Acima, planta superior do duplex e mezanino da varanda comum. Abaixo, visão do duplex a partir da varanda privativa. Fonte: Autora, 2021.

Croqui realizado no tablet. Estudos sobre a distribuição da planta do duplex. Fonte: Autora, 2021.

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Miro utilizado para atendimentos. Screenshot realizado em 24/10/2021, antes da banca intermediária. Fonte: Autora, 2021.

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Miro utilizado para atendimentos. Screenshot realizado em 01/12/2021, da seção pós banca intermediária até encerramento. Fonte: Autora, 2021.

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O PROJETO

4.2.b

Processo projetual: Simulações de conforto iniciais

Durante o primeiro semestre (TGI 1), foram estudados e escolhidos os programas e os plugins, como citado anteriormente. Assim, foi usado o Ladybug, um plugin para o Rhinoceros/Grasshopper que importa arquivos EPW (EnergyPlus Weather Data, que contém dados do clima de um local, utilizado pelo EnergyPlus, software de simulação para conforto ambiental) para construir gráficos interativos 3D e 2D para dar suporte às decisões projetuais (ROUDSARI, 2013). Ele automatiza e exporta para a interface visual os cálculos de conforto ambiental, permitindo os usuários utilizarem softwares validados da área de estudo do conforto e eficiência energética, como EnergyPlus, Radiance e Daysim (ROUDSARI, 2013, p.3128). Foram assistidos tutoriais e lidas as documentações dos plugins (em especial o Ladybug, que pode ser acessado em https://www.ladybug.tools/, e que possui uma comunidade ativa e participativa). Vale ressaltar os tutoriais do canal Paramarch (disponível em https:// www.youtube.com/channel/UCk-taU3sDSSyM6qehAJmTRg, acesso em 20/06/2021), do canal Rhino Grasshopper Tutorials (disponível em https://www.youtube.com/channel/UCjLDKM9EzNdASaNdjBhTqug, acesso em 20/06/2021) como importante fonte de aprendizado. Foi realizada a primeira construção do algoritmo no Grasshopper (Screenshots do Rhinoceros, ao lado), que permite, através de um arquivo EPW de São José dos Campos, gerar a Carta Solar, Rosa dos Ventos e a simulação de radiação incidente. A Carta Solar, também chamada SkyDome, mostra a direção e quantificação (kWh/m²) da radiação solar (podendo ser total, difusa ou direta). O Caminho do Sol ou Sunpath mostra a posição solar de acordo com determinada época do ano (ou o ano inteiro). A Rosa dos Ventos (Windrose, na imagem como WindSpeed) apresenta a direção e velocidade (m/s) dos ventos. No caso, em São José dos Campos, o vento é predominantemente sudeste.

ALGORITMOS INICIAIS Screenshots do Rhinoceros. Imagem 1: Carta Solar. Imagem 2: Caminho do Sol. Imagem 3: Rosa dos Ventos. Imagem 4: Teste do algoritmo em um prista retangular qualquer, foi possível detectar que o algoritmo está funcionando e consegue estimar a radiação incidente no edifício central. Fonte: Autora, 2021.

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ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO

Screenshots do Rhinoceros. Código em programação visual que gerou os gráficos anteriores. Fonte: Autora, 2021.

Implantação Inicial: Maquete virtual realizada no Rhinoceros. Os edifícios em vermelho são os considerados mais relevantes no contexto do prédio, e utilizados no parâmetro “context_” no Radiation Analysis, que é conectado ao Orientation Study. Fonte: Autora, 2021.

Além disso, utilizando o algoritmo Orientation Study Parameters, estudado por Mostapha Roudsari (ROUDSARI, 2013), buscou-se estudar sobre a implantação da torre verticalizada. Iniciou-se com a implantação indicada na imagem Implantação Inicial, à esquerda. Assim, com o Orientation Study, foi testado a rotação em 360º graus de 10 em 10 graus, analisando a radiação total do edifício em cada uma delas. O algoritmo retorna os valores de radiação incidente total de todos os 37 testes — porque considera a posição inicial como um teste — e é possível obter as imagens deles. A lista dos ângulos testados e respectivas radiações estão a seguir. Importante ressaltar que os valores da radiação no Grasshopper estão menores que sua correspondência na realidade porque a maquete virtual foi reduzida para minimizar o gasto computacional, e na tabela estão presentes tantos os resultados obtidos no algoritmo quanto seus valores reais estimados. Para analisar projetualmente, temos as imagens da maior e menor radiação (imagens a seguir, Maior Radiação e Menor Radiação) em implantação e em perspectiva. De forma a auxiliar o desenvolvimento no próximo semestre, a autora participou do curso Análise Bioclimática com Ladybug Tools (disponível em https://tmg-cursos.mystrikingly.com/, acesso em 18/06/2021), ministrado nos dias 03 e 04 de julho de 2021. Foi indicado pela professora doutora Kelen Dornelles, que orientou esse trabalho. As atividades realizadas no curso são demonstradas a seguir. Para o desenvolvimento da maquete digital e os demais estudos de sombreamento, foi considerada a implantação equivalente a menor radiação incidente.

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Tabela de radiação incidente, com os dados corrigidos de acordo com a escala. Dados vindos do algoritmo construído utilizando o Ladybug no Grasshopper/Rhinoceros. Está organizado em ordem crescente de radiação incidente, portanto, 240º graus de rotação é o que tem a menor radiação incidente, e 340º, a maior. Importante ressaltar que o valor dos graus são relativos à posição inicial rotacionando no eixo central. Fonte: Autora, 2021.

Screenshots do Rhinoceros. Volumetria dos arredores e posição inicial do edifício. Fonte: Autora, 2021.

Screenshots do Rhinoceros. Radiação incidente e graus rotacionados. Fonte: Autora, 2021.

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MAIOR RADIAÇÃO INCIDENTE

MENOR RADIAÇÃO INCIDENTE

Screenshots do Rhinoceros. Posição equivalente à maior radiação incidente. Acima, volumetria dos arredores e posição do edifício a 340º graus. Abaixo, implantação dessa posição. Fonte: Autora, 2021.

Screenshots do Rhinoceros. Posição equivalente à menor radiação incidente. Acima, volumetria dos arredores e posição do edifício a 240º graus. Abaixo, implantação dessa posição. Fonte: Autora, 2021.

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ESTUDO INICIAL DE INSOLAÇÃO 9h, solstício de verão

9h, solstício de INVERNO

9h, equinócio de primavera

9h, equinócio de outono

12h, solstício de verão

12h, solstício de inverno

12h, equinócio de primavera

12h, equinócio de outono

16h, solstício de verão

16h, solstício de INVERNO

16h, equinócio de primavera

16h, equinócio de outono

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O PROJETO

4.2.c

Processo projetual: Estrutura do terraço

Para criar a estrutura do terraço, a ideia era ter um espaço bem ventilado e devidamente iluminado, onde poderia ter uma galeria com pequenos comércios, restaurantes e coworking. A inspiração para a estrutura foram algumas obras como o King’s Cross Station, de John McAslan + Partners. Nessa obra, grandes pilares sustentam uma estrutura metálica triangulada com áreas translúcidas. Porém, como a proposta desse projeto de TGI é valorizar o conforto e, com isso, também a sustentabilidade, considerou-se ser mais adequado uma estrutura menos curva, mas que funcionasse como uma laje nervurada. Os pilares, dessa forma, poderiam ser visivelmente torcidos, começando com um círculo que se une com a estrutura e afunila até o térreo. Para realizar a estrutura de forma parametrizada, foi usado como auxílio o tutorial do canal Oficina Paramétrica, chamado Estrutura Waffle (Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=oM6YNwZdjgM, acesso em 20/10/2021). Dessa forma, a altura e largura das vigas são parametrizadas, assim como o espaçamento entre elas, permitindo o estudo de qual ficaria mais adequado tanto estéticamente quanto estruturalmente.

King’s Cross Station, inspiração para a estrutura do terraço. Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/01-47630/kings-cross-station-john-mcaslan-partners/47630_47640?next_ project=no, acesso em 20/11/2021.

