Cidade das Cinzas

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“Eu não sei,” Jace disse de novo. “ E quando ele me perguntou se eu queria ir como ele de volta para Idris, eu disse não. Eu ainda estou aqui. Isso não conta para nada?” Ela virou o olhar de volta para a garrafa, como se considerando outro drink, então pareceu descartar a idéia. "Eu gostaria que contasse", ela disse. "Mas há tantas razões para que seu pai pudesse querer que você continuasse no Instituto. Quando se trata de Valentine, eu não posso me dar ao luxo de confiar em ninguém tocado por sua influência." "Sua influência tocou você," Jace disse, e instantaneamente lamentou aquilo pelo olhar que apareceu através do rosto dela. “E eu repudio ele,” Maryse disse. “ E você?” Você pode? Seus olhos azuis da mesma cor dos de Alec, mas Alec nunca tinha olhado para ele daquele jeito.” Me diga que você odeia ele, Jace. Me diga que você odeia aquele homem e tudo o que ele defende.” Um momento se passou, e outro, e Jace, olhando abaixo, viu que suas mãos estavam tão apertadas que os nós dos dedos estavam brancos e duros como os ossos em uma espinha de peixe. “Eu não posso dizer isso.” Maryse sugou sua respiração. “Por que não?” “Por que você não pode dizer que você confia em mim? Eu vivi com você quase metade da minha vida. Você deveria me conhecer, com certeza, melhor do que isso? “Você soa tão sincero, Jonathan. Você sempre foi, mesmo quando você era um garotinho tentando colocar a culpa em Isabelle ou Alec, de algo que você fazia de errado. Eu conheci apenas uma pessoa que podia soar tão persuasivo quanto você.” Jace sentiu um gosto metálico em sua boca. “Você quer dizer o meu pai.” “Havia apenas dois tipos de pessoas no mundo para Valentine,” ela disse. “ Aqueles que eram do Circulo e aqueles que eram contra ele. Estes últimos eram os inimigos, e os primeiros eram as armas de seu arsenal. Eu vi ele tentar mudar cada um de seus amigos, mesmo a sua própria esposa, em uma arma para a Causa – e você quer que eu acredite que ele não faria o mesmo com o seu próprio filho?” Ela balançou sua cabeça. “ Eu o conheci melhor do que isso”. Pela primeira vez, Maryse olhou para ele com mais tristeza do que com raiva. “Você foi a seta atirada diretamente no coração da Clave, Jace. Você é a seta de Valentine. Quer você saiba, quer não.” Clary fechou a porta do quarto da tv com o volume alto e foi a procura de Simon. Ela o encontrou na cozinha, curvado sobre a pia com a água correndo. Suas mãos estavam sobre o escorredor. Simon?” A cozinha era brilhante, de um amarelo alegre, as paredes decoradas com emoldurados desenhos à lápis e giz que Simon e Rebecca haviam feito na escola. Rebecca tinha algum talento para desenho, você podia dizer, mas nos rabiscos de Simon todas as pessoas pareciam como parquímetros com tufos de cabelos. Ele não tinha olhado até agora, embora ela pudesse dizer pela firmeza dos músculos em seus ombros que ele tinha ouvido ela. Ela foi até a pia, descansando uma mão levemente em suas costas. Ela sentiu a acentuada saliência de sua espinha através do fino algodão de sua camiseta e se perguntou se ele tinha perdido peso. Ela não podia dizer só de olhar para ele, mas olhando para Simon era como se estivesse olhando em um espelho – quando você vê alguém todo dia, você nem sempre nota as pequenas mudanças em sua aparência exterior. “Você está bem?” Ele revolveu a água com um duro movimento de seu punho. “Claro. Eu estou bem.”


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