Cidade das Cinzas

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necessário,” ele disse. “Eu cuido de mim mesmo.” Pete olhou firme o Caçador de Sombras. “É o meu bar, eu estou preocupado com ele,” ele disse finalmente.”Você pode querer resolver seus problemas em outro lugar, Caçador de Sombras, se você não que nenhum problema. “Eu não disse que eu queria problemas.” O garoto sentou de volta em sua cadeira.”Além do mais eu não terminei o meu drink.” Maia olhou atrás dele, onde a parede do bar estava ensopada com álcool. “Para mim, parece que você terminou. Por um segundo o garoto apenas pareceu estupefato; então uma curiosa faísca de divertimento iluminou seus olhos dourados. Ele parecia tanto com Daniel naquele momento que Maia quis se afastar. Pede deslizou para ele outro copo do líquido âmbar através do balcão antes que o garoto pudesse responder a ela. “Aqui está.”, ele disse. Seus olhos foram levados para Maia. Ela pensou ter visto algum alerta neles. “Pete...” ela começou. Ela não chegou a terminar. A porta do bar voou aberta. Bat estava em pé na entrada. Levou um momento para Maia perceber que a frente de sua camisa e suas mangas estavam ensopadas com sangue. Ela deslizou de sua cadeira e correu para ele. “Bat! Você está machucado?” Seu rosto estava cinza, sua prateada cicatriz acentuada em sua bochecha como um pedaço de fio trançado.“Um ataque,” ele disse.” Há um corpo no beco. Uma criança morta. Sangue...por todo lugar.” Ele balançou sua cabeça, olhando abaixo para si mesmo.”Não é meu sangue. Eu estou bem.” “Um corpo? Mas quem...” A resposta de Bat foi abafada pela bagunça. Cadeiras eram abandonadas enquanto o bando corria para a porta. Pete saiu detrás do caixa e foi direto entre a multidão. Apenas o garoto Caçador de Sombras permaneceu onde ele estava, a cabeça curvada sobre sua bebida. Através dos buracos no meio do pessoal ao redor da porta, Maia captou um vislumbre da calçada cinza do beco, salpicada de sangue. Ela ainda estava molhada e escorrendo entre os as rachaduras no pavimento como tentáculos vermelhos de uma planta “ “A garganta dele foi cortada? Pete estava dizendo a Bat, cuja cor tinha voltado.”Como...” “Havia alguém no beco. Alguém ajoelhado sobre ele,” Bat disse. Sua voz estava apertada. “Não como um pessoa...como uma sombra. Eles correram quando me viram. Ele ainda estava vivo. Um pouco. Eu me curvei até ele, mas...” Bat estremeceu. Foi um movimento casual, mas as cordas em seu pescoço estavam tão rígidas como raízes grossas envolvendo um tronco de árvore. 'Ele morreu sem dizer nada.” “Vampiros”, disse uma fêmea licantropo robusta – seu nome era Amabel, Maia pensou – a que estava parada na porta. “As Crianças da Noite. Não pode ter sido outra coisa.” Bat olhou para ela, então se virou e caminhou pelo salão em direção ao balcão. Ele agarrou o Caçador de Sombras pelas costas de sua jaqueta – ou ele quase o alcançou como se ele fosse fazer isso, mas o garoto já estava em pé, virando-se fluidamente. “Qual é o seu problema, lobisomem?” A mão de Bat ainda estava estendida. “Você é surdo, Nephilim?” ele grunhiu. “Tem um garoto morto no beco. Um de vocês.”


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