Feito com base no tutorial do Oficina Paramétrica. Esse é o resultado sem alterações, mas posteriormente o algoritmo do tutorial foi modificado de acordo com as necessidades projetuais. Fonte: Autora, 2021.

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1 ª parte do algoritmo realizado no Grasshopper. Fonte: Autora, 2021.

2 ª parte do algoritmo realizado no Grasshopper. Fonte: Autora, 2021.

O algoritmo para a criação da estrutura do terraço - presente nas imagens dessa página - seguiu a seguinte lógica: a partir de uma superfície, que foi desenhada de acordo com o projeto original e tendo com base o terreno escolhido, foi realizada a subdivisão em linhas ortogonais X e Y. A distância escolhida entre essas linhas foi de 2 metros, já que a ideia é que essa estrutura suporte também uma laje de concreto, que é onde estará a área pública superior. Criadas essas linhas, foram realizados os offsets para criar a espessura, que foi escolhida como 30 cm de largura por 50 cm de altura para cada uma dessas nervuras. Após isso, é realizada a união entre essas nervuras pela interssecção delas. 3ª parte do algoritmo realizado no Grasshopper. Fonte: Autora, 2021.

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Estrutura em processo. Perpectiva aproximada do pilar incompleto. Fonte: Autora, 2021.

Estrutura em processo. Posicionamento dos pilares (círculos em verde) e da malha estrutural (em vermelho). Fonte:

Estrutura em processo. Diferentes vistas do posicionamento dos pontos centrais dos pilares e a malha estrutural, à esquerda e código no Grasshopper à direita. Fonte: Autora, 2021.

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Para a criação dos pilares, primeiramente foi realizada uma malha de pontos para posicioná-los. Procurou-se, através da alteração dos parâmetros (os sliders, que podem ser visualizados na imagem abaixo) um posicionamento que fizesse sentido estruturalmente de acordo com o material - que no momento estava considerando ser ou Madeira Laminada Colada ou aço - e com a proposta projetual. Depois, tendo esses pontos centrais, foram criados círculos com raio parametrizado também, que foi escolhido depois como 2,5 metros, para ser o círculo onde o pilar encontra a estrutura nervurada realizada anteriormente. A partir desse, foram sendo testados dois outros círculos posicionados abaixo, para guiarem o desenho da estrutura, e analisando seu resultado estético, alterando a altura entre eles e também seus raios. As caixas amarelas (panels) representam as distâncias entre os círculos e os sliders (radius, sliders numéricos) os raios de cada um deles. O resultado final ficou com o primeiro círculo (o mais próximo da estrutura nervurada) sendo raio igual a 2,5 metros, o segundo círculo (intermediário) com raio igual a 1,5 metros e o último (o que se conecta com o térreo e com a estrutura da fundação) com 0,8 metros.

Algoritmo em programação visual dos pilares: malha para distribuição. Fonte: Autora, 2021.

Com isso, o próximo passo foi criar o algoritmo que criasse pontos ao redor da circunferência de cada um desses círculos, e depois unisse esses pontos por retas - esquema presente abaixo - e esse código pode ser visto na figura ao lado.

Croqui do funcionamento do algoritmo. Fonte: Autora, 2021.

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Algoritmo em programação visual dos pilares: Superior, intermediário e base são os círculos que correspondem às alturas da estrutura dos pilares. Fonte: Autora, 2021.

Algoritmo em programação visual dos pilares: união e espessura. Fonte: Autora, 2021.

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FORMA FINAL DA ESTRUTURA GERADA

Localização do edifício habitacional

Localização do edifício habitacional

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Localização do edifício habitacional

Acesso vertical com elevadores e escada

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O PROJETO

4.2.d

Processo projetual: Brises

O projeto dos brises pôde ser iniciado no Grasshopper depois de finalizadas as plantas internas dos apartamentos, com as esquadrias definidas. Com isso, dada a ideia inicial de uma “capa paramétrica” ou com geometria complexa, foram pesquisadas projetos e formas de construir esses brises tendo em consideração a escolha estética mas sem perder em sua funcionalidade. Como inspiração, temos o edifício residencial Johannisstraße de J. Mayer H. und Partner, que utiliza na fachada um dispositivo de sombreamento que também confere maior privacidade (imagem ao lado, à esquerda). Então, imaginou-se inicialmente um dispositivo ondulado ripado, que funcionasse como um brise misto, e foi feito um desenho no Rhinoceros para ter uma melhor visualização da ideia (imagem ao lado, à direita). Para garantir a eficiência do dispositivo, foi usado como apoio o software Analysis SOL-AR, do LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina), para estudar os ângulos alfa, beta e gama mais adequados. Assim, para as condições locais e para ter um melhor sombreamento nos momentos mais críticos do verão (principalmente das 10 horas às 14 horas), foi determinado que o ângulo alfa poderia ser 60º, gama direito 20º e gama esquerdo 40º, que seriam os prolongamentos do brise horizontal. Esses valores de gama praticamente não precisaram ser levados em consideração porque os brises horizontais, em sua maioria, foram desenhados depois para serem contínuos (brises infinitos). O ângulo beta inicialmente foi adotado como 40º, relativo aos brises verticais, que serão explicados a seguir. Realizada a etapa da planta tipo no Revit, foi exportada em DWG a fachada oposta a circulação horizontal, ou seja, a fachada voltada para a maior área do terraço, para onde estão as aberturas dos quartos. Importando essa fachada para o Rhinoceros (figura ao lado), foi possível iniciar o desenho dos brises. Apesar da ideia inicial ser todos os brises serem

À esquerda, fachada do edifício residencial Johannisstraße, que serviu como inspiração. Disponível em https:// www.archdaily.com/53425/new-apartmenthouse-johannisstrase-j-mayer-h-architects/jmayerh_joh3_entrance, acesso em 20/11/2021. À direita, teste de como poderiam ser os brises. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

Visualização da simulação no Rhinoceros. Fonte: Autora, 2021.

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ondulados, foi verificado que seria difícil manter a consistência de sombreamento assim, então preferiu-se adotar a estratégia de manter os brises horizontais ortogonais, garantindo o alfa como 60º como citado anteriormente, e nos verticais fazer a ondulação parametrizada como previsto. No decorrer do projeto foi verificado que, como a posição do edifício não é exatamente norte-sul, a fachada acaba sendo noroeste (como pode-se ver na imagem da página anterior), ou seja, o mais preocupante quanto ao verão é o sol da tarde. Porém, São José dos Campos é uma cidade mais fria, então também não é necessário sombrear durante todo o período do dia. Voltando ao desenvolver do desenho dos brises, tendo a fachada tipo, que engloba dois andares, foi possível calcular os tamanhos dos brises horizontais de acordo com o tamanho das aberturas. Foi calculado um valor base para os brises verticais, e criada a ondulação a partir dele - cerca de 1,70 metros. A ondulação foi feita de forma que ficasse maior onde há de fato aberturas - esquadrias ou varandas.

Fachada base retirada do Revit em cad para criar o brise-tipo. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

Brises verticais, visualização com a fachada colorida junto. Perspectiva 1. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

Brises verticais, visualização com a fachada colorida junto. Perspectiva 2. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

Brises verticais em verde Brises horizontais em vermelho

Projetando ambos os brises. Perspectiva. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

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Explicando o processo do algoritmo, resumidamente: a partir de uma superfície (brep) inicial, é criada uma subdivisão com linhas, e com elas, uma sequência de pontos. Essa sequência de pontos é deslocada de acordo com uma amplitude (no caso, 1000 mm) e de acordo com a variação de uma senoide. É criada uma linha ondulada no início, e outra ao fim, e as linhas entre elas são calculadas tendo como base essas duas iniciais. Criadas essas linhas, é especificada sua espessura (no print das figuras está com 100 mm, mas depois isso foi aumentado no projeto final).

