





Fazenda Vertical Urbana: proposta de renovação do edifício garagem em Bauru-SP
Disciplina: Trabalho Final de Graduação
Ano: 2021
Autoria: Lara Mamedov
Orientação: Maria Solange G. de C. Fontes
Em vista do crescimento populacional, adensamento urbano, problemas ambientais e a constante, porém agravante, crise de segurança alimentar no país, trago com meu TFG uma proposta a tais contratempos.
As fazendas verticais são uma inovação multidisciplinar que vem ganhando mercado, alinhando tecnologia e sustentabilidade na produção de alimentos em camadas verticalizadas. Ou seja, reduzindo e adaptando os espaços enquanto amplia a produtividade devido a modularidade do sistema.
Assim, a arquitetura se aplica na proposta da inserção da produção no meio urbano, aproximando o alimento do consumidor, através da renovação de estrutura subutilizada da cidade de Bauru-SP, o edifício-garagem (Bauru Park).





A área de intervenção é o bairro Centro da cidade de Bauru (interior paulista), mais especificamente o Bauru Park. Obra dos anos 90 iniciada com o intuito de suprir a falta de vagas para automóveis na região comercial. Inserido em uma das principais vias, Rodrigues Alves, o empreendimento de 21 andares inacabado e subutilizado, apresenta grande potencial para comportar diferentes programas, dentre eles, de fazenda vertical.


Com base em estudos, chega-se ao programa de necessidades do projeto, buscando o máximo aproveitamento da estrutura já existente e atendendo aos objetivos sociais atrelados a estratégias sustentáveis acessíveis ao contexto.
O prédio conta com áreas verdes, escassas na região; espaços de comedoria, voltados a garantia da segurança alimentar; pavimentos para promoção de estudos, conhecimento e pesquisa; área administrativa e de manutenção; e a parte da fazenda em si, para a produção de hortaliças e temperos por hidroponia indoor, no então vão dos elevadores para carros.


IMPLANTAÇÃO E PLANTA PAV TÉRREO


O mote do projeto se dá a partir da ideia da harmonização entre concreto e natureza, ideológica vegetação espontânea.
Desta forma, as alterações estruturais adotadas foram, a remoção do galpão, com acesso direto para a avenida Rodrigues Alves, dando lugar a
escadaria vegetada para entrada ao edifício. E a adoção de grelhas em cor clara anexas à fachada para não perder a boa iluminação e ventilação dos ambientes - essenciais na cidade de clima quente e seco - assim como sustentar floreiras para plantas pendentes.


Os quatro pavimentos que compõem as praças da fazenda tiveram suas lajes removidas, criando pés-direitos triplos e ganhando amplitude. Assim, consegue-se atingir o objetivo de criar espaços abertos dentro de um ambiente fechado. Por questões estruturais as vigas e pilares originais foram mantidas.
Em controvérsia, o projeto conta com poucas vagas de estacionamento, já que hoje a região é bem suprida com esta demanda, além de contar com alternativas de transporte público.
O prédio ainda contará com placas de energia solar e geradores, além de reúso da água das fazendas e da chuva para os banheiros e limpeza.




RESIDÊNCIA I
Ano: 2023
Autoria: Lara Mamedov
Projeto paisagístico desenvolvido de forma autônoma para uma residência unifamiliar fictícia. Pensa-se em loteamento de sobrados geminados com mesma tipologia, portanto, o objetivo é trazer identidade à moradia de médio padrão, localizada em cidade de clima ameno no interior paulista. A área projetual conta com 138,67 m², que compreende jardim frontal, corredor lateral e pequeno quintal.
O conceito do projeto é pensado de forma a priorizar espécies vegetais tropicais e materiais naturais, criando um visual moderno e rústico. Além da preocupação com a plasticidade, há também olhar para a privacidade dos moradores e orientação solar.
Desenhos técnicos em nível executivo, de plantio, detalhamentos e renders são elaborados para a representação.




