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DEZOITO Cerca de dez horas da manhã do dia seguinte, o telefone tocou me fazendo sair de um sonho que tinha tido com um peixinho dourado e sorvete de hortelã com gotas de chocolate. Capotando, eu o peguei, descobrindo no processo que eu estava muito menos dolorida do que eu tinha estado ontem à noite. Cicatrização imortal em ação. "Olá?" "Ei, é o Seth." Seth! Então os eventos de ontem voltam de pressa para mim. A festa de aniversário. O sorvete. O perfume. Eu imaginando quem ele teria ido encontrar após me deixar na livraria. "Olá," eu falei, sentando. "Como você está?" "Não estou mal. Estou, uh, na Emerald City, e eu não te vi... Eles me disseram que é o seu dia de folga." "Sim, eu vou estar de volta amanhã." "Certo. Então, você quer talvez fazer alguma coisa hoje? Almoçar? Ou talvez um filme? A menos que você tenha outros planos ..." "Não ... Não exatamente ..." Mordi meu lábio, silenciando aceitação imediata que eu queria dar. Eu ainda tinha aquela estranha, inexplicável atração e confortável sentimento de familiaridade com Seth. Teria gostado de sair com ele mais, mas eu já tinha tentado a linha de amizade e encontros com Roman, somente pra tudo explodir na minha cara. Seria muito melhor nunca começar isso com Seth, apesar da minha vontade. Além disso, eu não tinha esquecido o meu guarda-costas angelical, eu realmente não queria que ele ficasse de marcação junto. Melhor manter Carter aqui dentro tanto tempo quanto possível. "Mas eu estou doente." "Sério? Eu sinto muito." "Sim, você sabe ... só esse tipo de sentimento do mundo rodando." Não foi totalmente uma mentira. "Eu realmente não me sinto bem para sair hoje." "Oh. Ok. Precisa de alguma coisa? Quer que eu lhe traga algum alimento talvez?" "Não... Não," eu apressadamente garanti a ele, banindo as imagens de Seth me alimentando com canja enquanto eu ficava deitada de pijama. Cristo. Isso ia ser mais difícil do que eu pensava. "Eu não quero que você tenha que cuidar ainda mais de mim. Obrigado, apesar de tudo." "Eu não me importo. Quero dizer, não tem problema." "Eu devo voltar amanhã, se isto aqui não piorar ... então a gente se vê. Talvez possamos tomar café. Ou melhor, eu vou tomar um café e você pode... Não tomar um café." "Certo. Eu gostei disso. Não tomar café, eu quero dizer. Se importas se... Ou seja, posso verificar como você vai está mais tarde? Ligar pra você de novo?" "Claro." O telefone era seguro o suficiente. "Está bem. Se você precisar de alguma coisa antes, então ..." "Eu sei como encontrar até você." Dissemos nossas despedidas e desligando, e eu cambaleei pra sair da cama para ver o que o travesso do Carter tinha arranjado esta manhã. Achei o anjo sentado num banquinho da minha bancada da cozinha, alimentando a Aubrey com uma salsicha em uma mão enquanto ele fazia uma espécie de sanduíche pequeno com a outra. Um enorme saco do McDonald's descansava no balcão perto dele. "Eu trouxe o café da manhã," ele me disse, os olhos sobre Aubrey. "Não lhe dê isso," Eu briguei. "É ruim para ela." "Gatos comem miolos de animais secos na selva.” 137


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