1

Algoritmo do brise vertical. Partindo de uma superfície composta (brep), seleciona-se a face que deseja-se utilizar, cria uma sequência de pontos em uma de suas arestas, determina-se a amplitude de acordo com uma senoide. Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

2

Essa amplitude de acordo com a senoide é feita em duas arestas, para que forme as verticais alterando a forma mas seguindo esse guia para o início e o fim. Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

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3

Algoritmo do brise vertical. Criando curvas separadas para cada um dos brises verticais. Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

4

Algoritmo do brise vertical. Retas para o apoio dos brises na fachada. Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

5

Algoritmo do brise vertical. Espessura dos brises e criação da forma em extrusão. Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

- P. 69


Como pode ser notado nas imagens, foram feitos os brises verticais e depois foram retirados em áreas que eram mais importantes de preservar a visão do usuário, por exemplo nas varandas privativas dos apartamentos. Já que elas tem 2 metros de profundidade, também ajudariam em questão de sombreamento do interior da planta. Então deixá-las com maior radiação solar não seria danoso. Mas como as varandas comuns estão com áreas que não tem brise também, já que se localizam nas extremidades do edifício, então optou-se por manter os brises verticais inteiros nessa localização. Dada que não é uma geometria comum, foram utilizadas simulações de conforto para averiguar se os brises estavam sendo efetivos de acordo com o projetado. Foi feito o processo de desenhar-testar-redesenhar-testar algumas vezes, como mostrado de forma resumida na figura abaixo. O algoritmo da simulação de conforto está presente ao lado, realizado usando o Ladybug legacy versão 0.0.69. Foi realizada a simulação usando como base as aberturas na fachada, e os brises como dispositivos de sombreamento (entram em “context” no “nó” Ladybug Sunlight Hour Analysis, na extrema direita da imagem), considerando a latitude e longitude, e posicionamento da fachada correto do projeto.

Testes sequenciais dos brises e alterações, sintetizados. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

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Algoritmo para simulação de conforto nos brises. Plugin Ladybug (versão legacy 0.0.69). Fonte: Grasshopper+Rhinoceros 6, autora, 2021.

Teste de brises mistos realizado com o plugin Ladybug. Período considerado: ano todo, das 9h às 17h. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

Legenda das cores do teste do brise. Fonte: Rhinoceros 6, autora, 2021.

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5

projeto final “Architecture is about trying to make the world a little bit more like our dreams” Bjarke Ingels


Projeto final 5.1.

Programa, distribuição e fachadas - P. 74


projeto final

5.1

Projeto final: Programa, distribuição e fachadas

O projeto é composto por um edificio verticalizado, uma área de terraço que se localiza acima da estrutura da galeria, que se estende na maior parte do terreno, e duas entradas arborizadas voltadas para as duas ruas que cercam o lote. No edifício verticalizado localizam-se as habitações, com duas tipologias (duplex e três quartos), com varandas privativas mas também com varandas compartilhadas em cada andar, intercalando-se os lados. Esse edifício habitacional tem em uma de suas fachadas uma estrutura de brises de madeira projetada de forma parametrizada (como foi explicado detalhadamente na seção 4.2.d), enquanto na outra fachada é localizada a circulação horizontal. O edifício possui duas tipologias habitacionais, que serão explicadas detalhadamente na seção 5.3. Os níveis dos andares do edifício foram posicionados para os apartamentos terem 4 metros de pé direito, e esses mesmos níveis foram usados para a construção da cobertura da galeria, que tem pé direito de 8 metros. Internamente, a galeria tem módulos para as lojas/serviços com pé direito de 3 metros, para possibilitar dois andares para as unidades laterais sem encostar na cobertura, garantindo a ventilação e também iluminação natural. O edifício habitacional tem 5 apartamentos por andar, sendo três deles duplex e dois de três quartos. Como são 10 andares habitacionais , totalizam-se 35 unidades habitacionais, sendo essas 20 unidades de 3 quartos e 15 unidades de duplex. Ainda, há 4 varandas comuns, de forma intercalada nas laterais do edifício, cada uma com um mezanino. A galeria possui 31 lojas no total, sendo 10 delas com dois andares, possibilitando também subdivisões dadas as metragens pois os tipos variam de 36 a 150 m², podendo abrigar uma vasta variedade de empreendimentos. O terraço, por sua vez, tem cerca de 11 752 m² livres e caminháveis, com arborização, iluminação e locais para contemplação e lazer.

35 unidades habitacionais 20 u. 3 quartos / 15 u. duplex

4 varandas comuns

+/- 11 mil m² caminháveis

31 lojas 36 a 150m² cada

- P. 75


A área do terreno ocupada pelo edifício é de 840 m², com 13 andares acima do nível do solo, sendo assim 10 920 m² construídos. Há o subsolo do edifício, tanto para estacionamento dos residentes quanto para o estacionamento dos visitantes. Dos 13 andares, os dois primeiros são parte da galeria, possuindo assim lojas e também os banheiros que atendem essa área.

Distribuição do programa Duplex

3 quartos

Materialidade Viga-pilar em concreto armado

Varandas comuns

Brises em madeira Estrutura metálica Área piloti / Terraço

Terraço e galeria

Galeria / Lojas Subsolo

Estrutura base do edifício habitacional

Níveis da construção

Viga 30x50

Módulos de 6 x 6 metros

Pé direito unidades: 4m

Galeria: 4m

Total estrutura galeria: 8m Viga balanço 2m Pilar 50x50

50cm na base apoiada e 30cm na parte não apoiada - P. 76


- P. 77


Corredor de circulação horizontal entre unidades Cerca de 2 metros, em balanço

1

1

Fachada Norte 1 : 500

FACHADA ESQUERDA

Fachada Norte 1 : 500

Terraço a

Sobre a estrutura da galeria; ac principal por ra

FACHADA ESQUERDA

FACHADA DIREITA

2

Fachada Sul

FACHADA DIREITA 1 : 500

- P. 78


www.autodesk.com/revit

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Número Descrição

Data

arborizado

cesso ampa

- P. 79


Circulação vertical: Elevadores

Circulação vertical: escadas

2 unidades de elevadores, que atendem desde o subsolo até a cobertura

Escadas com porta corta fogo, que vão até o subsolo. Na cobertura, estão juntas às caixas d’água

Circulação horizontal: corredor de acesso às unidades Percorrem toda essa fachada do edifício

Galeria

1

Fachada Rua Icatu

FACHADA RUA ICATU - CIRCULAÇÃO HORIZONTAL 1 : 500 2

FACHADA R. JOSÉ COBRA

Fachada Rua X 1 : 500

FACHADA RUA ICATU

- P. 80


w

Acesso ao mezanino das varandas comuns Pode ser feito tanto pelos andares, quanto por uma escada específica de cada varanda comum

Consul Endere Endere Telefon Fax e-mail

Consul Endere Endere Telefon Fax e-mail

2

FACHADA RUA JOSÉ COBRA - BRISES Fachada Rua X 1 : 500

Número

- P. 81


Projeto final 5.2

Acessos, circulação e subsolo


projeto final

5.2

Projeto final: Acessos, circulação e subsolo

O projeto é composto por um edificio verticalizado, uma área de terraço que se localiza acima da estrutura da galeria, que se estende na maior parte do terreno, e duas entradas arborizadas voltadas para as duas ruas que cercam o lote. Essas duas ruas são a Rua Icatu e Rua José Cobra. A primeira, como mencionado na seção Estudos Urbanos, é a menor e mais residencial, então é onde foi escolhido para ser o acesso principal para os moradores do edifício. É pela Rua Icatu portanto que os moradores acessam o estacionamento, mas também é possível acessar a galeria e entrar através dela no edifício. O prédio residencial foi posicionado mais próximo dessa rua, a fim de evitar também o ruído da Rua José Cobra, que tem mais comércios e é local de chegada para o Hospital Regional, localizado ao extremo da quadra, próximo à rotatória. Assim, é coerente posicionar a entrada para o estacionamento dos visitantes e também o acesso principal para o terraço na Rua José Cobra. Portanto, a Rua Icatu foi a escolhida para ter a entrada dos residentes no edifício, dada que possui menos movimento. Então, é na rua Icatu que tem o acesso para o estacionamento no subsolo específico para os residentes das habitações. Na rua José Cobra é onde está o acesso ao subsolo para o estacionamento dos visitantes/das lojas. Mas de ambas as ruas há acesso para o terraço, com rampas ou escadas para alcançar o nível térreo caso necessário. Ambos acessos também possuem vasta área verde permeável e arborizada. O acesso ao terraço também pode ser feito tanto pelo interior da galeria, por uma escada de incêndio e elevadores, mas também pelo edifício, que tem seus elevadores e escadas que também acessam o terraço (ver perspectiva ao lado do espaço de pilotis do edifício). Todos esses acessos citados estão presentes no diagrama da página seguinte.