Na entrada principal a implementação de degraus em pedra Santa Izabel é estratégia para vencer o desnível de 0.72 m, que compõem com jardim de alpinias, filodendro undulato, trapoeraba-roxa e jabuticabeira.
Os cubetes da garagem, também presentes em filetes na calçada, dão acesso ao caminho de formas geométricas, rodeado por marantas bigode-de-gato e orquídeas bambu que guiam o usuário ao quintal, onde há área de estar coberta por pergolado em concreto, canteiros e o espelho d’água com bicas d’água.
O espelho - elemento chamariz - é composto por pedras naturais e seixos rolados no fundo, orna com vasos e espécies aquáticas como alface d´água, lótus e papirus, além de guaimbês, lírios e palmeiras leque que brincam com a escala nos canteiros laterais.
Det. 1
Det. 3
CORTE D esc: 1/75
CORREDOR


1
1
A sacada também recebeu projeto paisagístico.
Foi pensado sua ampliação para aumentar a área de estar, criando - em conjunto com floreira - volumetria para a fachada e lateral da construção.
Seixos rolados e pedra natural Santa Izabel são elementos escolhidos para compor o piso, já o guarda-corpo de vidro permite a permeabilidade com a vegetação e vista. As plantas garantem mais privacidade e bloqueio solar nos horários de maior incidência.
3
3
1/10
1
1/75
esc: 1/75





REQUALIFICAÇÃO DO COMPLEXO FERROVIÁRIO
Disciplina: Laboratório de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo VI
Ano: 2018
Autoria: Lara Mamedov
Rafaela Correr
Rafaela Silveira
Thiago Martins
O complexo de edifícios é patrimônio tombado da cidade de Bauru-SP, entretanto não exerce qualquer finalidade social à população local.
Sendo assim, o projeto propõe a requalificação das edificações atualmente mal conservadas, com programa de lazer e cultura para a cidade e região, inclusive prevendo a reativação da linha férrea para passageiros e promovendo o maior desenvolvimento econômico para o bairro.
Pela grande dimensão das oficinas e por se tratar de patrimônio, a estratégia utilizada foi a preservação das fachadas e a modificação do interior, tornando-o capaz de atender grandes públicos.




TORRE E
TORRE D
TORRE C
TORRE B
TORRE A

IMPLANTAÇÃO
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

FEIRA MUNICIPAL
OFICINAS
RESTAURANTE
PLAYGROUND
CINETEATRO
Sendo assim, a proposta engloba oito edifícios: estação ferroviária, oficinas, feira municipal, playground adulto, restaurante, cineteatro, complexo esportivo e biblioteca; uma vez que se entende a escassez ou ausência desses equipamentos na cidade e com potencial atrativo ao turismo e lazer para o público externo.
As torres e passarelas são pensadas para ligação entre as edificações e alternativa de acesso aos pedestres por meio de escadas e elevadores, assim como, mecanismos para vencer as diferenças de nível do terreno. Totalizando, assim, cinco torres, sendo a Torre A inserida no cineteatro e compreendida como entrada do complexo.



BIBLIOTECA


PLANTA SUBSOLO CINETEATRO



No cineteatro usam-se os diferentes níveis para comportar a platéia na parte interna do anexo, já na parte externa pensa-se na realização de eventuais exposições. O complexo conta com banheiros e equipamentos necessários para a realização de espetáculos e peças.
Já no complexo esportivo propõem-se duas quadras poliesportivas, tatames para lutas e ginástica, vestiários, banheiros, arquibancadas e uma passarela como pista de corrida e caminhada.



CORTE CINETEATRO





ANEXO CINETEATRO


COMPLEXO ESPORTIVO
TERÇAS
LAJE TESOURAS VIGAS

PASSARELA
COMPLEXO ESPORTIVO CINETEATRO





EXPLODIDA

TELHAS
TESOURAS
ABERTURAS DA COBERTURA
A biblioteca, importante mecanismo para a cidade que enfrenta a falta deste programa, é pensada em dois pavimentos sendo: mezanino e acervo.
A rotunda dá lugar à feira municipal, outro espaço escasso na cidade e uma das demandas levantadas pelos moradores entrevistados.
Em outro anexo, pensa-se em um playground com público-alvo adulto, que conta com pula-pulas, redes e tirolesa.
Já as oficinas, na estrutura ao lado, têm a finalidade de comportar diferentes cursos, contando com mobiliário e equipamentos de apoio.
MEZANINO
ACERVO

EXPLODIDA BIBLIOTECA

PLANTA FEIRA MUNICIPAL




