Ruas ao redor

Acessos Estacionamento Visitantes

Estacionamento Residentes

Perspectiva da área de pilotis do edifício, transição entre o terraço e o edifício habitacional. Fonte: Autora, 2021.

- P. 83


Circulação pedestres: Térreo/Galeria

Acessos ao terraço

Buscou-se não limitar a circulação de pedestres no térreo, que é onde se localiza a galeria, e também projetou-se uma entrada convidativa em ambas as ruas que cercam o terreno. Essa liberdade de circulação foi ilustrada no croqui ao lado (“Circulação pedestres”). Na rua José Cobra está presente a rampa principal, que pode ser vista na perspectiva ao lado, assim como o acesso ao estacionamento no subsolo para os visitantes. Além disso, a área com bancos é feita com pedregulhos que não impedem a percolação de água no solo, além de vasta área verde, oferecendo sombra aos pedestres. O acesso da Rua Icatu segue o projeto do acesso principal, mas dada sua inclinação, foi necessário o uso de escadas ou rampas de acesso para atingir o nível térreo da galeria. Também há a presença de bancos em ondas, assim como no outro acesso, feitos de madeira com apoios em alvenaria. Há iluminação nos caminhos para garantir a segurança e visibilidade noturna. O acesso ao terraço, como pode ser visto no croqui ao lado (“Acessos ao terraço”), pode ser feito tanto pela rampa citada, quanto pelo conjunto escada e elevador presentes no interior da galeria. Mas também pelo próprio edifício residencial, já que seus dois primeiros andares fazem parte da galeria. É importante destacar que, como será mais detalhado na seção 5.4 Galeria, as lojas das laterais do terreno possuem andar superior, então cada uma destas possui escada interna.

A: Rampa principal B. Conjunto escada/elevador que atende Galeria, Terraço e Subsolo (estacionamento visitantes) C: Elevador edifício: atende estacionamento residentes, Galeria, Terraço e unidades habitacionais. D: Escada edifício: Idem aos elevadores. - P. 84


Perspectiva do acesso principal, na rua José Cobra. Fonte: Autora, 2021.

- P. 85


Localização: Circulação vertical

Acessos ao terraço

Roxo: Elevadores Azul: Escadas Escadas de acesso para desnível rua

Escadas internas das lojas com 2 andares

Circulação horizontal acesso às unidades

Escada: Subsolo às unidades, passando pela galeria e terraço

Elevadores: Subsolo às unidades, idem a escada

Perspectiva da rampa principal de acesso ao terraço. Fonte: Autora, 2021.

- P. 86


Perspectiva do acesso na rua Icatu. Fonte: Autora, 2021.

- P. 87


5

7

10

29

24

5

8

7

7

84

26

Nível -1 DO - Subsolo PLANTA SUBSOLO

de detalhe 1 1 Chamada 1 : 500

- P. 88


5

6

www.autodesk.com/revit

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

73

4

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

12

3

5 6

8

6

40

- P. 89


Projeto final 5.3

Tipologias - P. 90


projeto final

5.3

Projeto final: Tipologias

Para a definição do programa, pesquisou-se sobre a população residente na área. Pelo levantamento da prefeitura (disponível em https:// www.sjc.sp.gov.br/servicos/governanca/sao-jose-em-dados/populacao/, acesso em 15/06/2021), na Zona Sul há cerca de 23 mil residentes, com aproximadamente 3,2 moradores por domicílio. Procurou-se também dados específicos sobre a população do bairro (Jardim Veneza), que foram encontrados no Atlas das Condições de Vida em São José dos Campos (disponível em https://servicos2.sjc.sp.gov.br/media/26424/atlas. pdf, acesso em 15/06/2021). Nesse documento, o bairro em estudo está no Setor 16: Parque Industrial. Pelos dados observados, foi possível notar a predominância da classe C, seguida por proporções menores em igual quantidade entre si da classe B2 e D. Pelo setor, tem predominância de casas, o que é explicado pelo zoneamento da região, mas provavelmente a parte de apartamentos é em grande parte dos edifícios do bairro Jardim Veneza, que é mais verticalizado que os arredores. Também foi possível notar que em geral as residências tem um automóvel, o que indica a necessidade de ter estacionamento. A maior parte da população que reside nesse setor está em idade ativa (15 a 64 anos) e pela pirâmide etária, nota-se que há maior parte de pessoas nas faixas de 15 até 34 anos. As cartografias mais importantes para essas leituras estão presentes ao lado. Após uma pesquisa online sobre os apartamentos disponíveis para aluguel e compra na área, notou-se que as principais tipologias são 3 quartos (com um banheiro ou dois, 70 m² e 80 m²), 2 quartos (70 m² e 44 m²) e também, em menor quantidade, duplex com 3 quartos, 3 banheiros (148 m²), que possivelmente se tratam das coberturas. Assim, considerando a população da região, julgou-se interessante ter as seguintes tipologias: kitnet/1 quarto, pensando na população jovem adulta que mora sozinha; 3 quartos, para a maior parte dessas fa-

Á esquerda, bairro Jardim Veneza, onde se localiza o terreno do TGI. Fonte: Google Maps. Acima, pirâmide etária do Setor 16 Parque Industrial, onde está incluído o bairro Jardim Veneza. Fonte: Atlas das Condições de Vida em São José dos Campos, p27. Disponível em https://servicos2.sjc.sp.gov.br/media/26424/atlas.pdf, acesso em 15/06/2021.

Percentagem de pessoas de referência por classificação ABIPEME - Setores socioeconômicos do Município de São José dos Campos - 2003, à esquerda. Percentagem de Domicílios urbanos por posse de automóvel, à direita. Fonte: Atlas das Condições de Vida em São José dos Campos, p27 e p44 respectivamente. Disponíveis em https://servicos2. sjc.sp.gov.br/media/26424/atlas.pdf, acesso em 15/06/2021.

- P. 91


mílias com cerca de 3 moradores por residência, sendo um dos quartos um escritório. Para se adequar às características da população, então, o ideal seria ter maior quantidade dos três dormitórios (90m²), seguido pelas kitnets (30m²). Durante o desenvolvimento do projeto, julgou-se relevante, ao invés de kitnets, o uso de duplex. Já que, dessa forma, a fachada ficaria mais interessante, dado que os duplex acompanhariam as varandas, conforme diagrama ao lado. O projeto partiu desse esboço inicial presente ao lado, e evolui com a definição do módulo estrutural de 6 por 6 metros. As plantas tipo, confore diagrama presente nessa página, são formadas pela união entre varandas comuns, duplex e duas unidades habitacionais de 3 quartos. Essas unidades maiores ficam ao centro, enquanto o conjunto de duplex - ou duas unidades de duplex, ou duplex e ao lado varanda - se localizam nas laterais. Dessa forma, o segundo andar do duplex fica no mesmo andar do mezanino da varanda comum. Primeiramente será explicado sobre as plantas das unidades individualmente. Iniciando pela planta de 3 quartos, a ideia foi ter uma “área de desinfecção” na entrada do apartamento, conectada à lavanderia, possibilitando assim entrar no apartamento e se despir das roupas usadas fora. Ainda há o posicionamento de um banheiro com ducha próximo também à entrada, o que permite o usuário se limpar antes de entrar na área dos quartos. A cozinha tem uma grande janela, que possibilita melhor ventilação, e é aberta para a sala de jantar, que é conectada com a sala de estar. A varanda da unidade se estende desde a sala até os quartos, sendo conectados e podendo acessá-los pela varanda e vice versa. O escritório, pensado para o home office, tem uma porta de correr que permite isolá-lo acusticamente do restante da unidade, mas tem, além da porta para a varanda, janelas altas para melhorar a iluminação interna. São três quartos, sendo uma ampla suíte e dois quartos pensados para camas de solteiro. Há ainda uma pequena despensa, pensada para abrigar roupas de cama e toalhas, próximas aos quartos. Há também um

Diagrama da planta tipo

Duplex

3 quartos Duplex ou varanda

Diagramas iniciais das plantas

Diagramas para estudo inicial sobre as tipologias tidas como mais adequadas para o projeto, realizados no TGI1. A ideia de home office já foi integrada aos diagramas, por se tratar de um tema pertinente envolvendo a vida pós pandemia. Realizados com mesa digitalizadora. Fonte: Autora, 2021.

- P. 92


3

banheiro nessa área, conectado aos quartos e também próximo ao escritório. Um dos quartos, que pode ser um quarto para visitas ou transformado em outro tipo de cômodo, é aberto para a área de circulação, assim como o banheiro da suíte e o banheiro dessa área íntima. Os demais cômodos são voltados para a outra fachada do edifício, a qual é contemplada pelos brises de madeira.

Cozinha

Lavanderia

17 m²

7 m²

6

Consu Ender Ender Telefo Fax e-mail

Sala de jantar 12 m² Área de desinfecção

6 m²

7 m²

2

4

Consu Ender Ender Telefo Fax e-mail

3

Banheiro

3

Acima, cozinha, sala de jantar e sala de estar. Ao lado, escritório home office. Fonte: Autora, 2021.

Sala 3

19 m² 4

2

6

2

Númer

3

Escritório 14 m²

Banheiro

3

Quarto

5 m²

3

Hall

11 m²

2

24 m²

11 m²

4

Quarto suíte

3

12

Varanda

Depósito

14 m²

4 m²

5

1

Planta 3 quartos 1 : 50

Banheiro 4 m²

1

Quarto

1

3

10 m²

PLANTA 3 QUARTOS - P. 93

P

Nom


Acima, cozinha, sala de jantar e sala de estar. Ao lado, escritório home office. Fonte: Autora, 2021.

- P. 94


Foi projetado, para todas as varandas, um peitoril ventilado, que tem espaço para abrigar terra e fazer uma pequena horta, ou plantar espécies ornamentais. O detalhamento desse peitoril está presente na seção 5.6 Cortes e detalhes, mas pode-se ver nessa página um croqui do projeto do peitoril, com os fluxos de ar. Ele foi inspirado no projeto Edifício Cobogó, que recebeu menção honrosa na Bienal José Miguel Aroztegui em 2014 (disponível em https://bienalaroztegui.ctc.ufsc. br/wp-content/uploads/2014/11/Cobog%C3%B3-p01.jpg, acesso em 03/12/2021).

Croqui do peitoril ventilado,com 1,20 m de altura. Fonte: Autora, 2021.

- P. 95


2

A planta dos duplex foi projetada de forma a garantir iluminação e ventilação adequadas para o home office, conjugando o morar e o trabalhar no mesmo espaço. A área pensada para o home office está em conjunto com a sala de estar, e ambas são voltadas para a varanda com grandes portas corrediças, que permitem grandes aberturas e acesso à luz natural. Seguindo diretrizes similares à planta de 3 quartos, têm-se um banheiro logo na entrada, e também uma lavanderia próxima à entrada da unidade. Subindo as escadas, há um amplo quarto com suíte e também um depósito. Nas plantas presentes nessas duas páginas é possível também ver com maiores detalhes a varanda comum, ao lado do duplex. Assim como as varandas privativas, também tem-se os peitoris ventilados ao redor, exceto na área do corredor. Projetou-se uma disposição de mobília com sofás, poltronas e mesas, para incentivar esse local de encontro e confraternização. Pela escada, há o acesso para o mezanino, ideal para manter plantas trepadeiras que descem até o primeiro andar da varanda.

Cozinha 4

3 m²

9 m²

Varanda

1

6

11 m²

Lavanderia

Banheiro

11 m² 2

4 m²

2

2

Sala

4

Escritório 11 m² Entrada/Circulação 16 m²

A

A’

6

Área do home office e sala de estar do duplex. Pode-se visualizar o peitoril ventilado da varanda, e as esquadrias. Fonte: Autora, 2021.

14

PLANTA DUPLEX - 1º ANDAR - P. 96


1 2

Quarto suíte 15 m²

Banheiro 4 m²

2

3

1

3

A

Depósito

1

3 m²

1

3

1

A’

3

1

4

Perspectiva geral. Pode-se ver as varandas comuns. Fonte: Autora, 2021.

12

PLANTA DUPLEX - 1º ANDAR - P. 97

Planta Duplex Superior


Área da varanda comum. Fonte: Autora, 2021.

Mezanino da varanda comum. Fonte: Autora, 2021.

- P. 98


2º andar Duplex

1º andar Duplex

Área pilotis - Terraço

Corte1AA’Corte - Duplex duplex-trecho 1 : 50

- P. 99


Escal

Verifi

Dese

Data

Núm

N

C E E T F e

C E E T F e

Quarto Suíte 15 m²

Banheiro 4 m² Depósito 3 m² Depósito 3 m²

DUPLEX

Banheiro 4 m²

Quarto suíte 15 m²

Banheiro Quarto

Depósito

14 m²

4 m²

4 m² Quarto suíte 10 m²

Varanda

Quarto

Hall

11 m²

11 m²

Banheiro 5 m²

24 m² Escritório 14 m²

Elevadores 14 m²

3 QUARTOS

Sala 19 m²

Shaft 5 m²

Banheiro

Sala de jantar

Desinfecção

6 m²

12 m²

7 m²

Cozinha

Lavanderia

17 m²

7 m²

Cozinha

Lavanderia

17 m²

7 m²

Banheiro

Sala de jantar

Desinfecção

6 m²

12 m²

7 m²

DUPLEX Sala 19 m²

VARANDA COMUM

Escritório Varanda

1

Planta tipo A

2

1 : 100

14 m²

24 m²

Planta tipo A' 1 : 100

Banheiro Quarto

Hall

11 m²

11 m²

5 m²

Quarto suíte Quarto

Depósito

14 m²

4 m²

10 m² Banheiro 4 m²

Quarto suíte 15 m²

Banheiro 4 m²

Depósito 3 m²

Varanda 71 m²

PLANTA TIPO A Planta tipo A

2

Planta tipo A'

PLANTA TIPO A’

- P. 100


14

14

6

14

VARANDA COMUM

6

6

12

12

12

3

4

DUPLEX

3

3 QUARTOS

3

15

4

3

4

2

2

2

2

2

3

15

15

3

2

DUPLEX

6

2

2

2

2

6

6

2

Nível 4 - 3º andar de detalhe 1 1 Chamada 1 : 100

Nível 5 - 4º andar de detalhe 1 2 Chamada 1 : 100

2

6

6

2

6

Nível 4 - 3º andar de detalhe 1 1 Chamada 1 : 100

6

2

PLANTA TIPO B Nível 5 - 4º andar -

6

Nível 4 - 3º andar 1 Chamada de detalhe 1

6

PLANTA TIPO B’ 2

- P. 101


Projeto final 5.4

Galeria - P. 102


projeto final

5.4

Projeto final: Galeria

O espaço da galeria foi projetado de modo a abrigar diferentes tipos de lojas, tendo uma planta base simples que possibilite pequenos estabelecimentos, mercados e serviços como restaurantes e cafés. Assim, as lojas seguem o esquema pilar-viga de 7 por 7 metros, em estrutura metálica. Na maior parte da galeria, há os tipos de loja A, B e C. Os tipos A tem cerca de 140 m², podendo atender lojas de departamento e restaurantes ou padarias mais robustos. Os tipos B e C tem respectivamente 50 m² e 36 m², sendo mais adequados para lojas médias e pequenas, como lojas de roupas, consultórios ou cafés. Os tipos A tem um segundo andar, como indicado na planta “Módulo lojas - 2º andar”, com área avarandada e área fechada. Ainda, dado que a estrutura do edifício passa pela área da galeria, foi preciso tipos diferentes de lojas para se adequar à estrutura do edifício habitacional, com módulo de 6 por 6 metros. Assim, temos as lojas tipo D e E, sendo as lojas D, ocupando dois andares. Elas tem respectivamente cerca de 150 m² e 110 m², tendo uma planta mais regular que as demais dadas as características da estrutura pilar-viga de concreto do edifício. Ainda há os tipos F e G, que estão no andar intermediário, tendo respectivamente 120 m² e 270 m². Desde o princípio do projeto buscou-se manter livre a passagem entre as ruas que cercam o terreno. Dessa forma, o caminho central é liberado e está destacado através do desenho de piso, que pode ser visto tanto nas plantas como nas perspectivas, seguindo uma forma orgânica. Na perspectiva do conjunto de páginas a seguir, pode-se visualizar o caminho central, que tem dois metros de largura, e é cercado pelos canteiros construídos em alvenaria.

Perspectiva do acesso e caminho central da galeria, em vinho. Fonte: Autora, 2021.

Há interrupções nos canteiros para permitir o acesso às lojas mesmo através do caminho central. A iluminação natural é garantida pelas aberturas na laje do terraço.

- P. 103


MÓDULOS COM 2 ANDARES

6

2

7

CAMINHO CENTRAL www.autodesk.com/revit

7

21

28

7

4

7

3

7

4

9

3

4

3

8

7

7

4

27

5

25

4 21

2

2

RAMPA ACESSO AO TERRAÇO

13 13

3

14

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

8

4

12

20

4

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

LOJAS - ABAIXO DO EDIFÍCIO

8

6

1

Final- NIVEL 0 TERREO 1 : 500

Número Descrição

7

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

146 m²

141 m²

146 m²

147 m²

Loja B Loja C

Loja B

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja B

50 m² 36 m²

50 m²

36 m² 49 m²

49 m² 37 m²

48 m²

Loja E 113 m²

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja E

48 m² 35 m²

48 m² 36 m²

35 m²

47 m² 35 m²

35 m² 48 m²

112 m²

48 m²

Proprietário

7

59 m²

87 m²

7

Loja A

Loja A

Loja A

Loja D

136 m²

145 m²

144 m²

156 m²

Nome do projeto 28

7

Loja A' Loja A''

4

7

Loja A 143 m²

Planta térreo

Nível 0 - Térreo - Chamada detalhe 1 2 de 1 : 500

0001

3

Número do projeto Data

25

4

27

Autor Verificador

Verificado por

20

4

Data de emissão

Desenhadas por

Escala

1 : 500

2

2

4

1

13 14

PLANTA TÉRREO - GALERIA

nal- NIVEL 0 TERREO

13

- P. 104

25/11/2021 06:53:47

9

Loja B Loja C

4

4

3

8

7

7

Loja A 145 m²

2

23

Data


6

www.autodesk.com/revit

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

8

3

21

4

12

5

21

3

Perspectiva do caminho central da galeria. Fonte: Autora, 2021.

8

6

Perspectiva dos canteiros com os pilares da estrutura da galeria / terraço. Fonte: Autora, 2021.

- P. 105


DESENHO DE PISO LEVANDO AO CAMINHO CENTRAL

MÓDULOS LOJAS

23

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

145 m²

146 m²

141 m²

146 m²

147 m²

Loja B Loja C

Loja B

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja B

50 m² 36 m²

50 m²

36 m² 49 m²

49 m² 37 m²

48 m²

Loja E 113 m²

Loja B Loja C

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja E

48 m² 35 m²

48 m² 36 m²

35 m²

47 m² 35 m²

35 m² 48 m²

112 m²

Loja A

Loja A' Loja A''

Loja A

Loja A

Loja A

Loja D

143 m²

59 m²

136 m²

145 m²

144 m²

156 m²

Nível 0 - Térreo - Chamada detalhe 1 2 de 1 : 500

87 m²

48 m²

PLANTA TÉRREO - GALERIA - METRAGENS E TIPOS DE LOJAS

MÓDULOS NA ÁREA DA ESTRUTURA DO EDIFÍCIO

- P. 106


Perspectiva dos canteiros com os pilares da estrutura da galeria / terraço. Visualização dos módulos de dois andares. Fonte: Autora, 2021.

3

2 1

Sanitário PCD 2

5

3

Área aberta próximo aos sanitários para lavagem das mãos

8

4 4

TÉRREO - GALERIA - SANITÁRIOS

- P. 107 3

O - Banheiros PLANTA

7

2 7

2


www.autodesk.com/revit

2

7

7

Loja A

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

4

9

7

3

3

8

146 m²

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Número Descrição

Data

7

Loja B 50 m²

7

Acessos secundários ao terraço 4

Proprietário 3

TERREO - Modulo lojas 1 1 : 100

PLANTA TÉRREONome - MÓDULOS do projetoLOJAS

- P. 108


7

3

3

1 : 100

4

- MÓDULOS LOJAS NA ÁREA DA ESTRUTURA DO EDIFICIO

9

PLANTA TÉRREO

Sanitários

Área aberta para mesas Loja B

122 m²

50 m²

7

Loja F

Elevador Loja E

19 m²

113 m²

Elevador do edifício residencial, que também acessa o terraço

3

3

12

3

Loja E 112 m²

7

4

Caminho central

Escadas do edifício residencial, que também acessa o terraço

3

TERREO - Modulo lojas 1 1 : 100

Loja G

6

1

276 m² 12

PLANTA 2º ANDAR GALERIA Loja D 156 m²

TERREO - Embaixo edificio

- MÓDULOS LOJAS NA ÁREA DA ESTRUTURA DO EDIFICIO

- P. 109


6

2

7

8

7

7

4

9

3

4

3

PLANTA TÉRREO - MÓDULOS LOJAS

7

21

28

7

3

Estrutura de vigas e pilares seguindo a malha estrutural indicada

7

4

7

4

27

5

25

8

32

33

31

43

32

33

MÓDULOS LOJAS: opção de divisão

34

14

30

13

2 16

6

28 43 1 2

34

1

17

29

30

8

31

13

29

3

28

21

2

2

4

4

12

20

4

Final- NIVEL 0 TERREO

MÓDULOS LOJAS: sem divisória

w

1 : 500

1 2 17

49

23

49 Loja B

Loja C

48 m²

36 m²

7

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

145 m²

146 m²

141 m²

146 m²

147 m²

Loja B Loja C

Loja B

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja B

50 m² 36 m²

50 m²

36 m² 49 m²

49 m² 37 m²

48 m²

Consult Endereç Endereç Telefon Fax e-mail

Loja E 113 m²

Consult Endereç Endereç Telefon Fax e-mail

49

7

Loja B

Loja C

48 m²

36 m²

7

Loja B

Loja C

48 m²

7

Loja B Loja C

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja E

48 m² 35 m²

48 m² 36 m²

35 m²

47 m² 35 m²

35 m² 48 m²

112 m²

Loja A 143 m²

5

50

50

Loja B 48 m²

Loja A' Loja A''

Loja A

59 m²

136 m²

87 m²

Loja C 35 m²

Loja A

Loja A

Loja D

145 m²

144 m²

156 m²

50

4

8

Nível 0 - Térreo - Chamada detalhe 1 2 de 1 : 500

8

11

12

4

8

8

12

5

35 m²

48 m²

59 m²

87 m²

7

Loja A''

7

Loja A'

3

11

3

Número

Loja A'

Loja A''

59 m²

87 m²

14

Loja A 143 m²

14

7

7

7

7

Loja A 7

7

143 m² 7

7

RREO - Modulos lojas

0

TERREO - Modulos lojas

- P. 110

P

Nom


28 31

32

33

MÓDULOS LOJAS: 1º andar

43

34

29

30

2 16

Nível 0.5 - Transição - Recortado 1 Edifício 1 : 500

MÓDULOS LOJAS: 2º andar

1 2 17

49 Loja B

Loja C

Teto Lojas B e C

48 m²

36 m²

89 m²

7

5

7

Loja B

Loja C

48 m²

35 m²

50

4

8

ESPAÇO AVARANDADO, COM GUARDA CORPO DE 90CM

3

11

8

12

ESPAÇO PARA HORTA OU VASOS

Área para vegetação Loja A 13 m²

Loja A'

Loja A''

59 m²

87 m²

84 m²

7

7

Área coberta Loja A 49 m² 7

14

Loja A 143 m² 7

7

Varanda aberta Loja A

Nivel 0.25 - 2º andar galeriaÁREA ENVIDRAÇADA and modulo 2 -2o 1 : 100 TERREO - Modulos lojas

- P. 111


B’

C’

B

C

D

PLANTA 2º ANDAR GALERIA

D’

- P. 112


www.autodesk.com/revit Perspectiva dos canteiros com os pilares da estrutura da galeria / terraço. Visualização dos módulos de dois andares á esquerda e os de um andar, á direita. Fonte: Autora, 2021.

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Perspectiva do espaço avarandado no segundo andar dos módulos. Fonte: Autora, 2021.

- P. 113


1 : 100

B

B’

2

31

32

33

49

1 : 100

C

3

50

C’

CORTE BB’Modulo loja Copiar 1

Area Nivel 0.25 - 2º andar galeria and modulo Copiar 1 4 -2o 1 : 200

CORTE CC’

- P. 114


LOCAL PARA PLANTAS OU VASOS

ÁREA DE VARANDA

Perspectiva dos módulos da galeria. Fonte: Autora, 2021.

- P. 115


1

1 : 100

D’

3

1

3

4

2

D

terraco-acesso rampa

terraco-acesso rampa Copiar DD’ 1 2CORTE 1 : 200

- P. 116


Perspectiva dos módulos da galeria. Fonte: Autora, 2021.

- P. 117


- P. 118


Projeto final 5.5

Terraço - P. 119


projeto final

5.5

Projeto final: Terraço

A área do terraço se conforma como uma ampla praça aberta, com área de vegetação central circulada por uma pista de caminhada, que em suas reentrâncias tem bancos de madeira que se encaixam no canteiro maior. Essa área de vegetação central tem as aberturas na laje sem ter os canteiros ao redor, pois ela já é mais alta e com guarda corpo, impedindo a entrada dos usuários. Também foram projetados grandes bancos que ficam ao redor das áreas com vegetação, e que na parte circular tem cerca de 2 metros, permitindo deitar para tomar banho de sol e aproveitar o ar livre. O terraço se localiza sobre a estrutura que conforma a galeria, sobre uma laje de concreto construída em cima da estrutura metálica de grelha. Dada a conformação da estrutura, precisava-se garantir a segurança dos usuários, pois onde está os pilares a estrutura se curva para encontrá-los, e é aberta para permitir a ventilação. Então, na maior parte dos pilares há canteiros elevados impedindo a passagem, feitos de alvenaria e abrigando pequenas plantas, além de bancos de madeira com estrutura de alvenaria e metalon nas laterais, como pode ser visto nas imagens abaixo. Os canteiros altos, que são esses próximos às colunas, tem 1,20m de altura, e são feitos em alvenaria nas laterais e terra entre elas, suficiente para abrigar pequenas vegetações. As dimensões do canteiro podem ser vistas em “Detalhes dos canteiros: Bancos”. Como alguns pilares ficam próximos ao edifício, adotou-se a estratégia de cobertura de vidro para esses pilares em específico, conforme diagrama abaixo. Pode-se ver a estrutura de vigas metálicas que suporta o vidro em “Detalhe: estrutura da parte em vidro” nas páginas a seguir.

1

Croqui dos encontros entre o terraço e as estruturas dos pilares. Fonte: Autora, 2021.

Perspectiva simples dos canteiros com os bancos. Fonte: Autora, 2021.

4

8

Nível 32 - Terraco 1 : 500

- P. 120


12

8

15

14

14

7

16

13

10 22

2

60

42

56

7

14

E’

6

14

-

1

25

E

27

6

5

18

14

14

PLANTA o planta

TERRAÇO: GERAL VER “DETALHE CANTEIROS: BANCOS”

VER “PLANTA TERRAÇO: PILOTIS”

Nas laterais do terraço, foram previstas áreas de contemplação voltadas para as ruas. Na esquerda da planta acima, é possível ver a arquibancada, mais detalhada em “Detalhe da arquibancada” nas páginas seguintes. Essa arquibancada está voltada para a rua José Cobra, que é a mais movimentada e que tem o acesso principal para o terraço, a rampa. No extremo oposto, voltada para a rua Icatu, temos um conjunto de pergolados e bancos que possibilitam deitar e sentar em diversas posições.

- P. 121


4

4

4

6

2

9

18

6 8

2 1 1

1 1

4

10

3

10

Nível 32 - Terraco planta DETALHE DOS CANTEIROS: BANCOS 1 Chamada de detalhe 1 1 : 100

- P. 122


Con End End Tele Fax e-m

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Con End End Tele Fax e-m

18

18

www.autodesk.com/revit

10

2 10

23

2 23

Número

Descrição

Núme

Data

5

5

17

1

17

1

Perspectiva do terraço: pista de caminhada, bancos e canteiros. Fonte: Autora, 2021.

5

2

Nível 1 - Terraço - Chamada de detalhe 1 - Chamada de 2 detalhe 1 : 100 1 Nível 1 - Terraço - Chamada detalhe 1 1 de 1 : 200

PLANTA TERRAÇO: PILOTIS - CANTEIROS Nível 1 - Terraço - Chamada

5

Proprietário Nome do projeto Não nomeada

Nível 1 - Terraço - Chamada de detalhe 1 - Chamada de 2 detalhe 1 : 100 1

Data

DETALHE: ESTRUTURA DA PARTE DE VIDRO

No

0001

Número do projeto

Data de emissão

N

Autor

Desenhadas por

- P. 123 Verificador

Verificado por

23

21 16:11:15

2

2

2

2

2

2

2

Número


2

7

4

10

8

6

10

6

18

MESAS EM MADEIRA

15

1

2

2

8

ACESSOS EM ESCADA POR CAUSA DO DESNÍVEL

6

6

14

9

2

1

8

6

1

ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO: PERGOLADOS E BANCOS 1

12

5

4

ARQUIBANCADA 25 16

12

15

42

56

10

22

4

1

1

Nível 32 - Terraco planta 1 : 500

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

25

-

DETALHE DA ARQUIBANCADA Número Descrição

6

5

18

14

14

27

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

2

-

14

PLANTA TERRAÇO: PILOTIS

Nível 32 - Terraco planta de detalhe 3 2 Chamada 1 : 100 13

7

14

8

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

60

Nível 32 - Terraco planta de detalhe 2 1 Chamada 1 : 200

6

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail 8

14

14

7

12

www.autodesk.com/revit

Data

- P. 124


Perspectiva da arquibancada do terraço. Fonte: Autora, 2021.

- P. 125


12

8

7

14

15

13

6

E’

14

14

7

16

10 22

2

60

42

56

8

14

4

-

1

1 : 500

E

Nível 32 - Terraco planta

6

5

27

1

25

18

14

14

1 1

1

2

CORTE EE’: Canteiros e pilares Terraco-canteiros 1 1 : 100

- P. 126

-


Perspectiva dos bancos e área de estar do terraço. Fonte: Autora, 2021.

- P. 127


Perspectiva da rampa de acesso ao terraço e da área aberta nas lajes, com os canteiros. Fonte: Autora, 2021.

Perspectiva da fachada da circulação horizontal e da área de contemplação do terraço, voltadas para a rua Icatu. Fonte: Autora, 2021.

Perspectiva da área de contemplação do terraço, voltada para a rua Icatu. Fonte: Autora, 2021.

- P. 128


Perspectiva da pista de caminhada, com a fachada dos brises ao fundo. Fonte: Autora, 2021.

- P. 129


Projeto final 5.6

Cortes e detalhes - P. 130


projeto final

5.6 Projeto final: Cortes e detalhes No corte FF’ é possível ver a rampa de acesso ao terraço, que está localizado a cerca de 8 metros do térreo. No corte GG’, pode-se observar que a escada e elevadores que acessam o terraço diretamente descem até o subsolo, nesse caso, na área do estacionamento para visitantes. Também pode-se ver a relação de escala entre os andares das lojas e a estrutura da galeria.

www.autodesk.com/revit

F’

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

1

5

9

F

Número Descrição

1

terraco-acesso rampa 1 : 100

CORTE FF’: Rampa de acesso ao terraço

RAMPA DE ACESSO Pilares circulares nas áreas planas

Data

- P. 131


1

Terraco-canteiros 1 : 100

CANTEIRO DE ALVENARIA

Terraco-acesso interno CORTE GG’: Acesso secundário ao terraço - Elevadores e escada 2 1 : 100

ESCADA E ELEVADOR DE ACESSO AO - P. 132


6

2

7

Data

www.autodesk.com/revit

7

21

28

7

4

7

3

7

4

9

3

4

3

8

7

7

4

27

5

25

4

2

21

2 13 13 3

14

8

6

Final- NIVEL 0 TERREO

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

Proprietário

Nome do projeto

1 : 500

Data

G’

Número Descrição

Loja A

Loja A

Loja A

Loja A

146 m²

141 m²

146 m²

147 m²

TERRACO CORTES

Loja B Loja C

Loja B

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja B

50 m² 36 m²

50 m²

36 m² 49 m²

49 m² 37 m²

48 m²

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja B Loja C

Loja C Loja B

Loja E

48 m² 36 m²

35 m²

47 m² 35 m²

35 m² 48 m²

112 m²

Loja B Loja C 48 m² 35 m²

Loja E 113 m²

Data 48 m²

0001

Número do projeto

Data de emissão

Proprietário

Autor

Desenhadas por Loja A

Loja A' Loja A''

Loja A

Loja A

Loja A

Loja D

143 m²

59 m²

136 m²

145 m²

144 m²

156 m²

87 m²

Nome do projeto

Verificador

Verificado por

Nível 0 - Térreo - Chamada detalhe 1 2 de 1 : 500

Planta térreo

16

Número do projeto Data Desenhadas por

Escala

0001

- P. 133

Data de emissão

Autor

1 : 100Verificador

Verificado por

47

23

Loja A 145 m²

G

1

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

8

4

12

20

4

Consultor Endereço Endereço Telefone Fax e-mail

11/2021 21:38:32

O TERRAÇO

Número Descrição


DETALHAMENTO: Brises B' B'

0,91

0,91

3 quartos

3 quartos

Duplex

O detalhamento mais apurado que está presente nessas págiCorte AA' como base os brises projetados com auxílio Corte AA' AA' nas2foiCorte feito tendo do Corte AA' 3 2 Brise 3 eBrise Brise corte - Janela Brise corte -Varanda Grashopper/Rhinoceros. Foram tiradas as fachadas, cortes plantas emem corte - Janela emem corte -Varanda no Revit, e redesenhadas no AutoCAD para ter maior controle das dimensões. Assim, foi detalhado o “Brise tipo” acima, que considera as plantas tipo A e A’, sendo A’ o andar logo acima de A. Têm-se, porDetalhe 3 3 tanto, da esquerda para direita: dois apartamentos duplex, quatro Detalhe unidades de 3 quartos, um apartamento duplex e uma varanda comum, sinalizadas com cores diferentes acima. 0,57

2,46

2,46

0,46

1,77

1,19

Detalhe Detalhe 1 1

4 4 Estrutura Estrutura fixação pilar-brise de de fixação pilar-brise viga-brise ou ou viga-brise

ESTRUTURA METÁLICA DE FIXAÇÃO

BRISE DE MADEIRA 20 cm de espessura

Aparafusada nos brises e no pilar ou viga de concreto

1,26

0,71

0,71

1,26

0,46

4,11

1,77

4,11

0,57

0,91

0,91

Varanda

B B

Duplex

A A

Duplex

1,99

1,99 0,88

0,88

1,79

1,02

0,78

0,78

1,55

1,79

1,02

1,55

PILAR EDIFÌCIO: 50x50 Fixação dos brises nos pilares e vigas, utilizando suportes de metal - P. 134

1,54 1,05 1,17 0,5

0,11

2,34

0,5

2,67

2,67

0,5

0,11

2,34

0,5

1,19

0,42

1,05

0,42

0,78

0,78

0,91

0,48

0,48

3 quartos

Detalhe Detalhe 1 1

0,7 0,65

0,7

5,65

5,65

0,65

0,33

0,33

0,91

A' A'

11

Brise tipo: vista e planta Brise tipo: vista e planta


22

Corte AA' Corte AA'

3 33

Brise em corte - Janela Brise em corte - Janela

B B

3 Brise em corte -VarandaBrise em A A

2 anela Brise em corte - Janela

Corte AA' Corte AA'

44

Brise em corte -Varanda Brise em corte -Varanda

Detalhe Detalhe 11

Estrutura de fixação pilar-brise Estrutura de fixação pilar-brise ou viga-brise ou viga-brise

0,91

0,91 2,46

2,46

1,77

1,26

0,46

0,78

Detalhe 3

1,77

1,79 1,79

2,46

2,46

0,88 0,88

1,02 1,02

4,11

0,71

1,26 0,71

4,11

0,46

4,11

1,77

0,46

0,57

Detalhe 3 Detalhe 3

1,77

0,57

0,57

0,91

1,55 1,55

0,71

1,26

0,78

55

1,79

0,88

Detalhe Detalhe 22

Estrutura de fixação entre brises Estrutura de fixação entre brises verticais e horizontais verticais e horizontais

CONECTOR CONECTOR METÁLICO A METÁLICO A

1,55

0,78

A B

1,02

1,79

66

Detalhe Detalhe 33

Brise em corte -Varanda Brise em corte -Varanda

1,02

1,55

A

B

CONECTOR CONECTOR METÁLICO B METÁLICO B

- P. 135


5

Detalhe 2 Detalhe 2

5

Estrutura de fixação entre brises Estrutura de fixação entre verticais e horizontais verticais e horizontais

A B

CONECTOR METÁLICO ACONECTOR METÁLICO A brises

6

Detalhe 3 Detalhe 3

6

Brise em corte -Varanda Brise em corte -Varanda

A B

CONECTOR METÁLICO BCONECTOR METÁLICO B

- P. 136


Perspectiva dos brises modelados no Rhinoceros. Fonte: Autora, 2021.

- P. 137


3º ANDAR EDIFICIO: 1º ANDAR HABITAÇÕES

4

4

3

5

2º ANDAR EDIFICIO: PILOTIS TERRAÇO

4

1º ANDAR EDIFICIO: LOJAS

1

4

TÉRREO: GALERIA/ LOJAS

2

3

SUBSOLO

2

Detalhe pilar

CORTE 1 : 100 HH’: Subsolo, edifício e pilar

- P. 138


30

31

VÃO CANTEIRO TERRAÇO

H

H’

Abertura para ventilação e iluminação natural Nível 2 - 1º andar

1.2

26

Nível Terraço com estrutura

Nível 1 - Terraço 22

1.7

0.3

3.2

3.4

1.9

0.9

0.2

0.2

23

1.7

2

3.9

Proprietário Nome do projeto

3

CONEXÃO GRELHAS-PILAR Arredondamento para facilitar o contato entre eles e distribuir o peso da estrutura 4.9

Nível da rua 16

TRANSIÇÃO PARA O SUBSOLO: CONCRETO ARMADO

Corte 20

Autor

Desenhadas por

Verificador

Verificado por

18

Pilar arredondado, 1 metro de diâmetro - Conexão para a fundação de sapatas 1

Data de emissão 3.5

Data

Como indicado DETALHE: PILAR GALERIA-TERRAÇO

1 : 50

Escala

Nível -1 - Subsolo 10

24/11/2021 22:03:42

20cm - Para evitar contato do aço com a terra e o gramado do canteiro

0.8

0.2

0001

Número do projeto

BASE ARREDONDADA DE CONCRETO

0.4

0.3

2.1

0.8

3

subsolo

- P. 139


I

I’

Corte Geral - Longitudinal

1 1 : 500 CORTE II’: Corte longitudinal geral

- P. 140


J’

1 : 500

J

1

Corte Geral - Longitudinal

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JJ’: Corte transversal Corte CORTE Geral - Transversal 1 : 500

geral

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ESTUDO FINAL DE INSOLAÇÃO 9h, equinócio de primavera

9h, solstício de verão

9h, equinócio de outono

9h, solstício deINVERNO

13h, equinócio de primavera

13h, solstício de verão

13h, equinócio de outono

13h, solstício de inverno

17h, equinócio de primavera

17h, solstício de verão

17h, equinócio de outono

17h, solstício de INVERNO

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BIBLIOGRAFIA

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